quarta-feira, 29 de maio de 2024
Netanyahu agradece a Nikki Haley apoio para sancionar TPI
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Por Lusa 29/05/24
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu hoje à republicana Nikki Haley o apoio à proposta de alguns congressistas norte-americanos de sancionar o Tribunal Penal Internacional (TPI), cujo procurador solicitou na semana passada um mandado para o deter.
"Penso que é importante enviar uma mensagem ao TPI de que as sociedades livres manterão o direito e a capacidade de defender-se", declarou Netanyahu numa reunião com a antiga embaixadora dos Estados Unidos na ONU e ex-aspirante a candidata presidencial pelo Partido Republicano, de visita a Israel para mostrar o seu apoio ao país na guerra que trava há quase oito meses contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Netanyahu disse sentir-se "desiludido" com a aparente recusa da Casa Branca em apoiar as iniciativas contra o TPI sugeridas por alguns membros do Congresso, depois de um dos porta-vozes do Governo norte-americano, John Kirby, ter afirmado na terça-feira que o executivo não considerava serem a melhor resposta ao anúncio do procurador daquele tribunal, Karim Khan.
"Israel está a combater os inimigos dos Estados Unidos, e digo-lhe a si e a todos em Israel: ignorai o ruído de fundo, sabeis qual é a vossa missão", sustentou, por seu lado, a política Republicana.
Haley, que se retirou há alguns meses da corrida à nomeação Republicana para as eleições presidenciais de novembro próximo (deixando Trump como único candidato conservador), esteve hoje na fronteira com o Líbano, onde escreveu à mão a mensagem "Acabem com eles! Os Estados Unidos amam Israel. Sempre vossa, Nikki Haley", num dos obuses israelitas prontos a serem disparados.
Durante a sua visita, a política norte-americana também se encontrou com o Presidente israelita, Isaac Herzog, e com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, para os quais o Procurador-Geral do TPI também solicitou mandados de captura.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o movimento islamita palestiniano Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.189 pessoas, na maioria civis.
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - fez também 252 reféns, 121 dos quais permanecem em cativeiro e 37 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 236.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 36.100 mortos, 81.400 feridos e cerca de 10.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
Leia Também: As forças israelitas reivindicaram o controlo "nos últimos dias" do corredor de Filadélfia, uma zona tampão de 14 quilómetros dentro da Faixa de Gaza, que faz fronteira com o Egito.
Coreia do Norte dispara míssil balístico em direção ao mar do Japão
SIC Notícias 29/05/2024
A Coreia do Norte disparou hoje um míssil balístico em direção ao mar do Japão, adiantaram fontes militares sul-coreanas, sobre o mais recente teste que ocorre dias depois da tentativa falhada de Pyongyang de lançar um satélite espião.
A Coreia do Norte disparou esta quarta-feira um míssil balístico em direção ao mar do Japão, adiantaram fontes militares sul-coreanas, sobre o mais recente teste que ocorre dias depois da tentativa falhada de Pyongyang de lançar um satélite espião.
O Estado-Maior Conjunto sul-coreano, citado pela agência Yonhap, confirmou o lançamento, sem adiantar mais detalhes.
O Ministério da Defesa japonês informou, por sua vez, que o projétil lançado pela Coreia do Norte em direção ao mar do Leste, também conhecido como mar do Japão, terá caído por volta das 06:21 de quinta-feira locais (22:21 de quarta-feira em Lisboa) nas águas do mar do Japão, e aparentemente fora do seu território.
A Coreia do Norte confirmou na segunda-feira que o lançamento de um foguete espacial, para colocar em órbita um satélite espião, falhou devido a um alegado problema no motor do propulsor.
Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detetado o rasto do projétil lançado da zona de Tongchang-ri - no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae - em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo).
Apenas dois minutos depois de localizar o lançamento, os radares sul-coreanos voltaram a detetar o projétil "como um grande aglomerado de fragmentos nas águas norte-coreanas", indicando que o foguetão falhou em pleno voo.
A Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na primavera e no verão de 2023.
Em novembro, Pyongyang conseguiu finalmente lançar com êxito o foguetão e colocar em órbita o seu primeiro satélite espião, o Malligyong-1.
A Coreia do Norte afirmou no início deste ano que iria lançar mais três satélites espiões "Malligyong" até 2024.
Para o êxito do lançamento de novembro, acredita-se que tenha sido fundamental a ajuda da Rússia, que foi muito reforçada depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, terem realizado uma cimeira, em setembro de 2023.
Washington, Seul e Tóquio condenam estes lançamentos espaciais norte-coreanos, argumentando que representam uma violação das sanções da ONU, que proíbem Pyongyang de utilizar tecnologia de mísseis balísticos.
Com LUSA
O Canadá admite que a Ucrânia use as armas que lhe cedeu para atacar território russo, disse hoje a chefe da diplomacia canadiana sobre um tema que tem dividido os aliados da NATO.
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Por Lusa 29/05/24
Canadá admite que Kyiv use armas para atacar solo russo
O Canadá admite que a Ucrânia use as armas que lhe cedeu para atacar território russo, disse hoje a chefe da diplomacia canadiana sobre um tema que tem dividido os aliados da NATO.
"Não existem condições de utilização final para o envio de armas do Canadá para a Ucrânia", afirmou Mélanie Joly, numa conferência de imprensa com o seu homólogo sueco, Tobias Billström, em Estocolmo.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá afirmou ainda que tenciona defender a utilização sem restrições das armas recebidas pela Ucrânia na reunião informal dos chefes da diplomacia da Aliança Atlântica a decorrer em Praga, República Checa, na quinta e sexta-feira.
"Acreditamos que temos de ser agressivos nesta questão", afirmou Joly.
"A Rússia não tem linhas vermelhas e é por isso que temos de garantir que, no que diz respeito à defesa da Ucrânia, estamos a ajudá-la e que estamos do seu lado", afirmou a ministra canadiana.
