Armando Arlete vai confrontar-se a Lista Inclusiva, lideranda por Eugénio de Oliveira Lopes. O vencedor das eleições deste sábado vai substituir Sérgio Mané.
quinta-feira, 3 de julho de 2025
🎙️ Armando Arlete, candidato à presidência do Comité Olímpico da Guiné-Bissau pela Lista Branca, apresenta à imprensa o seu manifesto eleitoral. 🗳️ Com eleições marcadas para sábado, Arlete defende uma liderança comprometida, transparente e visionária para transformar o desporto nacional.
Presidente da Guiné-Bissau vai reúnir-se com Donald Trump em Washington
Por Tv Voz do Povo/Tidjane
O PR Umaro Sissoco Embaló, vai reunir-se na próxima quarta-feira, 9 de julho, com o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, para discutir oportunidades de investimento e cooperação económica.
Fontes governamentais em Bissau adiantaram hoje à Lusa que Sissoco Embaló será recebido por Trump juntamente com os Presidentes do Gabão, da Mauritânia e do Senegal. Está igualmente previsto um almoço entre o chefe de Estado norte-americano e os quatro líderes africanos.
Segundo as mesmas fontes, o Presidente guineense, que se encontra de passagem por Portugal, deverá seguir viagem para os Estados Unidos no domingo, 7 de julho.
Recorde-se que os Estados Unidos encerraram a sua embaixada em Bissau na sequência do conflito político-militar de 1998. Desde então, as autoridades guineenses têm vindo a manifestar interesse na reabertura da missão diplomática norte-americana na capital.
Antes de partir para os Estados Unidos, Umaro Sissoco Embaló deverá marcar presença, este sábado, 5 de julho, nas celebrações do 50.º aniversário da independência de Cabo Verde, onde está previsto que intervenha na cerimónia solene.
In(Lusa)
O antigo nome da África era Alkebulan... Alkebu-lan significa “mãe da humanidade” ou “jardim do Éden”. ” Alkebulan é a mais antiga e única palavra de origem indígena. Foi usado pelos mouros, núbios, númidas, khart-haddans (cartagênios) e etíopes.
O antigo nome da África era Alkebulan.
Alkebu-lan significa “mãe da humanidade” ou “jardim do Éden”. ” Alkebulan é a mais antiga e única palavra de origem indígena. Foi usado pelos mouros, núbios, númidas, khart-haddans (cartagênios) e etíopes.
A palavra África surgiu no final do século XVII e era usada para se referir apenas à parte norte do continente. Por volta dessa época, o continente do Norte havia sido colonizado e os europeus governavam seu povo como escravos.
Eles influenciaram a mudança de identidade de Alkebulan para a África. Mas antes de os europeus se estabelecerem pela palavra África, o continente era chamado de muitos outros nomes. Eles incluem Corphye, Ortegia, Líbia e Etiópia.
Outros nomes como terra de Ham (Ham significa pele escura), mãe da humanidade, jardim do Éden, reinos no céu e terra de almofada ou kesh (referindo-se aos cusitas que eram antigos etíopes) foram usados.
Por que a África é chamada de África?
Existem muitas teorias que explicam a origem do nome deste continente:
-Teoria romana
Alguns estudiosos acreditam que a palavra se originou dos romanos. Os romanos descobriram uma terra oposta ao Mediterrâneo e a batizaram em homenagem à tribo berbere que residia na área da carnificina, atualmente conhecida como Tunísia. O nome da tribo era Afri.
-Teoria do tempo
Alguns acreditam que o nome foi derivado do clima do continente. Derivado de aphrike, uma palavra grega que significa uma terra livre de frio e horror. Uma variação da palavra romana aprica, que significa ensolarado, ou mesmo da palavra fenícia distante, que significa poeira.
-Teoria geográficaHá uma sugestão de que o nome veio de longe. Foi trazido pelos comerciantes indianos, que entraram no continente pelo Chifre da África. Em hindi, a palavra apara significa vem depois. Geograficamente, isso pode ser interpretado como um lugar a oeste.
-Teoria Africus
Este afirma que o continente derivou seu nome de Africus. Africus é um chefe iemenita que invadiu a parte norte no segundo milênio aC. Argumenta-se que ele se estabeleceu em sua terra conquistada e a chamou de Afrikyah.
-Teoria Fenícia
Outra escola de pensamento sugere que o nome é derivado de duas palavras fenícias friqi e pharika. As palavras significam grãos e frutas quando traduzidas. Hipoteticamente, o fenício batizou o continente como a terra dos grãos e dos frutos.
Há pouca ou nenhuma certeza sobre a origem ou significado da África. Vários estudiosos tentaram explicar a origem da palavra, mas nenhum é convincentemente correto. Os Arabs Ancient Books também se referem à África como Akebu-lan. No entanto, o nome original da África era Alkebulan.
@Mwana Afrika Alkebulan? Sim, o nome original de África | Mwana Afrika Oficina Cultural
"Alcatraz dos Jacarés" recebe primeiro grupo de imigrantes detidos... O centro foi instalado em apenas oito dias, numa pista de aterragem na região pantanosa dos Everglades. Conta com mais de 200 câmaras de segurança, mais de 8.500 metros de arame farpado e 400 agentes de segurança.
O centro de detenção de imigrantes ilegais no estado da Florida conhecido como "Alcatraz dos Jacarés" por situar-se numa zona infestada de animais predadores recebeu quarta-feira o primeiro grupo de detidos, afirmou o procurador-geral estadual.
"O Alcatraz dos Jacarés vai fazer 'check-in' de centenas de imigrantes ilegais criminosos esta noite", disse o procurador-geral republicano da Florida, James Uthmeier, na rede social X.
"Próxima paragem: de volta para onde vieram", adiantou, aludindo à sua deportação dos Estados Unidos.
O centro foi instalado em apenas oito dias, numa pista de aterragem na região pantanosa dos Everglades.
Conta com mais de 200 câmaras de segurança, mais de 8.500 metros de arame farpado e 400 agentes de segurança.
"Vamos ensiná-los a fugir de um jacaré, ok?"
O Presidente norte-americano, Donald Trump, participou terça-feira na inauguração do centro de detenção, ironizando que os imigrantes que tentem fugir do local correm o risco de serem atacados por animais selvagens.
Quando questionado pelos jornalistas sobre se o objetivo do centro de detenção de imigrantes era, em caso de fuga, serem atacados pelos répteis, Donald Trump respondeu: "É esse o conceito".
"As cobras são rápidas, mas os jacarés (...). Vamos ensiná-los a fugir de um jacaré, ok?", afirmou Trump, num tom jocoso.
