O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouatttara, anunciou hoje uma amnistia para cerca de 800 presos políticos, entre as quais a ex-primeira-dama Simone Gbagbo, atualmente presa, e muitas outras figuras do anterior regime de Laurent Gbagbo, adiantou a AFP.
O objetivo é permitir a reconciliação nacional, acrescenta a AFP.
"Assinei hoje uma amnistia que vai beneficiar cerca de 800 concidadãos perseguidos ou condenados por infrações ligadas à crise pós-eleitoral de 2010 ou por infrações contra a segurança do Estado cometidas depois de 21 de maio de 2011" (data da tomada de poder efetiva de Ouattara), declarou o chefe de Estado costa-marfinense na televisão nacional na véspera do Dia da Independência.
De acordo com Ouattara, "cerca de 500 pessoas saíram já em liberdade provisória ou estão no exílio, e verão o seu registo criminal apagado", acrescentando que "será posto um fim às perseguições" contra eles.
"Acontecerá o mesmo aos restantes 300 detidos, que serão libertados brevemente", acrescentou o Presidente da Costa do Marfim, sem dar uma data precisa.
Simone Gbagbo cumpre atualmente uma pena de 20 anos de prisão por atentado contra a segurança do Estado".
Igualmente a cumprir penas de prisão estão o antigo ministro da Defesa Lida Kouassi, detido desde 2014 e condenado em 2018 a 15 anos de prisão por conspiração, e o antigo ministro da Construção, Assoa Adou, condenado em 2017 a quatro anos de prisão.
Laurent Gbagbo está desde 2011 em Haia, Holanda, no centro de detenção do Tribunal Penal Internacional, onde está a ser julgado desde 2016 por crimes contra a humanidade, referentes a factos ocorridos durante a crise de 2010-2011, da qual resultaram três mil mortos.
A questão da reconciliação nacional na Costa do Marfim tem sido encarada pelos observadores como um "ponto negro" no mandato de Alassane Ouattara.
Por LUSA
terça-feira, 7 de agosto de 2018
A imagem do dia - O preço deste carro de estado pode construir esta ponte.
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terça-feira, agosto 07, 2018
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segunda-feira, 6 de agosto de 2018
Zamora Induta defende redifinição da fronteira entre a Guiné-Bissau e o Senegal
Zamora Induta, antigo CEMFA da Guiné-Bissau (Arquivo)
Antigo Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas afirma ser uma questão prévia às negociações da zona conjunta
A Guiné-Bissau está a negociar com o Senegal um novo acordo sobre a exploração conjunta de petróleo, que, segundo o Executivo e observadores, constituiu um erro histórico há 25 anos quandoatribui 15 por centro dos lucros para Bissau e o restante para Dakar.
O Governo guineense defende um acordo que defenda os seus interesses, mas há quem pense que a questão é outro.
Entretanto, o antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, defende que a Guiné-Bissau deve chamar o Senegal à mesa das negociações para redefinir as fronteiras e, nesse caso, a zona conjunta deixará de existir.
O embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas que liderou a delegação guineense nas conversações em Dakar, Apolinário de Carvalho, considerou em conferência de imprensa em Bissau que elas"correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico", no acordo de 1993
O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha, sem no entanto, a revelar.
Entretanto, há outras posições, nomeadamente de sectores da defesa.
O antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, é de opinião que o Governo da Guiné-Bissau “tem condições geopolíticas para voltar a chamar o Senegal à mesa, mas para discutir a delimitação das fronteiras” e, sendo assim, não deverá haver zona conjunta.
“Uma questão prévia para falar da zona conjunta, se é que haverá necessidade para falar dela no futuro, é uma redefinição das nossas fronteiras marítimas”, defende Zamora Induta que diz não saber por que na altura não se teve em conta “a Convenção Montego Bay, de 1982, que define a divisão das fronteiras marítimas”
Apesar de tudo e por considerar que o Senegal está no seu direito de defender o que acha ser seu interesse, “e não o condeno por isso”, Zamora Induta apela à união do país para fazer frente a esta situação desde que sejam ultrapassadas as interferências que têm existido desde sempre.
“Não é de agora”, reitera o antigo chefe de Estado-Maior das Forças Amadas que adverte para as ameaças de “de golpe” que podem surgir devido à falta de definição das fronteiras, “uma situação nacional”.
A entrevista na integra com José Zamora Induta será tema da rubrica “Agenda Africana” na quarta-feira, 8, na VOA.
VOA
Antigo Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas afirma ser uma questão prévia às negociações da zona conjunta
A Guiné-Bissau está a negociar com o Senegal um novo acordo sobre a exploração conjunta de petróleo, que, segundo o Executivo e observadores, constituiu um erro histórico há 25 anos quandoatribui 15 por centro dos lucros para Bissau e o restante para Dakar.
O Governo guineense defende um acordo que defenda os seus interesses, mas há quem pense que a questão é outro.
Entretanto, o antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, defende que a Guiné-Bissau deve chamar o Senegal à mesa das negociações para redefinir as fronteiras e, nesse caso, a zona conjunta deixará de existir.
O embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas que liderou a delegação guineense nas conversações em Dakar, Apolinário de Carvalho, considerou em conferência de imprensa em Bissau que elas"correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico", no acordo de 1993
O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha, sem no entanto, a revelar.
Entretanto, há outras posições, nomeadamente de sectores da defesa.
O antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o almirante José Zamora Induta, é de opinião que o Governo da Guiné-Bissau “tem condições geopolíticas para voltar a chamar o Senegal à mesa, mas para discutir a delimitação das fronteiras” e, sendo assim, não deverá haver zona conjunta.
“Uma questão prévia para falar da zona conjunta, se é que haverá necessidade para falar dela no futuro, é uma redefinição das nossas fronteiras marítimas”, defende Zamora Induta que diz não saber por que na altura não se teve em conta “a Convenção Montego Bay, de 1982, que define a divisão das fronteiras marítimas”
Apesar de tudo e por considerar que o Senegal está no seu direito de defender o que acha ser seu interesse, “e não o condeno por isso”, Zamora Induta apela à união do país para fazer frente a esta situação desde que sejam ultrapassadas as interferências que têm existido desde sempre.
“Não é de agora”, reitera o antigo chefe de Estado-Maior das Forças Amadas que adverte para as ameaças de “de golpe” que podem surgir devido à falta de definição das fronteiras, “uma situação nacional”.
A entrevista na integra com José Zamora Induta será tema da rubrica “Agenda Africana” na quarta-feira, 8, na VOA.
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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FELECIMENTO DE UM ESTUDANTE GUINEENSE EM DAKAR
Um estudante guineense faleceu ontém dia 5 de Agosto, em Dakar, capital de Senegal. De acordo com as informações que a "Bissau On-line teve acesso, o estudante conheco com o nome de "Djimis Sami" perdeu a vida na praia, em que tinha ido para se banhar, devido o alto grau de calor que se regista actualmente em Dakar.
Sami já se encontrava no primeiro ano de formação, na universidade HECM de Dakar.
#Acompanhe mais detalhes aqui no Portal Bissau On-line
Bissau On-line
Sami já se encontrava no primeiro ano de formação, na universidade HECM de Dakar.
#Acompanhe mais detalhes aqui no Portal Bissau On-line
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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Caracóis podem conter parasita que mata o ser humano
Os caracóis podem conter um parasita que é fatal para o ser humano. Com o nome “Angiostrongylus Cantonensis”, vive nos pulmões dos ratos, segundo um estudo publicado no The American Journal of Troupical Medicine and Hygiene.
De acordo com o estudo, este parasita ingerido por seres humanos através de caracóis ou caranguejos pode levar à morte.
Em todo o mundo, há cerca de três mil registos de contaminação, mas não há casos encontrados em Portugal.
Quando é ingerido, o parasita pode infetar o sistema nervoso central e provocar inflamação no cérebro e paralisia.
Este artigo foi publicado originalmente no Jornal de Notícias
informamais.pt
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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Greve: SINDICATO ACUSA GOVERNO DE “AMEDRONTAR” TRABALHADORES DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS DE INFORMAÇÃO
O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau (SINJOTECS) acusa o governo de estar a “amedrontar” trabalhadores dos órgãos da comunicação social públicos que se encontram de greve.
Acusação vem expressa em comunicado distribuído à imprensa em que o sindicato diz que o governo em vez de encontrar solução para os problemas levantados, “através do Ministério da Comunicação Social em conluio com a Direção de órgãos”, têm assumido atitudes que visam “amedrontar” os trabalhadores a desistirem das “suas justas reivindicações”.
O SINJOTECS fundamente no comunciado que “essas atitudes de amedrontar” consubstanciam-se na colocação de agentes de Polícia no Centro emissor de Nhacra, a trinta quilometro de Bissau, recusa em negociar serviços mínimos, no amedrontamento a alguns colaboradores e a exigência da entrega de gabinete onde funcionava a direção do sindicato de base da Rádio Difusão Nacional (RDN).
Os sindicatos iniciaram hoje, 06 de agosto 2018, a nova paralisação que deve durar cinco dias. Os sindicatos querem desta vez que o patronato cumpra todos os compromissos assumidos e que estiveram na origem das paralisações.
