O diretor financeiro do ministério da Energia e Recursos Naturais, Joaquim António da Silva, confirmou à Polícia Judiciária (PJ) que desviou 22 milhões de Francos CFA levantados do Tesouro Público e que terá entregado 19 milhões de Francos CFA a um vidente (muru) para que este multiplicasse a soma para 40 a 50 milhões de Francos CFA e depois reporia a parte do ministério.
Joaquim António da Silva foi detido na passada sexta-feira, 30 de outubro de 2020, pela polícia judiciária, depois da denúncia do desaparecimento de 22 milhões de Francos CFA.
De acordo com o site Capital News, parte desta soma era destinada para os trabalhos preparativos da reunião do Conselho de Ministros da Organização para Valorização do Rio Gâmbia (OMVG), num total de 19.947.500 Francos CFA, 3 429 680 Francos CFA estavam destinados ao pagamento de uma “Ordem de Missão”, do ministro Jorge Malú.
O suspeito, de acordo com a informação apurada pelo jornal O Democrata, negou inicialmente que tivesse desviado o dinheiro, alegando que tinha sido roubado do seu caro, porque o vidro da janela da viatura estava baixada e alguém aproveitou e abriu a porta e pegou a pasta que continha o dinheiro.
“Depois de algumas horas de interrogatório acabou por confessar-nos que desviara o dinheiro e que entregou 19 milhões de francos cfa a um vidente para que este o pudesse multiplicar para 40 ou até 50 milhões de Francos CFA e só depois devolveria a parte do ministério”, contou a nossa fonte.
O Democrata soube que o vidente mora no bairro Cuntum Madina, mas reunia-se com o suspeito no seu escritório no bairro militar. A fonte avançou que Joaquim António da Silva, nem sequer conhece a casa do vidente que lhe prometera multiplicar o dinheiro.
Segundo a fonte, agentes da PJ deslocaram-se acompanhados de uma testemunha que conhece a casa do vidente, mas não o encontraram. E frisa que, neste momento o vidente estará em fuga e que a polícia vai continuar a fazer o seu trabalho.
“O Joaquim entregou ao vidente 19 milhões de Francos CFA. O resto de três milhões de francos CFA entregou ao condutor e este passou todo o dinheiro a PJ que está a investigar o caso” informou a nossa fonte, para de seguida assegurar que o Joaquim António da Silva, continua preso nas instalações da PJ.
Por: Assana Sambú
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