Por seu lado, os Estados Unidos não aconselham Kiev a efetuar ataques dentro da Rússia com armas norte-americanas, uma posição que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, reforçou hoje.
"Não encorajámos nem facilitámos ataques fora da Ucrânia. Mas (...) a Ucrânia tem de tomar as suas próprias decisões sobre a melhor forma e a mais eficaz de se defender", afirmou Blinken numa conferência de imprensa no final da sua visita à Moldova.
O secretário de Estado norte-americano acrescentou: "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a Ucrânia dispõe do equipamento necessário para o fazer".
Blinken afirmou que, apesar de os militares russos terem tirado partido do atraso do Congresso dos Estados Unidos na aprovação da ajuda militar a Kiev, esta está agora a chegar à linha da frente.
As armas já estão a ter um "efeito" na estabilização da frente de combate na região de Kharkiv (nordeste), que tem sido palco de uma ofensiva russa bem sucedida há várias semanas.
Blinken afirmou que o Kremlin (presidência russa) não conseguiu tomar a segunda cidade da Ucrânia e provocar um "êxodo em massa" da sua população.
O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou esta semana a Europa com "graves consequências", caso os países da NATO permitam que a Ucrânia utilize armamento ocidental contra alvos em território russo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, afirmou no início deste mês que, tal como a Rússia ataca a Ucrânia no seu próprio território, é compreensível que Kiev sinta a necessidade de se defender, nomeadamente através de ataques direcionados contra o território russo.
Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, já se mostrou favorável ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra o território russo para neutralizar pontos de onde a Rússia lança os seus mísseis, desde que os alvos não sejam civis.
Na mesma linha, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou esta semana ter chegado o momento de levantar esta restrição e argumentou que atacar alvos militares em solo russo, a partir dos quais a Ucrânia está a ser bombardeada, é uma forma de legítima autodefesa.
Portugal, pela voz do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, está "mais relutante" e defende "alguma prudência" quanto a esta possibilidade para "evitar uma escalada" do conflito.
Já o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, considerou hoje que "qualquer pessoa normal" compreenderia a utilização de armamento por parte da Ucrânia, em "ações defensivas", contra alvos militares em território russo, uma posição pessoal que disse não comprometer o Governo português.
Na segunda-feira, a Assembleia Parlamentar da NATO, uma instituição independente da Aliança Atlântica, aprovou uma declaração de apoio à capacidade da Ucrânia de atacar alvos militares na Rússia também com armas fornecidas por países aliados.
Leia Também: A ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa afirmou hoje que a Ucrânia pode usar as armas doadas pela Finlândia para atacar alvos em território russo, porque a ONU reconhece o direito de um país atacado a defender-se do agressor.
Dirigentes do PAIGC integrados no governo de iniciativa Presidencial em conferência de imprensa.
Ali nha considjus ...Cadí Seidi
Por Cadí Seidi
Ku permisson de nha colegas ku sé caras stá nés foto, n'bin pá dissa nha modesto considjo pâ és tempo di tchuba ku tchiga sin (ami î autoridades nin specialista ambiental ou de metereologia).
Ali nha considjus: 👇
1. Nô limpa nô moranssas;
2. Nô kuida ku fugus;
3. Nô kuida ku mininus. bedjos, doentes, animales, ka nô dissa elis son na kasa;
4. Si bento, tchuba ten, no kuida ku telefones, kusas de aluminio, spedjus, pabia de raios;
5. Si bento forte ten, nô fitcha portas ku janelas de kasas;
6. Si tchuba na tchubi, pa ka ninguin n' gosta na postos de luz ô bas de árvores;
7. Pa ka mininus nada na obulun, pabia de corrente de iagu, fios de luz ku ta kai na caminhus;
8. Nô kuida ku iagu di bibi, nô kubri kumidas, nô laba mons, pâ ivita duensas suma bangabarriga ku bitchus;
9. Si nô ka tené nada di faci na rua, nô entra nô kasa cedo;
10. Nô trata de tené lampadas de mon na kasa pabia di sukuro.
Obrigada
Bissau, 29 de maio de 2024
Cadi Seidi
Pentenclen di Saman
Os deputados israelitas aprovaram hoje um projeto de lei que visa declarar como "grupo terrorista" a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), insistindo numa posição anti-ONU.
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Por Lusa 29/05/24
Parlamento israelita aprova projeto de lei que declara UNRWA terrorista
Os
deputados israelitas aprovaram hoje um projeto de lei que visa declarar
como "grupo terrorista" a Agência das Nações Unidas de Assistência aos
Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA), insistindo numa
posição anti-ONU.
Segundo o diário The Times of Israel, o parlamento deu a sua aprovação inicial à proposta, apresentada por Yulia Malinovsky, membro da oposição Yisrael Beitenu, e apoiada pela coligação governamental liderada por Benjamin Netanyahu.
No entanto, os meios de comunicação social israelitas referem que a coligação governamental - composta por partidos de extrema-direita e ultraortodoxos - deverá arquivar o projeto de lei antes da sua aprovação final, o que torna improvável a promulgação do texto.
A própria Malinovsky afirmou recentemente que o texto conduziria a "uma dissociação completa da agência" em relação às autoridades israelitas.
"Não há cooperação", afirmou numa entrevista ao JNS, um dos meios de comunicação social israelitas, em que argumentou que a UNRWA "tem cooperado com o Hamas há anos".
Malinovsky afirmou ainda que a UNRWA "participou ativamente no assassínio, rapto e violação de cidadãos israelitas" durante os ataques de 07 de outubro do Hamas e de outros grupos palestinianos, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de 240 sequestros, de acordo com as autoridades oficiais israelitas.
"Espero que todos os membros íntegros do Knesset [Parlamento] votem a favor deste projeto de lei e façam justiça aos mortos, aos feridos, aos raptados e a todos os cidadãos de Israel", afirmou, em consonância com as acusações do governo de que membros da agência estariam alegadamente envolvidos nos ataques.
