O Porta-voz do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), João Bernardo Vieira, denunciou esta quarta-feira, 05 de dezembro 2018, a intenção de alguns partidos políticos da oposição em avançar com uma providência cautelar na justiça guineense com o propósito de atrasar o processo eleitoral.
O dirigente dos libertadores falava em conferência de imprensa realizada na sede nacional daquela formação política em Bissau, com o propósito de reagir sobre as ameaças proferidas pelo deputado da nação Sola N`Quilim Na Bitchita contra a pessoa da ministra de Administração Territorial, Ester Fernandes, que igualmente é dirigente do PAIGC.
Sustentou ainda na sua comunicação que os partidos políticos que supostamente pretendem avançar com a providência cautelar no tribunal não têm elementos que justifiquem a mesma intenção, tendo revelado que o único objetivo destes partidos, cujos nomes não precisou à imprensa, “é atrasar o processo do recenseamento eleitoral em curso no país”.
“Desde o início deste processo falaram-nos de cenários e vimos vários cenários. Depois, falaram-nos dos kits e agora estão a reclamar a questão do servidor. Está claro que estão desesperados e não querem que as eleições tenham lugar” acusou.
Sobre as ameaças proferidas pelo deputado Sola N`Quilim Na Bitchita contra a ministra de Administração Territorial, João Bernardo Vieira contrataca e pede a demissão do deputado dos renovadores do seu posto de presidente da Comissão Parlamentar Especializada para a defesa da Mulher e Criança, porque, conforme disse, “não está a fazer o seu trabalho em defesa da mulher e criança, mas sim ameaçar a mulher”.
O porta-voz dos libertadores exigiu ainda o primeiro-ministro, Aristides Gomes, a fazer um pronunciamento ao país, informando ao povo guineense se o processo do recenseamento eleitoral vai terminar hoje ou não, tendo em conta que o executivo teria concedido mais duas semanas (15) dias para o registo eleitoral, que precisamente termina hoje, 05 de dezembro.
Vieira reafirma a posição do PAIGC em ver realizadas as eleições ainda no decurso deste mês. Para isso, apela o Presidente da República, José Mário Vaz, a remarcar a nova data das eleições legislativas.
Por: Assana Sambú
OdemocrataGB
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Recenseamento eleitoral: PAIGC DENUNCIA QUE A OPOSIÇÃO PRETENDE AVANÇAR COM PROVIDÊNCIA CAUTELAR
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quinta-feira, dezembro 06, 2018
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
CEDEAO envia peritos para acompanhar processo e auditoria do ficheiro eleitoral na Guiné-Bissau
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a partir desta quarta-feira, 05 de Dezembro, tem dois peritos a trabalhar distintamente na operação do processo eleitoral em curso no país, assim como nos trabalhos de auditoria do ficheiro eleitoral. Informou a CEDEAO em carta enviada ao primeiro-ministro Aristides Gomes, datada de 01 de Dezembro, que a e-Global consultou.
De acordo com a mesma nota, a missão de um dos especialistas consiste no apoio técnico às eleições legislativas na Guiné-Bissau, acompanhando a equipa técnica nacional no trabalho de preparação e boa execução de todo o processo, cuja data das eleições ainda não foi marcada.
O segundo perito estará focalizado em assegurar maior fiabilidade do processo de recenseamento e do próprio ficheiro eleitoral, permitindo eventuais correcções e reforçar o clima de confiança entre as partes concorrentes no processo.
O documento assinado pelo Presidente da Comissão da CEDEAO Jean-Claude Kassi Brou foi também transmitido ao Presidente da República José Mário Vaz, Presidente do Conselho de Ministros da CEDEAO, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Representante do Presidente do Presidente da Guiné Conakry, Representante Especial da CEADEAO na Guiné-Bissau, Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) Domingos Simões Pereira e o Presidente do Partido da Renovação Social (PRS) Alberto Nambeia.
Sumba Nansil
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quarta-feira, dezembro 05, 2018
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Ensino público - Secretário-geral da Educação revela que Governo já pagou aos professores contratados e novos ingressos
Bissau, 05 Dez 18 (ANG) - O Secretário-geral do Ministério da Educação disse que já foram pagos as dívidas no montante de 250.172.024 fcfa aos professores contratados, das Escolas Superiores de Educação e aos novos Ingressos.
Em entrevista exclusiva à ANG esta terça-feira, José Júlio César Delgado, afirmou que a lei de Estatuto de Careira Docente aprovada em 2010/2011 não tinha sido regulamentada, o que acabou por acontecer recentemente durante a actual sessão parlamentar em curso.
“No mesmo houve necessidade de fazer a sua revisão por isso foi aprovada de novo por unanimidade pelos deputados”, explicou, acrescentando que, o que atrapalhou todo esse processo foi as ondas de greves da UNTG para exigir, entre outros, o reajuste salarial na função pública porque os trabalhadores acham que é justo.
"É verdade que ao nível da UEMOA, o nosso país tem uma grelha salarial muito baixa. Então o governo veio a ceder para aumentar aos funcionários e isso deu um sufoco ao tesouro público Por isso muitas propostas do Ministério da Educação submetidas ao pelouro da Economia e Finanças para o pagamento de dívidas que estão a ser reclamadas pelos professores não foram liquidadas", revelou José César Delgado.
Disse que o Ministério da Educação ainda continua a dialogar com os sindicatos dos professores, o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), a Rede das Associações Juvenis (RENAJ), Associação dos Pais e Encarregados de Educação a fim de encontrarem uma solução para o fim da greve, mas que ainda não tiveram o sucesso porque o Ministério das Finanças alega não possuir suportes financeiros para sustentar o pagamento global das exigências dos professores.
Aquele responsável, explicou que no encontro que os sindicatos dos professores manteve na semana passada com o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), propuseram que o Estatuto de Carreira Docente seja discutido na especialidade o que motivou a sua aprovação no mesmo dia e já foi remetido ao Presidente da República para a sua promulgação.
“Contudo, os sindicatos do sector educativo se mantiveram intransigentes nas suas posições, prometendo que iam reunir para depois apresentar as suas contrapropostas”, disse.
Instado a dizer sobre a vigília dos estudantes frente ao Ministério da Educação, aquele responsável lamentou o facto, tendo contudo acrescentado que todos os cidadãos conscientes podem exercer a cidadania.
Apelou as partes para se entenderem uns aos outros, para que haja um bom senso, em particular da parte dos sindicatos.
Um documento facultado à ANG confirma que os professores das Escolas Superiores de Educação, contratados e Novos ingressos foram pagos as dívidas atrasadas no montante de 250.172.024 CFA entre os meses de Janeiro à Março de 2018.
ANG/DMG/ÂC//SG
Em entrevista exclusiva à ANG esta terça-feira, José Júlio César Delgado, afirmou que a lei de Estatuto de Careira Docente aprovada em 2010/2011 não tinha sido regulamentada, o que acabou por acontecer recentemente durante a actual sessão parlamentar em curso.
“No mesmo houve necessidade de fazer a sua revisão por isso foi aprovada de novo por unanimidade pelos deputados”, explicou, acrescentando que, o que atrapalhou todo esse processo foi as ondas de greves da UNTG para exigir, entre outros, o reajuste salarial na função pública porque os trabalhadores acham que é justo.
"É verdade que ao nível da UEMOA, o nosso país tem uma grelha salarial muito baixa. Então o governo veio a ceder para aumentar aos funcionários e isso deu um sufoco ao tesouro público Por isso muitas propostas do Ministério da Educação submetidas ao pelouro da Economia e Finanças para o pagamento de dívidas que estão a ser reclamadas pelos professores não foram liquidadas", revelou José César Delgado.
Disse que o Ministério da Educação ainda continua a dialogar com os sindicatos dos professores, o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), a Rede das Associações Juvenis (RENAJ), Associação dos Pais e Encarregados de Educação a fim de encontrarem uma solução para o fim da greve, mas que ainda não tiveram o sucesso porque o Ministério das Finanças alega não possuir suportes financeiros para sustentar o pagamento global das exigências dos professores.
Aquele responsável, explicou que no encontro que os sindicatos dos professores manteve na semana passada com o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), propuseram que o Estatuto de Carreira Docente seja discutido na especialidade o que motivou a sua aprovação no mesmo dia e já foi remetido ao Presidente da República para a sua promulgação.
“Contudo, os sindicatos do sector educativo se mantiveram intransigentes nas suas posições, prometendo que iam reunir para depois apresentar as suas contrapropostas”, disse.
Instado a dizer sobre a vigília dos estudantes frente ao Ministério da Educação, aquele responsável lamentou o facto, tendo contudo acrescentado que todos os cidadãos conscientes podem exercer a cidadania.
Apelou as partes para se entenderem uns aos outros, para que haja um bom senso, em particular da parte dos sindicatos.
Um documento facultado à ANG confirma que os professores das Escolas Superiores de Educação, contratados e Novos ingressos foram pagos as dívidas atrasadas no montante de 250.172.024 CFA entre os meses de Janeiro à Março de 2018.
