quinta-feira, 3 de julho de 2025

50 anos de presença na Guiné-Bissau: PNUD DESTACA VULNERABILIDADE DO PAÍS AOS IMPACTOS PROFUNDOS DE CONFLITOS NO MUNDO 

Por: Aguinaldo Ampa  O DEMOCRATA 

A representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no país, Alessandra Casazza, alertou esta terça-feira, 01 de julho de 2025, que a Guiné-Bissau navega num cenário global complexo, devido aos impactos profundos de conflitos que o mundo enfrenta.

Alessandra Casazza, que falava por ocasião dos 50 anos do PNUD, disse que as mudanças nas prioridades geopolíticas, efeitos acelerados das alterações climáticas, a transformação tecnológica rápida e o agravamento das desigualdades e as dinâmicas globais estão a redefinir a cooperação para o desenvolvimento e colocar novas pressões sobre os países que procuram manter o rumo.

A representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento  lembrou que a Guiné-Bissau tem enfrentado instabilidade política, fragilidade económica e desafios sociais, ainda assim o espírito de cooperação prevalece, tendo reafirmado o seu compromisso de continuar juntos neste caminho, rumo à prosperidade partilhada e ao desenvolvimento sustentável.

A cerimónia dos 50 anos da presença Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau decorreu em Bissau sob o lema: 50 Anos, 50 Histórias – Vozes de Impacto,  realizada no Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense em Bissau. 

“Ao longo das últimas cinco décadas, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento esteve lado a lado com o povo e as instituições da Guiné-Bissau. Desde os primeiros dias de construção do Estado e recuperação pós-conflito, até ao apoio à governação democrática, reforço institucional e à promoção do desenvolvimento inclusivo, a nossa parceria evoluiu para responder às necessidades de cada momento. Trabalhamos juntos para ampliar o  acesso aos serviços básicos, empoderar mulheres e jovens, proteger a biodiversidade e reforçar a resiliência às mudanças climáticas. Apoiamos processos eleitorais, reformas na justiça e a governação local”, indicou. 

A responsável do PNUD informou que o declínio global da ajuda pública ao desenvolvimento, aliado à mudança de prioridades entre os países doadores, obriga-lhes a repensar a forma como trabalhar, a medida que o financiamento para o desenvolvimento se torna mais limitado e direcionado para outras prioridades globais, de maneira que são obrigados a ser mais ágeis, eficientes e orientados para o impacto.

Acrescentou, neste particular, que, apesar de muitos desafios a nível global e local, a instituição mantém-se firmemente comprometida com o povo da Guiné-Bissau. 

Por seu lado, o ministro dos negócios Estrangeiros, Cooperação e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, disse que durante as cinco décadas, o PNUD tem sido um parceiro incontornável, estratégico e constante do Estado da Guiné-Bissau, sendo que o primeiro passo da cooperação ocorreu logo após a proclamação da independência nacional no dia 29 de junho de 1975, marcando assim a formalização do acordo de cooperação entre a Guiné-Bissau e o PNUD.

O governante informou que desde a assinatura do acordo de parceria, aquela instituição das Nações Unidas foi um parceiro presente e ativo em todos momentos da trajectória do país, apoiando sempre na construção do Estado e da Nação guineense, rumo ao desenvolvimento almejado, participando na promoção e fortalecimento da administração pública, da justiça e da governação democrática.

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