SNJOTECS qualifica de “falta de interesse” do governo em honrar as suas promessas, por isso apela aos titulares dos órgãos de soberania, nomeadamente ao Presidente da República e o presidente da ANP a advertirem o Governo no sentido de assumir às suas responsabilidades.
Apela igualmente aos trabalhadores dos órgãos públicos de informação, nomeadamente a Televião da Guiné-Bissau (TGB), a Rádio Difusão Nacional (RDN), o Jornal Nô Pintcha e a Agência Nacional da Guiné de Informação (ANG), a manterem-se fiéis aos sindicatos de base e lutar com a determinação pelos seus direitos.
Em relação à Sociedade Civil, o SINJOTECS pede que acompanhe as reivindicações dos órgãos públicos com vista a evitar situações capazes de ter contornos graves no futuro, tendo ameaçado boicotar todas a s atividades de comunicação ligadas ao processo de eleições, caso o governo persistir com o comportamento que tem assumido até agora.
Ao mesmo tempo diz que se reserva ao direito de denunciar junto dos parceiros internacionais “as manobras maquiavélicas” do patronato que visam fragilizar a atividade sindical e violar ”gravemente” os direitos dos trabalhadores.
Por: Redação
odemocratagb
Acusação vem expressa em comunicado distribuído à imprensa em que o sindicato diz que o governo em vez de encontrar solução para os problemas levantados, “através do Ministério da Comunicação Social em conluio com a Direção de órgãos”, têm assumido atitudes que visam “amedrontar” os trabalhadores a desistirem das “suas justas reivindicações”.
O SINJOTECS fundamente no comunciado que “essas atitudes de amedrontar” consubstanciam-se na colocação de agentes de Polícia no Centro emissor de Nhacra, a trinta quilometro de Bissau, recusa em negociar serviços mínimos, no amedrontamento a alguns colaboradores e a exigência da entrega de gabinete onde funcionava a direção do sindicato de base da Rádio Difusão Nacional (RDN).
Os sindicatos iniciaram hoje, 06 de agosto 2018, a nova paralisação que deve durar cinco dias. Os sindicatos querem desta vez que o patronato cumpra todos os compromissos assumidos e que estiveram na origem das paralisações.
SNJOTECS qualifica de “falta de interesse” do governo em honrar as suas promessas, por isso apela aos titulares dos órgãos de soberania, nomeadamente ao Presidente da República e o presidente da ANP a advertirem o Governo no sentido de assumir às suas responsabilidades.
Apela igualmente aos trabalhadores dos órgãos públicos de informação, nomeadamente a Televião da Guiné-Bissau (TGB), a Rádio Difusão Nacional (RDN), o Jornal Nô Pintcha e a Agência Nacional da Guiné de Informação (ANG), a manterem-se fiéis aos sindicatos de base e lutar com a determinação pelos seus direitos.
Em relação à Sociedade Civil, o SINJOTECS pede que acompanhe as reivindicações dos órgãos públicos com vista a evitar situações capazes de ter contornos graves no futuro, tendo ameaçado boicotar todas a s atividades de comunicação ligadas ao processo de eleições, caso o governo persistir com o comportamento que tem assumido até agora.
Ao mesmo tempo diz que se reserva ao direito de denunciar junto dos parceiros internacionais “as manobras maquiavélicas” do patronato que visam fragilizar a atividade sindical e violar ”gravemente” os direitos dos trabalhadores.
Por: Redação
odemocratagb
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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LIDER DA UNIAO PARA MUDANÇA ADMITE COLIGAÇAO NAS LEGISLATIVAS
O presidente da União para Mudança (UM) da Guiné-Bissau, revelou este domingo (05.08), que o partido que dirige está a ponderar coligar com outras forças políticas nas próximas eleições legislativas marcadas para o mês de Novembro do ano em curso no país.
Ângelo Regalla, abriu esta possibilidade no final do IV Congresso Ordinário da UM, onde foi reeleito líder do partido para um mandato de quatro anos, com 1.119 votos, num universo de 1.121 delegados presente no Congresso, sob lema: “Por uma Guiné-Bissau positiva”.
Aos jornalistas, Regalla garante que a UM vai preparar condições para que o partido possa participar de forma condigna e efectiva no escrutínio de 18 de Novembro do ano curso no país.
“O partido tem pouco tempo, mas vamos criar as condições para podermos participar nas eleições legislativas de 18 de Novembro de 2018. Este é objectivo essencial que nós temos, que temos por periodizar, portanto temos pouco tempo para restaurar as nossas bases e para estabelecer uma estratégia de campanha. Neste sentido a União para Mudança pondera ir na quadra da aliança com outras forças politicas com quem comunga os mesmos ideias no ato eleitoral”, explicou Regalla.
De acordo com Regalla, esta aliança vai permitir criar condições num futuro próximo após eleições legislativas para que possa haver estabilidade, paz e o desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau.
O líder da UM, entende que é fundamental trabalhar no sentido evitar a crise política dos últimos três anos, que envolveu o Chefe de Estado, José Mário Vaz, o partido vencedor das eleições legislativas, o Partido da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e os demais atores políticos guineenses.
“Porque nós pensamos que não pode acontecer mais aquilo que aconteceu nesta legislatura, não podemos continuar a perder mais tempo, perdemos três anos, perdemos tudo aquilo que tínhamos conseguimos na mesa redonda de Bruxelas, perdermos toda a credibilidade que o país vinha ganhando, com estabilidade que havia sido alcançado após eleições de 2014, por isso, não podemos mais perder mais tempo com esta situação”, sublinhou Regalla.
A ocasião serviu para o presente da UM, saudar a intermediação da CEDEAO, em particular, os presidentes Alpha Condé da Guiné-Conacri, Ernest Bai Koroma da Serra Leoa e Faure Gnassingbé do Togo, pelos seus valiosos contributos na busca de uma solução para a saída da crise politica na Guiné-Bissau.
De referir que na disputa a liderança do partido estavam três candidatos (Agnelo Regalla, Sene Djassi e Roquiato Indjai), mas antes da votação os dois acabaram por apoiar o presidente reeleito do partido.
O Congresso que decorreu durante dois em Bissau, concretamente nas instalações do polivalente da escola superior da educação e dos desportos (ENEFD), foi antecedida pela primeira Convenção da Juventude do partido (JUM), onde Mustafa Fati foi eleito secretário-geral do órgão juvenil da UM.
O presidente do partido revela que um dos seus grandes objetivos para os próximos tempos é criar uma juventude forte, unida, coesa e capaz de agir na política com maior elevação, com participação das mulheres e jovens.
Por: Alison Cabral
Foto: AC
radiojovem.info
Ângelo Regalla, abriu esta possibilidade no final do IV Congresso Ordinário da UM, onde foi reeleito líder do partido para um mandato de quatro anos, com 1.119 votos, num universo de 1.121 delegados presente no Congresso, sob lema: “Por uma Guiné-Bissau positiva”.
Aos jornalistas, Regalla garante que a UM vai preparar condições para que o partido possa participar de forma condigna e efectiva no escrutínio de 18 de Novembro do ano curso no país.
“O partido tem pouco tempo, mas vamos criar as condições para podermos participar nas eleições legislativas de 18 de Novembro de 2018. Este é objectivo essencial que nós temos, que temos por periodizar, portanto temos pouco tempo para restaurar as nossas bases e para estabelecer uma estratégia de campanha. Neste sentido a União para Mudança pondera ir na quadra da aliança com outras forças politicas com quem comunga os mesmos ideias no ato eleitoral”, explicou Regalla.
De acordo com Regalla, esta aliança vai permitir criar condições num futuro próximo após eleições legislativas para que possa haver estabilidade, paz e o desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau.
O líder da UM, entende que é fundamental trabalhar no sentido evitar a crise política dos últimos três anos, que envolveu o Chefe de Estado, José Mário Vaz, o partido vencedor das eleições legislativas, o Partido da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e os demais atores políticos guineenses.
“Porque nós pensamos que não pode acontecer mais aquilo que aconteceu nesta legislatura, não podemos continuar a perder mais tempo, perdemos três anos, perdemos tudo aquilo que tínhamos conseguimos na mesa redonda de Bruxelas, perdermos toda a credibilidade que o país vinha ganhando, com estabilidade que havia sido alcançado após eleições de 2014, por isso, não podemos mais perder mais tempo com esta situação”, sublinhou Regalla.
A ocasião serviu para o presente da UM, saudar a intermediação da CEDEAO, em particular, os presidentes Alpha Condé da Guiné-Conacri, Ernest Bai Koroma da Serra Leoa e Faure Gnassingbé do Togo, pelos seus valiosos contributos na busca de uma solução para a saída da crise politica na Guiné-Bissau.
De referir que na disputa a liderança do partido estavam três candidatos (Agnelo Regalla, Sene Djassi e Roquiato Indjai), mas antes da votação os dois acabaram por apoiar o presidente reeleito do partido.
O Congresso que decorreu durante dois em Bissau, concretamente nas instalações do polivalente da escola superior da educação e dos desportos (ENEFD), foi antecedida pela primeira Convenção da Juventude do partido (JUM), onde Mustafa Fati foi eleito secretário-geral do órgão juvenil da UM.