As autoridades estaduais afirmaram que a "Alcatraz dos Jacarés", centro que descreveram como temporário, contará com tendas e roulottes, permitindo ao estado adicionar 5.000 camas de detenção de imigrantes até ao início de julho e libertar espaço nas prisões locais.
Tal como noutros centros semelhantes no país, as autoridades pretendem deter temporariamente os imigrantes ilegais enquanto aguardam deportação do país.
Para o governador da Florida, Ron DeSantis, e outras autoridades estaduais, o isolamento do aeródromo nos Everglades, rodeado de zonas húmidas repletas de mosquitos, cobras venenosas e jacarés, consideradas sagradas para as tribos nativas americanas, torna-o um local ideal para deter imigrantes ilegais.
"Claramente, do ponto de vista da segurança, se alguém escapar, sabem, há muitos jacarés", disse DeSantis, que foi um dos principais rivais de Donald Trump na nomeação presidencial pelo Partido Republicano em 2024.
Ron DeSantis indicou também que está a avaliar a construção do segundo centro num campo de treino da Guarda Nacional da Florida, conhecido como Camp Blanding, cerca de 48 quilómetros a sudoeste de Jacksonville, no nordeste do estado.
O governador republicano sublinhou a sua disponibilidade para ajudar o executivo do Presidente Donald Trump a atingir o seu objetivo de mais do que duplicar a capacidade de detenção de imigrantes das atuais 41.000 camas para pelo menos 100.000 camas em todo o país.
Estudo. Mulheres passam a controlar melhor raiva à medida que envelhecem... Este novo estudo, publicado na quarta-feira, envolveu mais de 500 mulheres, com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos, com o objetivo de examinar a influência do envelhecimento e das fases do envelhecimento reprodutivo nos relatos de raiva das mulheres.
© Shutterstock Por Sofia Robert noticiasaominuto.com 03/07/2025
Um novo estudo científico concluiu que os traços de raiva em mulheres descem significativamente com a idade, e a partir da meia-idade. Os resultados do estudo foram publicados na Menopause, a revista científica da Menopause Society na quarta-feira, 2 de julho.
A raiva é definida como um antagonismo em relação a alguém ou a algo, frequentemente acompanhado de uma propensão para o exprimir de forma indiscriminada. O que é diferente da hostilidade, que se refere a uma emoção que provoca medo, explica o EurekAlert!.
Desde 1980 que se tem estudado a raiva e as implicações que tem para a saúde nas mulheres de meia-idade, como hipertensão e doença das artérias coronárias.
Um estudo mais aprofundado sobre as mulheres e as doenças cardíacas revelou que o aumento do traço de raiva (propensão para a raiva) estava associado a um aumento da pressão arterial sistólica e diastólica durante um período de três anos.
Também foram feitos estudos que associam a raiva à depressão. As mulheres com problemas de raiva têm maior probabilidade de desenvolver sintomas depressivos mais graves durante a transição da menopausa. Este efeito foi mais forte nas mulheres que utilizavam terapia hormonal para os sintomas da menopausa.
Este novo estudo, publicado na quarta-feira, envolveu mais de 500 mulheres, com idades compreendidas entre os 35 e os 55 anos, com o objetivo de examinar a influência do envelhecimento e das fases do envelhecimento reprodutivo nos relatos de raiva das mulheres.
A investigação concluiu que a idade está significativamente relacionada com a maioria das medidas de raiva, incluindo o temperamento da raiva, a reação à raiva, a raiva expressa de forma agressiva e a hostilidade.
Estas formas de raiva diminuíram significativamente com a idade. Apenas a raiva suprimida não estava relacionada com a idade. Da mesma forma, as fases da idade reprodutiva afetaram significativamente a raiva, resultando numa diminuição após as fases reprodutivas tardias. Estes resultados sugerem que uma melhor regulação das emoções pode ocorrer durante a meia-idade.
"A vertente da saúde mental da transição da menopausa pode ter um efeito significativo na vida pessoal e profissional da mulher. Este aspeto da peri menopausa nem sempre foi reconhecido e gerido. É sabido que as flutuações nas concentrações de hormonas séricas durante o período pós-parto, bem como as flutuações mensais nas mulheres em idade reprodutiva correspondentes aos seus ciclos menstruais e durante a peri menopausa, podem resultar em alterações de humor graves associadas à raiva e à hostilidade. Informar as mulheres sobre a possibilidade de alterações de humor durante estes períodos vulneráveis e gerir ativamente os sintomas pode ter um efeito profundo na qualidade de vida e na saúde em geral", afirma Monica Christmas, diretora médica da Menopause Society, citada pela referida publicação.
Leia Também: Estudo. Mais sexo pode levar a menos dor para mulheres na pós-menopausa
União Europeia aponta à China séria ameaça à segurança pelo apoio de empresas à Rússia
© Getty Iamges/Dursun Aydemir/Anadolu Lusa 03/07/2025
A União Europeia (UE) discutiu quarta-feira com a China as preocupações dos Estados-membros com algumas das políticas do gigante asiático, particularmente nas esferas económica e comercial, antes da cimeira UE-China, que se realiza na segunda quinzena deste mês.
Estas preocupações, em alguns casos, representam uma "grave ameaça" à segurança europeia, noticiou a agência Efe.
A alta representante e vice-presidente da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, destacou "a grave ameaça à segurança europeia representada pelo apoio das empresas chinesas à guerra ilegal da Rússia".
A posição de Kallas foi divulgada num comunicado após se ter reunido em Bruxelas com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, no âmbito do 13.º Diálogo Estratégico UE-China, realizado hoje em Bruxelas.
A chefe da diplomacia da UE instou a China a cessar imediatamente todo o apoio material ao complexo militar-industrial russo e a apoiar um cessar-fogo total e incondicional e uma paz justa e duradoura na Ucrânia, com base no pleno respeito pela Carta das Nações Unidas.
Sobre o comércio, Kallas enfatizou a importância de encontrar "soluções concretas para reequilibrar a relação económica, estabelecer condições equitativas e melhorar a reciprocidade no acesso ao mercado".
Exortou ainda a China a pôr fim às suas práticas distorcidas, incluindo restrições à exportação de terras raras, que representam riscos significativos para as empresas europeias e comprometem a fiabilidade das cadeias de abastecimento globais.
Pequim e Bruxelas têm demonstrado uma ligeira aproximação nos últimos meses, sobretudo após a guerra comercial desencadeada Pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
O encontro entre Kallas e Wang serviu para lançar as bases para a cimeira UE-China, que se realizará na China dentro de cerca de três semanas.
