terça-feira, 3 de novembro de 2020
Acnur envia material a escolas na Guiné-Bissau para combater pandemia
Unicef/Pirozzi Acnur colocou à disposição de duas escolas em São Domingos, Região de Cacheu, no norte da Guiné-Bissau, mobiliários e equipamentos informáticos para combater a pandemia.
ONU News em Bissau 2 novembro 2020
Equipamentos foram entregues à duas escolas na Região de Cacheu onde decorre campanha de sensibilização sobre a pandemia; Agência da ONU qualifica o país de exemplo positivo na integração dos refugiados; processo de naturalização de 8 mil refugiados será concluído no início de 2021.
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, colocou à disposição de duas escolas em São Domingos, Região de Cacheu, no norte da Guiné-Bissau, mobiliários e equipamentos informáticos para combater a pandemia. A ajuda faz parte do projeto de apoio a educação e insere-se no âmbito da luta contra a Covid-19.
Sensibilização
No mesmo quadro, o Acnur vai despertar, até 15 de novembro, a consciência dos alunos, pais, encarregados de educação e técnicos de saúde numa ação de sensibilização que envolve também militares, paramilitares e policiais.
Falando à ONU News em Bissau, a chefe do Escritório do Acnur no país, Eunice Queta Esteves, explicou como os equipamentos foram distribuídos e sobre as escolas beneficiadas.
“HCR selecionou duas escolas em são Domingos, uma pública e uma privada. Cada escola recebeu cinco computadores, cinco portáteis, 10 headphones, duas impressoras completas, para além de seis mesas, 12 cadeiras. Vamos apoiar a nível da instalação de internet, vamos pagar por um ano, para além dos painéis solares”.
O Acnur cobre 95 aldeias na região de Cacheu e a Manitese, uma entidade parceira de implementação cobre 34 sendo as restantes apoiadas pela Comissão Nacional para os Refugiados.
Naturalização
A agência pretende retomar, durante os meses de novembro e dezembro, a distribuição de produtos da primeira necessidade, de higiene e kits de sensibilização para a prevenção da pandemia. Os trabalhos que vinham decorrendo entre maio e junho, foram suspensos devido as imposições restritivas da Covid-19.
No mesmo período, o Acnur conta retomar também o processo de registo dos cerca de 1,9 mil dos 8 mil refugiados identificados para o efeito de naturalização. A parceria com a Comissão Nacional dos Refugiados e o Governo guineense remonta de 2017, quando foi assinado o despacho que confere naturalização a todos os refugiados que se encontram no país.
Eunice Queta Esteves realça a necessidade de haver uma integração plena dos refugiados na sociedade guineense.
“Eles foram bem recebidos, agora há que continuar para que eles sejam autónomos e os seus direitos sejam respeitados e que saibam que têm obrigações que têm que cumprir. Temos que fazer a integração plena que passa por uma maior sensibilização a população agora naturalizada, apoiá-los em negócios que gerem rendimentos para que possam ser autossuficientes”.
ONU News/Alexandre Soares Sede da Associação dos Amigos da Criança, Amic, na Guiné-Bissau
Conflito
Embora haja cidadãos da Serra Leoa, da Cote d’Ivoire ou Costa do Marfim e Burundi, o grosso dos refugiados é constituído por cidadãos senegaleses que fugiram das hostilidades entre o governo e o Movimento das Forças Independentistas do Casamansa na zona sul do país Africano.
“Muitos destes refugiados vivem no país já há muito tempo e sempre foram bem acolhidos pelos chefes das tabancas que os concederam parcelas de terra onde vivem e cultivam”, disse a líder do Acnur. A preocupação é o novo fenómeno de conflito de posse de terra que, em alguns casos, opõe os refugiados aos antigos ocupantes.
Sabe-se também que os refugiados recebem apoios com atividades geradoras de rendimento como a agricultura, horticultura, avicultura e escoamento de produtos.
Existe ainda uma assistência financeira a 12 refugiados para a formação superior nas faculdades do país e o estudo das línguas: português, francês e inglês.
Da ONU News em Bissau, Amatijane Candé.
Presidente da Costa do Marfim reeleito para terceiro mandato
© Reuters
Por Notícias ao Minuto 03/11/20
O Presidente da Costa do Marfim foi reeleito para um terceiro mandato, com 94,27% dos votos, anunciou hoje a Comissão Eleitoral Independente, numa eleição controversa marcada pela violência e peo boicote da oposição.