ANG/DMG/ÂC//SG
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quarta-feira, dezembro 05, 2018
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terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Voluntários da ONU e Comité Nacional de Voluntariado da Guiné-Bissau ajudam população de Bissau a proteger-se de eventos climáticos extremos
O Programa de Voluntários das Nações Unidas (VNU) e o Comité Nacional de Voluntariado da Guiné-Bissau (CNV-GB) comemoram nesta quarta-feira, 5 de dezembro, o Dia Internacional do voluntariado com a entrega de 500 árvores para os bairros de Gabusinho e Antula Kuio, com vista à construção de uma zona de quebra-vento. 50 árvores serão plantadas em Gabusinho.
As comemorações sob o lema “Voluntários constroem comunidades resilientes” começaram no dia 3 de Dezembro com um ateliê de dois dias sobre Voluntariado e Resiliência para as comunidades de Gabusinho e Antula Kuio, ambos afetados pelo vendaval do 27 de Junho.
Este ateliê, que resulta de uma parceria com a ONU Habitat, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Serviço Nacional de Proteção Civil (SNPC), a Cruz Vermelha (CV) e a Câmara Municipal de Bissau (CMB), formou 55 voluntários entre os quais 30 moradores daqueles bairros de Bissau.
Os participantes receberam informações sobre voluntariado e resiliência, riscos associados às alterações climáticas, construção resiliente e prevenção de riscos urbanos. Ficaram também a conhecer a configuração espacial do bairro de Gabusinho
As atividades estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 11 “Tornar as cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, nº 13 “Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos ” e nº 17 “Reforçar os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”.
Actualmente trabalham na Guiné-Bissau 33 voluntários das Nações Unidas nas mais diversas áreas, desde a saúde à justiça de transição.
ONU
Braima Darame
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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CPLP: "O país faz o que quiser não há mecanismo que obrigue a cumprir decisão"
A secretária-executiva da CPLP, Maria do Carmo Silveira, esteve em Berlim, onde participou num colóquio internacional sobre o contributo das mulheres na comunidade lusófona.
A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, disse em entrevista à DW África que a organização lusófona aguarda um sinal do futuro Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no que concerne ao reforço da cooperação entre a nova presidência e a CPLP, espera que as reformas do Presidente João Lourenço tragam mudanças na vida dos angolanos, pede ajuda dos membros na integração da Guiné-Equatorial e nega que a CPLP seja uma organização com cariz comercial.
DW África: A CPLP é muito criticada pelos povos de ser uma organização muito pacífica e com menos presença na política interna dos países membros. Como é que explica esta situação?
Maria do Carmo Silveira (MCS) - Nós vivemos em democracia e em democracia há liberdade expressão e as pessoas são livres de pensar e agir. E, eu pessoalmente respeito a opinião dos outros. Agora, relativamente à questão da passividade da CPLP, o que posso dizer é que, a CPLP é uma organização intergovernamental, não é uma organização supranacional. Portanto, uma organização intergovernamental é um fórum de concertação e de partilha de boas práticas. Mas não existe mecanismos para obrigar qualquer Estado a cumprir alguma decisão da CPLP. Portanto, os Estados cumprem se quiserem, não é o mesmo, por exemplo, com a União Europeia, onde há uma decisão e essa decisão tem que ser de cumprimento obrigatório para os Estados membros, caso contrário haverá sanção. Não é o caso da CPLP, portanto, é uma organização intergovernamental, aí está a diferença. Nós não dispomos de mecanismos para obrigar qualquer Estado a acatar qualquer que seja a decisão. É esta a diferença que provavelmente algumas pessoas não entendem e acham que a CPLP podia ser mais interventiva. A CPLP, neste momento não tem instrumentos que permitam obrigar ou sancionar qualquer Estado pelo não cumprimento de uma decisão. Não havendo, naturalmente, fica limitada.
DW África: Com a entrada da Guiné-Equatorial na CPLP continuam a surgir vozes que entendem que a organização passou a ser mais comercial do que política?
(MCS) - Eu acho que não. A Guiné-Equatorial aderiu à CPLP e tem um roteiro para a sua adesão que está em curso. Esse roteiro contempla um conjunto de medidas como a promoção da língua portuguesa e outras medidas que estão em curso. Portanto, creio que é um Estado membro normal que tem que fazer o seu caminho, até porque a Guiné-Equatorial não sendo um país falante da língua portuguesa tem algumas dificuldades ainda na interação com outros e eu creio que é também dever da CPLP apoiar a Guiné-Equatorial na sua integração no seio da comunidade.
DW África: Questiona-se muito sobre o futuro da CPLP. A Organização tem futuro?
(MCS) - Acho que sim. É uma organização que está a fortalecer-se a cada vez mais, apesar das assimetrias que existem entre os Estados membros que eventualmente podia nos distanciar, mas pelo contrário, somos uma organização coesa e forte, aliás basta ver participação dos chefes de Estado, agora na última cimeira, estiveram quase todos presentes. Portanto, isso por si só é uma mensagem política muito forte de união e de compromisso político com a CPLP. E quando nos olhamos para países terceiros que querem aderir à CPLP com estatuto de observador associado, que neste momento, já são 19, quando os Estados membros são só 9, isso diz muito. Quer dizer que, de fora da comunidade, os outros países olham para nós com muito interesse. Quer dizer que existe um potencial grande que é extremamente importante.
DW África: E outro grande problema continua a ser a livre circulação das pessoas no seio do espaço da comunidade?
(MCS) - É uma questão muito importante. Há avanços que estão a ser feitos entre os países nesta questão da mobilidade, já existem muitos arranjos, quer bilaterais e quer mesmo multilaterais, para a mobilidade. Só que a aplicabilidade dessas medidas é que está um pouco, digamos, deficiente. Então, nós temos que verdadeiramente assumir todos os compromissos que foram assumidos nessa matéria e dar outros passos. Estou convencido que esses passos serão dados em prol dos cidadãos da nossa comunidade.
DW África: Qual é o papel da CPLP face à situação política de Moçambique em que a RENAMO continua a contestar os resultados eleitorais das autárquicas. O cenário pode pôr em causa o processo de paz. A CPLP está preocupada com o evoluir da situação?
(MCS) - A CPLP tem acompanhado a situação em Moçambique, embora, formalmente não tenha uma intervenção neste conflito. Temos estado a acompanhar as negociações entre o Governo e a RENAMO e esperamos que o desfecho de tudo isso seja uma pacificação duradoura de Moçambique, para o bem dos moçambicanos.
DW África: Como é que a CPLP olha para a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente do gigante da organização, o Brasil?
(MCS) - Penso que a eleição refletiu a vontade de povo e a CPLP respeita essa vontade popular. Desejamos melhores sucessos ao novo Presidente e fazemos votos para que a sua eleição sirva para reforçar ainda mais os laços de cooperação e de amizade que existe entre o Brasil e todos os Estados membros da CPLP. Brasil é um Estado membro fundador da CPLP, bastante importante para a organização e a sua participação é importante.
DW África: Já há contatos como o novo Presidente do Brasil?
(MCS) - Ainda não tivemos. Naturalmente que nós felicitamos o novo Presidente pela sua eleição. E ficamos à espera de uma oportunidade para de fato poder receber uma resposta.
DW África: Como é que a CPLP vê as novas medidas de João Lourenço como Presidente de Angola?
(MCS) - O Presidente João Lourenço tem vindo a fazer algumas reformas extremamente importantes e que têm despertado a curiosidade da comunidade internacional e também da CPLP. Temos estado a acompanhar e fazendo votos para que tudo possa traduzir-se num sucesso para o desenvolvimento de Angola. No fundo, o que queremos é que os nossos países tenham estabilidade e possam desenvolver. E pensamos que em Angola existe essa estabilidade política e esperamos que as medidas que o o Presidente João Lourenço tem em carteira possam servir para relançar Angola no processo de desenvolvimento.
DW.COM
A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Maria do Carmo Silveira, disse em entrevista à DW África que a organização lusófona aguarda um sinal do futuro Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no que concerne ao reforço da cooperação entre a nova presidência e a CPLP, espera que as reformas do Presidente João Lourenço tragam mudanças na vida dos angolanos, pede ajuda dos membros na integração da Guiné-Equatorial e nega que a CPLP seja uma organização com cariz comercial.
DW África: A CPLP é muito criticada pelos povos de ser uma organização muito pacífica e com menos presença na política interna dos países membros. Como é que explica esta situação?
Maria do Carmo Silveira (MCS) - Nós vivemos em democracia e em democracia há liberdade expressão e as pessoas são livres de pensar e agir. E, eu pessoalmente respeito a opinião dos outros. Agora, relativamente à questão da passividade da CPLP, o que posso dizer é que, a CPLP é uma organização intergovernamental, não é uma organização supranacional. Portanto, uma organização intergovernamental é um fórum de concertação e de partilha de boas práticas. Mas não existe mecanismos para obrigar qualquer Estado a cumprir alguma decisão da CPLP. Portanto, os Estados cumprem se quiserem, não é o mesmo, por exemplo, com a União Europeia, onde há uma decisão e essa decisão tem que ser de cumprimento obrigatório para os Estados membros, caso contrário haverá sanção. Não é o caso da CPLP, portanto, é uma organização intergovernamental, aí está a diferença. Nós não dispomos de mecanismos para obrigar qualquer Estado a acatar qualquer que seja a decisão. É esta a diferença que provavelmente algumas pessoas não entendem e acham que a CPLP podia ser mais interventiva. A CPLP, neste momento não tem instrumentos que permitam obrigar ou sancionar qualquer Estado pelo não cumprimento de uma decisão. Não havendo, naturalmente, fica limitada.