A reunião foi precedida de reuniões separadas com os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O antigo primeiro-ministro português realçou, através da rede social X, que manteve com Wang Yi uma "conversa franca e aberta sobre algumas das preocupações de longa data da UE, incluindo os desequilíbrios económicos e comerciais, e a responsabilidade da China em contribuir para uma paz justa e duradoura na Ucrânia".
"A UE e a China precisam de trabalhar em conjunto para reforçar a ordem internacional baseada em regras e o sistema multilateral, e para enfrentarmos em conjunto os desafios globais, como as alterações climáticas", insistiu António Costa.
Já Von der Leyen sublinhou que a cimeira proporcionará uma oportunidade para abordar questões globais, desde o clima ao comércio e ao desenvolvimento global, e para sublinhar "a responsabilidade fundamental da China em alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia".
A chefe da diplomacia da UE e o seu homólogo chinês também discutiram hoje questões globais, especificamente o Médio Oriente, e saudaram o alívio das tensões entre Israel e o Irão, ainda de acordo com Kallas.
A política estónia enfatizou a necessidade urgente de um cessar-fogo imediato em Gaza, a libertação dos reféns e o acesso humanitário pleno e irrestrito aos necessitados.
Em relação a Taiwan, a alta representante manifestou a oposição da UE a qualquer tentativa unilateral de alterar o status quo, mesmo através da força ou da coação.
Por fim, Kallas manifestou a sua preocupação com os direitos humanos na China, bem como com as ameaças híbridas na Europa provenientes da China.
Leia Também: Pequim sob alerta meteorológico (por tempestades e risco de deslizamento)
As autoridades de Pequim emitiram hoje vários alertas meteorológicos e ativaram os seus sistemas de resposta a emergências, perante a previsão de chuvas intensas e trovoadas na capital chinesa durante os próximos dois dias.
Noite em Lisboa está a tornar-se um pesadelo para os moradores... Entre a violência e o ruído, viver em zonas como o Martim Moniz ou o Bairro Alto está a tornar-se insustentável. Moradores e comerciantes exigem mais fiscalização e presença policial, sobretudo durante a noite, quando o encerramento dos bares marca o início dos momentos de maior insegurança.
Veja Também: Plataforma "Lisboa". Moradores da capital exigem ação a Carlos Moedas contra "uma situação caótica"
50 anos de presença na Guiné-Bissau: PNUD DESTACA VULNERABILIDADE DO PAÍS AOS IMPACTOS PROFUNDOS DE CONFLITOS NO MUNDO
Por: Aguinaldo Ampa O DEMOCRATA
A representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no país, Alessandra Casazza, alertou esta terça-feira, 01 de julho de 2025, que a Guiné-Bissau navega num cenário global complexo, devido aos impactos profundos de conflitos que o mundo enfrenta.
Alessandra Casazza, que falava por ocasião dos 50 anos do PNUD, disse que as mudanças nas prioridades geopolíticas, efeitos acelerados das alterações climáticas, a transformação tecnológica rápida e o agravamento das desigualdades e as dinâmicas globais estão a redefinir a cooperação para o desenvolvimento e colocar novas pressões sobre os países que procuram manter o rumo.
A representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento lembrou que a Guiné-Bissau tem enfrentado instabilidade política, fragilidade económica e desafios sociais, ainda assim o espírito de cooperação prevalece, tendo reafirmado o seu compromisso de continuar juntos neste caminho, rumo à prosperidade partilhada e ao desenvolvimento sustentável.
A cerimónia dos 50 anos da presença Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau decorreu em Bissau sob o lema: 50 Anos, 50 Histórias – Vozes de Impacto, realizada no Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense em Bissau.
“Ao longo das últimas cinco décadas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento esteve lado a lado com o povo e as instituições da Guiné-Bissau. Desde os primeiros dias de construção do Estado e recuperação pós-conflito, até ao apoio à governação democrática, reforço institucional e à promoção do desenvolvimento inclusivo, a nossa parceria evoluiu para responder às necessidades de cada momento. Trabalhamos juntos para ampliar o acesso aos serviços básicos, empoderar mulheres e jovens, proteger a biodiversidade e reforçar a resiliência às mudanças climáticas. Apoiamos processos eleitorais, reformas na justiça e a governação local”, indicou.
A responsável do PNUD informou que o declínio global da ajuda pública ao desenvolvimento, aliado à mudança de prioridades entre os países doadores, obriga-lhes a repensar a forma como trabalhar, a medida que o financiamento para o desenvolvimento se torna mais limitado e direcionado para outras prioridades globais, de maneira que são obrigados a ser mais ágeis, eficientes e orientados para o impacto.
Acrescentou, neste particular, que, apesar de muitos desafios a nível global e local, a instituição mantém-se firmemente comprometida com o povo da Guiné-Bissau.
Por seu lado, o ministro dos negócios Estrangeiros, Cooperação e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, disse que durante as cinco décadas, o PNUD tem sido um parceiro incontornável, estratégico e constante do Estado da Guiné-Bissau, sendo que o primeiro passo da cooperação ocorreu logo após a proclamação da independência nacional no dia 29 de junho de 1975, marcando assim a formalização do acordo de cooperação entre a Guiné-Bissau e o PNUD.
O governante informou que desde a assinatura do acordo de parceria, aquela instituição das Nações Unidas foi um parceiro presente e ativo em todos momentos da trajectória do país, apoiando sempre na construção do Estado e da Nação guineense, rumo ao desenvolvimento almejado, participando na promoção e fortalecimento da administração pública, da justiça e da governação democrática.
Ataques russos ascendem aos 5.681 em 1 dia: mísseis, 'drones' e bombas... A Rússia efetuou 5.681 ataques contra a Ucrânia nas últimas 24 horas, com mísseis, 'drones' e bombardeamentos aéreos, segundo o Estado-Maior das Forças Armadas de Kyiv.
As forças russas realizaram um ataque com mísseis e 60 ataques aéreos, utilizando dois mísseis e 119 bombas aéreas guiadas, entre a manhã de terça-feira e hoje, adiantou a mesma fonte nas redes sociais.
No total, refere, as tropas russas realizaram 5.681 ataques, incluindo também 108 com recurso a sistemas de lançamento múltiplo de 'rockets' (MLRS) e 2.674 'drones' kamikaze.
Os ataques aéreos russos atingiram as regiões de Sumy, Kharkiv, Dnipropetrovsk, Donetsk, Zaporijia e Kherson.
