sábado, 9 de setembro de 2023

MARROCOS: Mais de 600 mortos em Marrocos após sismo sentido em Portugal... O novo balanço dá conta de quase 330 feridos, mas muitas pessoas continuarão presas nos escombros.

© FADEL SENNA / AFP) (Photo by FADEL SENNA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto   09/09/23 

O último balanço das autoridades marroquinas aumentou de quase 300 para pelo menos 632 o número de mortos no sismo registado esta noite, com muitas das vítimas a serem encontradas nas últimas horas em zonas mais isoladas de Marraquexe.

Segundo os dados, apresentados pela televisão estatal e citados pela Sky News e agência France-Presse, há pelo menos 329 feridos que foram hospitalizados no centro do país.

A cidade de Marraquexe é o maior foco das preocupações das autoridades, a mais densamente povoada das regiões afetadas e onde se encontram vários locais reconhecidos pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade - o que implica, em muitos casos, que as estruturas dos edifícios já se encontrem muito degastadas e em risco de colapso. Vários relatos dão conta de rachas profundas nas paredes da cidade medieval (ou 'medina') e de pedaços de uma mesquita que caíram em cima de carros nas ruas.

O Notícias ao Minuto contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre se existem vítimas portuguesas na sequência do sismo, e ainda não obteve resposta.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que regista a atividade sísmica em todo o mundo, o abalo ocorreu às 23:11 de sexta-feira.

O epicentro foi na localidade de Ighil, situada 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe.

O terramoto ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilómetros, de acordo com a mesma fonte.

Segundo testemunhas citadas pela agência Efe, o tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 quilómetros do epicentro, bem como em Casablanca e Rabat, a 300 e 370 quilómetros, respetivamente.

O sismo foi sentido em várias regiões de Portugal, confirmou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Num comunicado, o IPMA disse que o sismo foi sentido com intensidade máxima III/IV, na escala de Mercalli modificada, nos concelhos de Castro Marim, Faro, Loulé, Portimão, Vila Real de Santo António (Faro), Cascais, Lisboa, Torres Vedras, Vila Franca de Xira (Lisboa), Almada, Setúbal e Sines (Setúbal).

Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Coimbra, em Albufeira, Olhão, Silves (Faro), Alenquer, Loures, Mafra, Oeiras, Sintra, Amadora, Odvelas (Lisboa), Santo Tirso, Vila Nova de Gaia (Porto), Santiago do Cacém, Seixal e Sesimbra (Setúbal), acrescentou o instituto.

A escala de Mercalli Modificada mede os "graus de intensidade e respetiva descrição".

Quando há uma intensidade IV, considerada moderada, os carros estacionados balançam, as janelas, portas e loiças tremem, e os vidros e loiças chocam ou tilintam, podendo as paredes ou estruturas de madeira ranger, descreve o IPMA.

O sismo foi sentido também no sul de Espanha, onde o serviço de emergências da Andaluzia registou cerca de 20 chamadas provenientes das províncias de Huelva, Sevilha, Málaga e Jaén.

De acordo com relatos nas redes sociais, o sismo foi sentido ainda no Mali e na Argélia.

Em 24 de fevereiro de 2004, um terremoto de magnitude 6,3 na escala Richter abalou a província de Al Hoceima, 400 quilómetros a nordeste de Rabat, matando 628 pessoas e causando danos materiais significativos.



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Níger. MSF apelam à "rutura com a lógica da punição coletiva" das sanções

© Shutterstock

POR LUSA   08/09/23 

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) apelaram hoje a uma "rutura com a lógica de punição coletiva" para limitar o efeito sobre a população do Níger das sanções económicas impostas desde o golpe de Estado.

"Devemos (...) romper rapidamente com qualquer lógica de punição coletiva e assegurar que as sanções não agravem a situação da população", disse Moctar Daouda Abass, chefe das operações dos MSF no Níger, numa entrevista publicada no site da organização, acrescentando que 13% dos nigerianos "enfrentam uma situação de insegurança alimentar grave".

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) impôs pesadas sanções económicas e outras ao Níger, em resposta ao golpe de Estado de 26 de julho, que derrubou o Presidente eleito, Mohamed Bazoum.

Ao mesmo tempo, a França, a Alemanha, os Países Baixos e a União Europeia (UE) suspenderam a sua ajuda ao desenvolvimento.

"As medidas que têm por objetivo sufocar a economia de um país, sendo o exemplo mais extremo o embargo total, penalizam em primeiro lugar as populações, sobretudo as mais vulneráveis", declarou Moctar Daouda Abass.

Em conformidade com as sanções da CEDEAO, a Nigéria e o Benim anunciaram o encerramento das suas fronteiras com o Níger, um país sem litoral, cujo abastecimento de bens de primeira necessidade depende em grande medida dos seus vizinhos costeiros.