DW África: Com a entrada da Guiné-Equatorial na CPLP continuam a surgir vozes que entendem que a organização passou a ser mais comercial do que política?
(MCS) - Eu acho que não. A Guiné-Equatorial aderiu à CPLP e tem um roteiro para a sua adesão que está em curso. Esse roteiro contempla um conjunto de medidas como a promoção da língua portuguesa e outras medidas que estão em curso. Portanto, creio que é um Estado membro normal que tem que fazer o seu caminho, até porque a Guiné-Equatorial não sendo um país falante da língua portuguesa tem algumas dificuldades ainda na interação com outros e eu creio que é também dever da CPLP apoiar a Guiné-Equatorial na sua integração no seio da comunidade.
DW África: Questiona-se muito sobre o futuro da CPLP. A Organização tem futuro?
(MCS) - Acho que sim. É uma organização que está a fortalecer-se a cada vez mais, apesar das assimetrias que existem entre os Estados membros que eventualmente podia nos distanciar, mas pelo contrário, somos uma organização coesa e forte, aliás basta ver participação dos chefes de Estado, agora na última cimeira, estiveram quase todos presentes. Portanto, isso por si só é uma mensagem política muito forte de união e de compromisso político com a CPLP. E quando nos olhamos para países terceiros que querem aderir à CPLP com estatuto de observador associado, que neste momento, já são 19, quando os Estados membros são só 9, isso diz muito. Quer dizer que, de fora da comunidade, os outros países olham para nós com muito interesse. Quer dizer que existe um potencial grande que é extremamente importante.
DW África: E outro grande problema continua a ser a livre circulação das pessoas no seio do espaço da comunidade?
(MCS) - É uma questão muito importante. Há avanços que estão a ser feitos entre os países nesta questão da mobilidade, já existem muitos arranjos, quer bilaterais e quer mesmo multilaterais, para a mobilidade. Só que a aplicabilidade dessas medidas é que está um pouco, digamos, deficiente. Então, nós temos que verdadeiramente assumir todos os compromissos que foram assumidos nessa matéria e dar outros passos. Estou convencido que esses passos serão dados em prol dos cidadãos da nossa comunidade.
DW África: Qual é o papel da CPLP face à situação política de Moçambique em que a RENAMO continua a contestar os resultados eleitorais das autárquicas. O cenário pode pôr em causa o processo de paz. A CPLP está preocupada com o evoluir da situação?
(MCS) - A CPLP tem acompanhado a situação em Moçambique, embora, formalmente não tenha uma intervenção neste conflito. Temos estado a acompanhar as negociações entre o Governo e a RENAMO e esperamos que o desfecho de tudo isso seja uma pacificação duradoura de Moçambique, para o bem dos moçambicanos.
DW África: Como é que a CPLP olha para a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente do gigante da organização, o Brasil?
(MCS) - Penso que a eleição refletiu a vontade de povo e a CPLP respeita essa vontade popular. Desejamos melhores sucessos ao novo Presidente e fazemos votos para que a sua eleição sirva para reforçar ainda mais os laços de cooperação e de amizade que existe entre o Brasil e todos os Estados membros da CPLP. Brasil é um Estado membro fundador da CPLP, bastante importante para a organização e a sua participação é importante.
DW África: Já há contatos como o novo Presidente do Brasil?
(MCS) - Ainda não tivemos. Naturalmente que nós felicitamos o novo Presidente pela sua eleição. E ficamos à espera de uma oportunidade para de fato poder receber uma resposta.
DW África: Como é que a CPLP vê as novas medidas de João Lourenço como Presidente de Angola?
(MCS) - O Presidente João Lourenço tem vindo a fazer algumas reformas extremamente importantes e que têm despertado a curiosidade da comunidade internacional e também da CPLP. Temos estado a acompanhar e fazendo votos para que tudo possa traduzir-se num sucesso para o desenvolvimento de Angola. No fundo, o que queremos é que os nossos países tenham estabilidade e possam desenvolver. E pensamos que em Angola existe essa estabilidade política e esperamos que as medidas que o o Presidente João Lourenço tem em carteira possam servir para relançar Angola no processo de desenvolvimento.
DW.COM
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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Manifestação espontânea dos estudantes em Bissau,
Contra a regra imposta pelas autoridades, um Grupo de estudantes acampado no Ministerio da Educação realizou esta tarde (17h) uma manifestação surpresa na principal avenida da capital, para exigir o inicio do ano letivo. Assistir Vídeo Aqui
Os estudantes dizem estar cansados de tantas promessas não cumpridas de entendimento entre o Governo e os sindicatos dos professores, para o levantamento das greves no setor de Educação.
Os professores, apesar da aprovação e promulgação do Estatuto da Carreira Docente, ja entregaram o terceiro pre-aviso de greve, depois de sessenta dias de paralizações já cumpridas nas escolas publicas.
O Grupo de manifestantes marcha da Av. Combatentes da Liberdade da Patria em direção a base de acampamento - Ministerio da Educação.
Aliu Cande
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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Dois meses depois da data marcada, ano lectivo não arranca na Guiné-Bissau
Alunos pedem solução ao diferendo entre Governo e sindicatos
Dois meses após a data da abertura oficial do novo ano lectivo na Guiné-Bissau, as escolas públicas continuam enceradas e milhares de alunos em casa.
Esta paralisação é resultado da greve decretada pelos sindicatos do sector da Educação, que exigem a aplicação do Estatuto de Carreira Docente.
O certo é que os alunos das escolas públicas já não estão a gostar do silêncio, que ainda se sobre a abertura das salas de aulas.
A VOA registou opiniões dos guineenses e estudantes que, mesmo com as manifestações de rua e acampamentos em frente do Ministério da Educação Nacional, não viram o Governo superar o diferendo com os sindicatos.
Laureano Pereira da Costa, presidente do Sindicato Democrático dos Professores, mantém as suas reivindicações de “aplicação do Estatuto de Carreira Docente, unificação das letras, efectivação e reclassificação dos professores e o pagamento de dívidas de 2011 a 2014.
Da parte do Governo, não há respostas que agradem aos sindicatos e o braço-de-ferro continua.
VOA
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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PRS AINDA CONTINUA NO EXECUTIVO LIDERADO POR ARISTIDES GOMES
O Partido da Renovação Social, (PRS) segunda maior força no parlamento guineense continua no governo liderado por Aristides Gomes.
Esta afirmação contraria as declarações de Sola Nquilin na Bitchita que afirmara na semana passada de que, se até hoje terça-feira (4 de dezembro) o presidente da República e o primeiro-ministro não demitirem a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, seu partido vai abandonar o actual executivo.
Esta manhã em conferência de imprensa sobre a realização da jornada de reflexão “os desafios eleitorais no Sector Autónomo de Bissau”, responsável da Juventude da Renovação Social Vladimir Djomel, disse que, cabe a direcção superior do partido pronunciar sobre a retirada do PRS no actual executivo, tendo adiantado que “até porque Sola Nquilin estava simplesmente a chamar atenção sobre o comportamento da ministra de Administração territorial”.
Vladimir foi mais longe ainda ao afirmar que a declaração de Sola como dirigente do partido da Renovação “não é uma declaração de ponto de vista como está a ser tratado. Sola simplesmente emitiu a opinião como qualquer individuo, chamando atenção do comportamento da ministra da Administração do Território”.
De acordo com a constatação da Rádio Sol Mansi, esta manhã no palácio da República, a movimentação estava normal contrariamente aquilo que tem sido veiculado de que haveria manifestação junto ao palácio caso a ministra da administração territorial não fosse demitida das suas funções.
Ontem (3 de Dezembro) colectivo dos 18 partidos políticos da oposição com e sem assento parlamentar entregarem uma carta aberta ao chefe de Estado José Mário Vaz, na qual exigem a demissão imediata da ministra da Administração Territorial.
Por: Braima Sigá
radiosolmansi.net
Esta afirmação contraria as declarações de Sola Nquilin na Bitchita que afirmara na semana passada de que, se até hoje terça-feira (4 de dezembro) o presidente da República e o primeiro-ministro não demitirem a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes, seu partido vai abandonar o actual executivo.
Esta manhã em conferência de imprensa sobre a realização da jornada de reflexão “os desafios eleitorais no Sector Autónomo de Bissau”, responsável da Juventude da Renovação Social Vladimir Djomel, disse que, cabe a direcção superior do partido pronunciar sobre a retirada do PRS no actual executivo, tendo adiantado que “até porque Sola Nquilin estava simplesmente a chamar atenção sobre o comportamento da ministra de Administração territorial”.
Vladimir foi mais longe ainda ao afirmar que a declaração de Sola como dirigente do partido da Renovação “não é uma declaração de ponto de vista como está a ser tratado. Sola simplesmente emitiu a opinião como qualquer individuo, chamando atenção do comportamento da ministra da Administração do Território”.
De acordo com a constatação da Rádio Sol Mansi, esta manhã no palácio da República, a movimentação estava normal contrariamente aquilo que tem sido veiculado de que haveria manifestação junto ao palácio caso a ministra da administração territorial não fosse demitida das suas funções.
Ontem (3 de Dezembro) colectivo dos 18 partidos políticos da oposição com e sem assento parlamentar entregarem uma carta aberta ao chefe de Estado José Mário Vaz, na qual exigem a demissão imediata da ministra da Administração Territorial.