No entanto, a investigação externa conduzida pela antiga ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, para examinar o trabalho da agência, concluiu em abril que Israel não tinha conseguido apresentar provas das ligações atribuídas a vários dos seus funcionários com o terrorismo, o que levou vários países a suspender as suas contribuições para a UNRWA, só parcialmente retomadas desde então.
Nos últimos meses, Israel intensificou as críticas à UNRWA, tendo mesmo apelado à cessação do seu mandato e à substituição do seu trabalho por outras agências das Nações Unidas e organizações não-governamentais, o que a ONU considerou inviável dada a relevância da agência na prestação de assistência à população palestiniana e aos refugiados palestinianos na região.
A UNRWA foi criada na sequência da fundação do Estado de Israel em 1948, através da resolução 302 da Assembleia Geral das Nações Unidas, e iniciou as suas atividades em maio de 1950.
Na ausência de uma solução para a questão dos refugiados palestinianos desde então, o mandato foi renovado até junho de 2026.
A agência serve as populações dos Territórios Palestinianos Ocupados e os refugiados na região. Na altura da sua criação, servia as necessidades de cerca de 750.000 pessoas. Atualmente, esse número é de 5,9 milhões de palestinianos, de acordo com dados do portal da organização.
Os serviços da UNRWA abrangem a educação, a saúde, os serviços sociais, a assistência de emergência, as microfinanças e as infraestruturas nos campos de refugiados, e a ONU considera que o seu trabalho é essencial, tanto diretamente como através do fornecimento de infraestruturas e redes que facilitam o trabalho de outras agências e ONG.
Leia Também: A Alemanha anunciou hoje a suspensão do seu financiamento à agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) até esclarecimento do alegado envolvimento de alguns dos seus funcionários, sugerido por Israel, no ataque do Hamas a 7 de outubro.
O Presidente do Ruanda afirmou hoje, em Nairobi, que é "do interesse do mundo que marginalizou África" contribuir para o seu desenvolvimento porque em algumas décadas será o "único" continente com uma classe média "crescente".
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Por Lusa 29/05/24
Quem "marginalizou" África deve apoiar o seu desenvolvimento
O Presidente do Ruanda afirmou hoje, em Nairobi, que é "do interesse do mundo que marginalizou África" contribuir para o seu desenvolvimento porque em algumas décadas será o "único" continente com uma classe média "crescente".
"Mas África não pode esperar que mais ninguém nos dê esta oportunidade, por isso devemos estar na linha da frente, lutando por este direito, para nós mesmos, mas também para o que contribui para o bem-estar do resto do mundo", afirmou Paul Kagame no evento diálogo presidencial de alto nível, na capital do Quénia, à margem dos encontros anuais do Banco Africano de Desenvolvimento.
"Dentro de algumas décadas, o único lugar neste mundo que terá uma classe média crescente será África. Portanto, é mesmo do interesse do resto do mundo que marginalizou África contribuir para o bem-estar do nosso continente. Porque o crescimento de África, baseado nesta classe média, alimenta o crescimento do resto do mundo", justificou, ao intervir numa sessão com a participação de uma dezena de chefes de Estado e de Governo africanos.
Acrescentou que "existem recursos enormes" em todo o mundo, mas "distribuídos de forma desigual", defendendo ser necessário alterar "a atual arquitetura financeira", para que " inclua de forma significativa e visível os interesses" de África.
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento e reúne-se em Nairobi até sexta-feira para debater "A Transformação de África, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e a Reforma da Arquitetura Financeira Global", com a presença de 3.000 participantes, entre políticos, governantes, economistas e especialistas de várias áreas, de todo o mundo.
Estes encontros incluem a 59.ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento e a 50.ª Reunião do Conselho de Governadores do Fundo Africano de Desenvolvimento, decorrendo no Centro Internacional de Conferências Kenyatta, em Nairobi.
Segundo informação do BAD, apesar de um "crescimento económico sustentado ao longo das duas últimas décadas, a transformação económica de África continua incompleta". O Produto Interno Bruto (PIB) real do continente cresceu 4,3% por ano entre 2000 e 2022, "em comparação com a média mundial de 2,9%, e muitas das dez economias de crescimento mais rápido do mundo situavam-se em África".
"Apesar deste sólido desempenho em termos de crescimento, a estrutura das economias africanas não se alterou significativamente nas últimas duas décadas, com os setores da agricultura, da indústria e dos serviços a representarem, em média, 16, 33 e 51%, respetivamente, do PIB global de África entre 2000 e 2022. Estes níveis são semelhantes aos registados na década de 1990", recorda a instituição.
Também o emprego na indústria transformadora "tem vindo a diminuir devido a uma desindustrialização prematura", já que "apesar do aumento do número de empregos", de 20,2 milhões em 2000 para 33,3 milhões em 2021, "o setor contribui com menos de 10% do emprego total".
O Grupo BAD conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente, incluindo Portugal e Brasil.
Leia Também: Rússia intensifica o recrutamento no Ruanda, Burundi, Congo e Uganda
Saúde - Secretário de Estado de Gestão Hospitalar promete resolver situação dos técnicos de saúde junto do Ministério das Finanças
Bissau, 29 Mai 24 (ANG) – O Secretário de Estado de Gestão Hospitalar prometeu diligências junto do Ministério das Finanças para se inteirar-se das condições de pagamento de cinco meses de salário em dívida aos técnicos de saúde reintegrados.
A informação foi dada pelo Porta Voz da Comissão Negocial, Dencio Florentino Ié, em declarações à imprensa durante a vigília realizada hoje pelos técnicos junto ao Ministério da Saúde Pública.
Disse que, segundo as informações que receberam do Secretário de Estado, já fizeram todos os trabalhos de processamento de dados e enviaram as fichas para o pagamento junto ao Ministério das Finanças que agora tem todo o problema.
Afirmou que, estão a reclamar a dívida de salário de cinco meses, tendo em conta a situação caótica em que se encontram neste momento, porque desde 14 de dezembro de 2023 que pegaram respetivas guias de reintegração e só vivem de promessas.