Alassane Ouattara, de 78 anos, recebeu 3.031.483 votos de um total de 3.215.909 votos expressos no escrutínio, que levou a protestos e violência, tendo ativistas da oposição saqueado ou impedido a abertura de algumas das mesas de voto.
De acordo com os resultados anunciados pela comissão eleitoral, o candidato independente Kouadio Konan Bertin ficou em segundo lugar, com 1,99% (64.011 votos).
Outros dois candidatos tinham apelado ao boicote das eleições, mas mesmo assim receberam votos.
O ex-Presidente Henri Konan Bédié terminou em terceiro lugar, com 1,66% (53.330 votos), enquanto o antigo primeiro-ministro Pascal Affi N'Guessan ficou em quarto, com 0,99% (31.986 votos).
A comissão eleitoral tem três dias para transmitir os resultados ao Conselho Constitucional, que tem sete dias para os validar.
Eleito em 2010 e reeleito em 2015, Ouattara tinha anunciado em março que não se candidataria a um terceiro mandato, antes de mudar de ideias em agosto, após a morte do "delfim", designado como candidato presidencial, o então primeiro-ministro Amadou Gon Coulibaly.
A Constituição da Costa do Marfim prevê um máximo de dois mandatos presidenciais, mas o Conselho Constitucional considerou que, com a reforma adotada em 2016, a contagem de mandatos de Ouattara tinha sido recolocada a zero, dando cobertura a uma nova candidatura.
Na segunda-feira, a oposição da Costa do Marfim, que considera um terceiro termo inconstitucional, anunciou um Conselho de Transição, liderado por Bédié, para a formação de um "governo de transição" até novas eleições presidenciais, após um fim de semana marcado pela violência.
No domingo, no dia seguinte às eleições, a oposição tinha apelado uma "transição civil" e à "mobilização geral dos costa-marfinenses para pôr fim à ditadura e à má gestão do Presidente cessante".
Pelo menos nove pessoas morreram durante o fim de semana em numerosos incidentes e confrontos que afetaram principalmente a metade sul do país.
Antes da votação, cerca de 30 pessoas tinham morrido em atos de violência pelo país, levantando receios de uma repetição dos conflitos pós-eleitorais registados há dez anos.
Estima-se que três mil tenham morrido devido à recusa do antigo Presidente Laurent Gbagbo de admitir a derrota face ao sucessor, Alassane Ouattara.
ORGANIZAÇÕES JUVENIS DA REGIÃO DE QUINARA INSURGIRAM-SE CONTRA O ABATE DE ÁRVORES NA GUINÉ-BISSAU
EM GABÚ, PONTO FOCAL DA REDE NACIONAL DE LUTA CONTRA VIOLÊNCIA BASEADO NO GÉNERO E CRIANÇA (RENLUV)
GUINÉ-CONACRI - Opositores derrotados nas presidenciais da Guiné-Conacri recorrem
Quatro candidatos derrotados nas eleições presidenciais da Guiné-Conacri, incluindo o segundo mais votado, Cellou Dalein Diallo, contestaram os resultados eleitorais junto do Tribunal Constitucional do país, noticia hoje a agência France-Presse (AFP).
Cellou Dalein Diallo, que obteve 33,5% dos votos nas eleições de 18 de outubro, segundo os resultados provisórios anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (Ceni), contra 59,5% do Presidente em funções, Alpha Condé, diz ter "provas irrefutáveis" que o escrutínio foi manchado por "irregularidades", aponta a AFP, que cita o seu advogado, Amadou Diallo.
Para o opositor, as provas, que não foram expostas à imprensa, deverão permitir ao Tribunal Constitucional "a anulação da votação na região de Kankan", um bastião de Condé no leste do país e a "proclamação da vitória na primeira volta" por Cellou Dalein Diallo.
Diallo declarou a sua vitória em 19 de outubro, um dia depois das eleições e antes do anúncio provisório dos resultados pela Ceni, defendendo que tinha conquistado 52% dos votos.
Segundo uma fonte do Tribunal Constitucional guineense, também citada pela AFP, Ousmane Kaba (1,19% dos votos), Ibrahima Abé Sylla (1,55%) e Makalé Traoré (2,72%) foram os três outros candidatos, entre os 12 que participaram nas eleições, que apresentaram recurso junto do mais alto tribunal da Guiné-Conacri.
União Europeia, França e Estados Unidos da América questionaram a credibilidade do resultado anunciado pelo Ceni.
Entretanto, Diallo considera improvável que o Tribunal Constitucional invalide a votação.