Por: Braima Sigá
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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Notificação
Três técnicos de Base de Dados do Recenseamento Eleitoral, pertencente ao Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral-Gtape, estão a ser ouvidos no Ministério Público.
Tratam-se de Mamadu Iaia Bari, Coordenador de Base de Dados do Gtape e mais Bacar Sanha e João Oquica de Sá, elementos de Base de Dados.
A base de dados do Gtape é constituida por onze elementos, mas apenas três foram notificados para depor.
Desconhecemos o motivo da audiencia, mas presume-se tratar de denuncias feitas por alguns partidos sobre alegadas irregularidades no Banco de Dados do Recenseamento em curso.
Em atualização...
Fonte: Aliu Cande
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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GUINÉ-BISSAU: QUATRO RAZÕES PARA O IMPEACHMET
Por: bambaramdipadida.blogspot.com
Chegou a hora de subir, mais uma vez, ao alto da montanha e pedir a destituição dos ocupantes de cargos políticos de superior responsabilidade.
Há um provérbio que diz, quem come fel, não pode cuspir mel. O povo guineense está cansado de comer fel. Já quer cuspir mel e não pode. Se o preço da libertação do nosso povo exige mais sacrifício, então, não há que dar costa à luta. É fundamental enfrentar o toiro pelos cornos.
Engendrada ou não, pelo DSP (perdedor), sabemos apenas que as condições estão reunidas para a mudança do status quod político na Guiné-Bissau.
Por causa de delitos políticos graves e má conduta governativa que tem assolado o nosso país há quatro anos. Refiro-me, portanto, às a) mudanças sucessivas de cerca de sete Primeiro-ministros; b) parlamento encerrado durante quase toda a legislatura; c) abertura do novo ano lectivo nas escolas públicas sine die; d) finanças públicas sem liquidez para pagar os salários; e) recenseamento eleitoral duvidoso; etc., que em nenhum momento afectaram organismos internacionais tais como a ONU, UA, CPLP, CEDEAO como nos tem afectado no nosso país. Não acredito, pois, que haja “Comunidade Internacional” o mesmo status quod no seu país. Avisamos, portanto, que se abstenham de ingerência nos assuntos internos.
“PUBIS KA BURU”!
Chegou a hora de subir, mais uma vez, ao alto da montanha e pedir a destituição dos ocupantes de cargos políticos de superior responsabilidade.
Há um provérbio que diz, quem come fel, não pode cuspir mel. O povo guineense está cansado de comer fel. Já quer cuspir mel e não pode. Se o preço da libertação do nosso povo exige mais sacrifício, então, não há que dar costa à luta. É fundamental enfrentar o toiro pelos cornos.
Engendrada ou não, pelo DSP (perdedor), sabemos apenas que as condições estão reunidas para a mudança do status quod político na Guiné-Bissau.
Por causa de delitos políticos graves e má conduta governativa que tem assolado o nosso país há quatro anos. Refiro-me, portanto, às a) mudanças sucessivas de cerca de sete Primeiro-ministros; b) parlamento encerrado durante quase toda a legislatura; c) abertura do novo ano lectivo nas escolas públicas sine die; d) finanças públicas sem liquidez para pagar os salários; e) recenseamento eleitoral duvidoso; etc., que em nenhum momento afectaram organismos internacionais tais como a ONU, UA, CPLP, CEDEAO como nos tem afectado no nosso país. Não acredito, pois, que haja “Comunidade Internacional” o mesmo status quod no seu país. Avisamos, portanto, que se abstenham de ingerência nos assuntos internos.
“PUBIS KA BURU”!
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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Entenda o que é a síndrome do alcoolismo fetal e quais são os sintomas
Estima-se que pelo menos 17% dos recém nascidos sofram de sintomas associadas a perturbações do espectro do alcoolismo fetal.
Um estudo realizado pelas Universidades de Bristol e de Cardiff, no Reino Unido, revelou que cerca de 79% das mães expectantes bebem álcool em algum momento da gestação e que entre 6% a 17% das crianças demonstram ter sintomas consistentes com a síndrome do alcoolismo fetal.
A síndrome, trata-se de uma condição que afeta as crianças cujas mães ingerem álcool durante a gravidez. O álcool pode passar através da placenta para o bebé e, já que os fetos não conseguem processar aquela substância do mesmo modo que um adulto, esta pode provocar sérios problemas.
Sobretudo pode danificar o cérebro do bebé ou o desenvolvimento da medula espinhal, e nos casos mais graves resultar mesmo na morte do feto.
Para os bebés que sobrevivem, poderão ser afetados por certos problemas de saúde até à idade adulta.
Os sintomas da síndrome do alcoolismo fetal podem ser tanto físicos como mentais. A criança poderá desenvolver um crânio mais reduzido do que o normal. Outras crianças poderão ter uma estatura mais diminuta do que a média.
Outras caraterísticas físicas podem também fazer-se notar, tais como olhos mais pequenos, o lábio superior mais fino, e o aparecimento de uma zona lisa entre o nariz e o lábio superior (philtrum).
Já os sintomas mentais e comportamentais podem incluir: dificuldades de movimento e de coordenação, sociais, de organização, em manter um raciocínio lógico ou matemático, alterações de humor, problemas no fígado, rins, coração ou noutros órgãos, e condições que afetem a audição e a visão.
NAOM
Um estudo realizado pelas Universidades de Bristol e de Cardiff, no Reino Unido, revelou que cerca de 79% das mães expectantes bebem álcool em algum momento da gestação e que entre 6% a 17% das crianças demonstram ter sintomas consistentes com a síndrome do alcoolismo fetal.
A síndrome, trata-se de uma condição que afeta as crianças cujas mães ingerem álcool durante a gravidez. O álcool pode passar através da placenta para o bebé e, já que os fetos não conseguem processar aquela substância do mesmo modo que um adulto, esta pode provocar sérios problemas.
Sobretudo pode danificar o cérebro do bebé ou o desenvolvimento da medula espinhal, e nos casos mais graves resultar mesmo na morte do feto.
Para os bebés que sobrevivem, poderão ser afetados por certos problemas de saúde até à idade adulta.
Os sintomas da síndrome do alcoolismo fetal podem ser tanto físicos como mentais. A criança poderá desenvolver um crânio mais reduzido do que o normal. Outras crianças poderão ter uma estatura mais diminuta do que a média.
Outras caraterísticas físicas podem também fazer-se notar, tais como olhos mais pequenos, o lábio superior mais fino, e o aparecimento de uma zona lisa entre o nariz e o lábio superior (philtrum).
Já os sintomas mentais e comportamentais podem incluir: dificuldades de movimento e de coordenação, sociais, de organização, em manter um raciocínio lógico ou matemático, alterações de humor, problemas no fígado, rins, coração ou noutros órgãos, e condições que afetem a audição e a visão.
NAOM
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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O NOSSO É IGUAL O ROUBO DE TANCOS
Em Portugal ainda se fala até exaustão do pertinaz caso de furto das armas no paiol de Tancos! E nós por cá, a semana começou com uma sobeja projecto que foi supostamente roubado. Tudo aconteceu exatamente da mesma forma sobranceira, no roubo de Tancos o material bélico roubado apareceu numa circunstância misteriosa e a milhas de distância e, já o nosso suposto roubo de obra intelectual, foi encontrado no mesmo local e nas datas distintas, a qual levianamente os até aqui, verdadeiros donos foram surpreendidos com organização de evento que julgavam deles.
Num gesto honrosa, o dono da propriedade intelectual, teve por muita excepção escolher pessoas para dar conhecimento da sua iniciativa, mas estes, por pingo da chuva escapou-lhes a ideia de transmitir ao dono que havia outra iniciativa semelhante! Estranho ou estranhamente os que tinham sido consultados/convidados para iniciativa, são os mesmos que vieram a organizar evento semelhante ora, acusado de plágio. Contudo, muitos tem ónus da resposta ou dizer algo, divido a lebre levantado! E, eu estarei no camarote e pronto para vir de novo, porque, não podemos desenvolver o país com intelectualidade disfarçada
Estamos a trabalhar
Carlos Sambu
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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Presidente da Guiné-Bissau promulga lei das quotas
O Presidente da República, José Mário Vaz, promulgou hoje a Lei de Paridade para a participação das mulheres na política e nas esferas de tomada de decisão.
Segundo a mesma nota, a lei obriga a uma representação mínima de 36% de mulheres na lista de cargos eletivos.
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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«NOTA À IMPRENSA» MOVIMENTO IRMAÕS PATRIOTAS DA DIÁSPORA GUINEENSE EM FRANҪA MIPD-GF
A direção do nosso movimento vem pela presente nota à imprensa, tornar público a sua posição perante á não surpreendente declaração incendiária, do deputado da Nação em representação do seu partido no grupo identificado da oposição à não realização das eleições legislativas no país, sob pretexto de preparação de fraudes, que na nossa prespectiva deve ser clarificada pelos órgãos competentes do ESTADO, não com ameaças, eleições estas que são importantes para o retorno a ordem constituicional, dissemos que á nós não nos surpriende, visto que, as gravíssimas declarações vem espelhar claramente o “MODUS OPERANDI” de determinados partidos na Guiné-Bissau para chegarem ao poder.