O presidente do partido revela que um dos seus grandes objetivos para os próximos tempos é criar uma juventude forte, unida, coesa e capaz de agir na política com maior elevação, com participação das mulheres e jovens.
Por: Alison Cabral
Foto: AC
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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Rádio, televisão e agência noticiosa da Guiné-Bissau em greve de cinco dias
Os funcionários da rádio, televisão e agência noticiosa da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma greve de cinco dias para reclamarem o pagamento de salários e melhorias de condições de trabalho, disse à Lusa o sindicalista Cussa Cissé.
O sindicalista adiantou que a greve serve para reivindicar do Governo o cumprimento de um acordo assinado há mais de um ano e que possibilitou, na altura, o levantamento de uma paralisação laboral.
Dos 17 pontos do acordo de então, Cussa Cissé destaca o pagamento de uma dívida com os funcionários da rádio, televisão, agência e jornal Nô Pintcha, que ronda os 150 mil euros, a efetivação de "dezenas de estagiários" nos quatro órgãos públicos e ainda a melhoria de condições de trabalho.
Cussa Cissé, que é também presidente do comité sindical na Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau (RDN) denunciou uma alegada exigência do Governo em mandar retomar o funcionamento da rádio com o recurso aos estagiários, disse.
"É uma exigência ilegal que não podemos admitir", declarou Cissé, que acusou o Governo de falta de diálogo, referindo que os sindicatos vão entregar, na quarta-feira, um novo pré-aviso para uma greve de dez dias.
Cussa Cissé acusou também o Governo de ter colocado polícias no centro emissor de Nhacra, local onde se encontram, além de emissores da rádio e televisão da Guiné-Bissau, os equipamentos da RDP, RTP e Rádio França Internacional (RFI).
Por terem aderido à greve, os funcionários do centro emissor de Nhacra tinham ordens do sindicato para desligar os equipamentos dos três órgãos internacionais - desta forma dar maior impacto à reivindicação, mas a polícia não os deixou sequer chegar perto dos emissores, indicou Cissé.
A greve hoje iniciada nos quatro órgãos de comunicação social públicos é a quarta nos últimos dois meses.
Foto: Braima Darame
dn.pt/lusa
O sindicalista adiantou que a greve serve para reivindicar do Governo o cumprimento de um acordo assinado há mais de um ano e que possibilitou, na altura, o levantamento de uma paralisação laboral.
Dos 17 pontos do acordo de então, Cussa Cissé destaca o pagamento de uma dívida com os funcionários da rádio, televisão, agência e jornal Nô Pintcha, que ronda os 150 mil euros, a efetivação de "dezenas de estagiários" nos quatro órgãos públicos e ainda a melhoria de condições de trabalho.
Cussa Cissé, que é também presidente do comité sindical na Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau (RDN) denunciou uma alegada exigência do Governo em mandar retomar o funcionamento da rádio com o recurso aos estagiários, disse.
"É uma exigência ilegal que não podemos admitir", declarou Cissé, que acusou o Governo de falta de diálogo, referindo que os sindicatos vão entregar, na quarta-feira, um novo pré-aviso para uma greve de dez dias.
Cussa Cissé acusou também o Governo de ter colocado polícias no centro emissor de Nhacra, local onde se encontram, além de emissores da rádio e televisão da Guiné-Bissau, os equipamentos da RDP, RTP e Rádio França Internacional (RFI).
Por terem aderido à greve, os funcionários do centro emissor de Nhacra tinham ordens do sindicato para desligar os equipamentos dos três órgãos internacionais - desta forma dar maior impacto à reivindicação, mas a polícia não os deixou sequer chegar perto dos emissores, indicou Cissé.
A greve hoje iniciada nos quatro órgãos de comunicação social públicos é a quarta nos últimos dois meses.
Foto: Braima Darame
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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Guiné-Bissau procura "corrigir erro histórico" na partilha de petróleo com Senegal - Governo
A Guiné-Bissau está a negociar com o Senegal um novo acordo sobre a exploração conjunta de petróleo e considera que é determinante "corrigir um erro histórico", que prevê 15% dos lucros para o país lusófono.
As delegações dos dois países estão a discutir, desde 2014, um novo acordo de partilha dos recursos (petróleo, gás e pescado) e, durante os dias 01,02 e 03 de agosto, encontraram-se nos três primeiros dias de agosto, em Dacar, Senegal, numa terceira ronda negocial, em que a parte guineense apresentou um conjunto de propostas.
Apolinário de Carvalho, atual embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas e quadro sénior do Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderou a delegação guineense, composta por elementos de várias instituições.
Em conferência de imprensa hoje, o diplomata afirmou que as conversações de Dacar "correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico" que foi a partilha feita em 1993 que determinou que o Senegal ficará com 85% do lucro de hidrocarbonetos (petróleo e gás) e a Guiné-Bissau com 15% em caso de uma descoberta daqueles recursos.
"Queremos um novo acordo que reflita os interesses dos dois países", disse Apolinário de Carvalho, salientando que a Guiné-Bissau "está hoje mais bem preparada" para defender o seu ponto de vista de que no passado.
O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha.
Fontes ligadas ao processo negocial indicaram à Lusa que a Guiné-Bissau, entre vários cenários que apresentou ao Senegal, reclama ficar com 85% de hidrocarbonetos ou 50-50, como acontece com os recursos pesqueiros.
Confrontado com aqueles dados, Apolinário de Carvalho disse ser tudo possível desde que o novo acordo não se mantenha igual ao atual.
Questionado sobre a posição de elementos da sociedade civil guineense, segundo a qual a Guiné-Bissau devia exigir a redefinição das fronteiras marítima e terrestre com o Senegal, Apolinário de Carvalho observou que a comissão a que preside não tem mandato sobre esse assunto, mas está aberta para receber contribuições de pessoas ou entidades versadas na matéria.
Nos próximos dias 27,28 e 29 deste mês, as duas partes vão encontrar-se em Bissau, para, disse o chefe da delegação guineense, concluir o projeto de revisão do novo acordo que será, posteriormente, assinado pelos líderes dos dois Estados.
Antes da nova ronda negocial, as delegações de cada país procurarão obter "mandatos concretos" sobre o teor do novo acordo, precisou Apolinário de Carvalho.
A zona em questão comporta cerca de 25 mil quilómetros quadrados da plataforma continental e é gerida por uma agência de gestão e cooperação, baseada em Dacar, atualmente presidida pelo antigo primeiro-ministro guineense, Artur Silva.
A ZEC é considerada rica em recursos haliêuticos, cuja exploração determina 50% para cada um dos Estados e ainda hidrocarbonetos (petróleo e gás), mas ainda em fase de prospeção.
A Guiné-Bissau dispensou 46% do seu território marítimo para constituir a ZEC e o Senegal 54%.
Especialistas em petróleo acreditam que a zona, constituída por águas rasas, profundas e muito profundas "é particularmente atrativa" em hidrocarbonetos.
MB // VM
Lusa/Fim
As delegações dos dois países estão a discutir, desde 2014, um novo acordo de partilha dos recursos (petróleo, gás e pescado) e, durante os dias 01,02 e 03 de agosto, encontraram-se nos três primeiros dias de agosto, em Dacar, Senegal, numa terceira ronda negocial, em que a parte guineense apresentou um conjunto de propostas.
Apolinário de Carvalho, atual embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas e quadro sénior do Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderou a delegação guineense, composta por elementos de várias instituições.
Em conferência de imprensa hoje, o diplomata afirmou que as conversações de Dacar "correram bem" e que a parte guineense "fez ver à parte senegalesa que é preciso corrigir um erro histórico" que foi a partilha feita em 1993 que determinou que o Senegal ficará com 85% do lucro de hidrocarbonetos (petróleo e gás) e a Guiné-Bissau com 15% em caso de uma descoberta daqueles recursos.
"Queremos um novo acordo que reflita os interesses dos dois países", disse Apolinário de Carvalho, salientando que a Guiné-Bissau "está hoje mais bem preparada" para defender o seu ponto de vista de que no passado.
O responsável adiantou que o país tem hoje uma estratégia nacional que assenta na exigência de uma nova partilha.
Fontes ligadas ao processo negocial indicaram à Lusa que a Guiné-Bissau, entre vários cenários que apresentou ao Senegal, reclama ficar com 85% de hidrocarbonetos ou 50-50, como acontece com os recursos pesqueiros.
Confrontado com aqueles dados, Apolinário de Carvalho disse ser tudo possível desde que o novo acordo não se mantenha igual ao atual.
Questionado sobre a posição de elementos da sociedade civil guineense, segundo a qual a Guiné-Bissau devia exigir a redefinição das fronteiras marítima e terrestre com o Senegal, Apolinário de Carvalho observou que a comissão a que preside não tem mandato sobre esse assunto, mas está aberta para receber contribuições de pessoas ou entidades versadas na matéria.
Nos próximos dias 27,28 e 29 deste mês, as duas partes vão encontrar-se em Bissau, para, disse o chefe da delegação guineense, concluir o projeto de revisão do novo acordo que será, posteriormente, assinado pelos líderes dos dois Estados.