"Em resposta, as unidades aéreas e de artilharia da Ucrânia atacaram dez áreas de concentração de tropas e equipamento inimigo, bem como um alvo de elevado valor", referiu o Estado Maior ucraniano.
De acordo com a Procuradoria Regional de Kherson, citada pela agência Ukrinform, sete pessoas ficaram feridas nos bombardeamentos russos na região de Kherson durante o dia, tendo sido iniciada uma investigação preliminar sobre crimes de guerra.
De acordo com a investigação, o exército russo atacou povoações na região de Kherson com recurso a artilharia e 'drones'.
Ao final da tarde, sete pessoas ficaram feridas depois de terem sido atingidas por um bombardeamento russo na região de Kherson, adianta a Ukrinform.
Segundo os media ucranianos, durante o dia, como resultado do bombardeamento russo ao centro regional de Antonivka e Zmiivka com 'drones', mais seis civis ficaram feridos em diferentes graus.
Os media ucranianos referem ainda que na última noite as forças russas lançaram um ataque com 'drones' contra a comunidade urbana de Kramatorsk, utilizando cinco aparelhos kamikaze do tipo Shahed (Geran-2), resultando numa destruição generalizada, incluindo uma escola e 41 edifícios de apartamentos, sem vítimas registadas.
No terreno, adiantou o Estado Maior ucraniano, foram registados nas últimas 24 horas 171 confrontos entre as Forças de Defesa da Ucrânia e as tropas russas, tendo os combates mais intensos ocorrido no setor de Pokrovsk.
O chefe da diplomacia ucraniana, Andriy Sybiga apelou hoje na rede social X aos aliados da Ucrânia para continuarem a investir na sua indústria de armamento, que, além das suas próprias capacidades, precisa de todo o apoio possível devido à "magnitude do terrorismo" da Rússia.
"Esta escala massiva de terrorismo demonstra a rejeição flagrante da Rússia aos esforços de paz liderados pelos Estados Unidos e o seu apelo para pôr fim aos assassínios como um primeiro passo em direção a uma solução pacífica", defendeu.
O ministro ucraniano lamentou que os "ataques russos incessantes" sejam dirigidos sobretudo contra instalações civis, incluindo escolas, hospitais e áreas residenciais, fazendo eco de um relatório das Nações Unidas que afirma que as vítimas civis aumentaram 37% nos últimos seis meses.
"Agora não é tempo de decisões fracas. É tempo de demonstrar força e enviar os sinais certos para Moscovo", disse ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que Washington e Kyiv estão a esclarecer a ajuda militar norte-americana, após o anúncio de que os Estados Unidos deixaram de fornecer determinadas armas.
"A Ucrânia e os Estados Unidos estão a esclarecer todos os pormenores relativos ao fornecimento de apoio à defesa, incluindo componentes de defesa aérea", disse Zelensky no seu discurso diário.
Por seu lado, Andriy Sybiga referiu que a Ucrânia está pronta para "comprar ou alugar" defesas antiaéreas para fazer face ao "grande número de drones, bombas e mísseis" lançados pela Rússia contra o país.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Leia Também: Papa pede a bispos ucranianos para "permanecerem unidos" face a guerra "sem sentido"
O Papa Leão XIV assegurou aos bispos da Igreja Greco-Católica Ucraniana "proximidade". "Não é fácil encontrar palavras de conforto para as famílias que perderam entes queridos nesta guerra sem sentido. Imagino como é difícil para vós, que convivem diariamente com pessoas feridas no coração e no corpo", acrescentou.
Sean "Diddy" Combs absolvido da maior parte dos crimes (mas ainda arrisca 10 anos de prisão)
No veredicto do processo federal, o rapper norte-americano P. Diddy foi absolvido de três das cinco acusações que enfrentava, mas condenado em duas, podendo ser sentenciado a até 10 anos de prisão. Para além deste caso, o artista mantém várias outras acusações de crimes sexuais em processos ainda em curso.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Ataques dos EUA "atrasaram" programa nuclear iraniano por dois anos... O programa nuclear do Irão foi adiado cerca de dois anos após os ataques norte-americanos ordenados pelo Presidente Donald Trump, adiantou hoje o Departamento de Defesa (Pentágono), que cita avaliações dos serviços de informação dos Estados Unidos.
© Alex Wong/Getty Images Lusa 02/07/2025
"Atrasámos o seu programa em pelo menos um a dois anos, é o que a comunidade de inteligência do Departamento de Defesa está a avaliar", frisou o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.
Parnell sublinhou que o atraso causado ao programa nuclear iraniano está "provavelmente está mais perto dos dois anos".
Donald Trump já tinha estimado, no final de junho, que o programa nuclear iraniano tinha sido eliminado e atrasado por décadas, enquanto 'media' norte-americanos, que citaram um relatório confidencial de uma agência de informação norte-americana, estimou o atraso em apenas alguns meses.
A informação do Pentágono foi avançada no mesmo dia que o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, deu a aprovação final à legislação que suspende a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), dando sequência a uma votação anterior no parlamento.
A lei promulgada hoje visa "garantir o total apoio aos direitos do Irão" e, "em particular, ao enriquecimento de urânio" ao abrigo do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), segundo os meios de comunicação iranianos.
A ONU considerou preocupante esta decisão do Irão, enquanto Washington considerou inaceitável.
Em 25 de junho, um dia após o cessar-fogo imposto por Donald Trump após uma guerra de 12 dias entre o Irão e Israel, o Parlamento iraniano aprovou por larga maioria um projeto de lei que suspende a cooperação com a agência da ONU responsável pela segurança nuclear.
A decisão do Irão irritou também Israel, inimigo desde a Revolução Islâmica de 1979, e o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, apelou ao mundo para "utilizar todos os meios ao seu dispor para pôr fim às ambições nucleares do Irão".
Apelou à Alemanha, França e Reino Unido, os três países europeus que assinaram o acordo nuclear iraniano de 2015 com a China e os Estados Unidos, para "reinstaurarem todas as sanções contra o Irão" e fazerem-no "agora".
Este acordo tornou-se nulo e sem efeito após a retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018, e Teerão começou então a libertar-se das suas obrigações. Berlim classificou a decisão do Irão como um "sinal desastroso".
Afirmando que o Irão estava perto de desenvolver uma arma nuclear, Israel lançou um ataque maciço contra o país em 13 de Junho, atingindo centenas de instalações nucleares e militares.
O Irão, que nega procurar uma bomba atómica, mas defende o seu direito de enriquecer urânio para fins civis, retaliou com ataques de mísseis e drones contra Israel.