"Temos que deslocar todos os dias para trabalhar sem salário, sem subsídio para poder pegar transporte para o serviço e cada um de nós moramos nas casas arrendadas, temos famílias e outras despesas e não podemos suportar por falta de incumprimento salarial por parte do Governo”, salientou.
Frisou que, por isso, acharam que a melhor forma de reivindicar é fazer pressão para pedir demissão do ministro da Saúde, porque se calhar ele perdeu o controle da situação e não tem solução para resolver o seua problemas.
Dencio Florentino Ié, sublinhou que, a situação complicou com recrutamento de outros técnicos para integrar no processo e o número subiu de 1,142 para 1, 400 técnicos.
Disse que, o recrutamento dos 258 técnicos não obedece as regras da Ordem dos Enfermeiros, o que lhes leva a quer que isso está na origem do Fundo Global suspeitar do processo e quer retirar o seu apoio.
Acrescentou que, o ato de impedir a vigília é condenável a todo nível ou seja é uma violação flagrante dos direitos e liberdade de expressão, porque são profissionais de saúde que estão há cinco meses sem salário, com famílias e outras responsabilidades.
"Vamos continuar a reivindicar até que cumpram com as suas obrigações, porque existe funcionários a trabalhar cinco meses sem salário, sem subsídio, como vão pegar transporte para o serviço se não deixam nenhum tostão á família em casa ou sem nada para comer”, salientou.
Dencio Florentino Ié disse que independentemente das forças policiais impedir ou não, vão continuar a reivindicar, porque já não têm condições financeiras para suportar os custos com o transporte.
Afirmou que, para além da greve em curso, convocada pela Frente Social ou não, vão abandonar os hospitais e ficar em casa até que o Governo resolva a situação.
Os técnicos em causa foram excluídos do sistema pelo então governo de Nuno Gomes Nabiam, em 2022, alegando ter tomada a decisão com base nas recomendações do Fundo Monetario Internacional. Mas foram reintegrados em 2023 pelo Governo de PAI TERRA RANKA, tendo, na altura, um acordo com o Fundo Global para reformas emergentes no setor da saúde, no âmbito de Programa de Emergência do executivo liderado por Geraldo Martins.
ANG/MI/ÂC
Administração pública - PM garante que Sistema de “Blockchain” reforçará transparência na gestão dos recursos de Estado
Bissau, 29 Mai 24 (ANG) - O primeiro-ministro garantiu esta quarta-feira que, a implementação do Sistema de “Blockchain” (Sistema de Controle) na Guiné-Bissau vai reforçar a transparência no que concerne a gestão dos recursos de Administração pública guineense.
Rui Duarte de Barros falava ao presidir a cerimónia oficial de lançamento da solução “Blockchain” no país.
“A nossa massa salarial é mais de 80 por cento das receitas fiscais que nós arrecadamos, isso significa que, arrecadamos as receitas simplesmente para pagar salário e isso é insustentável. Devemos estar em condições de promover algo que possa desenvolver o país. Assim sendo só o controle é que nos ajudará a mudar essa situação”, disse o Chefe do Governo.
Aproveitou a ocasião para agradecer a equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) por ajudar na concretização da implementação do Sistema de Blokchain no país. Tendo contado que, a Guiné-Bissau será um dos primeiros países da África Ocidental à implementar o Sistema de Blockchain (nova tecnologia).
Rui Duarte de Barros garantiu que, o Sistema Blockchain é totalmente seguro e permitirá o controle de qualquer ataque ao dados públicos.
Por sua vez, o ministro das Finanças Ilídio Vieira Té disse que o Sistema Blockchain vai transformar a Administração Pública em termos de controle dos Recursos Humanos e da massa salarial.
“A massa salarial em particular, representa uma parte significativa nos nossos orçamentos anuais, por isso, é a nossa responsabilidade garantir que este recurso seja gerido de forma eficiente, justa e da melhor maneira possível”, disse Vieira Té.
Ilídio considerou a implementação do Sistema Blockchain de um desafio para Administração Pública em geral. Tendo manifestado que, é um orgulho apresentar a mencionada solução digital na base de um controle detalhado e preciso em termos dos recursos humanos e da massa salarial da Guiné-Bissau.
Garantiu que, até final de Junho do corrente ano, serão concluídas as ações necessárias para alargar o Sistema de Blockchain à todos os Ministérios. Tendo informado que, todo isso será possível graças ao Ministério das Finanças em colaboração com o Ministério de Administração Pública através da Secretaria de Estado da Reforma Administrativa.
O ministro das Finanças contou que, comprometeram em atualizar as orgânicas dos Ministérios e das Secretarias de Estado, regulamentar composição dos Gabinetes de Órgãos de Soberania, criar um diploma que define quadro orgânico e quadro pessoal dos Ministérios e das Secretarias de Estado com o objetivo de facilitar a transparência na Administração Pública.
“Com um controlo mais rigoroso podemos identificar e eliminar o desperdícios, garantir que o dinheiro dos contribuintes seja utilizado de forma mais racional e transparente”, garantiu aquele governante.
Vieira Té disse ainda que, o Sistema Blockchain é um passo importante na Administração Pública moderna, eficiente e transparente e que assim sendo, convida à todos que procurem descobrir as vantagens do mesmo sistema para o progresso da Guiné-Bissau.
O Princípio da Solução Blockchain é de connetar todos os pontos para criar o único registo da verdade de massa salarial, proteger os sistemas de integridade dos dados entre tantos.
O Projeto de implementação do Sistema de Blockchain se encontra atualmente na sua fase efetiva em todos os servíços da Administração Pública de Guiné-Bissau.
“Macky Sall permitiu que Diomaye e Sonko tivessem acesso ao poder” (Robert Bourgi)
L'avocat français et ami de l'ancien regime de Macky Sall, Robert Bourgi a révélé ses échanges avec le président Macky Sall et l'architecte proche du leader du Pastef, Pierre Atépa Goudiaby en janvier 2024 quand Ousmane Sonko et Bassirou Diomaye Faye étaient en prison.