Na passada sexta-feira, vários candidatos da oposição apelaram para o reinício das manifestações anti-Condé esta terça-feira, com Diallo a considera que estas pretendem "denunciar o bloqueio eleitoral" e "exigir o reconhecimento" da sua "vitória".
De acordo com o Governo, a violência pós-eleitoral provocou 21 mortes, incluindo membros das forças de segurança.
Por outro lado, a oposição denuncia uma "repressão sangrenta" que resultou em "mais de 30" mortes, segundo Diallo.
O Presidente do país, Alpha Condé, de 82 anos, primeiro chefe de Estado eleito democraticamente em 2010 após décadas de regimes autoritários na Guiné-Conacri, foi reeleito em 2015 para um segundo mandato e, de acordo com o organismo eleitoral do país, conquistou agora um controverso terceiro mandato.
Durante um referendo em março, muito contestado, fez aprovar uma nova Constituição e de seguida considerou, com os seus apoiantes, que o novo texto lhe permite voltar a concorrer ao escrutínio.
Os seus adversários denunciaram um "golpe de Estado constitucional". Segundo a oposição, pelo menos 90 pessoas morreram no último ano devido a incidentes durante manifestações contra uma nova candidatura de Condé.
Assinatura de Mensagem de Condelência!
Após a chegada do Presidente da Guiné-Bissau🇬🇼Umaro Sissoco Embalo na Burquina Faso 🇧🇫, nesta tarde, ele dirigiu à mensagem de condelência ao seu homologo Issoufou a Tuiré, pela a perda do seu falecido Pai, Charles Bila Kaboré; Embaló Assinou livro de Condelencia em Ganzourgou;
Novembro de 2020.
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embalo torceu hoje na pista do Aeroporto Internacional de Ouagadougou, para apoiar o Presidente do Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré, de luto desde 27 de outubro após a morte do seu pai.
Umaro Sissoco Embalo foi recebido no aeroporto pelo Primeiro-Ministro, Christophe Dabiré. Após um breve encontro com o chefe do governo de Burkinabè, o presidente Embalo irá com seu homólogo Issoufou a Tuiré em Ganzourgou, onde Charles Bila Kaboré será enterrado.
Fonte: Diretoria de Comunicação da Presidência de Burkina Faso
02 de Novembro de 2020
Dia dos defuntos: FIÉIS CATÓLICOS DEPOSITAM COROAS DE FLORES NOS TÚMULOS DOS SEUS ENTES-QUERIDOS
Por Jornal Odemocrata 02/11/2020
Os fiéis católicos guineenses depositaram esta segunda-feira, 02 de Novembro de 2020, coroas de flores nos túmulos de seus familiares, amigos e entes-queridos no cemitério de Antula em Bissau. Este ano, a celebração da data pela comunidade católica não teve ambiente diferente.
Uma equipa de repórteres do Jornal O Democrata esteve no cemitério de Antula para reportar a cerimónia que, para muitos, é de reflexão e de honra aos defuntos. O ambiente registado foi de muita tristeza em homenagem aos familiares falecidos.
A diferença registada este ano tem a ver com a situação da pandemia provocada pelo novo coronavírus covid-19 pelo que não foi possível a realização da Santa Missa na capela do cemitério visitado pelo repórter como acontecia nos anos anteriores.
Mas alguns dos fiéis católicos entraram na capela e fizeram as suas orações e outros preferiram fazer as orações nas campas dos seus familiares e entes-queridos.
Outra situação registada tem a ver com o desrespeito das regras ou medidas de prevenção. Notou-se que não há cumprimento do distanciamento social nem tão pouco a lavagem das mãos, e a maioria das pessoas não utilizou máscaras faciais.
Alguns dos entrevistados pelo semanário disseram que o dia dos fiéis defuntos constitui um dia de grande emoção pela perda irreparável dos seus familiares, amigos e entes queridos, realçando a importância de os familiares concentrarem-se no cemitério em para honrar a memoria os falecidos, e rezar pelas almas dos seus familiares, amigos e entes queridos para que tenham o perdão de Deus.
“Deus é maior. Ele quem dá e tira e por mais que acontecer não há força para enfrentar a vontade Deus. Por isso, temos que nos conformar com a esperança de que todos esperam um dia deixar este mundo para” disseram alguns dos fiéis entrevistados pelo O Democrata.