Antes da nova ronda negocial, as delegações de cada país procurarão obter "mandatos concretos" sobre o teor do novo acordo, precisou Apolinário de Carvalho.
A zona em questão comporta cerca de 25 mil quilómetros quadrados da plataforma continental e é gerida por uma agência de gestão e cooperação, baseada em Dacar, atualmente presidida pelo antigo primeiro-ministro guineense, Artur Silva.
A ZEC é considerada rica em recursos haliêuticos, cuja exploração determina 50% para cada um dos Estados e ainda hidrocarbonetos (petróleo e gás), mas ainda em fase de prospeção.
A Guiné-Bissau dispensou 46% do seu território marítimo para constituir a ZEC e o Senegal 54%.
Especialistas em petróleo acreditam que a zona, constituída por águas rasas, profundas e muito profundas "é particularmente atrativa" em hidrocarbonetos.
MB // VM
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Encontro de Gestores de Média
Hoje os gestores das empresas de comunicação social da Guiné-Bissau começaram um encontro de dois dias para analisar os desafios que as suas empresas enfrentam e procurar solucoes para a sustentabilidade economica do sector e reforco da sua independencia, essencial para a paz e estabilidade. Leitores, anunciantes e ex-gestores tambem partilharam a sua experiência.
Esta é uma actividade do projecto de apoio aos Média, coordenado pelo UNIOGBIS e financiado pelo Fundo das Nacoes Unidas para a Consolidacao da paz
ONU na Guiné-Bissau
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Saúde - Empresário alemão doa conjuntos de aparelhos de controlo de hipertensão ao Hospital de Mansoa
Bissau, 06 Ago 18 (ANG) - O Hospital regional de Mansoa beneficiou este fim-de-semana de conjuntos dos aparelhos de controlo de hipertensão por parte de um empresário alemão residente naquela cidade nortenha.
De acordo com a Rádio “Sol Mansi” após o acto da oferta dos materiais, a esposa do referido empresário Martina Mendes disse que a ideia de fazer oferta ao Hospital de Mansoa surgiu após uma visita que efectuou com o marido ao mesmo centro de Saúde.
‘Um dia qualquer eu e o meu marido fizemos uma visita a este hospital e verificamos que realmente deparava com falta de materiais para garantir um funcionamento de qualidade, assim sendo pensamos em fazer o que está no nosso alcance com o objectivo de minimizar as dificuldades”, explicou Martina Mandes.
Sublinhou que já tinham oferecido uma ambulância ao Hopital de Mansoa e que pretendem continuar com as ofertas de forma a permitir com que aquele centro sanitário possa ter mais condições de funcionamento, tendo aconselhado a direcção do hospital em cuidar com os aparelhos para que no futuro possam ter mais vontade em ajudar.
Por sua vez, o director do hospital de Mansoa, Alfadjo Gomes Bianca agradeceu o gesto e prometeu cuidar dos materiais de modo a beneficiar a população daquela zona do país.
Acrescentou que o hospital realmente carece de falta de meios e que os materiais doados vão lhes ajudar bastante em fazer os seus trabalhos.
ANG/AALS/ÂC
De acordo com a Rádio “Sol Mansi” após o acto da oferta dos materiais, a esposa do referido empresário Martina Mendes disse que a ideia de fazer oferta ao Hospital de Mansoa surgiu após uma visita que efectuou com o marido ao mesmo centro de Saúde.
‘Um dia qualquer eu e o meu marido fizemos uma visita a este hospital e verificamos que realmente deparava com falta de materiais para garantir um funcionamento de qualidade, assim sendo pensamos em fazer o que está no nosso alcance com o objectivo de minimizar as dificuldades”, explicou Martina Mandes.
Sublinhou que já tinham oferecido uma ambulância ao Hopital de Mansoa e que pretendem continuar com as ofertas de forma a permitir com que aquele centro sanitário possa ter mais condições de funcionamento, tendo aconselhado a direcção do hospital em cuidar com os aparelhos para que no futuro possam ter mais vontade em ajudar.
Por sua vez, o director do hospital de Mansoa, Alfadjo Gomes Bianca agradeceu o gesto e prometeu cuidar dos materiais de modo a beneficiar a população daquela zona do país.
Acrescentou que o hospital realmente carece de falta de meios e que os materiais doados vão lhes ajudar bastante em fazer os seus trabalhos.
ANG/AALS/ÂC
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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Guiné-Bissau: Cidadãos na diáspora confiantes na mudança após eleições
Guineenses em Portugal acreditam que as legislativas terão lugar na data prevista, 18 de novembro. Mas o líder do Movimento Guineense para o Desenvolvimento diz que não estão reunidas condições para cumprir o prazo.
Celeste Sanhá, imigrante guineense em Portugal, tem grandes expectativas para as legislativas de novembro .
"Acho que vai ser diferente. Com a ajuda da comunidade internacional, espero que sim". Celeste Sanca Sanhá vive há 13 anos em Portugal, muito por causa das crises políticas na Guiné-Bissau. Olha para as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro na sua terra natal com uma "expectativa de mudança, para que os guineenses abram os olhos, para saberem diferenciar as coisas".
"Já fomos muitos enganados e eu acho que desta vez vai mudar muita coisa", diz Celeste, que não é a única a acreditar que, apesar das dificuldades no processo eleitoral, a votação terá lugar na data prevista.
Mama Embaló, há 30 anos em Portugal, também está confiante quanto à realização das eleições a 18 de novembro: "Espero que seja assim mesmo, porque o nosso Presidente e o primeiro-ministro já deram esse aviso, de forma vincada, de que as eleições vão ser mesmo no dia 18 de novembro. E eu penso que é a única data para os guineenses irem às urnas".
Mama Embaló espera também mudança. Acredita que o país viverá dias melhores, longe dos tempos de crise política. Nesta votação, acrescenta, os políticos devem dar provas de maturidade e honestidade em benefício do povo guineense e "o povo deve saber fazer uma boa escolha".
"Não vamos apostar naqueles que já têm mãos sujas. Espero que as eleições sejam bem feitas e transparentes", diz Mama Embaló.
Baba Kanuté, que foi cantor da lendária Orquestra Super Mama Djombo, está igualmente expectante, mas vê o cenário eleitoral com prudência. "Marcaram essa data, ela é bem-vinda para nós, porque, se não houver eleições na Guiné-Bissau nessa altura, será uma confusão outra vez", considera.
Ainda assim, admite ter algum receio, já que "pode aparecer outra surpresa que ninguém espera”. "Ninguém deseja isso para nós”, sublinha. "Seja quem for que ganhe democraticamente, o povo vai seguir com ele, porque a Guiné-Bissau sofreu muito. Não queremos sofrer mais".
Camila Dabó, há cerca de 17 anos em Portugal, espera por eleições modernas e que não volte a acontecer o que aconteceu no passado na Guiné-Bissau: "Que seja diferente e que esses novos partidos saibam ouvir os jovens também. Não é só dizer que os jovens são o futuro e não ouvi-los".
Visão mais pessimista
A maior preocupação dos guineenses deveria ser a de saber se a Guiné-Bissau está, de facto, em condições de realizar as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro deste ano. Foi o que defendeu Umaro Djau, líder da nova formação política Movimento Guineense para o Desenvolvimento (MGD), na sua curta passagem por Lisboa, esta semana. O jornalista que trabalha para a cadeia de televisão norte-americana CNN reuniu-se na sexta-feira (03.08), na Damaia, Reboleira, com um grupo de guineenses na diáspora.
Há garantias de apoio financeiro por parte da comunidade internacional, nomeadamente da União Europeia e da CEDEAO, para a realização de eleições, reconhece Umaro Djau. Ainda assim, diz o líder do MGD, não estão reunidas as condições para que seja cumprido o prazo. "As autoridades nacionais, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições e o Gabinete de Apoio às Eleições, estão a fazer tudo para que as eleições sejam realizadas na data marcada", sublinha. No entanto, acrescenta, "para que isto aconteça, é preciso que, de facto, haja um recenseamento".
O país, diz Umaro Djau, está agora "a discutir que forma de recenseamento poderá haver: um recenseamento de raiz ou um recenseamento seletivo". Por isso, afirma, "a questão de apoios [financeiros] não se coloca agora".
"A questão essencial é o timing, se há, de facto, tempo suficiente para que todos estes parâmetros e prazos sejam cumpridos legalmente e para que as eleições tenham lugar na data marcada de 18 de novembro", conclui.
Djau considera que a diáspora está sempre pronta para participar e abraçar o novo processo eleitoral na Guiné-Bissau, "até porque", acrescenta, "está mais preparada pelo acesso à educação, às novas tecnologias e à informação e sua partilha através das redes sociais".
O líder do movimento esteve recentemente em contacto com a população na Guiné-Bissau e percebeu que os guineenses já abriram os olhos. "Agora, mais do que nunca, estão atentos ao desenrolar da situação política e económica do país". Os exemplos dos últimos 44 anos, alerta, demonstram um falhanço total na governação e na liderança do país. Por isso, acredita "que os guineenses estão mais mobilizados e mais conscientes sobre os caminhos a seguir no próximo processo eleitoral".