Foi com enorme indignação que o MOVIMENTO IRMÃOS PATRIOTAS DA DIASPORA GUINEENSE EM FRANҪA, tomou conhecimento do conteúdo da conferência de imprensa, mas uma vez, deste grupo que à três (3) anos tem atormentado a vida do nosso povo, sob alto patrócinio do presidente da república JOSE MARIO VAZ, é triste e lamentável ver que pessoas que ocuparam cargos ministeriais, deputado de nação e o mais grave serem membros de comissão executiva de partidos, têm como estratégia política a Violência, Ameaças, Incitamento a Ódio e Guerra, queremos perceber com base em quê? que no pleno seclo XXI° alguém pode ter tais mecanismos para acesso ao poder, pois que, na democracia é o povo quem ordena através de voto popular nas urnas. Durante a crise sempre criticamos o PRESIDENTE, mas de forma alguma podemos congratular com ataques e ameaças contra ele, porque no nosso entendimento ele foi eleito com sufrágio direto e secreto nas urnas, pelo que, se vai sair tem que ser pela mesma via, por isso, condenamos com veemência a tais atitudes, e pensamos que o MINISTÉRIO PÚBLICO vai ser justo em tentar responsabilizar o autor das ameaças, e relembrar o JOMAV que, estes são os frutos da sua atuação, a fragilização das instituição democráticas que com a sua ajuda a crise proporcionou.
Lamentamos profundamente, e somos solidários com a Ministra da Administração Territorial, como mulher pelos danos psicológicos que os insultos covardes de um homem, que pelos visto, devia pautar a sua atuação e pronunciamento com base em princípios da ética e moral pública como sendo homem de Estado. Porque, ela não pode estar sujeita em nome da nossa pátria amada, este tipo de tratamento, pesamos que, toda a sociedade Guineense em uma única voz deve repudiar tais atos que visam única e exclusivamente por em causa este processo. Entretanto, para finalizarmos dizer que estamos solidários com os Alunos Guineenses na sua luta de exigir a educação, aos Governantes como um direito fundamental e universal reconhecido e consagrado na nossa LEI MAGNA e nas LEIS INTERNACIONAIS, por que como dizia “NELSON MANDELA” é a única arma para lutar contra pobreza e subdesenvolvimento.
Alerta-los que as vigílias devem estender ao palácio da república e a casa dos presidentes dos sindicatos do setor de ensino porque estáo agir de ma fé com cunho político.
Lille 03/12/2018
O PRESIDENTE
Filinto Djalo De Pina
Fonte: conosaba.blogspot.com
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terça-feira, dezembro 04, 2018
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
PRS e grupo de partidos políticos fazem seis exigências ao Presidente guineense
A carta aberta entregue hoje pelo Partido de Renovação Social (PRS) e um grupo de partidos políticos ao Presidente guineense, José Mário Vaz, inclui seis exigências relativas ao registo eleitoral, nomeadamente o afastamento dos "implicados nas malícias" do processo.
A carta, a que a agência Lusa teve acesso, foi subscrita pelo PRS, Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), União Patriótica Guineense, APU-PDGB (Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau), grupo de 18 partidos congregados, Partido da Convergência Democrática e Partido para a Justiça, Reconciliação e Trabalho.
A carta, a que a agência Lusa teve acesso, foi subscrita pelo PRS, Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), União Patriótica Guineense, APU-PDGB (Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau), grupo de 18 partidos congregados, Partido da Convergência Democrática e Partido para a Justiça, Reconciliação e Trabalho.
Os partidos políticos exigem, em primeiro lugar, do "primeiro-ministro e do Presidente da República a demissão imediata da ministra da Administração Territorial e consequente nomeação para aquelas funções de uma figura de reconhecida idoneidade".
Em segundo, os partidos políticos exigem a demissão do responsável pela base de dados do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e "dos demais implicados nas malícias do processo de recenseamento e em todo o processo eleitoral".
A convocação para a Guiné-Bissau da empresa nigeriana envolvida no processo, bem como a transferência da gestão do processo para o país é outra das exigências dos partidos políticos, que querem também a transferência dos dados do atual servidor para um novo.
Os partidos políticos exigem também que "seja concluído o processo de recenseamento eleitoral e emitidos novos cartões de eleitores", que sejam "fiáveis e dignificantes", e a extinção das comissões de acompanhamento do processo criadas pelo primeiro-ministro, que consideram ilegais.
"O Coletivo dos Partidos Políticos subscritores volta a exortar ao povo guineense para se manter calmo e confiante e aos cidadãos com idade para adquirir capacidade eleitoral ativa e a recensearem-se para o pleno exercício da cidadania", referem na carta.
Na missiva, os partidos políticos agradecem o apoio da comunidade internacional e afirmam estar empenhados em participar e contribuir para um processo eleitoral inclusivo, credível e aceite por todos os partidos políticos.
As legislativas na Guiné-Bissau estavam marcadas para 18 de novembro, mas dificuldades técnicas e financeiras levaram a atrasos no início do recenseamento, que acabou por ter de ser prolongado para além da data prevista para a realização das eleições.
A forma como o recenseamento está a decorrer tem estado a ser contestado por vários partidos políticos e pela sociedade civil.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, anunciou já que só marcará a nova data das legislativas após o recenseamento estar completo.
O Governo guineense tem apelado a todos os cidadãos eleitores para fazerem o seu recenseamento para participarem nas eleições.
MSE // PVJ
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segunda-feira, dezembro 03, 2018
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PRS BOICOTA SESSÃO DA ANP POR FALTA DE COMPARÊNCIA DO PRIMEIRO-MINISTRO
De acordo com os parlamentares, o chefe do Governo foi convocado para esclarecer na plenária da Assembleia Nacional Popular (ANP), a greve no setor da educação e supostos irregularidades no processo de recenseamento eleitoral.
A fonte parlamentar disse ainda que, o primeiro-ministro se ausentou no Parlamento, pela convocação que terá recebido do Presidente da República.
José Mário Vaz e Aristides Gomes deveriam debater-se entre outros pontos, a marcação da data para a realização das legislativas bem como da atual situação sociopolítica da Guiné-Bissau.
Antes da bancada parlamentar do PRS boicotar a sessão, os deputados aprovaram o projeto-lei da Aviação Civil da Guiné-Bissau.
Notabanca; 03.12.2018
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segunda-feira, dezembro 03, 2018
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MUTARO DJALÓ PEDE PROTEÇÃO DE ECOMIBGPARA DENUNCIAR ILEGALIDADE DE “ALTAS FIGURAS DO ESTADO”
Mutaro Djaló, ex-ministro do interior da GuinéBissau, pediu ao Governo guineense que lhe fosse concedida a protecção das forças da ECOMIB para denunciar em Comissão de Inquérito ilegalidades e actos de corrupção que alegadamente implicam “altas guras do Estado e um conselheiro do Presidente da Repúblifica”, de acordo com o próprio ex-governante.
Actualmente fora de Bissau por razões de segurança, Mutaro Djaló foi exonerado das suas funções no ministério do Interior a 9 de novembro na sequência da repressão policial contra uma manifestação pacífica de alunos que exigia o m das greves dos professores.
Mutaro Djaló armou publicamente não ter sido ele o autor da ordem à Polícia de Ordem Pública para reprimir a manifestação, declarações essas que levaram o Governo guineense a pedir a abertura de uma Comissão de Inquérito para apuramento dos factos.
De acordo com fontes ligadas ao executivo do Primeiro Ministro Aristides Gomes Mutaro Djaló mostrou-se disponível para colaborar, mas na condição de ter a protecção da ECOMIB.
“Mutaro pretende fazer revelações não só sobre o caso da repressão, mas também apresentar provas de acções de corrupção e ilegalidades de altas guras do Estado guineense, cujo combate pelo próprio Ministro terão estado na base para o seu afastamento”, esclareceram as fontes contactadas pela e-Global.
A exoneração de Mutaro Djaló foi decidida directamente pelo Presidente da República José Mário Vaz, que na altura se manifestou “chocado” com a atitude da polícia na repressão aos jovens manifestantes. Nos três anos anteriores à sua exoneração, Mutaro Djaló foi apontado como um dos elementos de maior conança quer do Presidente da República, José Mário Vaz, quer do conselheiro presidencial para as áreas de Segurança e Defesa Botche Candé, fazendo parte do círculo mais restrito de ambos.
A delegação da CEDEAO em Bissau escusou-se a comentar a exigência de Mutaro Djaló, conrmando apenas a recepção do pedido de protecção ao exGovernante pela ECOMIB.
No entanto, não existe ainda qualquer decisão final. Desde a exoneração de Mutaro Djaló, o cargo de Ministro do Interior não foi ocupando, sendo as funções desempenhadas interinamente pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Butiam Có, com o apoio directo do Conselheiro da Presidência Botche Candé.
Notabanca; 03.12.2018
Actualmente fora de Bissau por razões de segurança, Mutaro Djaló foi exonerado das suas funções no ministério do Interior a 9 de novembro na sequência da repressão policial contra uma manifestação pacífica de alunos que exigia o m das greves dos professores.
Mutaro Djaló armou publicamente não ter sido ele o autor da ordem à Polícia de Ordem Pública para reprimir a manifestação, declarações essas que levaram o Governo guineense a pedir a abertura de uma Comissão de Inquérito para apuramento dos factos.
De acordo com fontes ligadas ao executivo do Primeiro Ministro Aristides Gomes Mutaro Djaló mostrou-se disponível para colaborar, mas na condição de ter a protecção da ECOMIB.