Por: Carolina Djemé
Foto: C.D
Guiné-Bissau: Afinal são mais de 30 milhões de FCFA “desviados” pelo diretor financeiro do Ministério “de Jorge Malú”
São, afinal, mais de 31 milhões de Francos CFA supostamente desviados pelo diretor financeiro do Ministério da Energia e do Recursos Naturais da Guiné-Bissau, Joaquim da Silva, apurou o Capital News, esta segunda-feira (02.11), junto de uma fonte da instituição governamental.
Segundo a fonte, o financeiro, que se encontra detido na Polícia Judiciária (PJ), desde sexta-feira (30.10), antes de levantar 22 milhões de FCFA no Ministério das Finanças, já “teria levantado mais de 10 milhões de Francos CFA nos cofres do Ministério, dinheiro que terá entregue a um vidente, no sentido de este multiplicar o valor, conforme o próprio Joaquim da Silva teria explicado à PJ.
A fonte sublinhou que “o responsável pelas finanças do Ministério da Energia e dos Recursos Naturais, poucas horas depois de ter levantado mais de 22 milhões de francos CFA, dia 29 de outubro, no Ministério das Finanças, teria apoderado dos três milhões, e entregado, novamente, 19 milhões ao vidente, de nome Mussá Candé, que teria poderes para a multiplicação do dinheiro, através do mistério que faz na sua residência, no Bairro Militar, em Bissau.
Alfa, outro nome citado como colaborador do vidente Mussá, é identificado pela fonte contactada pelo CNEWS, como alguém que “frequentava sistematicamente” o Ministério da Energia e dos Recursos Naturais, e o gabinete do diretor financeiro daquela instituição. A fonte revela que “os dois, Mussá e Alfa, e as respetivas famílias encontram-se em parte incerta, desde que receberam os últimos 19 milhões. Mas “os suspeitos estão a ser procurados pela Polícia Judiciária”, disse a fonte.
Em relação a mais de três milhões de FCFA, destinados para pagar a viagem ao estrangeiro, do ministro Jorge Malú, o confidente do CNEWS informou que uma parte do valor “foi recuperada das mãos do Motoristas de Joaquim da Silva e a outra, das próprias mãos do diretor financeiro, agora detido”.
Contactada pelo CNEWS, uma fonte do Ministério das Finanças confirmou ter efetuado pagamentos para trabalhos preparativos da reunião dos Ministros da Energia dos países membros da Organização para Valorização do Rio Gâmbia (OMVG), e que “não pode haver novos pagamentos para o mesmo fim”, afirma.
A reunião em causa deverá ter lugar em Bissau, nesta primeira semana de novembro.
Guiné-Bissau: Polícia mata jovem e fere “gravemente” duas pessoas em Safim
Por CNEWS novembro 2, 2020
Um jovem morreu este domingo (01.11), em Safim, no norte da Guiné-Bissau, na sequência de tiros disparados contra a sua pessoa, pelo comandante da polícia local, com quem a vítima esteve envolvida numa “discussão acesa”, informou ao Capital News, fonte da corporação policial.
De acordo com a mesma fonte, duas outras pessoas, ficaram feridas e em “estado grave”, também por causa dos disparos do comandante da Polícia.
Revoltados com a situação, revela a fonte, os familiares da vítima mortal tentaram, esta segunda-feira, invadir a esquadra da polícia de Safim, em jeito de represália, mas a “pronta intervenção” dos agentes da Guarda Nacional (GN) e da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), que saíram de Bissau, evitou o pior e a situação “está agora aparentemente ultrapassada”. O funeral do jovem realiza-se esta tarde, as 16horas, mas “vamos continuar aqui até que tudo se acalme definitivamente”, disse ao Capital News, um agente da Guarda Nacional, presente no local.
Vários responsáveis da polícia, incluindo o Comandante Geral da Guarda Nacional (Sadjo Sissé), e o Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública (POP), Tomás Djassi, deslocaram-se ao lugar dos acontecimentos, para “serenar” os ânimos.
Observadores dizem que eleições na Costa do Marfim não foram credíveis
Por LUSA 02/11/20
A missão de observação eleitoral conjunta do centro Carter e do instituto EISA disseram hoje, em Abidjan, que as eleições presidenciais de sábado na Costa do Marfim "não foram credíveis" devido a numerosos incidentes e ao boicote da oposição.
"O contexto político e de segurança não permitiu a organização de uma eleição presidencial competitiva e credível", de acordo com a missão de observação conjunta do Instituto Eleitoral para a Democracia Sustentável em África (EISA) e do Centro Carter, uma organização não-governamental (ONG) que trabalha na promoção da democracia e dos direitos humanos e na resolução pacífica de conflitos.