DW
Celeste Sanhá, imigrante guineense em Portugal, tem grandes expectativas para as legislativas de novembro .
"Acho que vai ser diferente. Com a ajuda da comunidade internacional, espero que sim". Celeste Sanca Sanhá vive há 13 anos em Portugal, muito por causa das crises políticas na Guiné-Bissau. Olha para as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro na sua terra natal com uma "expectativa de mudança, para que os guineenses abram os olhos, para saberem diferenciar as coisas".
"Já fomos muitos enganados e eu acho que desta vez vai mudar muita coisa", diz Celeste, que não é a única a acreditar que, apesar das dificuldades no processo eleitoral, a votação terá lugar na data prevista.
Mama Embaló, há 30 anos em Portugal, também está confiante quanto à realização das eleições a 18 de novembro: "Espero que seja assim mesmo, porque o nosso Presidente e o primeiro-ministro já deram esse aviso, de forma vincada, de que as eleições vão ser mesmo no dia 18 de novembro. E eu penso que é a única data para os guineenses irem às urnas".
Mama Embaló espera também mudança. Acredita que o país viverá dias melhores, longe dos tempos de crise política. Nesta votação, acrescenta, os políticos devem dar provas de maturidade e honestidade em benefício do povo guineense e "o povo deve saber fazer uma boa escolha".
Baba Kanuté |
Baba Kanuté, que foi cantor da lendária Orquestra Super Mama Djombo, está igualmente expectante, mas vê o cenário eleitoral com prudência. "Marcaram essa data, ela é bem-vinda para nós, porque, se não houver eleições na Guiné-Bissau nessa altura, será uma confusão outra vez", considera.
Ainda assim, admite ter algum receio, já que "pode aparecer outra surpresa que ninguém espera”. "Ninguém deseja isso para nós”, sublinha. "Seja quem for que ganhe democraticamente, o povo vai seguir com ele, porque a Guiné-Bissau sofreu muito. Não queremos sofrer mais".
Camila Dabó, há cerca de 17 anos em Portugal, espera por eleições modernas e que não volte a acontecer o que aconteceu no passado na Guiné-Bissau: "Que seja diferente e que esses novos partidos saibam ouvir os jovens também. Não é só dizer que os jovens são o futuro e não ouvi-los".
Visão mais pessimista
A maior preocupação dos guineenses deveria ser a de saber se a Guiné-Bissau está, de facto, em condições de realizar as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro deste ano. Foi o que defendeu Umaro Djau, líder da nova formação política Movimento Guineense para o Desenvolvimento (MGD), na sua curta passagem por Lisboa, esta semana. O jornalista que trabalha para a cadeia de televisão norte-americana CNN reuniu-se na sexta-feira (03.08), na Damaia, Reboleira, com um grupo de guineenses na diáspora.
Há garantias de apoio financeiro por parte da comunidade internacional, nomeadamente da União Europeia e da CEDEAO, para a realização de eleições, reconhece Umaro Djau. Ainda assim, diz o líder do MGD, não estão reunidas as condições para que seja cumprido o prazo. "As autoridades nacionais, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições e o Gabinete de Apoio às Eleições, estão a fazer tudo para que as eleições sejam realizadas na data marcada", sublinha. No entanto, acrescenta, "para que isto aconteça, é preciso que, de facto, haja um recenseamento".
Umaro Djau, líder do MGD |
"A questão essencial é o timing, se há, de facto, tempo suficiente para que todos estes parâmetros e prazos sejam cumpridos legalmente e para que as eleições tenham lugar na data marcada de 18 de novembro", conclui.
Djau considera que a diáspora está sempre pronta para participar e abraçar o novo processo eleitoral na Guiné-Bissau, "até porque", acrescenta, "está mais preparada pelo acesso à educação, às novas tecnologias e à informação e sua partilha através das redes sociais".
O líder do movimento esteve recentemente em contacto com a população na Guiné-Bissau e percebeu que os guineenses já abriram os olhos. "Agora, mais do que nunca, estão atentos ao desenrolar da situação política e económica do país". Os exemplos dos últimos 44 anos, alerta, demonstram um falhanço total na governação e na liderança do país. Por isso, acredita "que os guineenses estão mais mobilizados e mais conscientes sobre os caminhos a seguir no próximo processo eleitoral".
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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Primeiro-ministro promete combater a corrupção na Função Pública
Bissau 06 Ago. 18 (ANG) – O primeiro-ministro pediu a colaboração dos sindicatos na luta contra os males que enfrentam a Função Pública guineense, nomeadamente a corrupção e o absentismo.
Aristides Gomes que discursava por ocasião da celebração do 59 anos do Massacre de Pindjiquite, no passado dia 3 de Agosto, reafirmou que doravante vi assumir as negociações entre o Governo e as Centrais Sindicais, salientando que será chefe da fila na luta contra os erros que enfrentam a administração pública do país, sem contudo dispensar colaboração dos sindicatos.
“A corrupção é inimiga da economia e o seu combate requer a comunhão de esforços na implementação de medidas de fundos para a moralização do Estado, porque a hora é de aumentar a produtividade, combater o absentismo e a corrupção “,disse.
Gomes frisou que o consenso alcançado e que vai permitir a aplicação de ajuste salarial e consequentemente a fixação do salário mínimo em 50 mil francos CFA, mostra que a relação Governo/Sindicatos não se traduz numa relação de adversários, mas sim de parceria e diálogo franco e sincero que deve ser consubstanciada no rigor e na disciplina para permitir melhorar sanidade financeira na administração Pública e garantir a sustentabilidade do ajuste ora acordado.
“Como é do conhecimento público este Governo tem como missão principal a realização das eleições legislativas de 18 de Novembro do ano em curso, ainda assim elegemos como uma das prioridades a melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Nesta óptica o Governo respeita e reconhece as reivindicações sindicais privilegiando o diálogo como a primeira arma para encontrar soluções duradouras aos problemas que o país enfrenta”, frisou o Chefe do Governo.
Aristides Gomes voltou a afirmar na sua mensagem aos trabalhadores guineenses por ocasião do seu dia que este Governo não é a favor das greves, embora aos trabalhadores reconheça este direito, salientando que as paralisações têm as suas consequências sobre a sociedade e a economia, sobretudo num país, como a Guiné-Bissau, com fragilidades sociais e com problemas estruturantes por solucionar.
ANG/MSC/ÂC
Aristides Gomes que discursava por ocasião da celebração do 59 anos do Massacre de Pindjiquite, no passado dia 3 de Agosto, reafirmou que doravante vi assumir as negociações entre o Governo e as Centrais Sindicais, salientando que será chefe da fila na luta contra os erros que enfrentam a administração pública do país, sem contudo dispensar colaboração dos sindicatos.
“A corrupção é inimiga da economia e o seu combate requer a comunhão de esforços na implementação de medidas de fundos para a moralização do Estado, porque a hora é de aumentar a produtividade, combater o absentismo e a corrupção “,disse.
Gomes frisou que o consenso alcançado e que vai permitir a aplicação de ajuste salarial e consequentemente a fixação do salário mínimo em 50 mil francos CFA, mostra que a relação Governo/Sindicatos não se traduz numa relação de adversários, mas sim de parceria e diálogo franco e sincero que deve ser consubstanciada no rigor e na disciplina para permitir melhorar sanidade financeira na administração Pública e garantir a sustentabilidade do ajuste ora acordado.
“Como é do conhecimento público este Governo tem como missão principal a realização das eleições legislativas de 18 de Novembro do ano em curso, ainda assim elegemos como uma das prioridades a melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Nesta óptica o Governo respeita e reconhece as reivindicações sindicais privilegiando o diálogo como a primeira arma para encontrar soluções duradouras aos problemas que o país enfrenta”, frisou o Chefe do Governo.
Aristides Gomes voltou a afirmar na sua mensagem aos trabalhadores guineenses por ocasião do seu dia que este Governo não é a favor das greves, embora aos trabalhadores reconheça este direito, salientando que as paralisações têm as suas consequências sobre a sociedade e a economia, sobretudo num país, como a Guiné-Bissau, com fragilidades sociais e com problemas estruturantes por solucionar.
ANG/MSC/ÂC
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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CNN- KENYA - Uma menina de nove anos dá à luz no hospital de Nairobi
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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Sofre de sexonambulismo? Saiba mais sobre o aterrador distúrbio
Também conhecido por sexsomnia, trata-se de uma forma específica de sonambulismo e “carateriza-se pelo desejo de ter relações sexuais e de se masturbar durante o sono”, explica psicólogo.
Estima-se que cerca de 7% da população mundial sofra do distúrbio, de acordo com o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato, em declarações à publicação Dicas de Mulher.
A sexsomnia terá sido reconhecida como uma doença pela primeira vez em 2014. E, em 2018, a Academia Americana de Medicina do Sono (AASMNET) incluiu a patologia no seu catálogo.
Segundo Rosostolato o distúrbio é mais prevalecente nos homens (86%) do que mulheres. “É importante ressalvar que estas pessoas mantêm o mesmo padrão sexual enquanto dormem, como se estivessem acordadas e que tendem a não se lembrar do que ocorreu no dia seguinte”, diz.