Várias organizações internacionais e humanitárias manifestaram a sua preocupação com as consequências das sanções num dos países mais pobres do mundo.

No final de agosto, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) receou que as sanções pudessem ter "efeitos catastróficos" a médio prazo e apelou à criação de um "regime de isenção" humanitário.

Por seu lado, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) apelou aos Estados membros para que "apliquem integralmente as sanções impostas pela CEDEAO" contra o Níger, mas pediu que o seu "efeito desproporcionado sobre os cidadãos" deste país seja minimizado.

O general Abdourahamane Tiani, chefe do regime militar, denunciou as sanções "ilegais" e "desumanas" num discurso transmitido pela televisão nacional.

"Mesmo que este seja um desafio injusto que nos é imposto, devemos ser capazes de o ultrapassar. E vamos superá-lo", afirmou o primeiro-ministro nomeado pelos militares, Ali Mahaman Lamine Zeine, sobre as sanções.


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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Conheça cinco setores prioritários do Comércio de Serviços da Guiné-Bissau revistos no âmbito da ZLECAf_

 Radio Voz Do Povo 

Bissau e Banjul apontam passos para dinamizar as tradicionais relações de amizade e cooperação entre os dois países. O Ministro do Comércio João HANDEM Jr. recebeu hoje o seu homólogo da Gâmbia, BABUBACAR DJOUF, para traçar estratégias de implementação do Acordo de Cooperação Comercial.

 Radio Voz Do Povo

ONU preocupada com deterioração da situação após recentes ataques no Mali

© iStock

POR LUSA   08/09/23 

A ONU manifestou hoje a sua preocupação com a deterioração da situação no norte do Mali, onde um ataque sem precedentes atribuído a extremistas contra um barco, no rio Níger, matou dezenas de civis na quinta-feira.

Os terroristas voltaram hoje a cometer um atentado suicida contra um acampamento do exército em Gao, um dia depois de um duplo ataque contra o barco de passageiros que navegava no grande rio africano e contra uma posição militar.

Pelo menos 64 pessoas - 49 civis e 15 militares - foram mortas no duplo atentado de quinta-feira no setor de Bamba, entre Timbuktu e Gao, mas os representantes locais afirmaram à Agência France Presse (AFP) que o número de mortos é, de facto, muito superior.

Não foi divulgada qualquer informação oficial sobre as vítimas do ataque de hoje, que, segundo testemunhas, foi perpetrado com carros armadilhados.

As operações de quinta-feira e de hoje contra instalações militares foram reivindicadas pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), uma aliança afiliada à Al-Qaida.

Esta violência ilustra a pressão crescente exercida pelos grupos armados sobre o Estado no norte do país nas últimas semanas.

"Estamos certamente muito preocupados", afirmou Faran Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, em Nova Iorque.

"Este é mais um sinal de que todas as forças no terreno têm de fazer muito mais para proteger as pessoas, uma vez que a nossa missão termina em breve a sua retirada, de acordo com o seu mandato", acrescentou.

Está a ocorrer uma reconfiguração da segurança no norte do Mali, após a saída da força francesa em 2022 e a partida em curso da missão da ONU (MINUSMA), ambas afastadas pela junta que tomou o poder pela força em 2020.

A MINUSMA condenou hoje, através das redes sociais, o "ato criminoso" cometido no ataque à embarcação.


𝗡𝗢𝗧Í𝗖𝗜𝗔 𝗗𝗘 Ú𝗟𝗧𝗜𝗠𝗔 𝗛𝗢𝗥𝗔‼️: O Presidente da República, Úmaro Sissocó Embaló, reúne o Conselho Superior da Defesa Nacional.

A reunião está a decorrer à porta fechada no Palácio presidencial em Bissau. 

Rádio Jovem Bissau

Pais e encarregados da educação querem melhoria no sistema do ensino guineense.

Estas declarações foram prestadas pelo presidente da mesma organização momentos depois do encontro com o Ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica Braima Sanha.

Radio TV Bantaba

Direção da UNTG continua a ser disputada entre a ala de Laureano da Costa e a de Júlio Mendonça.

 Radio TV Bantaba

MALI: Acampamento militar no Mali alvo de atentado suicida

© FLORENT VERGNES/AFP via Getty Images

POR LUSA   08/09/23 

Um acampamento do exército maliano em Gao, no nordeste do país, foi hoje alvo de um atentado suicida, numa altura em que o norte do Mali tem sofrido ataques terroristas com mais frequência, disse o exército nas redes sociais.

O atentado ocorreu um dia depois de um duplo ataque atribuído a terroristas, que mataram pelo menos 64 civis e soldados no norte do país.

O exército, através das suas redes sociais, referiu-se a um "ataque "complexo" na zona do aeroporto, o que indica o envolvimento de diferentes meios, mas não deu qualquer informação sobre o número de vítimas do atentado de hoje.