Robert Bourgi a confié dans Bes-Bi que
Macky Sall a permis à Bassirou Diomaye Faye et Ousmane Sonko de gagner
l'élection présidentielle et d'être au Pouvoir. Qui d’autre que Macky
Sall a autorisé la libération de Ousmane Sonko, de Bassirou Diomaye Faye
et de centaines de patriotes ? Qui pouvait l’obliger à le faire ?
S'interroge t-il? D'après Robert Bourgi Macky Sall a pris la "décision
en toute conscience et Pierre Atépa le sait très bien. Puisqu’il m’a
appelé le 1er janvier 2024 pour me demander le numéro de portable de
Macky Sall. Je lui ai dit : Pierre, pourquoi ? Il me dit : J’ai l’idée
d’amener le Président Macky Sall à être plus clément avec Sonko, Diomaye
et les autres membres... Ler Mais
São Tomé e Príncipe sem dinheiro para bens necessários e dívida elevada
© Lusa
Por Lusa 29/05/24
São Tomé e Príncipe tem a dívida "a um nível muitíssimo elevado" e não tem financiamento para importar bens necessários, alertou hoje uma missão técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI), após um encontro com o Presidente são-tomense.
"Naturalmente que o centro das nossas discussões e debates têm a ver com a necessidade de fechar o fosso de financiamento que existe no país. Neste momento, não há financiamento para importar os bens necessários para São Tomé e Príncipe e, por outro lado, a dívida está a um nível muitíssimo elevado", disse o chefe da missão, Slavi Slavov.
A missão do FMI está em São Tomé há cerca de uma semana, e já se reuniu com o ministro das Finanças, Ginésio da Mata, com o governador do Banco Central, Américo Ramos, e hoje com o Presidente da República, Carlos Vila Nova.
A missão enquadra-se no âmbito das negociações com o Governo são-tomense, em curso há mais de um ano, tendo em vista a assinatura do novo acordo de facilidade de crédito alargado.
Numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, Slavi Slavov referiu como positiva a estabilidade energética assegurada desde dezembro do ano passado por uma empresa de investimento turco à qual o Governo atribuiu a gestão de uma central térmica da cidade de São Tomé.
"Um aspeto extremamente positivo e que nos apraz constatar é o desenvolvimento a nível do setor da energia devido a um projeto estrangeiro. Relativamente a isto precisamos de saber mais alguns detalhes", apontou o chefe da missão do FMI.
O contrato com a empresa turca que assegura o fornecimento de 10 megawatts de energia não foi divulgado e a empresa assumiu a gestão da central térmica de Água Grande antes de o contrato ser submetido ao visto do Tribunal de Contas, situação que mereceu criticas por parte do MLSTP-PSD, o maior partido da oposição são-tomense.
Slavi Slavov disse que a missão vai estar em São Tomé por mais uma semana e assegurou que terão "mais factos a partilhar" no final.
Guiné-Bissau: Ministério do Interior e da Ordem Pública em conferência de Imprensa
Caju - CCIAS propõe Governo a autorização para exportação via terrestre
A proposta da CCIAS foi apresentada ao executivo, na segunda reunião do Conselho Permanente de Concertação Social, do Governo de Rui de Barros, realizada terça-feira.
A CCIAS sustentou o pedido na prespectiva de exportar cerca de 200 mil toneladas da castanha de caju na presente campanha do ano 2024, frisando que, com essa situação do porto, que se encontra há mais de 40 anos sem dragagem, torna-se muito difícil atingir essa meta.
A segunda reunião do Conselho Permanente de Concertação Social, convocada pelo Primeiro-Ministro visa entre outros analisar a situação dos Correios da Guiné-Bissau e das empresas de telecomunicação nacional, Guinetel e Guiné-Telecom.
Em declarações a imprensa no final da reunião, o representação do Sector Privado, Mamadu Alfadjo Djalo, disse que em relação a situação dos Coreiros, chegaram uma conclusão em que o Governo vai criar uma Comissão Interministerial para encontrar um financiador das obras de reaqualificação de todos os edifícios dos Correios existentes no país.
Para além disso, informou que o chefe do Governo exortou ao Sector Privado nesse caso a CCIAS no sentido ajudar na busca de um potencial financiador para efeito de reabilitação dos edificios dos Correios da Guiné-Bissau.
Quanto a duas empresas de telecomunicação, neste caso Guinétel e Guiné-Telecom, Mamadu Alfadjo Djalo disse que foram informados pelo Primeiro- Ministro da existência de um financiamento para retomar os serviços dessas empresas, mas no entanto sem avançar com o nome da entidade financiadora.
Coreia do Norte terá lançado balões de lixo e "fezes" para Coreia do Sul... Os sul-coreanos foram aconselhados pelas autoridades do país a não tocar nos balões e nos sacos de lixo que transportavam.
© Yonhap via REUTERS
Por Notícias ao Minuto 29/05/24
A Coreia do Norte lançou 90 balões com panfletos e lixo - incluindo alegadas "fezes" - sobre duas províncias fronteiriças da Coreia do Sul.
Segundo a BBC, as autoridades sul-coreanas aconselharam os cidadãos a ficar em casa e a evitar tocar nos balões e no lixo. Agora, os objetos largados em Gyeonggi e Gangwon estão a ser analisados.
A troca de balões entre a Coreia do Norte a Coreia do Sul, em ações de propaganda, tem sido uma ferramenta frequente dos dois lados desde a Guerra da Coreia, na década de 1950, diz a BBC.
"Montanhas de lixo e sujidade serão, em breve, espalhadas pela fronteira e o interior da Coreia do Sul, que perceberá o esforço necessário para as remover", disse o vice-ministro da Defesa da Coreia do Norte, Kim Kang Il, num comunicado publicado no domingo.
Já desde Seul, a agência de notícias sul-coreana Yonhap disse que "alguns dos balões traziam o que pareciam ser fezes, julgando pela cor escura e cheiro".