Os ataques israelitas fizeram pelo menos 935 mortos no Irão, segundo um relatório oficial. Em Israel, 28 pessoas foram mortas por mísseis iranianos, segundo as autoridades israelitas.
A questão do enriquecimento de urânio está no centro das divergências entre o Irão e os Estados Unidos, que iniciaram negociações indiretas em abril, mas foram interrompidas pela guerra.
As autoridades iranianas denunciaram veementemente o silêncio da AIEA face aos bombardeamentos israelitas e norte-americanos contra as instalações nucleares iranianas.
Teerão criticou ainda a agência por uma resolução adotada em 12 de junho, véspera dos primeiros ataques israelitas, acusando o Irão de incumprimento das suas obrigações na área nuclear.
O Irão rejeitou também um pedido do responsável da AIEA, Rafael Grossi, para visitar as suas instalações nucleares bombardeadas, a fim de apurar o que aconteceu ao seu 'stock' de urânio enriquecido a um nível próximo do limite de projeto para uma bomba atómica.
Grossi estimou que o Irão teria capacidade técnica para retomar o enriquecimento de urânio em "alguns meses".
ONU preocupada com saída de Estados europeus de tratado contra minas antipessoais... O alto-comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou hoje a sua preocupação com a retirada de seis países do leste europeu da Convenção de Otava para a proibição das minas antipessoais.
© Krishan Kariyawasam/NurPhoto via Getty Images Lusa 02/07/2025
"Estou alarmado com as medidas tomadas ou a ser ponderadas por Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Polónia e Ucrânia para saírem da convenção", disse Turk, em comunicado.
Contrapôs que este tratado foi concebido para regular a conduta das partes em conflitos armados, pelo que "cumpri-lo em tempo de paz para depois se retirar em tempos de guerra ou por novas considerações de segurança nacional socava seriamente o quadro do direito internacional humanitário".
Recordou também que estas minas "matam e mutilam indiscriminadamente civis e combatentes e afetam a liberdade de movimento das pessoas, o acesso a terras agrícolas e o direito ao desenvolvimento, inclusive décadas depois do fim das hostilidades".
Aqueles seis Estados defenderam a sua vontade de voltar a usar minas antipessoais, dada a insegurança regional e a necessidade de protegerem as suas fronteiras, desde logo as que têm com a Federação Russa, que não é parte subscritora da Convenção de Otava, tal como, aliás, EUA e China.
Leia Também: Kyiv registou 5 mil drones russos em junho e pede mais defesa aéreas
O chefe da diplomacia ucraniana, Andriy Sybiga, indicou hoje que a Rússia utilizou mais de cinco mil drones e 330 mísseis contra a Ucrânia em junho, um número que diz sobressair a necessidade de Kyiv de mais defesas aéreas.
Um avião abatido, dois irmãos torturados até à morte, jornalistas detidos: Rússia de costas voltadas com importante aliado
Eram, até há bem pouco tempo, parceiros próximos. Mas tudo ruiu nos últimos meses
Poucos diriam, há uns anos, que Rússia e Azerbaijão iriam estar de costas voltadas em 2025.
No final da Segunda Guerra do Nagorno-Karabakh, na qual Baku conquistou vários territórios que tinham sido ocupados por arménios pouco depois da dissolução da União Soviética, o Kremlin emergiu como o grande mediador que, para desagrado da Arménia, seu tradicional aliado no Cáucaso, adotou uma postura muito favorável ao Azerbaijão.
Na ofensiva azeri de setembro de 2023, durante a qual recuperou os últimos territórios ainda controlados pelos arménios no Nagorno-Karabakh, as forças de manutenção de paz russas não se colocaram no caminho das tropas de Baku e, mais uma vez, Moscovo entregou o seu amigo, membro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva - uma espécie de NATO que a Rússia formou com alguns países ex-soviéticos - e ofereceu um cessar-fogo com excelentes condições ao Azerbaijão.
Vladimir Putin e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, reuniram-se um pouco mais tarde, a 12 de outubro de 2023, à margem de um encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade de Estados Independentes em Bisqueque, capital do Quirguistão.
Ilham Aliyev e Vladimir Putin durante o seu encontro em Bisqueque, 12 de outubro de 2023 (Pavel Bednyakov, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP)
As fotos oficiais da pequena cimeira mostram Putin e Aliyev muito satisfeitos, com sorrisos de cumplicidade. As relações entre Azerbaijão e Rússia tinham atingido o seu auge. A partir daí, só poderiam cair. E caíram. Literalmente.
No dia de Natal de 2024, o voo 8243 da Azerbaijan Airlines partiu de Baku rumo à cidade de Grozny, na Chechénia. Era um dia de muito nevoeiro na cidade russa e o Embraer 190AR não conseguiu aterrar. Enquanto se faziam os preparativos para um regresso a Baku, passageiros e tripulantes sentiram uma forte explosão. Os pilotos perderam muitos dos controlos da aeronave. Muito provavelmente, tinham acabado de ser atingidos por um míssil terra-ar lançado por militares russos.
O avião acabou por cair perto do Aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, do outro lado do Mar Cáspio, para onde foi mandado pelos controladores aéreos. 38 pessoas morreram, 29 sobreviveram.
Imediatamente após o impacto, os pilotos do voo 8243, sem saber o que realmente tinha acontecido, reportaram uma colisão com um bando de aves. A verdade, ainda que não de forma oficial, tornou-se mais clara esta terça-feira, quando o portal de notícias azeri Minval publicou uma carta anónima que recebeu e que detalha, com recurso a testemunhos e gravações áudio, o que realmente se passou naquele dia: houve ordens para abater o avião.
A juntar a toda a situação, já de si bastante crítica, a resposta de Vladimir Putin, que lamentou o incidente, mas não pediu desculpa, gerou grande descontentamento no governo e sociedade civil azeris.
Destroços do voo 8243 da Azerbaijan Airlines (Azamat Sarsenbayev/AP)
Avançado para a atualidade, as tensões entre Moscovo e Baku recrudesceram no dia 27 de junho. Os irmãos Ziyaddin Safarov, de 55 anos, e Huseyn Safarov, de 60, foram detidos em Ecaterimburgo, juntamente com outras dezenas de pessoas, em ligação com os assassínios de vários empresários na cidade há cerca de 15 e 20 anos.
Um pequeno problema: os irmãos Safarov, azeris com nacionalidade russa, morreram durante as detenções. As autoridades russas alegaram que um dos irmãos morreu de ataque cardíaco, mas as autópsias feitas aos dois revelaram uma história negra: os dois homens sofreram hemorragias graves e tinham marcas de violência por todo o corpo.