Um funcionário do aeroporto foi contactado pela agência noticiosa France-Press (AFP) e relatou um ataque com dois veículos-bomba, acompanhado de tiros. O aeroporto foi encerrado, segundo a fonte citada pela AFP.

Tal como o ataque de quinta-feira, a uma posição militar em Bamba, mais a oeste, o atentado foi reivindicado pelo Grupo de Apoio aos Islão e aos Muçulmanos (GSIM, na sigla em francês), uma aliança afiliada à Al-Qaeda, informou a SITE, uma organização não-governamental (ONG) americana especializada na monitorização de grupos radicais.

As autoridades decretaram três dias de luto nacional a partir de hoje, devido à violência que ocorreu nos últimos dias.

A pressão dos grupos armados sobre o Estado no norte do país tem aumentado nas últimas semanas, aumentando os receios face à violência crescente num país que vive em tumultos desde 2012 e onde o acesso a informações fiáveis é dificultado por fatores como a distância, comunicações deficientes, silêncio das autoridades, segundo a AFP.

O norte do país está a ser disputado por grupos terroristas entre si e contra o exército do Mali e grupos armados tuaregues contra milicianos e contra o exército nacional. 

Vastas zonas da região de Gao, onde ocorreram estes últimos ataques, caíram sob o controlo do Estado Islâmico.

Foi a partir do norte, com as insurreições independentistas e salafistas de 2012, que começou a turbulência em que o Mali ainda está mergulhado e que se estendeu aos vizinhos Burkina Faso e Níger, e que matou milhares de pessoas.

Em 2015, os independentistas assinaram um acordo de paz com o Governo maliano, enquanto os extremistas continuaram a combater.

Está em curso uma reconfiguração da segurança no norte, após a partida da força anti-terrorista francesa em 2022 e a partida em curso da missão da ONU (MINUSMA).



Leia Também: Pelo menos 49 civis mortos em ataque no nordeste do Mali

Eleições russas nas áreas ocupadas "não têm fundamento jurídico", diz ONU

© Reuters

POR LUSA   08/09/23 

A Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou hoje "preocupação" com os relatos de que a Rússia está a realizar eleições em áreas ocupadas da Ucrânia e sublinhou que este sufrágio "não tem fundamento jurídico".

A posição da ONU foi apresentada pelo secretário-geral adjunto para a Europa, Ásia Central e Américas, Miroslav Jenca, numa reunião do Conselho de Segurança agendada para discutir a situação no território ucraniano, nomeadamente as eleições locais que a Rússia está a realizar nas regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.

"Estamos preocupados com os relatos de que a Federação Russa realiza as chamadas eleições em áreas da Ucrânia atualmente sob controlo militar russo. Estas chamadas eleições nas áreas ocupadas da Ucrânia não têm fundamento jurídico", disse o representante da ONU.

Jenca citou ainda o secretário-geral da ONU, António Guterres, que declarou que "qualquer anexação do território de um Estado por outro Estado resultante da ameaça ou uso da força é uma violação dos princípios da Carta [das Nações Unidas] e do direito internacional".



Leia Também: Os dez primeiros tanques Leopard 1, prometidos à Ucrânia pela Dinamarca, a Alemanha e os Países Baixos em fevereiro, chegaram a território ucraniano, anunciou hoje o exército dinamarquês, indicando que mais se seguirão.



Podolyak exclui mediação do Papa na guerra após afirmações "pró-russas"... "O Papa não pode desempenhar um papel de mediação, porque é pró-russo e não é credível",...

© SERGEI SUPINSKY/AFP via Getty Images

POR LUSA   08/09/23 

O principal conselheiro da Presidência ucraniana considerou hoje que o Papa Francisco não pode mediar o conflito na Ucrânia por ser "pró-russo", após o pontífice ter mencionado a "Grande Mãe Rússia" e a respetiva herança cultural durante um discurso.

No passado mês de agosto, num discurso dirigido a jovens católicos russos, Francisco enalteceu a herança da "Grande Mãe Rússia".

"Nunca esqueçais essa grande herança. Vós sois os herdeiros da grande mãe Rússia, segui em frente com ela", afirmou na ocasião.

Estes comentários do Papa, que mais tarde insistiu serem estritamente culturais, irritaram Kyiv, que acusou Francisco de legitimar as iniciativas imperialistas passadas e presentes de Moscovo.

Durante uma polémica entrevista a Oksana Kharkovska da estação televisiva ucraniana Canal 24 -- divulgada pelo 'site' noticioso do Vaticano Il Sismógrafo - Mykhailo Podolyak, principal conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que o pontífice não pode desempenhar um papel num processo de mediação após tais comentários.

