A ideia generalizada é de que quando se está a tomar medicação, sobretudo algum tipo de antibiótico, a ingestão de álcool pode anular o efeito do comprimido - mas, será que é mesmo assim?
De acordo com informações divulgadas na página online do hospital Lusíadas não é de facto verdade que o consumo de álcool impacta no efeito dos antibióticos, nomeadamente anulando a sua ação terapêutica.
Todavia, o hospital alerta que sim o álcool pode de algum modo reduzir o período de tempo que o antibiótico permanece no organismo e na corrente sanguínea em níveis considerados eficazes para combater os vírus ou doenças para que foi prescrito.
Por outras palavras as bebidas alcoólicas podem "diminuir a semivida da substância, através do aumento da diurese (aumento da produção de urina), uma vez que o álcool inibe a hormona antidiurética", pode ler-se no site.
Adicionalmente, o álcool pode competir, a nível do fígado, com a eliminação dos antibióticos, aumentando a sua toxicidade bem como a dos antibióticos e de outras substâncias.
O hospital Lusíadas aponta ainda que de acordo com o conhecimento científico atual, não existe uma resposta concreta para a pergunta 'posso beber e tomar antibióticos?' Ou seja, para a maioria dos doentes e para a maioria das classes de antibióticos, não há qualquer problema em ingerir moderadamente bebidas alcoólicas durante a toma de antibióticos. Tratando-se somente de uma questão de bom senso. A própria Associação Médica Britânica (BMA), não impõe qualquer restrição à associação do álcool com a maioria dos antibióticos.
As exceções
Ainda assim, existem alguns antibióticos que não podem jamais ser tomados juntamente com álcool. São eles Metronidazol, Tinidazol e cefotetan/cefoxitina e o Bactrim (Sulfametoxazol+Trimetoprim).
Se tiver dúvidas acerca do tipo de medicação que está a tomar neste momento e o impacto do efeito do álcool, não hesite em consultar um médico ou farmacêutico.
NAOM
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