À Associated Press, o irmão das vítimas, Sayfaddin Huseynli, afirmou que estas mortes foram “um ato desumano e cruel da Rússia contra migrantes - um ato de intimidação. Antes, à televisão estatal ITV, tinha dito que Ziyaddin e Huseyn tinham sido torturados com choques elétricos “mesmo sem investigação ou julgamento”.
A Procuradoria-Geral do Azerbaijão abriu esta terça-feira uma investigação às mortes, alegando que os dois irmãos foram “sujeitos a tortura e a lesões corporais graves” e mortos com “extrema crueldade”.
Dias antes, a 29 de junho, o Ministério da Cultura do Azerbaijão suspendeu todas as atividades relacionadas com a Rússia, como concertos e exposições, citando as duas mortes “extrajudiciais” como motivo, diz o Moscow Times, que noticia também que o governo suspendeu a visita do vice-primeiro-ministro russo Alexei Overchuk.
A mais mediática das reações foi, contudo, a rusga efetuada à sede da Sputnik Azerbaijão, o órgão local deste meio de comunicação estatal russo, na segunda-feira. O Ministério da Administração Interna do governo liderado por Ilham Aliyev alega, segundo a DW, que a Sputnik está a operar no país com recurso a “financiamento ilegal” e após a revogação da sua acreditação em fevereiro deste ano.
Durante o raide, foram detidos o editor da Sputnik Azerbaijão, Yevgeny Belousov, e o seu diretor, Igor Kartavykh. O incidente motivou repúdio do Kremlin, que chamou o embaixador azeri na Rússia, Rahman Mustafayev, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Perante a tensão crescente, alguns inimigos da Rússia procuram capitalizar. Esta terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve uma conversa telefónica com Aliyev, a quem expressou solidariedade e condolências pela morte dos irmãos Safarov.
“Ilham Aliyev partilhou pormenores que já foram apurados. Estes pormenores demonstram, uma vez mais, o ódio, o chauvinismo e o cinismo dos russos. O presidente do Azerbaijão agradeceu à Ucrânia e ao povo ucraniano pelo seu apoio”, pode ler-se no comunicado da presidência da Ucrânia, que menciona também que Zelensky convidou Aliyev para uma visita à Ucrânia.
Quem também parece estar a tomar o lado de Baku é a Turquia. Alguns meios de comunicação locais reportaram que Arménia, Azerbaijão e Turquia estão perto de um acordo relativo ao Corredor de Zangezur, o que levaria Ancara a substituir Moscovo como principal mediador das tensões entre os dois países do Cáucaso.
Ao Middle East Eye, o analista de política externa azeri Rusif Huseynov apontou que também o Azerbaijão tem interesse em distanciar-se da Rússia.
"A política externa diversificada do Azerbaijão - ancorada em alianças com a Turquia e o Paquistão, parcerias estratégicas com Israel e, mais recentemente, com a China - reduziu ainda mais a sua dependência de Moscovo”, disse Huseynov. “Os responsáveis russos estão provavelmente inquietos com a expansão da influência política e militar da Turquia no Sul do Cáucaso, especialmente através dos seus laços estreitos com o Azerbaijão”.
Guiné-Bissau. Ministério Público declara "ilegais" a Frente Popular e Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil
Por Rádio Capital Fm
O Ministério Público da Guiné-Bissau declarou, esta quarta-feira (02.07), que a organização cívica Frente Popular (FP) e o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil guineense são "ilegais" e proíbe as duas estruturas de realizar atividades reservadas às entidades legais.
"Por carecerem da Personalidade Jurídica, [as duas organizações] não podem organizar quaisquer atividades relacionadas com a organização das atividades reservadas às entidades com Personalidade Jurídica, sob pena da lei faltando", lê-se numa nota do Gabinete da Imprensa e Relações Públicas do Ministério Público, assinado por seu responsável, Emerson Gomes Correia, à qual a CFM teve acesso.
Segundo a mesma nota, a Frente Popular e Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil terão recusado receber um convite do Ministério Público, que lhes solicitava um encontro para abordar a sua "ilegalidade".
Aquela instância diz ainda ter notificado as duas organizações, no sentido de apresentarem documentos que comprovassem a sua legalidade, nomeadamente os estatutos e comprovativos de que adquiriram a personalidade jurídica. Mas a nota não diz se os documentos solicitados foram entregues ou não.
O Ministro Público, através do seu Gabinete da Imprensa e Relações Públicas alerta as instituições públicas e os parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, de que a Frente Popular e o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil "não são legais" para se manter relações ou cooperação.
"Para o efeito, o Ministério Público alerta a todas as instituições e parceiros de desenvolvimento [da Guiné-Bissau], de que a Personalidade Jurídica das pessoas coletivas não é supra legal e, porque tanto a Frente Popular como o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil, carecem desta personalidade, as mesmas não podem entrar em relação jurídica com quaisquer entidades, ou seja, não podem praticar atos jurídicos em seu nome próprio ou demandar em juízo", lê-se na nota.
Senegal, país africano mais endividado... Um relatório do banco britânico Barclays avaliou a dívida do Senegal a 119% do PIB em 2024. Os mercados financeiros sancionaram de imediato o país devido a essa informação.
Por Marco Martins RFI 02/07/2025
No Senegal, a dívida pública, estimada pelo tribunal de contas em 99,7% do PIB (ndr: Produto Interno Bruto) em 2023, acabou por ser agora avaliada em 119% do PIB segundo um relatório do banco Barclays.
O Senegal é o país mais endividado em África e um dos três a ultrapassar os 100% com a Zâmbia e Cabo Verde.
Estes números preocupam visto que houve um salto de quase 20%, um aumento vertiginoso. Para calcular esta taxa de endividamento, o banco britânico baseou-se sobre a dívida estimada por Dacar que era de 23 500 mil milhões de francos CFA no fim do ano passado, não havendo indicações sobre o PIB em 2024.
A Barclays não é a primeira instituição a vincar este problema: no mês de Abril, o FMI (ndr: Fundo Monetário Internacional) estimou a dívida em 111,4% do PIB.
A primeira consequência é a sanção nos mercados financeiros. Após a divulgação desse relatório, as obrigações senegalesas perderam 9,1% do seu valor, isto significa mais do que a Ucrânia com 8,6%.
Concretamente, isto significa que o país vai ter de pedir empréstimos com taxas mais elevadas nos próximos meses, enquanto o empréstimo do FMI, avaliado em 1,8 mil milhões de dólares, continua suspenso.