As forças militares do país, por sua vez, condenaram a "clara violação da lei internacional". "Ameaça seriamente a segurança do nosso povo. A Coreia do Norte é inteiramente responsável por aquilo que acontece devido aos balões, e alertamos seriamente a Coreia do Norte para parar imediatamente esta ação crassa e desumana", continuou.
Noutras ocasiões, ativistas sul-coreanos enviaram balões para os seus vizinhos a norte, não contendo lixo, mas sim propaganda contra o regime de Pyongyang e coisas como dinheiro, conteúdos proibidos e até Choco Pies, um 'snack' popular a sul da fronteira, que não existe na Coreia do Norte.
Leia Também: O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje a tentativa de lançamento de outro satélite militar com tecnologia de mísseis balísticos pela Coreia do Norte, reiterando os apelos pela desnuclearização da Península Coreana
BAD: "Hoje em dia perdemos 300.000 mulheres por tentarem cozinhar refeição" ...Akinwumi Adesina
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Por Lusa 29/05/24
O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, afirmou hoje que "chega" de mulheres a morrerem em África enquanto cozinham, devido às fontes de energia, anunciando a mobilização de 3.785 milhões de euros para combater o problema.
"Nenhuma mulher e nenhuma criança deveria ter de morrer devido ao risco associado à inalação de fumo e a outros perigos, porque hoje em dia perdemos 300.000 mulheres por tentarem cozinhar uma refeição decente", afirmou Akinwumi Adesina, ao intervir na sessão oficial de abertura dos encontros anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorrem desde segunda-feira na capital do Quénia.
"Chega. Não se trata apenas de acender um fogão, trata-se da própria vida. Trata-se de dignidade para as mulheres. E trata-se de proteger o ambiente da desflorestação maciça e da dependência do biocombustível, da biomassa, da lenha e do carvão vegetal", acrescentou.
Sublinhou que "por gerações, as mulheres em África têm suportado o peso dos riscos e as dificuldades associadas ao ato de cozinhar" e que "nada poderia ser mais importante do que garantir que 1,2 mil milhões de pessoas, a maioria das quais são mulheres em África, tenham acesso a soluções de cozinha limpa".
Nesse sentido, o Grupo BAD promoveu nestes encontros a conferência "Cozinha Limpa em África" e comprometeu-se a disponibilizar 2.000 milhões de dólares (1.846 milhões de euros) "para soluções de cozinha limpa para as mulheres nos próximos 10 anos".
"Estou muito satisfeito com a Cimeira de Paris [14 de maio de 2024], angariou mais 2,1 mil milhões de dólares [1.938 milhões de euros] em compromissos, elevando o total de compromissos para a cozinha limpa para 4,1 mil milhões de dólares [3.785 milhões de euros]. Um feito histórico e um testemunho do poder das parcerias", apontou.
Na mesma intervenção, num apelo perante dezenas de lideres globais reunidos em Nairobi, Akinwumi Adesina, nascido na Nigéria há 64 anos, presidente do Grupo BAD desde 2015, deu o seu próprio exemplo.
"Não comecei a usar óculos porque fui para a universidade e fiquei inteligente. Comecei a usar óculos porque, em criança, soprava carvão para dentro dos fogões. Mas a minha mãe, quando comprou um fogão para o qual podemos ligar o gás, a chama era azul. Tive de convidar os meus amigos para o verem".
"Na verdade, estava a ligá-lo por causa do cheiro, porque era muito diferente do cheiro que eu costumava ter. Por isso, quando falamos de transições energéticas, esse é o tipo de transição por que alguns de nós já passaram", acrescentou.
O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é a principal instituição africana de financiamento do desenvolvimento e reúne-se em Nairobi até sexta-feira para debater "A Transformação de África, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento e a Reforma da Arquitetura Financeira Global", prevendo a presença de 3.000 participantes, entre políticos, governantes, economistas e especialistas de várias áreas, de todo o mundo.
Estes encontros incluem a 59.ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento e a 50.ª Reunião do Conselho de Governadores do Fundo Africano de Desenvolvimento, decorrendo no Centro Internacional de Conferências Kenyatta, em Nairobi.
O Grupo BAD conta com 81 Estados-membros, entre 53 países africanos e 28 países fora do continente, incluindo Portugal e Brasil.
Leia Também: Perto de 28 milhões de eleitores estão registados para as eleições gerais que se realizam hoje na África do Sul, nas quais vão escolher os seus representantes, a nível nacional e regional, na nova Assembleia Nacional.
Ataque israelita a Rafah não viola "linhas vermelhas", dizem EUA
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Por Notícias ao Minuto 29/05/24
Tanques do exército israelita foram vistos em Rafah, na Faixa de Gaza, onde um ataque a um campo de refugiados causou pelo menos 45 mortos.
Os Estados Unidos consideram que o ataque israelita a um campo para refugiados em Rafah, na Faixa de Gaza, onde morreram pelo menos 45 pessoas, não cruza as "linhas vermelhas" da aliança com Israel, referidas anteriormente pelo presidente norte-americano, Joe Biden.
"Tudo o que podemos ver diz-nos que não estão a avançar para uma grande operação terrestre em centros populacionais no centro de Rafah", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, citado pela agência de notícias Associated Press.
O presidente norte-americano, Joe Biden, alertou anteriormente Israel que, se avançasse com operações militares em grande escala em Rafah, iria reconsiderar os esforços de apoio militar a Telavive. Depois do ataque de domingo, no entanto, não foram reveladas mudanças na política militar com Israel.
O porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari, argumentou que o caso "foi um incidente devastador". "Não esperávamos que acontecesse. O nosso exército lançou 17 quilos de explosivos, a quantidade mínima que os nossos aviões de combate podem lançar. As nossas munições, por si sós, não podem ter causado aquele incêndio devastador", declarou, insistindo que a investigação ao caso ainda não está concluída.
"Não os vimos entrar com unidades grandes, nem com um grande número de soldados, em colunas e formações, nem numa espécie de manobra coordenada contra múltiplos alvos no terreno", disse, após tanques do exército de Israel terem sido vistos junto à mesquita de al-Awda, no centro de Rafah.
