quinta-feira, 21 de maio de 2020

Fim das negociações entre as forças políticas com assento parlamentar, o...



Guiné-Bissau: PAIGC não consegue acordo com partidos que apoiam PR

Os partidos guineenses não chegaram a um acordo para uma saída conjunta ou consentânea da crise em que se encontra o país, nomeadamente quanto à formação de um Governo, na véspera do prazo dado pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (Cedeao) ao Presidente Úmaro Sissoco Embaló para apresentar um Executivo.

O PAIGC, partido mais votado nas eleições legislativas de 2019, convocou os partidos para um encontro nesta quinta-feira, 21, na sede do Parlamento mas não houve acordo.

O Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (Madem-G15), o segundo partido mais votado, rejeitou a proposta do PAIGC, que classifica de incongruente.

O Madem-G15 considera que essa proposta de entendimento é incongruente, tem um problema de coerência e não pode contribuir para a busca de uma solução airosa para a crise política na Guiné-Bissau”, afirmou Aristides Ocante da Silva, dirigente do partido constituído por dissidents do PAIGC e que apoio Embaló na eleição presidencial.

No final do encontro, disse aos jornalistas que o PAIGC propos um Governo de unidade liderado por ele e um acordo de entendimento.

Entretanto, a vice-presidente do partido da Independência, Odete Semedo, afirmou que o Presidente da República não pediu ao partido que forme um Governo, mas tão somente para ajudar na procura de uma solução.

“A nós foi-nos pedido no dia 19 para apresentarmos um apoio na busca de solução, fizemos esse trabalho e vamos dar continuidade nas horas seguintes para termos um documento pronto e enviar a quem nos solicita”, explicou Semedo que revelou que o PAIGC reconhece o Presidente Úmaro Sissoco Embaló, como fez a Cedeao.

A antiga ministra alegouque o partido podira alegar que tem uma maioria confortável no Parlamento e que podia solicitar a reposição do Governo.

“Não fizemos isso, atendendo que há outros cenários que se afiguram e, por isso, adaptamo-nos a esta nova situação”, afirmou, reiterando que compete a quem está no Palácio da República responder à CEDEAO, que instou a nomeação de um novo Governo, “que respeite os resultados eleitorais das legislativas, até sexta-feira”.

Por seu lado, o primeiro-ministro e líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian, reafirmou existir uma nova maioria parlamentar suportada por MADEM, PRS e APU-PDGB, através de um acordo da incidência parlamentar e que espera que o Parlamento aprove o programa do seu Governo.

Entretanto, o PRS, o terceiro partido mais votado nas eleições de março do ano passado, reiterou, através do seu vice-presidente, Certório Biote, que mantém o acordo assinado com o Madem-G15 e APU-PDGB, que, segundo ele, assegura uma maioria estável no Parlamento.

Em determinados círculos políticos, admite-se que o Presidente da República deve pronunciar-se amanhã e poderá convidar ao Madem-G15 para formar um novo Governo ou que a chamada “nova maioria” aprova o programa do atual Executivo.

2 comentários:

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  2. Éh mamé di Cinthia bu na murgudjanta PAIGC son nin bu ka nota, ah bo misti lidera governo ma bo kana reconheci alguin ku na da bos posse?
    Kaba té goci boka cibi país ou partido kal ki prioridade ku bo dibidi bai análise na forum pa kunsa dicidi?

    BAPUR KA NA NKADJA.
    SISSOCO NA CINA BOS FACI POLÍTICA.

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