“Mutaro pretende fazer revelações não só sobre o caso da repressão, mas também apresentar provas de acções de corrupção e ilegalidades de altas guras do Estado guineense, cujo combate pelo próprio Ministro terão estado na base para o seu afastamento”, esclareceram as fontes contactadas pela e-Global.
A exoneração de Mutaro Djaló foi decidida directamente pelo Presidente da República José Mário Vaz, que na altura se manifestou “chocado” com a atitude da polícia na repressão aos jovens manifestantes. Nos três anos anteriores à sua exoneração, Mutaro Djaló foi apontado como um dos elementos de maior conança quer do Presidente da República, José Mário Vaz, quer do conselheiro presidencial para as áreas de Segurança e Defesa Botche Candé, fazendo parte do círculo mais restrito de ambos.
A delegação da CEDEAO em Bissau escusou-se a comentar a exigência de Mutaro Djaló, conrmando apenas a recepção do pedido de protecção ao exGovernante pela ECOMIB.
No entanto, não existe ainda qualquer decisão final. Desde a exoneração de Mutaro Djaló, o cargo de Ministro do Interior não foi ocupando, sendo as funções desempenhadas interinamente pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Butiam Có, com o apoio directo do Conselheiro da Presidência Botche Candé.
Notabanca; 03.12.2018
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segunda-feira, dezembro 03, 2018
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Correios da Guiné-Bissau - “Falta de estratégia e deficiência de gestão dos recursos motivaram declínio da empresa”, diz o Director-geral
Bissau, 03 Dez 18 (ANG) – O Presidente e Director-geral dos Correios da Guiné-Bissau indicou a falta de visão estratégica e de acompanhamento da evolução do sector a nível global e a gestão deficiente dos recursos humanos, matérias e financeiras como motivo do estado actual em que a empresa se encontra.
Fernando Joaquim Ferreira de Lacerda que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), sobre a situação de paralisia, quase total, em que os Correios se encontram actualmente, disse que o descalabro da instituição teve várias origens, entre as quais, o conformismo com o monopólio postal pela legislação do sector, que considera arcaico e desajustada à realidade de hoje, e desorganização total das rotinas de trabalho, no âmbito administrativo, comercial e operacional.
Para além disso, Fernando de Lacerda responsabilizou ainda o sistema implantado no país, de “deixa fazer” pela situação, que disse ter levado a maior parte dos concidadãos a “cometerem atropelos às normas e leis” que regem os trabalhos que executam, pensando que elas lhes impede de realizar as suas expectativas pessoais.
Por isso, segundo Ferreira de Lacerda, o papel da actual administração dos Correios passa pela promoção e criação de um bom clima social na empresa, estabelecimento de normas precisas de gestão e procedimentos administrativos, elaboração de manuais de operações, aposta na valorização e desenvolvimento dos recursos humanos, e utilização, de forma sistemática, das tecnologias de informação e comunicação em todas as áreas de actuação.
Instado a falar das dificuldades para o relançamento efectivo dos Correios, Ferreira de Lacerda começou por explicar as transformações que ocorrem em diversos domínios na economia mundial, resultado da forte competitividade e o rápido desenvolvimento tecnológico, fenómeno que disse atingir o sector postal.
“No início, o serviço postal consistia apenas na obrigação do Estado em fornecer os serviços básicos à população e, para garantir a qualidade de serviço postal universal, era concedido monopólio aos operadores estatais.Mas, actualmente, o contexto mundial é diferente e as sociedades já não aceitam o monopólio do Estado e os operadores públicos tem que competir no mercado com os privados ”, informou Fernando Joaquim Ferreira.
Acrescenta que na Guiné-Bissau, o monopólio também começou a ser restringido até que se despareça, por isso devem ser adoptadas regras claras que levam ao progresso do sector privado no mercado postal.
Lacerda disse que a dificuldade de relançamento dos Correios também tem a ver com o pouco conhecimento e de sensibilidade do público em geral e dos decisores, em particular sobre o potencial dos Correios na contribuição para a coesão social e para desenvolvimento económico do país, a inexistência de um quadro legal e regulamentar actualizado do sector postal e a falta de uma injecção de capital para o funcionamento regular dos serviços, permitindo que a empresa usa o seu potencial de gestor de valores para economia nacional.
Assegurou que o relançamento dos Correios depende da conclusão das obras de reabilitação do edifício central de Bissau, dos edifícios e equipamentos das estações postais do interior do país, da abertura da loja de filatelia e coleccionismo , bem como a criação das condições para prestação dos serviços financeiros postais.
ANG/PLG/ÂC//SG
Fernando Joaquim Ferreira de Lacerda que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), sobre a situação de paralisia, quase total, em que os Correios se encontram actualmente, disse que o descalabro da instituição teve várias origens, entre as quais, o conformismo com o monopólio postal pela legislação do sector, que considera arcaico e desajustada à realidade de hoje, e desorganização total das rotinas de trabalho, no âmbito administrativo, comercial e operacional.
Para além disso, Fernando de Lacerda responsabilizou ainda o sistema implantado no país, de “deixa fazer” pela situação, que disse ter levado a maior parte dos concidadãos a “cometerem atropelos às normas e leis” que regem os trabalhos que executam, pensando que elas lhes impede de realizar as suas expectativas pessoais.
Por isso, segundo Ferreira de Lacerda, o papel da actual administração dos Correios passa pela promoção e criação de um bom clima social na empresa, estabelecimento de normas precisas de gestão e procedimentos administrativos, elaboração de manuais de operações, aposta na valorização e desenvolvimento dos recursos humanos, e utilização, de forma sistemática, das tecnologias de informação e comunicação em todas as áreas de actuação.
Instado a falar das dificuldades para o relançamento efectivo dos Correios, Ferreira de Lacerda começou por explicar as transformações que ocorrem em diversos domínios na economia mundial, resultado da forte competitividade e o rápido desenvolvimento tecnológico, fenómeno que disse atingir o sector postal.
“No início, o serviço postal consistia apenas na obrigação do Estado em fornecer os serviços básicos à população e, para garantir a qualidade de serviço postal universal, era concedido monopólio aos operadores estatais.Mas, actualmente, o contexto mundial é diferente e as sociedades já não aceitam o monopólio do Estado e os operadores públicos tem que competir no mercado com os privados ”, informou Fernando Joaquim Ferreira.
Acrescenta que na Guiné-Bissau, o monopólio também começou a ser restringido até que se despareça, por isso devem ser adoptadas regras claras que levam ao progresso do sector privado no mercado postal.
Lacerda disse que a dificuldade de relançamento dos Correios também tem a ver com o pouco conhecimento e de sensibilidade do público em geral e dos decisores, em particular sobre o potencial dos Correios na contribuição para a coesão social e para desenvolvimento económico do país, a inexistência de um quadro legal e regulamentar actualizado do sector postal e a falta de uma injecção de capital para o funcionamento regular dos serviços, permitindo que a empresa usa o seu potencial de gestor de valores para economia nacional.
Assegurou que o relançamento dos Correios depende da conclusão das obras de reabilitação do edifício central de Bissau, dos edifícios e equipamentos das estações postais do interior do país, da abertura da loja de filatelia e coleccionismo , bem como a criação das condições para prestação dos serviços financeiros postais.
ANG/PLG/ÂC//SG
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segunda-feira, dezembro 03, 2018
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Opinião : AUMENTO DO IGV DE 17% PARA 19%: SUAS IMPLICAÇÕES?
I- Conceito de Base:
O regime e prestação de serviços (doravante designado IGV), foi criado pela Lei n.16/1997, de 31 de Março, visando tributar o CONSUMO na sua forma generalizada, incidindo sobre as transmissões de bens e serviços.
Tendo em conta a “reduzida eficácia e eficiência da arrecadação de receitas fiscais na Guiné-Bissau, tornou-se imperativo uma reforma fiscal que deve passar, rigorosamente, pela implementação do IGV, como forma de suprir a lacuna existente no ordenamento jurídico-tributário nacional”.
O IGV, enquanto tal, carateriza-se por ser um imposto indireto incidente sobre a despesa ou consumo.
De acordo com este tipo de tributo, a passagem de uma fase para outra dentro do circuito económico – Produção, Comercialização e Consumo (abrangendo a prestação de serviços) – determina e faz nascer o pagamento do imposto sobre os bens e serviços consumidos.
A partir da análise do disposto no artigo 3.º da Lei n.º 16/97, deduz-se a essência daquilo que são os traços caraterizadores e definidores do IGV na Guiné-Bissau, nomeadamente: trata-se de um (i) Imposto geral e plurifásico, (ii) incidente sobre as transações ao longo do processo produtivo (concretamente, da produção e comercialização, e em relação a este último, limitado a comércio de grande e média dimensão) dos bens e serviços; (iii) não-cumulativo, na medida em que a tributação das vendas em cada uma das fases do processo
produtivo, não incide sobre o valor integral, visto que só toma em consideração o acréscimo de valor dos bens em cada uma das fases, permitindo, assim, a dedução dos impostos,
anteriormente, pagos.
Parafraseando os estudos de XAVIER BASTO (Apud, Eugénio Moreira, “A Repartição dos Recursos Públicos”, p. 393), permite-se a dedução dos impostos pagos “nas compras de “inputs” ou fatores de produção.