As duas organizações divulgaram hoje um relatório sobre o escrutínio, quando se aguarda ainda a divulgação dos resultados globais e numa altura em que os dados parciais divulgados pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) dão a liderança ao Presidente cessante, Alassane Ouattara, cuja candidatura é considerada inconstitucional pela oposição.
"O processo eleitoral excluiu um grande número de forças políticas da Costa do Marfim e foi boicotado por parte da população num ambiente de segurança volátil", de acordo com o mesmo relatório.
Quarenta das 44 candidaturas presidenciais foram invalidadas pelo Conselho Constitucional, e a oposição tinha apelado à "desobediência civil" e ao boicote, denunciando a candidatura do Presidente Ouattara a um controverso terceiro mandato.
"A votação foi marcada por um grande número de incidentes. Em seis das 17 regiões observadas (a Costa do Marfim tem 31 regiões) a organização do escrutínio foi gravemente afetada, com pelo menos 1.052 mesas de voto que não puderam abrir", aponta-se no relatório.
Foram criadas cerca de 22.000 mesas de voto em todo o país, de acordo com a Comissão Eleitoral.
No dia da votação, registaram-se pelo menos cinco mortes em numerosos incidentes e confrontos que afetaram principalmente a metade sul do país, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
No domingo, ainda segundo a AFP, quatro pessoas da mesma família morreram em consequência de um incêndio na sua casa e na sequência de tumultos em Toumodi, a cerca de 40 quilómetros de Yamoussoukro (centro), segundo o testemunho de habitantes locais.
Os observadores disseram ainda que "a taxa de participação observada é mista e mostra fortes disparidades, com uma taxa elevada no norte, baixa no centro e oeste e muito variável no sul do país".
"Estes problemas ameaçam a aceitação dos resultados pela população e a coesão do país", adverte a missão de observação.
Cerca de 30 pessoas tinham morrido em incidentes violentos desde o anúncio, em agosto, da candidatura do Presidente Ouattara.
O ambiente continua tenso na Costa do Marfim, onde se receia uma nova crise pós-eleitoral, dez anos após as eleições presidenciais de 2010, em que 3.000 pessoas morreram, na sequência da recusa do então presidente Laurent Gbagbo em admitir a derrota para Ouattara.
Guiné-Conacri: Tribunal Constitucional tem seis dias para decidir sobre resultados eleitorais
Conacri: Bola está agora no Tribunal Constitucional, único órgão competente, para a resolução de litígios eleitorais. O prazo para interposição de recursos expirou neste domingo, às 00h00.
Na Guiné-Conacri, os resultados provisórios das eleições presidenciais proclamados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) dão a Alpha Condé o vencedor com 59,49%, seguido do seu eterno rival Cellou Dalein Diallo, que obteve 33%.
Esses resultados são contestados e rejeitados em bloco pelo coletivo de dez candidatos que denunciam “fraude maciça”. “Refinado” ao bloco pelas recentes observações da União Europeia, França e Estados Unidos, que por unanimidade manifestaram reservas aos resultados provisórios proclamados pela CENI, os adversários de Alpha Condé decidiram todos levar petições em litígio perante o Tribunal Constitucional, na esperança de que este seja capaz de restaurar a “verdade das urnas”.
Como desembaraçar os emaranhados? A instituição encarregue de resolver a disputa eleitoral tem agora, no máximo, seis dias para decidir. A arbitragem do Tribunal Constitucional, que é o único competente para validar ou invalidar os resultados, não durará mais de uma semana.
De acordo com o artigo 163 do Código Eleitoral, após a apresentação pela CENI dos resultados provisórios, se não houver disputa relativa à regularidade das operações eleitorais por um dos candidatos a Escriturário do Tribunal Constitucional no prazo de oito ( 8) dias após o dia da divulgação da primeira totalização (24 de outubro de 202), o Tribunal Constitucional proclama o Presidente da República eleito.
No entanto, especifica o texto, em caso de litígio, o Tribunal Constitucional examina os pedidos formulados antes de proclamar os resultados finais.
“ Em caso de litígio, o pedido é comunicado pelo Secretário do Tribunal Constitucional aos demais candidatos interessados, que têm o prazo máximo de quarenta e oito (48) horas para apresentarem o memorando de resposta”, afirma o artigo 166 do Código Eleitoral.
Em seu artigo 167, o Código dispõe que “ O Tribunal Constitucional decide no prazo de três (3) dias após a transmissão das alegações. O seu julgamento implica a proclamação final ou a anulação da eleição ”.