O sexonambulismo é polémico, conforme explica Rosostolato, pois já se registaram imensos casos de homens que tiveram relações sexuais com outras pessoas, sem o seu consentimento – alegando depois que não se recordavam de tal. E daí a necessidade de ser estabelecido um enquadramento legal para o distúrbio.
Os comportamentos sexuais associados ao sexonambulismo incluem:
- Masturbação;
- Carícias;
- Sexo oral;
- Relações sexuais que podem atingir o clímax ou orgasmo;
- Agressão sexual ou violação.
Uma pesquisa online realizada pela Universidade Health Network, em Toronto, no Canadá, constatou que cerca de dois terços dos casos relatados ocorriam com homens.
“As causas incluem: consumo de álcool, uso de drogas, fadiga e stress, além dos distúrbios do sono como apneia obstrutiva. Outra causa de sexsomnia é a epilepsia relacionada ao sono, que pode resultar em excitação sexual, impulso pélvico e orgasmos”, explica o terapeuta sexual.
O distúrbio ainda não tem cura, porém Rosostolato sublinha: “É muito habitual que quem sofre da condição procure tratamento e ajuda médica e psicoterapêutica. Conhecer mais sobre o assunto é necessário para saber como lidar com este distúrbio, bem como os métodos e procedimentos existentes para atenuar os agravantes e dificuldades”.
Em declarações à mesma publicação a terapeuta Leila Cristina alertou: “Álcool, ansiedade e stress devem ser evitados, pois podem ser gatilhos sexuais do sono. Os médicos costumam prescrever antidepressivos ou sedativos, atenuando ou acabando com os sintomas entre um a três meses. Também é possível tomar certas precauções, como dormir num quarto separado com a porta trancada até que estes sintomas já estejam controlados”.
NAOM
Estima-se que cerca de 7% da população mundial sofra do distúrbio, de acordo com o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato, em declarações à publicação Dicas de Mulher.
A sexsomnia terá sido reconhecida como uma doença pela primeira vez em 2014. E, em 2018, a Academia Americana de Medicina do Sono (AASMNET) incluiu a patologia no seu catálogo.
Segundo Rosostolato o distúrbio é mais prevalecente nos homens (86%) do que mulheres. “É importante ressalvar que estas pessoas mantêm o mesmo padrão sexual enquanto dormem, como se estivessem acordadas e que tendem a não se lembrar do que ocorreu no dia seguinte”, diz.
O sexonambulismo é polémico, conforme explica Rosostolato, pois já se registaram imensos casos de homens que tiveram relações sexuais com outras pessoas, sem o seu consentimento – alegando depois que não se recordavam de tal. E daí a necessidade de ser estabelecido um enquadramento legal para o distúrbio.
Os comportamentos sexuais associados ao sexonambulismo incluem:
- Masturbação;
- Carícias;
- Sexo oral;
- Relações sexuais que podem atingir o clímax ou orgasmo;
- Agressão sexual ou violação.
Uma pesquisa online realizada pela Universidade Health Network, em Toronto, no Canadá, constatou que cerca de dois terços dos casos relatados ocorriam com homens.
“As causas incluem: consumo de álcool, uso de drogas, fadiga e stress, além dos distúrbios do sono como apneia obstrutiva. Outra causa de sexsomnia é a epilepsia relacionada ao sono, que pode resultar em excitação sexual, impulso pélvico e orgasmos”, explica o terapeuta sexual.
O distúrbio ainda não tem cura, porém Rosostolato sublinha: “É muito habitual que quem sofre da condição procure tratamento e ajuda médica e psicoterapêutica. Conhecer mais sobre o assunto é necessário para saber como lidar com este distúrbio, bem como os métodos e procedimentos existentes para atenuar os agravantes e dificuldades”.
Em declarações à mesma publicação a terapeuta Leila Cristina alertou: “Álcool, ansiedade e stress devem ser evitados, pois podem ser gatilhos sexuais do sono. Os médicos costumam prescrever antidepressivos ou sedativos, atenuando ou acabando com os sintomas entre um a três meses. Também é possível tomar certas precauções, como dormir num quarto separado com a porta trancada até que estes sintomas já estejam controlados”.
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segunda-feira, agosto 06, 2018
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domingo, 5 de agosto de 2018
Homens fracos tem amantes, homens fortes tem família!
Pra quem não sabe, Joaquim Lopes casou com a Thais e largou ela em plena lua de mel, por causa da Paola de Oliveira, disse que na verdade não gostava dela tanto assim e que só casou pq ela estava muito empolgada com o casamento.
Thaís entrou em depressão, engordou vários quilos e não conseguia emprego!
Até que conheceu um cara que a valoriza de verdade, Michel Teló, sujeito homem mesmo e estão aí com uma família linda.
E o Joaquim, por outro lado foi trocado por outro, pq quem nasce "esperto" morre otário e ainda por cima teve que ver a matéria sobre a vida maravilhosa da sua ex!
Homem não sabe o que tem ao lado até alguém pegar os caquinhos e transformar a pessoa no melhor que poderia ser.
Homens fracos tem amantes, homens fortes tem família! 👏👏👏👏👏❤
Leu? Gostou? Então dar um up mulher, para que outras amigas vejam. 😄
Alessandro Costa
Crise migratória na Argélia: Morrer no deserto
A Argélia foi acusada de ter abandonado no deserto, durante meses, dezenas de milhares de refugiados. Sobreviventes dizem que muitas pessoas morreram. Autoridades negam violação dos direitos humanos.
Deserto de Ténéré
Dezenas de milhares de emigrantes e refugiados terão sido alegadamente transportados pelas forças de segurança argelinas para o deserto do Ténéré e abandonados à sua sorte no meio do nada, sem água, nem alimentos.
Os refugiados contam que os soldados argelinos lhes roubaram os telemóveis e dinheiro. Ju Dennis é um dos sobreviventes. Teve sorte: a sua marcha pelo deserto terminou na pequena aldeia nigerina de Assamaka, onde recebeu assistência.
Daqui, muitos africanos tentam chegar à Europa com a ajuda de passadores. Mas houve quem não resistisse às condições do deserto, diz Dennis. "Tivemos que andar seis ou sete horas. Já nem sentia as minhas pernas. Cheguei ao fim das minhas forças".
"Condições terríveis", diz OIM
Fotografia de um migrante da Libéria mostra migrantes ilegais expulsos da Argélia em autocarros.
Embora a imprensa internacional só agora se tenha apercebido da situação, a prática é conhecida da Organização Internacional de Migrações (OIM) há muito, segundo a porta-voz Florence Kim: "Refiro-me a pessoas que foram abandonadas no deserto a 30 quilómetros de qualquer civilização. Desde setembro, contabilizámos 10 mil nigerianos nesta situação".
Não são apenas homens, acrescenta: "Também mulheres grávidas, crianças, menores não acompanhados, refugiados. As condições são terríveis. Muitos morrem".
O seu colega no local, Alhoussan Adouwal, percorre frequentemente a fronteira com a Argélia à procura de pessoas que precisem de ajuda. Adouwal aponta para o horizonte e abana a cabeça. Diz que há bebés e grávidas entre os refugiados Chegam aos milhares, acrescenta, é uma verdadeira catástrofe.
Jante Kamara é uma sobrevivente. O filho que levava na barriga não. "O meu bebé morreu, foi assassinado. Tantos homens e mulheres morreram no caminho. Não tínhamos água. Morreram à sede. Alguns perderam-se".
Autoridades negam violações
As autoridades argelinas negam ter violado direitos humanos. Dizem que a Argélia age em conformidade com as leis e que respeita a dignidade humana. A deportação de migrantes é feita de comum acordo com os países vizinhos.
No entanto, organizações de defesa dos direitos humanos criticam com muita frequência a forma como a Argélia lida com refugiados e migrantes.
A mão pesada de Argel é uma reacção ao número crescente de refugiados no país. Desde o encerramento quase completo da fronteira líbia, há mais pessoas que vêm par a Argélia onde ficam retidas. Para as autoridades argelinas, elas são uma ameaça à ordem pública.
Mas, se a indignação é grande na imprensa, a elite política na Europa praticamente não se manifesta. Bruxelas admite que está ciente do procedimento da Argélia. Mas estados soberanos têm o direito de expulsar migrantes, desde que cumpram a lei internacional, afirma-se na capital da União Europeia. Ao mesmo tempo, a União Europeia quer abrir centros para refugiados e requerentes a asilo nos estados do Magreb.
DW
Deserto de Ténéré
Dezenas de milhares de emigrantes e refugiados terão sido alegadamente transportados pelas forças de segurança argelinas para o deserto do Ténéré e abandonados à sua sorte no meio do nada, sem água, nem alimentos.
Os refugiados contam que os soldados argelinos lhes roubaram os telemóveis e dinheiro. Ju Dennis é um dos sobreviventes. Teve sorte: a sua marcha pelo deserto terminou na pequena aldeia nigerina de Assamaka, onde recebeu assistência.
Daqui, muitos africanos tentam chegar à Europa com a ajuda de passadores. Mas houve quem não resistisse às condições do deserto, diz Dennis. "Tivemos que andar seis ou sete horas. Já nem sentia as minhas pernas. Cheguei ao fim das minhas forças".