De acordo com a diretora de comunicações da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), Juliette Touma, mais de um milhão de pessoas fugiram da cidade de Rafah, no sul de Gaza, desde que Israel lançou uma operação militar em 6 de maio, sendo que algumas já foram deslocadas várias vezes desde o início do conflito.
A representante da UNRWA frisou que fortes bombardeamentos ocorreram novamente durante a noite de terça-feira, incluindo na área a norte de Rafah, onde ficam os escritórios principais da ONU, bem como os escritórios da UNRWA.
A maior parte da sua equipa não conseguiu chegar ao trabalho e estava a "fazer as malas para se mudar", disse Touma, numa videoconferência com jornalistas que a Lusa acompanhou, frisando que as "pessoas estão absolutamente aterrorizadas".
Juliette Touma afirmou ainda que pouco mais de 200 camiões com ajuda humanitária avançaram para o enclave nas últimas três semanas, um cenário que classificou como "uma gota no oceano".
terça-feira, 28 de maio de 2024
O Exército israelita atribuiu hoje o incêndio que matou 45 pessoas num campo de deslocados em Tal al-Sultan, no oeste de Rafah, à explosão de munições armazenadas em instalações do movimento islamita palestiniano Hamas próximas das que bombardeou.
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Por Lusa 28/05/24
Israel atribui incêndio em Rafah a explosão de munições do Hamas
O Exército israelita atribuiu hoje o incêndio que matou 45 pessoas num campo de deslocados em Tal al-Sultan, no oeste de Rafah, à explosão de munições armazenadas em instalações do movimento islamita palestiniano Hamas próximas das que bombardeou.
"Foi um incidente devastador que não esperávamos que acontecesse. O nosso Exército lançou 17 quilos de explosivos, a quantidade mínima que os nossos aviões de combate podem lançar. As nossas munições, por si sós, não podem ter causado aquele incêndio devastador", declarou o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, que insistiu que a investigação ainda não está concluída.
O ataque israelita, ocorrido no domingo à noite e cujos alvos eram alegadamente dois altos responsáveis do Hamas, foi condenado pela maior parte da comunidade internacional e classificado por Israel como "um trágico acidente", que se deu apesar de "todas as precauções tomadas para evitar danos à população civil não-envolvida e usando a quantidade mínima de explosivos".
"Foi uma das noites mais duras e terríveis desde que começou a ofensiva a Rafah", disse um deslocado em Tal al-Sultan, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Durante a madrugada, a artilharia israelita também efetuou disparos perto dos armazéns da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) no centro de Rafah, matando sete pessoas e ferindo 15, segundo fontes médicas palestinianas.
Além disso, mais 13 habitantes da Faixa de Gaza foram mortos horas depois noutro bombardeamento, às portas do hospital de campanha norte-americano entre Rafah e Khan Yunis, no sul daquele território palestiniano há oito meses palco de uma guerra de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que ali se encontra no poder desde 2007.
A artilharia atacou com intensidade e sem aviso prévio esta e outras zonas alegadamente seguras, de onde Israel não tinha ordenado a retirada da população civil, tendo os respetivos tanques já entrado no centro da cidade de Rafah.
O Governo da Faixa de Gaza anunciou que, nas últimas 48 horas, pelo menos 72 pessoas deslocadas foram mortas em bombardeamentos de Israel a acampamentos de tendas improvisadas nos bairros do oeste de Rafah, até agora considerados seguros.
"Os ocupantes têm a intenção deliberada de continuar a cometer mais massacres contra civis e deslocados que fugiram ao horror dos assassínios e ataques, o que confirma a sua insistência no genocídio premeditado e deliberado, numa clara mensagem de desafio aos tribunais penais internacionais", declarou o Governo de Gaza num comunicado.
Israel iniciou a sua operação militar em Rafah a 06 de maio e, desde então, mais de um milhão de pessoas fugiram da cidade, que até então albergava cerca de 1,4 milhões de deslocados.
A comunidade internacional apelou a Israel para que não invadisse a cidade, para evitar uma catástrofe humanitária, mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que era essencial para ganhar a guerra, uma vez que quatro batalhões do Hamas ali permaneciam entrincheirados.
A pedido da Argélia, o Conselho de Segurança da ONU convocou hoje uma reunião de emergência para abordar a ofensiva a Rafah, na sequência do ataque de domingo, e o Hamas instou o órgão executivo das Nações Unidas a tomar "medidas imediatas".
"A comunidade internacional e o Conselho de Segurança devem atuar de forma urgente e enérgica para pôr termo a estas violações flagrantes do Direito Internacional e para proteger os civis indefesos", declarou o movimento islamita palestiniano.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.
Classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também 252 reféns, 124 dos quais permanecem em cativeiro e 37 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 235.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 36.000 mortos e de 81.000 feridos e cerca de 10.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
O alto representante da União Europeia (UE) para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revelou hoje que mais países do bloco comunitário permitem agora a utilização do armamento que forneceram à Ucrânia para "em autodefesa" atacar território russo.
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Por Lusa 28/05/24
Mais países da UE aceitam uso de armas ocidentais em "ataques" à Rússia
O alto representante da União Europeia (UE) para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revelou hoje que mais países do bloco comunitário permitem agora a utilização do armamento que forneceram à Ucrânia para "em autodefesa" atacar território russo.
"Sobre a possibilidade de levantamento de restrições à utilização do armamento ocidental pelas Forças Armadas da Ucrânia para atingir alvos militares no território russo, em autodefesa, é uma ação legítima ao abrigo da lei internacional", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial em Bruxelas (Bélgica).
"Há países que tinham uma ideia contrária e hoje aceitam levantar esta limitação no armamento que disponibilizaram à Ucrânia", completou.
Contudo, o chefe da diplomacia europeia disse que "é claro que é uma decisão individual" de cada país e que "têm de se responsabilizar por isso", sem especificar quantos ou quais os Estados-membros que consideraram essa hipótese.