Sendo assim, o IGV guineense “trata-se de um modelo de imposto sobre o valor acrescentado, enquanto uma das possíveis distinções dos impostos plurifásicos, isto é, impostos que incidem sobre as fases das transações que ocorrem ao longo do processo produtivo (produção, transformação e consumo) e não sobre o valor integral, como se pode inferir do artigo 3.º CIGV que reza o seguinte:
“O Imposto Geral sobre Vendas e Serviços”
Como vimos, a legislação da Guiné-Bissau tem muitos pontos convergentes com o Código do IVA português. Se reparamos, os três pontos elencados no enquadramento dos sujeitos passivos do Código do IGV, estão enquadrados também na classificação dos sujeitos passivos de IVA.
O artigo 2.º do Código de IGV considera “como sujeito passivos de imposto”:
– Todas as pessoas singulares e coletivas abrangidas pelo regime do IGV;
– Contribuinte não-cumulativo, ad-valorem e plurifásico, sendo permitida a dedução do imposto suportado nas fases anteriores…”
Além do mais, resta acrescentar que o IGV guineense é um imposto neutro, na medida em que permite a aplicação do princípio da
tributação apenas no destino, através da dedução da carga fiscal dos produtos exportados, eliminando assim, por via desta técnica de tributação, os incovenientes decorrentes da tributação cumulativa ou em cascata.
II – Contribuinte responsável:
São contribuintes de Imposto Geral sobre Vendas e prestações de serviços todas as pessoas singulares e/ou coletivas que, sem vínculo de emprego, desenvolvam uma atividade de produção, comércio ou de prestação de serviços sujeita à incidência do regime do IGV.
As pessoas singulares ou coletivas que, segundo a legislação aduaneira, realizem a importação de bens.üAs pessoas singulares ou coletivas, que em fatura ou documento equivalente, mencionem, indevidamente, imposto geral sobre vendas.
O Estado e as demais pessoas coletivas de direito público e as empresas concessionárias, quando desenvolverem uma atividade sujeita à tributação do IGV.
São, ainda, sujeitos passivos, na condição de responsáveis pelo pagamento do imposto:
– Toda a pessoa singular ou coletiva, assim como, transportadores, armazenistas e depositários que detenham a posse dos bens do sujeito ao IGV e que estejam desacompanhados de documentação comprovativa da sua aquisição na forma de lei, ou de sua entrada no país, com efetivo pagamento de imposto devido, se for o
caso.
– São, ainda, responsáveis pelo recolhimento do imposto os beneficiários de serviços de qualquer natureza localizados no território nacional, quando o prestador estiver localizado no exterior.
III- Casos de “Isenções”:
No que concerne às isenções, são concedidas
isenções a determinadas operações, os quais se agrupam em duas situações distintas: (i) a
isenções reais ou objetivas e (ii) as isenções pessoais ou subjetivas.
Todas elas vêm previstas no n.º 1 do artigo 9.º do Código. Vejamos cada uma dessas situações.
a) Isenções pessoais ou subjetivas:
– São beneficiários das isenções a importações definitivas de bens, as pessoas jurídicas singulares (cooperantes, emigrantes, antigos combatentes) ou coletivas (missões diplomáticas numa base de reciprocidade e as organizações internacionais de que a Guiné-Bissau é parte);
– São beneficiários das isenções a importações temporárias de bens, ainda que venham a ser
objeto de reparação ou benefício, as pessoas cuja atividade consista na reparação ou
beneficiação, desde que os bens em causa sejam reexportados no prazo e termos estabelecidos
na legislação aduaneira;
– São beneficiários das isenções a transmissões de bens, os estabelecimentos cuja atividade não
se reconduz a produção, nem a importação de bens.
b) Isenções reais ou objetivas:
– Estão isentos do IGV, as prestações de serviços e a produção de bens que não ultrapassem
anualmente um determinado valor (12 unidades de conta);
– Também, estão isentos do pagamento do IGV, as exportações de bens e serviços que são
realizados regularmente.
Ora, em jeito de observação, acontece que “não há atividades ditas regulares na economia guineense, salvo algumas exceções, pois a principal atividade económica está ligada à castanha de caju que, por conseguinte, é extremamente SAZONAL.
IV – Estrutura Fiscal guineense:
É essencial falar da estrutura fiscal, com o propósito de melhor entendermos o nível da
arrecadação das receitas fiscais na Guiné-Bissau.
Com a caraterização da estrutura fiscal
guineense pretende-se dar a conhecer a forma como se articulam entre si os diversos impostos
ao longo do período de contribuição, absoluta e relativa, de cada fonte de receita fiscal e, de
algum modo, evidenciar a preferência fiscal do país face aos outros países da UEMOA.
Esta relação positiva pode ficar a dever-se ao fato de variável representativa da participação
do setor agrícola no PIB servir para exprimir o efeito do rácio das exportações, uma vez que
a economia guineense é dominada pelo setor primário e está preenchido quase, exclusivamente, pela monocultura da castanha de caju, o principal produto de exportação.
De fato, a Guiné-Bissau depende quase apenas do setor agrícola e rural, quer pela sua
contribuição para a formação do PIB (50%), quer para arrecadação das receitas de exploração (93%), quer para o emprego (82%) e inclusivamente até para o orçamento geral de Estado.
V- Conclusões:
Ao longo desta análise sobre o aumento do IGV em pleno final do ano 2018, percebemos que a Guiné-Bissau é o país da UEMOA com a “taxa mais baixa de pressão fiscal”.
Salienta-se que há várias razões, entre as quais (históricas) ligadas à presença colonial,
são em parte a base de uma cultura de fuga aos impostos e à falta de autoridade do Estado, por parte da administração fiscal na exigência de apresentação das demonstrações financeiras, conforme consagrado no artigo 31.º do Código de IGV.
Significa, acima de tudo, que não existe uma “cultura voluntária” de pagamento dos impostos nem a capacidade e a eficiência dos serviços de cobranças de imposto em atingir todos os contribuintes, razões estas que influenciam negativamente as estatísticas no cálculo do nível de pressão fiscal face aos restantes países de UEMOA.
Em conformidade com antigo responsável máximo do DGCI, o aumento do IGV de 17% para 19% terá implicações diretas no CUSTO DE VIDA do cidadão guineense, na medida em que poderá contribuir para empobrecer, ainda mais, quem paga o IGV e, em consequência, os produtores e comerciantes ficarão retraídos nas suas operações comerciais, por que o aumento para 19% terá impacto no seu resultado final de negócio.
Outro exemplo, para quem toma dinheiro emprestado num banco comercial, a implicação desse aumento será, outrossim, imediata o que poderá condicionar o acesso ao crédito e a carteira de financiamento nos bancos comerciais poderão ser afetados, sem contar que o crédito malparado está situado em torno de 36%.
Ou seja, tudo indica que pode-se agravar a situação do financiamento à economia guineense…
Enfim, o efeito contágio desse aumento será enorme, sobretudo, por que estamos perante uma crise política, há mais de 3 anos, que, por si só, caso se mantiver, poderá dificultar o CONSUMO, quer das famílias, quer das empresas e, com efeito, poderá impactar no PIB neste final do último trimestre do ano e, muito provavelmente,continuará no primeiro trimestre do ano 2019.
Apenas uma opinião!
Por : Santos Fernandes
Bissau, 3/12/2018
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Referência:
“Imposto sobre o valor acrescentado para a Guiné-Bissau”, autor:
Denilaide Miguel Correia da Cunha,
Lisboa, Julho de 2016
OdemocrataGB
O regime e prestação de serviços (doravante designado IGV), foi criado pela Lei n.16/1997, de 31 de Março, visando tributar o CONSUMO na sua forma generalizada, incidindo sobre as transmissões de bens e serviços.
Tendo em conta a “reduzida eficácia e eficiência da arrecadação de receitas fiscais na Guiné-Bissau, tornou-se imperativo uma reforma fiscal que deve passar, rigorosamente, pela implementação do IGV, como forma de suprir a lacuna existente no ordenamento jurídico-tributário nacional”.
O IGV, enquanto tal, carateriza-se por ser um imposto indireto incidente sobre a despesa ou consumo.
De acordo com este tipo de tributo, a passagem de uma fase para outra dentro do circuito económico – Produção, Comercialização e Consumo (abrangendo a prestação de serviços) – determina e faz nascer o pagamento do imposto sobre os bens e serviços consumidos.
A partir da análise do disposto no artigo 3.º da Lei n.º 16/97, deduz-se a essência daquilo que são os traços caraterizadores e definidores do IGV na Guiné-Bissau, nomeadamente: trata-se de um (i) Imposto geral e plurifásico, (ii) incidente sobre as transações ao longo do processo produtivo (concretamente, da produção e comercialização, e em relação a este último, limitado a comércio de grande e média dimensão) dos bens e serviços; (iii) não-cumulativo, na medida em que a tributação das vendas em cada uma das fases do processo
produtivo, não incide sobre o valor integral, visto que só toma em consideração o acréscimo de valor dos bens em cada uma das fases, permitindo, assim, a dedução dos impostos,
anteriormente, pagos.
Parafraseando os estudos de XAVIER BASTO (Apud, Eugénio Moreira, “A Repartição dos Recursos Públicos”, p. 393), permite-se a dedução dos impostos pagos “nas compras de “inputs” ou fatores de produção.