"Condições terríveis", diz OIM
Fotografia de um migrante da Libéria mostra migrantes ilegais expulsos da Argélia em autocarros.
Embora a imprensa internacional só agora se tenha apercebido da situação, a prática é conhecida da Organização Internacional de Migrações (OIM) há muito, segundo a porta-voz Florence Kim: "Refiro-me a pessoas que foram abandonadas no deserto a 30 quilómetros de qualquer civilização. Desde setembro, contabilizámos 10 mil nigerianos nesta situação".
Não são apenas homens, acrescenta: "Também mulheres grávidas, crianças, menores não acompanhados, refugiados. As condições são terríveis. Muitos morrem".
O seu colega no local, Alhoussan Adouwal, percorre frequentemente a fronteira com a Argélia à procura de pessoas que precisem de ajuda. Adouwal aponta para o horizonte e abana a cabeça. Diz que há bebés e grávidas entre os refugiados Chegam aos milhares, acrescenta, é uma verdadeira catástrofe.
Jante Kamara é uma sobrevivente. O filho que levava na barriga não. "O meu bebé morreu, foi assassinado. Tantos homens e mulheres morreram no caminho. Não tínhamos água. Morreram à sede. Alguns perderam-se".
Autoridades negam violações
As autoridades argelinas negam ter violado direitos humanos. Dizem que a Argélia age em conformidade com as leis e que respeita a dignidade humana. A deportação de migrantes é feita de comum acordo com os países vizinhos.
No entanto, organizações de defesa dos direitos humanos criticam com muita frequência a forma como a Argélia lida com refugiados e migrantes.
A mão pesada de Argel é uma reacção ao número crescente de refugiados no país. Desde o encerramento quase completo da fronteira líbia, há mais pessoas que vêm par a Argélia onde ficam retidas. Para as autoridades argelinas, elas são uma ameaça à ordem pública.
Mas, se a indignação é grande na imprensa, a elite política na Europa praticamente não se manifesta. Bruxelas admite que está ciente do procedimento da Argélia. Mas estados soberanos têm o direito de expulsar migrantes, desde que cumpram a lei internacional, afirma-se na capital da União Europeia. Ao mesmo tempo, a União Europeia quer abrir centros para refugiados e requerentes a asilo nos estados do Magreb.
DW
VENEZUELA - Movimento Soldados de Flanelas reivindica alegado atentado a Maduro
O Movimento Soldados de Flanelas (MSF) reivindicou o alegado atentado este sábado contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que provocou sete feridos.
"A operação era voar dois drones (aviões não tripulados), carregados com C4 (explosivos). O objetivo era o palco presidencial. Os atiradores da guarda de honra (encarregada da segurança presidencial) derrubaram os drones antes de chegar ao objetivo", lê-se na página Twitter uma mensagem do Twitter. "Hoje não conseguimos, mas é uma questão de tempo", considerou o MSF.
O atentado demonstrou que o Governo de Nicolás Maduro "é vulnerável", acrescentou o grupo.
O MSF é um grupo subversivo criado em 2014 e que pretende agrupar todos os "grupos de resistência" venezuelanos, para fazer uma "efetiva luta contra a ditadura, com organização e convicção".
Duas explosões, aparentemente provocadas por um 'drone', obrigaram, sábado, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitido em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anunciava que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.
Nesse instante, a mulher do Presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima.
Antes da televisão venezuelana suspender a transmissão foi possível ainda ver, o momento em que militares rompiam a formação.
NAOM
"A operação era voar dois drones (aviões não tripulados), carregados com C4 (explosivos). O objetivo era o palco presidencial. Os atiradores da guarda de honra (encarregada da segurança presidencial) derrubaram os drones antes de chegar ao objetivo", lê-se na página Twitter uma mensagem do Twitter. "Hoje não conseguimos, mas é uma questão de tempo", considerou o MSF.
O atentado demonstrou que o Governo de Nicolás Maduro "é vulnerável", acrescentou o grupo.
O MSF é um grupo subversivo criado em 2014 e que pretende agrupar todos os "grupos de resistência" venezuelanos, para fazer uma "efetiva luta contra a ditadura, com organização e convicção".
Duas explosões, aparentemente provocadas por um 'drone', obrigaram, sábado, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitido em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anunciava que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.
Nesse instante, a mulher do Presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima.
Antes da televisão venezuelana suspender a transmissão foi possível ainda ver, o momento em que militares rompiam a formação.
NAOM
sábado, 4 de agosto de 2018
MINISTRO DO COMÉRCIO ESCAPA DE UMA AGRESSÃO ´FÍSICA NA CIDADE DE CANCHUNGO
Vicente Fernandes, ministro do Comércio foi vítima de uma tentativa de agressão física, recentemente, por um agricultor, em Canchungo Norte do país.
O cidadão camponês acusou Vicente Fernandes de ter comprometido a campanha de caju, fazendo agravo ao preço anunciado pelo Presidente da República.
O fato foi revelado pelo inspector-geral do Comércio, Alberto Mendes Pereira, nas comemorações, ontem dos 26 anos do Partido da Convergência Democrática (PCD).
Contudo, Alberto Mendes Pereira acredita que, ainda é possível, exportar cento e cinquenta mil toneladas da castanha.
“Provavelmente, vamos poder exportar 150 mil toneladas de castanhas de caju. E quando chegarmos a esse montante, vamos fazer festa. Porque há pessoas que não querem que o país atinge essa soma, mas, nós estamos determinados de lá chegar”.
Mendes Pereira garante que dispõe de dados animadores:
“De 09 de junho a 01 de Agosto, já foram declaradas 115 mil toneladas para exportação. Até ao momento, foram exportadas 79 mil 272.863 toneladas faltando 36 mil 397 toneladas,” revelou o inspetor.
Com estes dados, Executivo de Aristides Gomes continua esperançado na salvação da presente campanha, de caju de 2018
Notabanca soube ainda que, o ministro do Comércio encontra-se, em Vietname para negociar a compra de castanha que ainda está em mãos dos agricultores, na Guiné-Bissau.
Notabanca; 04.08.2018
Sector de Bubaque: ADMINISTRADOR DENUNCIA A COMPRA DA CASTANHA DE CAJÚ A 150 FCFA POR QUILÓGRAMA
[REPORTAGEM] O administrador do sector de Bubaque, região de Bolama/Bijagós, sul do país, denunciou numa entrevista conjunta concedidas aos repórteres dos jornais O Democrata e Nô Pintcha, que os comerciantes locais,estrangeiros e nacionais, compram a castanha de cajú actualmente no valor de 150 a 300 francos cfa (menos de um Euro) por quilograma (kg).
O preço de mil francos cfa por kg anunciado pelo Chefe de Estado, José Mário Vaz, em Gabú criou muita expectativa em torno dos camponeses a nível do país, mas a castanha está a ser comprada a preços muito inferiores ao valor anunciado pelo Chefe de Estado, facto que, ainda segundo o administrador, criou umsentimento de frustração da parte dos camponeses que se encontram neste momento num beco sem saída.
ADMINISTRADOR: CAMPANHA DE CAJÚ TEVE REFLEXOS MUITO NEGATIVOS EM BUBAQUE
Para o administrador Francisco António Morreira, a presente campanha de comercialização da castanha de cajúestá a ter um reflexo muito negativo a nível nacional, principalmente no sector de Bubaque devido à sua insularidade.
“No ano passado, o preço mínimo estipulado foi de 500 francos cfa por quilograma. Porém subiu depois até 1000 francos cfa. Este ano o preço estipulado foi de 1000 francos cfa, infelizmente acabou por descer até aos150. Isso prejudicou e muito os camponeses que viram a sua renda familiar descer e sem solução à vista”, lamentou.
Explicou neste particular que a maioria dos camponeses daquele sector continua a armazenar a sua castanha,com a esperança do um dia, se houver um interessado, poder vendê-la a 1000 francos cfa por quilo, um preço muito acima dos 150 a 300 francos cfa que está a ser praticado.
Sobre a situação administrativa do sector de Bubaque, Francisco António Morreira assegurou ao repórter que herdou uma administração com enormes dificuldades em diferentes sectores. Contudo, diz ter elegido algumas como prioridade para os restantes quatros meses antes das eleições legislativas marcadas para 18 de novembro.
Uma das maiores preocupações dos populares tem a ver com o estado do troço principal da estrada que liga o centro da cidade de Bubaque à praia de Bruce, com buracos que não permitem a circulação normal de veículos. No entanto, o administrador informou que a sua equipa tomou o engajamento de diligenciar junto ao ministério das Obras Públicas para uma avaliação actualizada para que se possa investir na sua reabilitação, através de mobilização de fundos junto dos parceiros.
“Uma cidade como Bubaque é tida como centro que acolhe todos os estudantes de outras pequenas ilhas ao seu redor, como Canogo, Sogá, Canhabaque, Orangozinho. Eles procuram a cidade para prosseguir os seus estudos. Por isso regista-se uma aglomeração de pessoas. A atividade comercial também traz pessoas de outras ilhas aBubaque”, observou.