O FMI espera uma maior visibilidade no que diz respeito às finanças senegalesas antes de libertar a ajuda financeira.
Do lado do Governo senegalês, a única reacção foi que há um estudo em curso sobre a dívida pública de 2019 a 2024 e que os números não podem ser apresentados por não serem ainda fiáveis.
Imigrantes "em pânico" com alterações legislativas em Portugal... As alterações às leis da nacionalidade e de estrangeiros que vão ser discutidas no parlamento na sexta-feira estão a gerar "pânico" nas comunidades do subcontinente indiano, com muitos a queixarem-se de já não serem desejados.
Por LUSA
"Se compararmos com outros países europeus, Portugal não tem os mesmos salários, aqui são mais baixos, mas as pessoas optavam por ficar aqui porque sentiam segurança, poderiam trazer a sua família, construir aqui vida e obter a cidadania, mas agora parece que nada disto vai acontecer", disse à Lusa o presidente da Casa da Índia, Shiv Kumar Singh.
O dirigente associativo é um dos cinco representantes das comunidades imigrantes no Conselho Nacional para as Migrações e Asilo (CNMA), órgão que não foi avisado pelo Governo das propostas de lei, as primeiras iniciativas legais apresentadas pelo governo, que alargam os prazos para a obtenção da nacionalidade, admitem a retirada da cidadania a naturalizados e impõem limites ao reagrupamento familiar.
"Os cinco conselheiros foram eleitos democraticamente e o Governo ignorou-nos", lamentou Shiv Kumar Singh, que se queixa do discurso em torno da regulação das entradas em vez de medidas de integração.
Para o dirigente da Casa da Índia, "a comunidade [indiana] concorda que deve existir respeito pela lei e que a lei deve ser a favor de todos. Mudar estas regras é estar a criar pânico entre as pessoas, que tinham planos, queriam ficar cá e agora não se sentem desejadas" pelo Governo português.
"Estamos a favor de uma imigração regulada e organizada, mas, a nosso ver, estas medidas são unilaterais e não ajudam o país" disse, acusando o executivo de criar regras discricionárias, ao definir prazos diferentes de residência para o acesso à nacionalidade portuguesa (sete anos para de autorização de residência para quem é lusófono e dez anos para os restantes).
Shiv Kumar Singh disse que "o governo fala que tem uma linha humanista, mas criou classes entre seres humanos".
O alargamento dos prazos para o requerimento de nacionalidade é uma das principais queixas, já que a atual lei permite o acesso a quem tenha cumprido cinco anos após o pedido de autorização de residência.
Alam Kazoi, dirigente da Comunidade do Bangladesh do Porto, afirmou que "as pessoas estão preocupadas com este regresso ao passado", numa referência ao facto de as propostas do governo remontarem a prazos de 2007.
"Os imigrantes pensavam que conseguiriam ter a nacionalidade com menos tempo e muitos vieram para cá, mesmo sabendo que Portugal paga mal", recordou o dirigente.
E o pedido de nacionalidade, em muitos casos, nada tem a ver com o desejo de sair de Portugal, mas porque a "burocracia para quem é imigrante é impossível".
"As pessoas estão preocupadas, porque nada funciona, não há renovações de vistos, não há resposta da AIMA [Agência para a Integração, Migrações e Asilo] e conseguir a nacionalidade era acabar com uma burocracia", porque "é possível renovar um cartão de cidadão em poucos dias".
Hoje, "muitos estão presos em Portugal e não conseguem ir a casa ver a família, porque os documentos estão caducados", devido à falta de resposta da AIMA, acusou Kazoi.
O governo português tem prolongado administrativamente a validade dos documentos dos imigrantes, mas essa decisão nem sempre é aceite pelas autoridades de outros países.
A estes problemas soma-se a proposta de introdução de um novo prazo para o reagrupamento familiar por parte do Governo, que quer exigir um período mínimo de dois anos com autorização de residência para poder requerer a vinda de familiares para Portugal.
Apesar das promessas, há dois anos que a AIMA não abre vagas para reagrupamento familiar e por isso, a maioria dos imigrantes é do sexo masculino e está em Portugal sem família, criando problemas de integração e inclusão social.
"As pessoas vieram para cá, estavam à espera de uma coisa e depois fazem isto. Parece que não gostam dos imigrantes", desabafou o dirigente da comunidade do Bangladesh.
Leia Também: O Governo finlandês vai propor a cessação do mandato da embaixadora finlandesa em Lisboa, para "garantir que a embaixada se mantém funcional", após queixas dos funcionários de assédio e comportamento inapropriado da diplomata, anunciou hoje a diplomacia finlandesa.
Redução de armas? Kyiv afirma não ter sido "notificada" pelos EUA... A Ucrânia afirmou hoje não ter sido "oficialmente notificada" pelos Estados Unidos sobre a cessação do fornecimento de certas armas e apelou ao seu aliado para que mantenha um "apoio constante" para pôr fim à invasão russa.
Por LUSA
"A Ucrânia não recebeu qualquer notificação oficial sobre a suspensão ou revisão dos calendários de entrega da ajuda militar acordada. O caminho para o fim da guerra passa por uma pressão constante e comum sobre o agressor, bem como pelo apoio inabalável à Ucrânia", afirmou o Ministério da Defesa ucraniano, em comunicado.
Já a Rússia considerou hoje que a redução do fornecimento de determinadas armas à Ucrânia anunciada pelos Estados Unidos (EUA) aproxima o fim da guerra, numa altura em que Kyiv diz estar a tentar clarificar a situação com Washington.
Um alto funcionário da Casa Branca (presidência dos Estados Unidos) disse à televisão norte-americana CNN que o secretário da Defesa, Pete Hegseth, autorizou a suspensão dos fornecimentos de armas à Ucrânia, incluindo mísseis antiaéreos, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
"Quanto menos armas forem entregues à Ucrânia, mais próximo estará o fim da operação militar especial", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias France-Press (AFP).
A "Operação Militar Especial" é a designação oficial da Rússia para a invasão da Ucrânia, que Moscovo lançou em fevereiro de 2022.
Peskov acrescentou que, tendo em conta as informações tornadas públicas, "a razão para esta decisão são os arsenais vazios, a falta de armas nos arsenais dos Estados Unidos", o que foi confirmado pela imprensa norte-americana.
Em Kyiv, um conselheiro do Presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia estava a tentar clarificar a situação com Washington, o primeiro apoio militar do país desde 2022.
"Estamos a esclarecer a situação", disse à imprensa Dmytro Lytvyne.