"O Papa não pode desempenhar um papel de mediação, porque é pró-russo e não é credível", afirmou o conselheiro.

Perante tal situação, Podolyak disse que Kyiv exclui a possibilidade de mediação do Vaticano para solucionar o conflito militar no território ucraniano.

Na mesma entrevista, Podolyak também insinuou a existência de investimentos russos no Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como o Banco do Vaticano.

Na passada segunda-feira, a bordo do avião papal e no regresso a Roma após uma visita à Mongólia, Francisco justificou que não elogiou o imperialismo russo, mas exortou "a conservar a herança" e "a transmissão da cultura russa".

"Num diálogo com jovens russos emiti no final uma mensagem que repito sempre: que cuidem da sua herança. É o mesmo que digo em todos os lugares, a necessidade de diálogo entre avós e netos. Esta era a mensagem", esclareceu na ocasião.

O Papa acrescentou que se referiu à "Grande Rússia" para sublinhar a sua mensagem, porque "a herança russa é muito boa e muito bela e basta pensar no campo da literatura, da música, até chegar ao escritor Fiodor Dostoievski" que aborda o humanismo.

Francisco reconheceu que a terceira parte da sua alocução, na qual reiterou o discurso da herança, "talvez não tenha sido muito feliz", mas indicou que "não era uma referência ao plano geográfico mas antes cultural".

"Disse-o porque foi o que estudei no colégio", acrescentou.

"Queria dizer que têm de herdar a sua cultura, que não se pode comprar num outro lugar, e que a cultura russa é belíssima e profunda e não ficará congelada apesar de a Rússia ter registado momentos obscuros", sublinhou.

O Papa frisou ainda que não pensava em "imperialismo", pelo facto de "existirem imperialismos que querem impor a sua própria ideologia e quando a cultura é destilada e se transforma em ideologia que se converte em veneno".

As palavras do Papa foram na ocasião criticadas pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko, ao considerar que defendiam o "imperialismo russo".

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 por Moscovo no território ucraniano - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


AMNISTIA INTERNACIONAL: Arábia Saudita executou pelo menos 100 pessoas em 2023, denuncia AI

© Reprodução

POR LUSA    08/09/23 

A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje que a Arábia Saudita executou em 2023 pelo menos 100 pessoas e acusou Riade de "continuar com uma onda implacável de assassínios", apesar das promessas de limitar o uso da pena capital.

"Em contraste com as repetidas promessas da Arábia Saudita de limitar o recurso à pena de morte, as autoridades sauditas já executaram 100 pessoas este ano, revelando o seu arrepiante desrespeito pelo direito à vida", afirmou, num comunicado, a diretora da AI para o Médio Oriente e Norte de África, Heba Morayef.

A organização de promoção e defesa dos direitos humanos afirmou que a contagem se baseia em informações publicadas pela agência noticiosa oficial saudita SPA e advertiu que "o número real de execuções pode ser mais elevado".

Esta nova vaga de execuções "suscita sérios receios quanto à vida" dos condenados à morte por crimes cometidos antes da maioridade, algo que, referiu a AI, "as organizações não-governamentais têm vindo a denunciar constantemente".

Morayef afirmou que a Amnistia Internacional tem documentado um grande número de sentenças de morte "por qualquer razão", desde publicações críticas nas redes sociais a crimes relacionados com drogas.

Várias organizações de defesa dos direitos humanos referem que a taxa de execuções no país árabe quase duplicou desde que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman chegou ao poder, há sete anos, durante os quais a pena de morte foi aplicada a mais de mil pessoas.

Em 2022, a Arábia Saudita executou um total de 196 pessoas, 81 delas num único dia, o maior número de execuções no país em 30 anos, segundo a AI.


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Uma empresa de tecnologia de Boston criou uma mão robótica capaz de executar linguagem gestual. Destinada a utilizadores surdos-cegos, a mão traduz texto online em linguagem gestual tátil. Os criadores afirmam que a mão tem potencial para abrir um mundo de conteúdos online para os utilizadores surdos-cegos.



 📹Tina Trinh.   VOA Português 

Arrancou esta sexta-feira (08-09) no Centro de Saúde de Gabú, a vacina contra raiva, depois da vaga de ataque do cão a cerca de duas dezenas de pessoas. A operação de vacinação foi possível com apoio e intervenção do Governo Regional de Gabú.

Por Radio Voz Do Povo


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PM Geraldo João Martins visita as instalações de Instituto Nacional de Estatísticas e departamento central do quarto recenseamento Geral da População e Habitação.

Radio Voz Do Povo

Kyiv denuncia "eleições ilegais" nas regiões ocupadas pela Rússia

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POR LUSA   08/09/23 

A Ucrânia denunciou hoje as eleições russas a decorrer nos territórios ucranianos ocupados como ilegais por violarem a soberania do país, e avisou que "não terão quaisquer consequências jurídicas".

A Rússia elege entre hoje e domingo 21 governadores e 20 parlamentos regionais, numa votação já iniciada em algumas zonas do país e que engloba a península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

Moscovo alargou a votação deste ano às regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas em setembro de 2022, apesar da guerra em curso e de as suas forças não as controlarem na totalidade.

"As ações da Rússia violam gravemente a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, as leis ucranianas e as normas do direito internacional, em particular a Carta das Nações Unidas", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

Para Kyiv, "as pseudo-eleições da Rússia nos territórios temporariamente ocupados são inúteis".

"Não terão quaisquer consequências jurídicas e não conduzirão a uma alteração do estatuto dos territórios ucranianos capturados pelo exército russo", afirmou o ministério chefiado por Dmytro Kuleba.

O ministério considerou que "ao organizar eleições fictícias nas regiões ucranianas e na Crimeia, o Kremlin [presidência russa] continua a deslegitimar o sistema jurídico russo".

A diplomacia ucraniana apelou à comunidade internacional para que "condene as ações inúteis e arbitrárias da Rússia".

Apelou também para que a comunidade internacional "não reconheça a legitimidade de qualquer 'administração' criada em resultado destas eleições ilegais, bem como de quaisquer decisões por ela tomadas".

"Os envolvidos nestas pseudo-eleições, incluindo os dirigentes russos, os representantes das administrações de ocupação e as estruturas eleitorais, devem ser levados à justiça", defendeu o ministério de Kuleba.

"Trabalharemos para a imposição de novas sanções internacionais contra eles", acrescentou.

A realização das eleições foi condenada hoje pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), organização de que a Rússia e a Ucrânia fazem parte.

A OSCE disse que as eleições "não terão qualquer validade ao abrigo do direito internacional" e que a sua realização "viola a integridade territorial e a soberania da Ucrânia".

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, descreveu as eleições como um "exercício de propaganda" e reiterou que Washington nunca reconhecerá as pretensões de Moscovo "a qualquer território soberano da Ucrânia".

Avisou que todas as pessoas que apoiem "as eleições fraudulentas da Rússia na Ucrânia, inclusive atuando como os chamados 'observadores internacionais', podem estar sujeitas a sanções e restrições de vistos".

Em resposta, a embaixada russa em Washington afirmou que as observações de Blinken equivaliam a uma interferência nos assuntos internos da Rússia, segundo a agência espanhola Europa Press.

"As autoridades norte-americanas não abandonam o velho hábito de se imiscuírem nos assuntos internos de outros países. Consideram-se autorizadas a fazer recomendações e avisos sobre a condução de campanhas eleitorais no estrangeiro", disse a embaixada.



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PR Umaro Sissoco Embaló preside a cerimônia de entrega donativos para o Ministério da Saúde, 09 viaturas, 02 câmaras mortuárias, 12 Raio X, 11 motorizadas e 30 tendas adquiridas pela OMS com fundo do BAD, no quadro de combate da pandemia da Covid-19.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PRESIDE CERIMÓNIA DE ENTREGA DE DONATIVOS  PARA O MINISTÉRIO DA SAÚDE
 
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló presidiu hoje a cerimónia de entrega de donativos para o Minstério de Saúde
Na ocasião foram entregues ao Ministério de Saúde viaturas, equipamentos médicos e hospitalares, medicamentos e consumíveis adquiridos  através  da Celula de Apoio a Gestão de Fundos Covid19, através dos fundos do Banco islâmico de Desenvolvimento (BID) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), sob a colaboração da Organização Mundial da Saúde (OMS), para o reforço do Sistema Nacional de Saúde Pública, no âmbito do combate à pandemia no país.
Radio Voz Do Povo  / Presidência da República da Guiné-Bissau

Consultor em Economia e Gestão Mamadu Serifo Balde disse está quinta-feira que é ineficaz a parceria do Setor Privado Guineense para com Estado, e aponta os políticos como maiores protogonistas das empresas que funcionam nas mochilas.


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Oleksii Reznikov garantiu que Putin quer a "destruição da Ucrânia" e que não se contentará apenas com a cedência de alguns territórios como alguns sugerem fazer.

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Notícias ao Minuto   08/09/23 

 Ucrânia. Ex-ministro pede "união e coragem" para evitar III Grande Guerra

Oleksii Reznikov garantiu que Putin quer a "destruição da Ucrânia" e que não se contentará apenas com a cedência de alguns territórios como alguns sugerem fazer.

O antigo ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, garantiu, em entrevista ao The Guardian, que as negociações com Moscovo não trarão paz e que Vladimir Putin continua determinado a destruir completamente a Ucrânia e a "anexar" os cidadãos ucranianos à Rússia.

Segundo o ex-governante ucraniano, qualquer "acordo" com o Kremlin é inútil, uma vez que "a Rússia exige o reconhecimento dos territórios ocupados da Ucrânia como seus em troca do fim da guerra apenas com um objetivo: ganhar algum tempo para reagrupar-se e 'finalmente resolver a questão ucraniana' utilizando novos recursos".

"A Rússia não reconhece a existência da Ucrânia e do povo ucraniano. O seu objetivo é destruir o Estado ucraniano e anexar os ucranianos", defendeu.

Na mesma entrevista, Oleksii Reznikov, que foi afastado do cargo, no domingo, pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, comparou os apelos à Ucrânia para fazer concessões territoriais às exigências internacionais de 1938 para que a Checoslováquia entregasse os Sudetos à Alemanha Nazi. O que acabou por acontecer.

"Sabemos pela história que isso não impediu Hitler. O Terceiro Reich ficou com o controlo total do que restava da Checoslováquia, incluindo o seu arsenal militar. As ações de Putin seguem um padrão semelhante", recordou, acrescentando que, se ninguém parar o presidente da Rússia, as suas ambições não vão ficar pela Ucrânia.

“Deixar a Rússia obter os recursos da Ucrânia só aumentará as ambições do Kremlin e levará a uma nova grande guerra na Europa Oriental, que envolverá inevitavelmente a NATO, como todos os riscos daí inerentes", atirou.

Para Rexnikov, que segundo o The Guardian pode vir a tornar-se embaixador da Ucrânia no Reino Unido, "a receita para a vitória" é clara. Inclui a restauração das fronteiras da Ucrânia, a retirada das tropas russas e a "punição dos criminosos de guerra". E para evitar "agressões semelhantes no futuro", defendeu ainda, é necessário integrar a Ucrânia em pactos de segurança e fazer "emendas ao direito internacional".

"Peço união, coragem e uma ação consolidada. Essa é a única maneira de salvamos o mundo da catástrofe de uma Terceira Guerra Mundial", concluiu.



Leia Também: Musk negou pedido de Kyiv e "como resultado, crianças estão a morrer"

Cuba detém 17 pessoas ligadas a rede russa que recrutava para a guerra

© Lusa

POR LUSA   08/09/23

Cuba deteve 17 pessoas na sequência do desmantelamento de uma rede que recrutava mercenários para lutar pela Rússia na Ucrânia, informaram na quinta-feira meios de comunicação oficiais.

Três pessoas "pertenciam ao esquema de recrutamento dentro da ilha" e as restantes confessaram "ter aderido à operação por decisão individual e voluntária, em troca de residência no país eurasiático e de uma remuneração monetária substancial".

As autoridades cubanas garantiram, com base em confissões dos detidos e na interceção de comunicações, que a rede era dirigida "desde o exterior" e que os organizadores procuravam "indivíduos com antecedentes criminais, provenientes de famílias disfuncionais".

Embora não tenham sido revelados os alegados crimes pelos quais os detidos estão a ser investigados, o novo código penal estabelece "severas sanções para este tipo de crimes" que se enquadram entre o tráfico, o tráfico de seres humanos e a angariação para grupos mercenários, de acordo com o Cubadebate.

O portal de notícias acrescentou que o líder do departamento de supervisão da direção de processos penais da Procuradoria-Geral de Cuba, José Luis Reyes Blanco, explicou que "nas investigações será determinado o crime imputável a cada caso, em correspondência com as ações e a vontade dos envolvidos".

A publicação acrescentou que "atualmente continuam as investigações sobre estes acontecimentos que são prejudiciais à segurança nacional, alheios aos valores do povo cubano".

O governo de Cuba anunciou na segunda-feira o desmantelamento de uma rede de tráfico de pessoas, com sede na Rússia, que recrutava cubanos para lutar como mercenários na guerra na Ucrânia.

O Ministério do Interior "detetou e está a trabalhar para neutralizar e desmantelar uma rede de tráfico de seres humanos que opera a partir da Rússia para recrutar cidadãos cubanos aí radicados, incluindo alguns de Cuba", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros da ilha, num comunicado.

"Cuba não faz parte do conflito armado na Ucrânia", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, assegurando que Cuba "está a agir e agirá energicamente" contra quem "participe em qualquer forma de tráfico de seres humanos com o objetivo de recrutamento (...) para que os cidadãos cubanos possam usar armas contra qualquer país".

Neste sentido, sublinha-se que as autoridades da ilha "neutralizaram tentativas desta natureza e foram iniciados processos penais contra pessoas envolvidas nestas atividades".

O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, defendeu ainda que Cuba tem uma "posição histórica firme e clara contra" os grupos mercenários e desempenha "um papel ativo nas Nações Unidas em repúdio desta prática".

O governo cubano e os meios de comunicação oficiais têm feito eco da retórica de Moscovo quando se referem à invasão da Ucrânia pela Rússia, mas nas Nações Unidas optaram em várias ocasiões por se abster em vez de apoiar as posições do Kremlin.



Leia Também: Os Estados Unidos afirmaram quinta-feira que, apesar das críticas russas, não existem provas de que as munições de urânio empobrecido, que vão ser entregues à Ucrânia, causem cancro.


MNE russo acusa EUA de tentar isolar Moscovo e travar China

© TCHANDROU NITANGA/AFP via Getty Images

POR LUSA    07/09/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, denunciou na quinta-feira, no Bangladesh, a estratégia dos Estados Unidos na região do Indo-Pacífico, que, no seu entender, tem como objetivo "travar a China e isolar a Rússia".

"Apesar da pressão exercida sobre o Bangladesh pelos Estados Unidos e os seus aliados, os nossos amigos do Bangladesh orientam a sua política externa exclusivamente pelos seus interesses nacionais", declarou Lavrov ao lado do seu homólogo A.K. Abdul Momen.

As forças de segurança do Bangladesh têm sido acusadas de execuções extrajudiciais e os direitos da oposição têm sido limitados, segundo várias organizações internacionais.

"Podemos ver claramente que os Estados Unidos e os seus aliados estão a tentar defender os seus interesses na região através da chamada estratégia do Indo-Pacífico: o seu objetivo é claramente impedir a China e isolar a Rússia na região", acrescentou.

O ministro, que se deslocou ao Bangladesh antes da cimeira do G20 na Índia, na qual o Presidente russo não vai participar, afirmou que Moscovo e Daca concordaram em intensificar as suas relações.

O Bangladesh está a construir a sua primeira central nuclear com a ajuda da Rússia, um projeto no valor de pouco mais de 12 mil milhões de dólares, 90% dos quais financiados por um empréstimo de Moscovo.

No entanto, o projeto e o seu financiamento têm sido dificultados pelas sanções ocidentais contra a Rússia, devido à guerra que esta lançou contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, alegam os promotores.


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O Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje, em audiência, os enviados especiais do Presidente da República da Gâmbia, Adama Barrow, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Mamadou Tangara e o Ministro do Comércio, Baboucarr Ousmaila Joof.🇬🇼🇬🇲

  Presidência da República da Guiné-Bissau

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

"A nossa concentração não deve ficar só nas escolas públicas" disse novo inspetor-geral da Educação

 Radio TV Bantaba

Direção da UNTG liderado por Laureano Pereira, acusa Júlio Mendonça de estar aviolar flagrante a lei do estatuto sindical.

 Radio TV Bantaba

A Ministra do Interior, Maria Adiatu Djaló Nandigna, continua a visita, nas diferentes unidades a sua tutela.

Após visitar  o  Comando Geral da Guarda Nacional, seguiu para a  Brigada Intervenção Rápida (BIR), Brigada da Proteção da Natureza e do Ambiente ( BPNA), Brigada Acção Fiscal ( BAF) e por última Brigada Costeira Marítima.

Radio Voz Do Povo

EUA. Fornecer armas à Rússia seria um "enorme erro" da Coreia do Norte.... A vice-presidente dos EUA considerou que a decisão "isolará ainda mais" os dois países.

© Chip Somodevilla/Getty Images

Notícias ao Minuto   07/09/23 

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, considerou, esta quinta-feira, que seria "um enorme erro" se a Coreia do Norte fornecer armamento à Rússia para combater na Ucrânia, e que tal isolaria os dois países "ainda mais". 

"Penso que seria um grande erro. A ideia de que estariam a fornecer munições para esse fim seria um grande erro. Também acredito firmemente que, tanto para a Rússia quanto para a Coreia do Norte, isso os isolará ainda mais", disse Harris em entrevista à CBS News.

Na ótica da vice-presidente norte-americana "é muito óbvio que a Rússia está claramente desesperada" e que o país já enfrentou um "fracasso estratégico". "Basta pensar que, no início de tudo, há ano e meio, os especialistas diziam que isto acabaria em dias. Bem, os ucranianos ainda estão a lutar", acrescentou.

As declarações de Kamala Harris surgem após o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, ter afirmado, na terça-feira, que a Coreia do Norte "pagará um preço" se fornecer armamento à Rússia.

"Fornecer armas à Rússia para serem utilizadas no campo de batalha, para atacar silos de cereais e as infraestruturas de aquecimento das principais cidades, à medida que nos aproximamos do inverno, para tentar conquistar um território que pertence a outra nação soberana, não vai refletir-se bem na Coreia do Norte e eles vão pagar um preço por isso na comunidade internacional", disse Sullivan na Casa Branca.

Sublinhe-se que, de acordo com o jornal norte-americano New York Times, a Rússia e a Coreia do Norte estão em negociações sobre a entrega de armas. A Rússia pretende obter de Pyongyang projéteis de artilharia e mísseis antitanque, enquanto a Coreia do Norte espera receber tecnologia de ponta para satélites e submarinos nucleares, bem como ajuda alimentar.

De acordo com o mesmo jornal, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, poderão encontrar-se em breve em Vladivostoque, uma cidade costeira russa próxima da Coreia do Norte.

Já na terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou confirmar as informações sobre a reunião entre os líderes russo e norte-coreano, mas admitiu a possibilidade de exercícios militares conjuntos.



Leia Também: Rússia diz que vai manter compromisso com tratado sobre testes nucleares

Marinha do Senegal interceta 118 migrantes ilegais perto de Saint-Louis

© Getty Images

POR LUSA   07/09/23 

A Marinha senegalesa intercetou 118 pessoas que tentavam migrar de forma irregular em um barco ao largo da costa norte do país, perto da cidade de Saint Louis, confirmou a Direção de Informação e Relações Públicas (DIRPA) do exército senegalês.

Esta agência militar estima que, desde maio, 1.500 pessoas tenham sido intercetadas e levadas de volta a terra quando tentavam migrar irregularmente.

"Em particular, os resultados das duas últimas semanas mostram um total de 1.015 pessoas desembarcadas pelas unidades da Marinha nacional, ilustrando um claro ressurgimento de tentativas de migração irregular durante este período", detalhou a DIRPA, através de um comunicado.

O Senegal é, simultaneamente, um país de trânsito e um país de origem para pessoas oriondas de países africanos que tentam chegar à Europa de forma irregular.

Em 2020, a rota atlântica foi reativada com centenas de jovens que voltaram a embarcar em canoas devido ao encerramento das fronteiras terrestres por causa da pandemia de covid-19 e às dificuldades económicas agravadas por esta crise.

De acordo com os dados compilados pela polícia e marinha senegalesas, 1.721 pessoas foram intercetadas no Senegal em 2022, principalmente entre julho, agosto e setembro.

Em comparação com os dois anos anteriores, registaram-se menos partidas em 2022, uma vez que apenas quatro caiaques conseguiram chegar às Ilhas Canárias (Espanha) a partir da costa senegalesa com 274 pessoas a bordo, de acordo com o governo senegalês.


Rússia critica EUA por entregar a Kyiv bens russos apreendidos

© Reuters

POR LUSA   07/09/23 

A Rússia considerou hoje ilegal a apreensão de bens russos pelos Estados Unidos, depois de Washington ter anunciado a entrega de 5,4 milhões de dólares (cinco milhões de euros) de ativos de Moscovo à Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, qualificou a decisão anunciada em Kyiv pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, como "absolutamente negativa".

Moscovo considera "ilegais todos os casos de bloqueio ou retenção de fundos ligados à propriedade pública ou privada russa no estrangeiro", afirmou Peskov, citado pela agência espanhola Europa Press.

Blinken disse em Kyiv que a intenção dos Estados Unidos é que os fundos sejam utilizados para apoiar a integração e a reabilitação dos veteranos de guerra ucranianos.

Peskov também reafirmou as críticas russas ao anúncio de que os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia munições com urânio empobrecido de calibre 120 milímetros para equipar os tanques Abrams.

São "muito más notícias", disse Peskov.

O porta-voz afirmou que este tipo de munições foi utilizado na Jugoslávia com "consequências muito tristes, registadas até por organizações internacionais".

Segundo referiu, a utilização de projéteis de urânio empobrecido provocou um "aumento galopante do cancro e de outras doenças".

"Os efeitos secundários foram sentidos pelos descendentes daqueles que se encontravam na região onde estas armas foram utilizadas ou que entraram em contacto com elas", disse.

Avisou ainda que a responsabilidade total pelas consequências da utilização de munições com urânio empobrecido "recairá inteiramente sobre os Estados Unidos".

"Todos devem estar conscientes disso", acrescentou, segundo a agência espanhola EFE.

A utilização de munições de urânio empobrecido, que têm maior capacidade de perfurar blindados, é há muito uma questão controversa devido aos potenciais impactos na saúde e no ambiente.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou na quarta-feira que "muitas forças armadas utilizam munições de urânio empobrecido, não apenas os Estados Unidos".

"Eu acrescentaria a Rússia também", disse Kirby, sublinhando depois que se trata de "munições eficazes no campo de batalha e que não representam uma ameaça radioativa para as pessoas".

A Ucrânia tem em curso uma contraofensiva para tentar reconquistar os territórios controlados pelas forças russas desde que invadiram o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.

Kyiv tem recebido armamento dos aliados ocidentais, que também decretaram sanções económicas para tentar diminuir a capacidade russa de financiar a guerra.