Sendo assim, o IGV guineense “trata-se de um modelo de imposto sobre o valor acrescentado, enquanto uma das possíveis distinções dos impostos plurifásicos, isto é, impostos que incidem sobre as fases das transações que ocorrem ao longo do processo produtivo (produção, transformação e consumo) e não sobre o valor integral, como se pode inferir do artigo 3.º CIGV que reza o seguinte:
“O Imposto Geral sobre Vendas e Serviços”
Como vimos, a legislação da Guiné-Bissau tem muitos pontos convergentes com o Código do IVA português. Se reparamos, os três pontos elencados no enquadramento dos sujeitos passivos do Código do IGV, estão enquadrados também na classificação dos sujeitos passivos de IVA.
O artigo 2.º do Código de IGV considera “como sujeito passivos de imposto”:
– Todas as pessoas singulares e coletivas abrangidas pelo regime do IGV;
– Contribuinte não-cumulativo, ad-valorem e plurifásico, sendo permitida a dedução do imposto suportado nas fases anteriores…”
Além do mais, resta acrescentar que o IGV guineense é um imposto neutro, na medida em que permite a aplicação do princípio da
tributação apenas no destino, através da dedução da carga fiscal dos produtos exportados, eliminando assim, por via desta técnica de tributação, os incovenientes decorrentes da tributação cumulativa ou em cascata.
II – Contribuinte responsável:
São contribuintes de Imposto Geral sobre Vendas e prestações de serviços todas as pessoas singulares e/ou coletivas que, sem vínculo de emprego, desenvolvam uma atividade de produção, comércio ou de prestação de serviços sujeita à incidência do regime do IGV.
As pessoas singulares ou coletivas que, segundo a legislação aduaneira, realizem a importação de bens.üAs pessoas singulares ou coletivas, que em fatura ou documento equivalente, mencionem, indevidamente, imposto geral sobre vendas.
O Estado e as demais pessoas coletivas de direito público e as empresas concessionárias, quando desenvolverem uma atividade sujeita à tributação do IGV.
São, ainda, sujeitos passivos, na condição de responsáveis pelo pagamento do imposto:
– Toda a pessoa singular ou coletiva, assim como, transportadores, armazenistas e depositários que detenham a posse dos bens do sujeito ao IGV e que estejam desacompanhados de documentação comprovativa da sua aquisição na forma de lei, ou de sua entrada no país, com efetivo pagamento de imposto devido, se for o
caso.
– São, ainda, responsáveis pelo recolhimento do imposto os beneficiários de serviços de qualquer natureza localizados no território nacional, quando o prestador estiver localizado no exterior.
III- Casos de “Isenções”:
No que concerne às isenções, são concedidas
isenções a determinadas operações, os quais se agrupam em duas situações distintas: (i) a
isenções reais ou objetivas e (ii) as isenções pessoais ou subjetivas.
Todas elas vêm previstas no n.º 1 do artigo 9.º do Código. Vejamos cada uma dessas situações.
a) Isenções pessoais ou subjetivas:
– São beneficiários das isenções a importações definitivas de bens, as pessoas jurídicas singulares (cooperantes, emigrantes, antigos combatentes) ou coletivas (missões diplomáticas numa base de reciprocidade e as organizações internacionais de que a Guiné-Bissau é parte);
– São beneficiários das isenções a importações temporárias de bens, ainda que venham a ser
objeto de reparação ou benefício, as pessoas cuja atividade consista na reparação ou
beneficiação, desde que os bens em causa sejam reexportados no prazo e termos estabelecidos
na legislação aduaneira;
– São beneficiários das isenções a transmissões de bens, os estabelecimentos cuja atividade não
se reconduz a produção, nem a importação de bens.
b) Isenções reais ou objetivas:
– Estão isentos do IGV, as prestações de serviços e a produção de bens que não ultrapassem
anualmente um determinado valor (12 unidades de conta);
– Também, estão isentos do pagamento do IGV, as exportações de bens e serviços que são
realizados regularmente.
Ora, em jeito de observação, acontece que “não há atividades ditas regulares na economia guineense, salvo algumas exceções, pois a principal atividade económica está ligada à castanha de caju que, por conseguinte, é extremamente SAZONAL.
IV – Estrutura Fiscal guineense:
É essencial falar da estrutura fiscal, com o propósito de melhor entendermos o nível da
arrecadação das receitas fiscais na Guiné-Bissau.
Com a caraterização da estrutura fiscal
guineense pretende-se dar a conhecer a forma como se articulam entre si os diversos impostos
ao longo do período de contribuição, absoluta e relativa, de cada fonte de receita fiscal e, de
algum modo, evidenciar a preferência fiscal do país face aos outros países da UEMOA.
Esta relação positiva pode ficar a dever-se ao fato de variável representativa da participação
do setor agrícola no PIB servir para exprimir o efeito do rácio das exportações, uma vez que
a economia guineense é dominada pelo setor primário e está preenchido quase, exclusivamente, pela monocultura da castanha de caju, o principal produto de exportação.
De fato, a Guiné-Bissau depende quase apenas do setor agrícola e rural, quer pela sua
contribuição para a formação do PIB (50%), quer para arrecadação das receitas de exploração (93%), quer para o emprego (82%) e inclusivamente até para o orçamento geral de Estado.
V- Conclusões:
Ao longo desta análise sobre o aumento do IGV em pleno final do ano 2018, percebemos que a Guiné-Bissau é o país da UEMOA com a “taxa mais baixa de pressão fiscal”.
Salienta-se que há várias razões, entre as quais (históricas) ligadas à presença colonial,
são em parte a base de uma cultura de fuga aos impostos e à falta de autoridade do Estado, por parte da administração fiscal na exigência de apresentação das demonstrações financeiras, conforme consagrado no artigo 31.º do Código de IGV.
Significa, acima de tudo, que não existe uma “cultura voluntária” de pagamento dos impostos nem a capacidade e a eficiência dos serviços de cobranças de imposto em atingir todos os contribuintes, razões estas que influenciam negativamente as estatísticas no cálculo do nível de pressão fiscal face aos restantes países de UEMOA.
Em conformidade com antigo responsável máximo do DGCI, o aumento do IGV de 17% para 19% terá implicações diretas no CUSTO DE VIDA do cidadão guineense, na medida em que poderá contribuir para empobrecer, ainda mais, quem paga o IGV e, em consequência, os produtores e comerciantes ficarão retraídos nas suas operações comerciais, por que o aumento para 19% terá impacto no seu resultado final de negócio.
Outro exemplo, para quem toma dinheiro emprestado num banco comercial, a implicação desse aumento será, outrossim, imediata o que poderá condicionar o acesso ao crédito e a carteira de financiamento nos bancos comerciais poderão ser afetados, sem contar que o crédito malparado está situado em torno de 36%.
Ou seja, tudo indica que pode-se agravar a situação do financiamento à economia guineense…
Enfim, o efeito contágio desse aumento será enorme, sobretudo, por que estamos perante uma crise política, há mais de 3 anos, que, por si só, caso se mantiver, poderá dificultar o CONSUMO, quer das famílias, quer das empresas e, com efeito, poderá impactar no PIB neste final do último trimestre do ano e, muito provavelmente,continuará no primeiro trimestre do ano 2019.
Apenas uma opinião!
Por : Santos Fernandes
Bissau, 3/12/2018
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Referência:
“Imposto sobre o valor acrescentado para a Guiné-Bissau”, autor:
Denilaide Miguel Correia da Cunha,
Lisboa, Julho de 2016
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Coletivo dos partidos políticos legalmente constituídos na Guiné-Bissau Carta Aberta
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segunda-feira, dezembro 03, 2018
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Guiné-Bissau: Presidência terá pressionado ACTL a “apontar alegadas anomalias” no recenseamento eleitoral
A Presidência da República terá exercido uma “enorme pressão” junto dos responsáveis da Agência da Cooperação de Timor Leste (ACTL) na Guiné-Bissau, a fim que denunciassem alegadas irregularidades, ou “apontassem algumas anomalias”, no trabalho de recenseamento eleitoral em curso no país. A informação foi avançada a e-Global por diversas fontes diplomáticas em Bissau.
De acordo com as mesmas fontes, os responsáveis da ACTL não cederam às pressões de assinalarem anomalias, que supostamente possibilitariam sustentar a argumentação para uma eventual tomada de decisão do Presidente da República José Mário Vaz para demitir o Governo de Aristides Gomes.
“Este assunto já é do conhecimento da toda Comunidade Internacional sedeada em Bissau, particularmente o grupo P5, e continuamos acompanhar mais evoluções sobre o mesmo”, disseram as fontes.
A par da Comunidade Internacional, uma das nossas fontes informou igualmente que o Governo da Guiné-Bissau teve também conhecimento das mesmas informações, relativamente às pressões que a missão de Timor Leste terá sido alvo.
“A missão de Timor Leste encontra-se na Guiné-Bissau a pedido do Governo para ajudar neste processo tal como foi em 2014, portanto não se compreende os motivos destas pressões estranhas aos técnicos timorenses, que diariamente recebem telefonemas de altos funcionários da Presidência da República a pedir encontros isolados”, lamentou a fonte.
Esta é a segunda vez que Timor Leste apoia a Guiné-Bissau no processo de organização das suas eleições, a primeira ocorreu em 2014, quando o país contribuiu com meios financeiros, materiais e recursos humanos, particularmente no trabalho de recenseamento eleitoral.
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