Por Africaguinee
Recursos naturais: DAF DESVIOU 22 MILHÕES E ENTREGOU 19 A UM VIDENTE (MURU) PARA MULTIPLICA-LOS
O diretor financeiro do ministério da Energia e Recursos Naturais, Joaquim António da Silva, confirmou à Polícia Judiciária (PJ) que desviou 22 milhões de Francos CFA levantados do Tesouro Público e que terá entregado 19 milhões de Francos CFA a um vidente (muru) para que este multiplicasse a soma para 40 a 50 milhões de Francos CFA e depois reporia a parte do ministério.
Joaquim António da Silva foi detido na passada sexta-feira, 30 de outubro de 2020, pela polícia judiciária, depois da denúncia do desaparecimento de 22 milhões de Francos CFA.
De acordo com o site Capital News, parte desta soma era destinada para os trabalhos preparativos da reunião do Conselho de Ministros da Organização para Valorização do Rio Gâmbia (OMVG), num total de 19.947.500 Francos CFA, 3 429 680 Francos CFA estavam destinados ao pagamento de uma “Ordem de Missão”, do ministro Jorge Malú.
O suspeito, de acordo com a informação apurada pelo jornal O Democrata, negou inicialmente que tivesse desviado o dinheiro, alegando que tinha sido roubado do seu caro, porque o vidro da janela da viatura estava baixada e alguém aproveitou e abriu a porta e pegou a pasta que continha o dinheiro.
“Depois de algumas horas de interrogatório acabou por confessar-nos que desviara o dinheiro e que entregou 19 milhões de francos cfa a um vidente para que este o pudesse multiplicar para 40 ou até 50 milhões de Francos CFA e só depois devolveria a parte do ministério”, contou a nossa fonte.
O Democrata soube que o vidente mora no bairro Cuntum Madina, mas reunia-se com o suspeito no seu escritório no bairro militar. A fonte avançou que Joaquim António da Silva, nem sequer conhece a casa do vidente que lhe prometera multiplicar o dinheiro.
Segundo a fonte, agentes da PJ deslocaram-se acompanhados de uma testemunha que conhece a casa do vidente, mas não o encontraram. E frisa que, neste momento o vidente estará em fuga e que a polícia vai continuar a fazer o seu trabalho.
“O Joaquim entregou ao vidente 19 milhões de Francos CFA. O resto de três milhões de francos CFA entregou ao condutor e este passou todo o dinheiro a PJ que está a investigar o caso” informou a nossa fonte, para de seguida assegurar que o Joaquim António da Silva, continua preso nas instalações da PJ.
Por: Assana Sambú
Partido no poder na Costa do Marfim deixa avisos à oposição
Ex-primeiro-ministro Pascal Affi N'Guessan, um dos candidatos inscritos
Por DW.COM
A oposição na Costa do Marfim não reconhece a validade das presidenciais de sábado, das quais Alassane Ouattara deverá sair vencedor. Partido no poder já avisou que não aceitará "qualquer tentativa de desestabilização".
"O RHDP adverte Affi N´Guessan [porta-voz da oposição] e outros contra qualquer tentativa de desestabilizar o país", disse o diretor executivo do partido, Adama Bictogo, numa conferência de imprensa.
Bictogo também acusou os responsáveis da oposição de serem os "patrocinadores" da violência que manchou as eleições de sábado (31.10) e que provocou pelo menos duas mortes.
Os principais partidos da oposição afirmaram que pelo menos 12 pessoas morreram em confrontos, enquanto decorriam as votações.
"Lamentamos os mortos", tendo os "agressores da oposição" como patrocinadores "os vários responsáveis da oposição, que são Affi N´Guessan, Guikahue, Mabri e outros", enumerou Adama Bictogo na conferência de imprensa.
O responsável apelou à "firmeza das autoridades" do país e disse que ninguém está acima da lei.
Oposição pede "transição civil"
A oposição, que boicotou as eleições presidenciais no sábado (31.10) e apelou à "desobediência civil" e a um "boicote ativo" em protesto contra a candidatura do Presidente Alassane Ouattara a um terceiro mandato, pediu uma "transição civil" para que sejam criadas as condições para a realização de um escrutínio justo e transparente.
"Os partidos e grupos políticos da oposição constatam o fim do mandato do Presidente Ouattara e apelam à abertura de uma transição civil a fim de serem criadas as condições para uma eleição presidencial justa, transparente e inclusiva", disse o ex-primeiro-ministro Pascal Affi N'Guessan, que faz parte dos candidatos inscritos.
Polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar apoiantes da oposição em Abidjan
Este pedido foi feito antes do anúncio final dos resultados que devem dar uma vitória ao Presidente Alassane Ouattara, no poder há uma década.
A oposição "pede a mobilização geral dos marfinenses para derrotar a ditadura e a perda do mandato do Presidente cessante Alassane Ouattara", frisou Affi N'Guessan, que falava na residência do ex-presidente Henri Konan Bédié.
Resultados parciais dão vitória a Ouattara
A Comissão Eleitoral começou no domingo (01.11) a divulgar os resultados parciais das eleições, mas sem um adversário real devido ao boicote da oposição, o Presidente Ouattara deve vencer com uma pontuação favorável.
Alassane Ouattara, 78 anos, no poder há 10 anos, concorre contra o antigo chefe de Estado Henri Konan Bédié (no cargo de 1993 a 1999), de 86 anos.
Os dois candidatos mais jovens na corrida são o ex-primeiro-ministro de Laurent Gbagbo, Pascal Affi N'Guessan, 67 anos, e o independente Kouadio Konan Bertin, 51 anos, cujas candidaturas têm, segundo os analistas, poucas possibilidades.
Apenas quatro das 44 candidaturas apresentadas foram validadas pelo Conselho Constitucional, que deixou de fora outro dos líderes históricos do país, o ex-Presidente Laurent Gbagbo, 75 anos, no poder de 2000 a 2010, recentemente absolvido pelo Tribunal Penal Internacional.
Desde agosto, altura em que Ouattara, anunciou a sua recandidatura, vários incidentes e confrontos causaram já cerca de 30 mortes, reforçando os receios de uma escalada de violência étnica, dez anos após a crise pós-eleitoral de 2010 de que resultaram 3.000 mortos.
CCIAS empossa membros eleitos da Associação de Retalhistas dos Mercados de Bafatá PT2
Italian Police Swoop on Nigeria Mafia Group, Arrest 73 including itheir leader, 50-year-old Emmanuel Okenwa aka ‘Boogye’:
Uma vez por ano na cidade de Yoro (Honduras) chove peixe. Geralmente acontece no fim de maio ou no início de junho, por um ou dois dias. Cientistas não sabem explicar o porque isso acontece ou de onde vem os peixes.
Turismo e Hotelaria - Foi lançado o programa “nô raça” na presença de membros do Governo e Corpo Diplomático acreditados no país. A iniciativa é da Direcçao-geral da Promoçao, Investimentos e Hoteleiros.
Primeiros resultados confirmam vitória esperada de Alassane Ouattara na Costa do Marfim
Presidente Alassane Ouattara vota no sábado, 31 outubro 2020
Por VOA
Oposição boicotou por considerar ilegal a candidatura de Ouattara depois de dois mandatos
Os primeiros resultados da eleição presidencial de sábado, 31, na Costa do Marfim apontam para a reeleição de Alassane Ouattara, que assim entra num terceiro mandato.
As eleições foram boicotadas pela oposição que pediu neste domingo, 1, uma "transição civil".
A Comissão Eleitoral (CE), protegida por um fortedispositivo policial, iniciou neste domingo o anúncio dos primeiros resultados pela televisão.
Como era previsível, uma vez que a oposição boicotou o pleito, Ouattara, que disputa um terceiro mandato, será o vencedor das presidenciais, segundo os primeiros resultados.
Os primeiros número reflectem uma vitória clara do Presidente sobretudo no seu reduto, no norte do país, onde venceu na capital regional, Korhogo, com 98% dos votos e participação de 88% dos eleitores.
Os principais candidatos da oposição preferiram não fazer campanha, já que consideraram um "golpe de Estado eleitoral" que Ouattara disputasse um terceiro mandato, embora a Constituição marfinense só contemple dois.
Ouattara defendeu que, com a nova Constituição de 2016, ele tinha, até agora, completado um único mandato, o que lhe permitia concorrer agora.
"Os partidos e grupos políticos da oposição constataram o fim do mandato" de Ouattara e "pedem o início de uma transição civil para criar condições de eleições presidenciais justas, transparentes e inclusivas", assegurou hoje em conferência de de imprensa, o ex-primeiro-ministro e candidato opositor Pascal Affi N'Guessan.
As eleições foram marcadas por assembleias de voto fechadas, roubos em lugares de votação, boletins de voto vandalizados e, pelo menos, duas pessoas morreram em confrontos no centro de Tiebissou e Oume.
Nos últimos meses, pelo menos 30 pessoas foram mortas em confrontos que reavivaram os temores de uma repetição da crise pós-eleitoral de 2010-2011, quando três mil pessoas morreram depois que o então Presidente Laurent Gbagbo se recusou a aceitar a derrota para Ouattara.
No sábado, os protestos degeneraram em confrontos entre comunidades étnicas que apoiam facções políticas rivais em Tiebissou, Oume, Yopougon, um distrito pobre de Abidjan, e na cidade de Gboguhe, no centro-oeste, segundo testemunhas.
domingo, 1 de novembro de 2020
GREVE DOS TRANSPORTES PÚBLICOS: 3 dias de paralisação
Os transportes públicos na Guiné-Bissau - os mais usados pela população - iniciam uma greve de 3 dias, a começar na próxima terça-feira, dia 3. Entre outras exigências, pedem o fim das cobranças feitas pelos polícias nas vias públicas e querem a reposição da totalidade da lotação nos veículos.
O Presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira envia a sua mensagem semanal ao povo guineense e avisa: estou preparando o meu regresso para a minha terra.
Reconhecido internacionalmente como o maior líder político da Guiné-Bissau na atualidade, o Presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira envia a sua mensagem semanal ao povo guineense e avisa: estou preparando o meu regresso para a minha terra.
PAIGC - I Força di Povo! 🇬🇼
By PAIGC 2020
Costa-marfinenses aguardam resultados após votação presidencial tensa
Funcionários de mesa começam a contar votos para as eleições presidenciais em Abidjan, Costa do Marfim, 31 de outubro, 2020.
Por VOA
Pelo menos duas pessoas morreram em confrontos no sábado
Autoridades da Costa do Marfim registaram os resultados no domingo, após uma tensa eleição presidencial marcada por um boicote da oposição e confrontos que mataram pelo menos duas pessoas, num processo marcado pela candidatura do Presidente Alassane Ouattara a um terceiro mandato.
Agitações dispersas, material de votação vandalizado e algumas seções eleitorais fechadas foram relatados principalmente em redutos da oposição durante as eleições de sábado, embora Ouattara tenha apelado para a calma e o seu partido esperasse uma vitória.
Pelo menos duas pessoas morreram em confrontos no sábado no centro de Tiebissou e Oume, a noroeste de Abidjan, disse uma fonte da segurança, embora um presidente da câmara de Tiebissou tenha dito que quatro pessoas foram mortas na sua cidade.
Pelo menos 30 pessoas foram mortas em confrontos antes da votação, reavivando os temores de uma repetição da crise pós-eleitoral de 2010-2011 do país da África Ocidental, quando três mil pessoas morreram depois que o então Presidente Laurent Gbagbo se recusou a aceitar a derrota para Ouattara.
No sábado, os protestos degeneraram em confrontos entre comunidades étnicas que apoiam facções políticas rivais em Tiebissou, Oume, Yopougon, um distrito pobre de Abidjan, e na cidade de Gboguhe, no centro-oeste, segundo testemunhas.
De acordo com o gabinete do presidente da câmara de Tiebissou, que é membro do partido RHDP de Ouattara, alguns dos 27 feridos na cidade tiveram ferimentos a bala e facadas.
As rixas políticas do país costumam estar associadas a identidades étnicas e lealdades regionais.
A tensão explodiu em agosto depois que Ouattara, no poder há dez anos, anunciou que concorreria a um terceiro mandato, irritando os líderes da oposição que consideraram um "golpe eleitoral" inconstitucional.
O líder da oposição Henri Konan Bedie, cuja rivalidade com Ouattara marcou a política marfinense por três décadas, convocou um boicote e uma campanha de desobediência civil para interromper ou interromper as eleições.
"31 de outubro não foi o dilúvio como previram os líderes da oposição", disse Adama Bictogo, um alto funcionário do partido no poder, após a eleição.
“A vontade popular foi expressa e tudo o que a oposição fez durante meses foi defender a ideia de não realizar eleições”.
As autoridades eleitorais têm até cinco dias para divulgar os resultados. Neste domingo, as mesas de voto estão a enviar as contagens para a comissão eleitoral.
As autoridades eleitorais disseram que apenas 30 a 40 assembleias de voto em mais de 22.000 em todo o país foram vandalizadas. Mas eles não disseram quantas assembleias de voto foram forçadas a encerrar.
Os boletins de voto não chegaram ao feudo de Bedie na cidade central de Daoukro, por exemplo, onde jovens ativistas da oposição bloquearam estradas. Os residentes locais disseram que as seções eleitorais não abriram lá.