sexta-feira, 3 de maio de 2013
FMI iniciou segunda missão à Guiné-Bissau após golpe de Estado
O Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou hoje a segunda missão à Guiné-Bissau após o golpe de Estado de abril de 2012, no âmbito da qual vai fazer uma análise exaustiva da situação económica e financeira, anunciou a Lusa.
A situação no país "não está muito saudável", tendo em conta a suspensão das ajudas dos doadores internacionais na sequência do golpe de Estado, reconheceu hoje o ministro das Finanças do Governo de transição, Abubacar Demba Dahaba.
O ministro reuniu-se esta manhã com a delegação do FMI, altura em que disse esperar que com a abertura da comunidade financeira internacional o país possa vir de novo a beneficiar de apoios.
"Há muitos projectos bloqueados desde 12 de abril mas há um esforço, o processo já está no caminho e penso que vamos ultrapassar rapidamente as dificuldades", disse, lembrando que também o Banco Mundial retomou os projectos que tinha em curso na Guiné-Bissau.
A missão do FMI é chefiada por Mauricio Villafuerte, que já tinha estado em Bissau em Fevereiro deste ano. Villafuerte remeteu para o final da visita mais declarações, afirmando apenas que a missão que hoje começa é "mais formal" do que a de Fevereiro e destina-se a preparar o relatório anual que será apresentado ao FMI em Washington.
Após a missão de Fevereiro o Fundo Monetário Internacional emitiu um comunicado no qual dizia esperar que a economia da Guiné-Bissau recupere este ano, depois de uma queda no ano passado, graças à "retoma da produção e exportação do caju" (principal produto do país).
"A actividade económica foi afectada adversamente pela queda acentuada nos volumes de exportação e preço da castanha de caju, e pela diminuição da assistência dos doadores na sequência do golpe de Estado", dizia o comunicado.
E acrescentava: "embora a situação continue difícil devido às incertezas políticas existentes", espera-se que "a economia recupere em 2013" pela retoma da produção e exportação do caju.
Angola Press.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário