São, afinal, mais de 31 milhões de Francos CFA supostamente desviados pelo diretor financeiro do Ministério da Energia e do Recursos Naturais da Guiné-Bissau, Joaquim da Silva, apurou o Capital News, esta segunda-feira (02.11), junto de uma fonte da instituição governamental.
Segundo a fonte, o financeiro, que se encontra detido na Polícia Judiciária (PJ), desde sexta-feira (30.10), antes de levantar 22 milhões de FCFA no Ministério das Finanças, já “teria levantado mais de 10 milhões de Francos CFA nos cofres do Ministério, dinheiro que terá entregue a um vidente, no sentido de este multiplicar o valor, conforme o próprio Joaquim da Silva teria explicado à PJ.
A fonte sublinhou que “o responsável pelas finanças do Ministério da Energia e dos Recursos Naturais, poucas horas depois de ter levantado mais de 22 milhões de francos CFA, dia 29 de outubro, no Ministério das Finanças, teria apoderado dos três milhões, e entregado, novamente, 19 milhões ao vidente, de nome Mussá Candé, que teria poderes para a multiplicação do dinheiro, através do mistério que faz na sua residência, no Bairro Militar, em Bissau.
Alfa, outro nome citado como colaborador do vidente Mussá, é identificado pela fonte contactada pelo CNEWS, como alguém que “frequentava sistematicamente” o Ministério da Energia e dos Recursos Naturais, e o gabinete do diretor financeiro daquela instituição. A fonte revela que “os dois, Mussá e Alfa, e as respetivas famílias encontram-se em parte incerta, desde que receberam os últimos 19 milhões. Mas “os suspeitos estão a ser procurados pela Polícia Judiciária”, disse a fonte.
Em relação a mais de três milhões de FCFA, destinados para pagar a viagem ao estrangeiro, do ministro Jorge Malú, o confidente do CNEWS informou que uma parte do valor “foi recuperada das mãos do Motoristas de Joaquim da Silva e a outra, das próprias mãos do diretor financeiro, agora detido”.
Contactada pelo CNEWS, uma fonte do Ministério das Finanças confirmou ter efetuado pagamentos para trabalhos preparativos da reunião dos Ministros da Energia dos países membros da Organização para Valorização do Rio Gâmbia (OMVG), e que “não pode haver novos pagamentos para o mesmo fim”, afirma.
A reunião em causa deverá ter lugar em Bissau, nesta primeira semana de novembro.
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