A função pública da Guiné-Bissau está hoje parcialmente paralisada e assim deverá permanecer até quarta-feira devido a uma greve convocada pela maior central sindical do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), que exige reajustes salariais.
Alves Té, porta-voz da comissão negocial, disse aos jornalistas que a adesão à greve "é mais de que satisfatória", em Bissau e nas regiões, onde disse, a maioria dos serviços estão paralisados.
Em relação ao movimento grevista na capital guineense, Alves Té indicou que os ministérios das Finanças, da Justiça, o hospital Simão Mendes, e outros serviços, estiveram praticamente inoperacionais.
O sindicalista disse que "era de se esperar" que os trabalhadores da função pública aderissem à greve, que visa exigir o cumprimento, por parte do Governo, de um entendimento alcançado com a UNTG em dezembro de 2016.
"Não estamos a pedir aumentos, mas sim reajustes salariais", precisou Alves Té.
Confrontado pelos jornalistas com a greve geral na função pública, o primeiro-ministro guineense afirmou que a reivindicação é justa, mas que o momento não é oportuno para a paralisação laboral.
"Estamos a sair da crise política, temos problemas da campanha do caju, a economia está numa situação difícil", defendeu Aristides Gomes, que hoje foi visitar as instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
Segundo Aristides Gomes, todos os parceiros sociais do país "devem ser realistas" nas exigências que fazem ao Governo que, lembrou, tem como principal objetivo a realização de eleições legislativas a 18 de novembro.
dn.pt
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