Segundo o conselheiro de Zelensky, "a comunicação com a parte norte-americana prossegue atualmente a todos os níveis".
O fornecimento suspenso inclui intercetores para os sistemas de defesa aérea Patriot, segundo funcionários do Pentágono (defesa), citados pela EFE.
Abrange também projéteis de artilharia guiados com precisão e mísseis que a força aérea ucraniana dispara a partir de aviões F-16 fabricados nos Estados Unidos, acrescentaram as mesmas fontes.
Os Estados Unidos foram o principal fornecedor de armas a Kyiv desde o início da invasão russa, mas as coisas mudaram desde que Donald Trump se tornou Presidente, em janeiro deste ano.
De acordo com o último relatório do Instituto Kiel, que acompanha as entregas de armas ocidentais à Ucrânia, a Europa já ultrapassou os Estados Unidos no total da ajuda prestada.
Os europeus enviaram 72 mil milhões de euros em ajuda militar, contra 65 mil milhões de euros dos norte-americanos, segundo o instituto alemão, citado pela EFE.
Hegseth já tinha anunciado recentemente uma redução da ajuda militar à Ucrânia no próximo orçamento, argumentando que a prioridade deveria ser o exército norte-americano.
"Esta administração tem uma visão muito diferente do conflito. Acreditamos que uma solução negociada e pacífica é do interesse de ambas as partes e da nossa nação", disse ao Congresso dos Estados Unidos.
Volodymyr Zelensky também já tinha afirmado que Washington iria enviar para o Médio Oriente os 20.000 mísseis que deveria fornecer a Kyiv no âmbito de um acordo alcançado com a administração de Joe Biden.
Leia Também: A Rússia considerou hoje que a redução do fornecimento de determinadas armas à Ucrânia anunciado pelos Estados Unidos aproxima o fim da guerra, enquanto Kyiv anunciou que estava a tentar clarificar a situação com Washington.
Estados Unidos: 'Alcatraz dos Jacarés': A prisão para imigrantes cujo perigo está lá fora... Em causa está um centro de detenção para imigrantes ilegais no estado norte-americano da Florida. Esta prisão é cercada por uma região pantanosa, onde vivem jacarés e cobras venenosas.
© ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images Notícias ao Minuto com Lusa 02/07/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou, na terça-feira, na abertura do centro de detenção de imigrantes ilegais no estado da Florida conhecido como 'Alcatraz dos Jacarés', numa zona ambientalmente sensível e sagrada para povos indígenas.
Além de Trump, estiveram também presentes o governador da Florida, Ron DeSantis, promotor do 'Alcatraz dos Jacarés' no coração do parque natural Everglades, e a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem.
A Casa Branca declarou que o novo centro foi concebido para acolher 5.000 pessoas, enquanto as autoridades da Florida falaram de mil lugares. Os custos de funcionamento da estrutura estão estimados em 450 milhões de dólares (cerca de 383 milhões de euros ao câmbio atual) por ano.
As autoridades estaduais afirmaram que 'Alcatraz dos Jacarés', centro que descreveram como temporário, contará com tendas e roulottes, permitindo ao estado adicionar 5.000 camas de detenção de imigrantes até ao início de julho e libertar espaço nas prisões locais.
Tal como noutros centros semelhantes no país, as autoridades pretendem deter temporariamente os imigrantes ilegais enquanto aguardam deportação do país. A estrutura foi montada num antigo aeródromo.
Qual a explicação para o nome?
Tanto a Casa Branca como as autoridades locais apelidaram-no este centro de 'Alcatraz dos Jacarés' numa referência à antiga ilha-prisão de São Francisco que Donald Trump planeia reabrir - a prisão de Alcatraz, a histórica prisão ao largo da cidade californiana de São Francisco, num rochedo no mar, desativada em 1963 e para onde foram durante décadas enviados alguns dos maiores criminosos do país.
Aos olhos de DeSantis e de outras autoridades estaduais, o isolamento do aeródromo nos Everglades, rodeado de zonas húmidas repletas de mosquitos, cobras venenosas e jacarés (o que explica a citação a este animal no nome do centro), consideradas sagradas para as tribos nativas americanas, torna-o um local ideal para deter imigrantes ilegais.
"As cobras são rápidas, mas os jacarés (...). Vamos ensiná-los a fugir de um jacaré, ok?"
Ontem, na sua visita ao polémico centro de detenção migratório, Trump ironizou que os imigrantes que tentem fugir do local correm o risco de serem atacados por animais selvagens. Quando questionado pelos jornalistas sobre se o objetivo do centro de detenção de imigrantes era, em caso de fuga, serem atacados pelos répteis, o presidente respondeu: "É esse o conceito".
"As cobras são rápidas, mas os jacarés (...). Vamos ensiná-los a fugir de um jacaré, ok?", afirmou Trump, num tom jocoso.
"Se fugirem da prisão, como escapar: não corram em linha reta e sabem que mais? As vossas hipóteses aumentam em 1%", acrescentou.
Já o governador da Florida congratulou-se por o presidente poder constatar no local que "quando se leva pessoas para lá, não há forma de elas escaparem".
"Claramente, do ponto de vista da segurança, se alguém escapar, sabem, há muitos jacarés", disse DeSantis, que foi um dos principais rivais de Donald Trump na nomeação presidencial pelo Partido Republicano em 2024.
Note-se que democratas e ativistas condenaram o plano como um espetáculo insensível e politicamente motivado.
Grupos ambientalistas da Florida apresentaram na semana passada uma ação judicial federal para bloquear a construção do centro de detenção de imigrantes até que seja sujeito a uma rigorosa revisão ambiental, conforme exigido pelas leis federais e estaduais. O recurso à Justiça junta o Centro para a Diversidade Biológica e os Amigos dos Everglades.
O projeto motivou também protestos de povos indígenas que consideram a terra sagrada, incluindo 15 aldeias tribais tradicionais Miccosukee e Seminole remanescentes, para além de locais cerimoniais e de enterro e outros locais de reunião.
Pode ver algumas imagens na fotogaleria👇.
Leia Também: Trump troça de imigrantes que venham a ser detidos em "Alcatraz dos Jacarés"
O Presidente dos Estados Unidos visitou hoje o polémico centro de detenção migratório construído na Florida conhecido por "Alcatraz dos Jacarés", ironizando que os imigrantes que tentem fugir do local correm o risco de serem atacados por animais selvagens.






.webp)




.jpeg)








.jpg)

.webp)