Os ministros da Defesa da UE também discutiram a possibilidade de instrução de militares ucranianos no território da Ucrânia, mas faltou consenso para avançar com uma proposta.
"A 27 há visões diferentes, não posso dizer que houve consenso para isso, mas as coisas alteram-se", disse o alto representante da UE.
Existe um receio que estas duas hipóteses contribuam para exacerbar as tensões geopolíticas, uma vez que o Kremlin alertou que possibilitar o uso de armamento ocidental para atingir o território russo - ainda que "de uma maneira proporcional", como alegou Josep Borrell - podia ser considerado envolvimento de outros países.
Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje a Europa das "graves consequências" se os países da NATO permitirem que a Ucrânia utilize armas ocidentais contra alvos em território russo.
Leia Também: O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou-se hoje favorável ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra o território russo para neutralizar pontos de onde a Rússia lança os seus mísseis, desde que os alvos não sejam civis.
A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda, oferecendo aos interessados a cidadania russa, um valor para assinar o contrato e um salário mensal, segundo o serviço de informação militar ucraniano (GUR).
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Por Lusa 28/05/24
Rússia intensifica o recrutamento no Ruanda, Burundi, Congo e Uganda
A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda, oferecendo aos interessados a cidadania russa, um valor para assinar o contrato e um salário mensal, segundo o serviço de informação militar ucraniano (GUR).
"O Estado agressor, a Rússia, intensificou significativamente a sua campanha de recrutamento de mercenários estrangeiros para a guerra contra a Ucrânia. Está a recrutar na África Central, em particular no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda", afirmou o GUR num comunicado.
De acordo com os serviços secretos militares de Kiev, além dos cerca de 1.800 euros pela assinatura do contrato e de mais 2.200 euros mensais, é oferecido aos recrutas um seguro médico e um passaporte russo para eles e as suas famílias.
"Uma unidade especial do Ministério da Defesa russo está envolvida no recrutamento de africanos para participarem em ataques com carne para canhão em solo ucraniano", refere-se no comunicado.
O GUR também se refere a alegadas "deserções em massa" de mercenários nepaleses do exército russo devido a baixas em massa nas suas unidades e a maus tratos por parte dos seus superiores russos.
O comunicado é acompanhado de uma fotografia de uma brochura com a qual a Rússia está alegadamente a tentar atrair homens dos quatro países africanos.
Além dos benefícios, a brochura promete aos interessados que receberão "formação avançada" e "as melhores armas e equipamento", informando da existência no exército russo de "uma unidade especial para estrangeiros".
"Pode juntar-se ao exército russo e tornar-se membro de um dos melhores exércitos do mundo", diz-se no folheto, em que pode ler-se a mensagem: "Nós somos a liberdade, nós somos a justiça, nós somos o exército russo".
Nos últimos meses, as autoridades ucranianas têm alertado para o elevado número de mercenários de África, Ásia e América Latina recrutados pela Rússia para combater na Ucrânia.
Kiev capturou mercenários de algumas dessas regiões e mostrou-se disposta a negociar com os respetivos governos o seu repatriamento para os países de origem.
Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, considerou hoje que o único poder legítimo na Ucrânia pertence agora ao parlamento ucraniano e não ao Presidente, alegando que o mandato de Volodymyr Zelensky terminou em 20 de maio.
Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística da Guiné-Bissau -PNTL
Decorreu hoje, no salão Victor Maria no Palácio do Governo, o Ateliê Nacional de Validação do Plano Nacional de transportes e logística da Guiné-Bissau-PNTL, com o objetivo de disseminar em maior escala, o conteúdo e a visão deste Plano estratégico de singular e transcendente importância para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país.
O ato contou com honrosa presença da sua excelência Sr. Primeiro- Ministro da República da Guiné-Bissau;
Sua excelência Ministro Das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo; Ministro das Pescas e Economia Marítima; Ministro das Finanças; Ministro dos Recursos Naturais; Ministro da Energia; Ministro do Comércio e Indústria;
Representante Residente do Banco Mundial;
Embaixador da E.U;
Diretor dos Transportes para a África Ocidental do Banco Mundial;
e também contou com a presença dos técnicos dos diferentes departamentos governamentais
"RESUMO EXECUTIVO"
A posição geográfica da Guiné-Bissau constitui um importante trunfo a ser explorado para o seu desenvolvimento económico. Com efeito, o país está aberto ao oceano, faz fronteira com dos outros grandes países, Senegal e Guiné-Conacri, e os três fazem parte da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOAO) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o que consolida o seu potencial para o comércio sub-regional.
A sua abertura ao oceano favorece as exportações e importações internacionais. E a posição do porto de Bissau podera favorecer significativamente a cabotagem entre os outros portos da sub-região e, mais precisamente, os portos mais próximos, como o porto de Ziguinchor no Senegal e Kamsar na Guiné Conacri.
De facto, uma vez assegurada uma boa produtividade agrícola, pesqueira e mineira e posto em prátca um bom programa de turismo e ecoturismo, há uma grande necessidade de assegurar o transporte de mercadorias dos seus locais de produção para os locais de transformação, consumo ou exportação através de meios de transporte multimodais com apoio logístico moderno.
O problema para a Guiné-Bissau é nevitavelmente a falta de infraestruturas de transporte modernas que possam apoiar os pilares da sua economia e capitalizar todo o potencial do país.
A elaboração de um Plano Nacional de Transportes e Logística para a Guiné-Bissau (PNTL) visa apoar o desenvolvimento sustentável das componentes da economia que estão harmoniosamente integradas com
as principais zonas económicas do país e a sub-região da África Ocidental.
O principal objectivo deste estudo é desenvolver um Plano Nacional de Transportes e Logística para orientar grandes investmentos e polítcas sectoriais a curto, médo e longo prazo.
*Transportes rodoviários e urbanos,
*Transporte ferroviário,
*Transporte marítimo e por vias navegáveis interiores,
*E transporte aéreo