BUBAQUE ENFRENTA PROBLEMAS DE ÁGUA POTÁVEL
Relativamente à questão da falta de água potável no sector, explicou que a cidade tem apenas um furo de águaque é “muito bom”. Fica a três quilómetros do centro. Contudo, avançou que de momento a electrobomba que bombeava a água está com avarias técnicas, razão pela qual regista-se a falta de água potável na cidade.
Afiançou, no entanto, que a administração está empenhada nas diligências necessárias para aquisição de materiais para a reparação do aparelho, de forma a ser retomado o abastecimento de água a cidade.
No concernente a limpeza da cidade efectuada pela população local uma vez por ano, garantiu que doravante será programada para duas vezes anuais e vai ser estendida até a praia de Bruce. Acrescentou que a primeira acção de limpeza será na primeira semana de agosto e a segunda será em novembro.
“Esta iniciativa evitará perigos a vida das pessoas por causa de cobras, como também ajudará na prevenção de doenças como o paludismo, transmitido através de mosquitos. E como se sabe, essa acção será voluntária e será uma ação conjunta que contará com a participação de todas as instituições privadas e estatais que atuam em Bubaque”, notou.
Explicou ainda que as suas ações são orientadas através do plano diretor setorial, que está dentro do plano diretor regional. Sublinhou, no entanto, que meses atrás o plano foi atualizado, o que permitirá a sua execução.
Em relação às receitas recolhidas pela administração, Francisco António Morreira disse que, na verdade, está sob a dependência do ministério da Administração Territorial. Contudo explicou que o sector consegue as suas rendas por meio das receitas recolhidas nas cobranças do mercado como também de algumas taxas municipaisaplicadas aos sectores do turismo, comércio, pequenos butiques e restaurantes, terrenos ocupados pelos hoteis.
ENERGIA ELÉTRICA É MAIS CARRA EM BUBAQUE EM COMPARAÇÃO COM A CAPITAL BISSAU
Confrontado com as queixas dos citadinos da ilha, em particular dos comerciantes, sobre a alta taxa de cobranças da eletricidade que pode custar até 1000 francos cfa para um período de sete horas de consumo para as casas normais e pequenos estabelecimentos de negócios e 2000 a 3000 francos cfa para hotéis e apart-hotéis,dependendo da sua grandeza, explicou que depois de assumir a função de administrador, estava a funcionar o gerador que foi oferecido à comunidade, dado a um grupo de técnicos e que trabalha sob gerência privada.
“Existem duas tarifas: uma de 1000 (mil francos) e outra de 500 (quinhentos) francos cfa, mas os motivos de diferenciação das tarifas ainda não foram explorados pelo governo local. De facto existem duas tarifas, masdesconhecemos as explicações. Vamo-nos reunir para recolher informações saber do funcionamento do gerador e as condições de cobranças”, espelhou.
Reconheceu ainda que existe uma grande dificuldade das pessoas para pagar a electricidade. Contudo, sustentou que em termos da comparação, a electricidade em Bissau é mais barata, porque em Bubaque custa 15.000 FCFA mensal enquanto em Bissau, para casas normais, o valor é menor.
Solicitado a pronunciar-se sobre as medidas que a sua administração vai adoptar sobre naufrágios que muitas vezes são verificados na época chuvosa, disse que na verdade nos últimos tempos registou-se uma redução de naufrágios devido a vigilância rigorosa do Instituto Marítimo Portuário.
“O instituto marítimo tem estado a fazer um ótimo trabalho porque está a ordenar todas as embarcações a obrigarem os passageiros a usarem os coletes salva-vidas. Portanto é preciso reforçar mais medidas deste tipo”, notou.
Explicou ainda que algumas pirogas tentam resistir às medidas adotadas, ignorando-as. Por exemplo, no princípio deste mês uma piroga saiu de Bissau e ficou sem combustível junto à ilha das Galinha, que é um lugarconsiderado algo turbulento.
EROSÃO INVADE AS PRAIAS DE BUBAQUE E ASSUSTA OS POPULARES
As praias da ilha de Bubaque e outras ilhas deparam-se com enormes problemas de erosão, fato que preocupa os citadinos daquele sector. Contudo, o administrador explicou à repórter que a situação merece igualmente a preocupação das autoridades regionais, tendo frisado que programaram um encontro com os responsáveis doInstituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP) e da UICN, de forma a poderem analisar em conjunto o assunto e pensar numa solução a curto prazo, ou seja, nas medidas a serem adotadas para estancar a erosãodevastadora e acelerada que se regista mais a cada dia.
Assegurou ainda que a situação precisa de uma avaliação do Conselho de Ministros, tendo avançado que a falta de canais de drenagem contribuiu muito no avanço da erosão.
“Esta zona norte está a cair e até ao monumento histórico, o Comité de Estado, a antiga residência do Presidente Luís Cabral. Os portos, como sabemos, são antigos e resistentes, mas já não estão a resistir a erosão.Isso preocupa-me e muito” sublinhou.
Em relação à prostituição que se especula que existe nas ilhas, disse que a situação é discreta e que não tem provas, no entanto, “se isso acontece mesmo, então é mantida discretamente, por isso é difícil afirmar que acontece”. Afirmou neste particular que o que pode levar as pessoas pensar que existe prostituição nas ilhas é o desenvolvimento que se regista a cada dia e o aumento do número de turistas.
“Bubaque é uma zona com características turísticas e é muito ativa. Antes, as raparigas e rapazes não demoravam na rua como agora tudo é ao contrário. Há 20 anos Bubaque não era assim, agora não há controlo familiar sobre adolescentes e jovens”, lamentou.
Neste sentido, disse que o Estado não pode desencorajar o turismo, mas “as famílias são fatores determinantes para fazerem face à esta situação que se especula, se é que existe, porque senão não haverá controlo nem por parte da família e nem do Estado”.
“Os jovens podem iludir facilmente a vigilância familiar, devido a precariedade das famílias e da vida que gostariam de ter”, afirmou para de seguida revelar que agora regista-se um aumento do consumo de droga (canábis) na ilha.
Francisco António Morreira afiançou que o nível da escolarização é muito bom, porque há uma aceitação de escolarização, apesar da falta de professores bem como de carteiras.
“Há ainda ilhas que não têm escolas, como também professores que rejeitam trabalhar nas ilhas. Preferem ficar em Bissau ou outras zonas insulares. Portanto esta é a grande dificuldade da delegacia de educação, até porque não tem subsídios de incentivo” enalteceu.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M
OdemocrataGB
O preço de mil francos cfa por kg anunciado pelo Chefe de Estado, José Mário Vaz, em Gabú criou muita expectativa em torno dos camponeses a nível do país, mas a castanha está a ser comprada a preços muito inferiores ao valor anunciado pelo Chefe de Estado, facto que, ainda segundo o administrador, criou umsentimento de frustração da parte dos camponeses que se encontram neste momento num beco sem saída.
ADMINISTRADOR: CAMPANHA DE CAJÚ TEVE REFLEXOS MUITO NEGATIVOS EM BUBAQUE
Para o administrador Francisco António Morreira, a presente campanha de comercialização da castanha de cajúestá a ter um reflexo muito negativo a nível nacional, principalmente no sector de Bubaque devido à sua insularidade.
“No ano passado, o preço mínimo estipulado foi de 500 francos cfa por quilograma. Porém subiu depois até 1000 francos cfa. Este ano o preço estipulado foi de 1000 francos cfa, infelizmente acabou por descer até aos150. Isso prejudicou e muito os camponeses que viram a sua renda familiar descer e sem solução à vista”, lamentou.
Explicou neste particular que a maioria dos camponeses daquele sector continua a armazenar a sua castanha,com a esperança do um dia, se houver um interessado, poder vendê-la a 1000 francos cfa por quilo, um preço muito acima dos 150 a 300 francos cfa que está a ser praticado.
Sobre a situação administrativa do sector de Bubaque, Francisco António Morreira assegurou ao repórter que herdou uma administração com enormes dificuldades em diferentes sectores. Contudo, diz ter elegido algumas como prioridade para os restantes quatros meses antes das eleições legislativas marcadas para 18 de novembro.
Uma das maiores preocupações dos populares tem a ver com o estado do troço principal da estrada que liga o centro da cidade de Bubaque à praia de Bruce, com buracos que não permitem a circulação normal de veículos. No entanto, o administrador informou que a sua equipa tomou o engajamento de diligenciar junto ao ministério das Obras Públicas para uma avaliação actualizada para que se possa investir na sua reabilitação, através de mobilização de fundos junto dos parceiros.
“Uma cidade como Bubaque é tida como centro que acolhe todos os estudantes de outras pequenas ilhas ao seu redor, como Canogo, Sogá, Canhabaque, Orangozinho. Eles procuram a cidade para prosseguir os seus estudos. Por isso regista-se uma aglomeração de pessoas. A atividade comercial também traz pessoas de outras ilhas aBubaque”, observou.
BUBAQUE ENFRENTA PROBLEMAS DE ÁGUA POTÁVEL
Relativamente à questão da falta de água potável no sector, explicou que a cidade tem apenas um furo de águaque é “muito bom”. Fica a três quilómetros do centro. Contudo, avançou que de momento a electrobomba que bombeava a água está com avarias técnicas, razão pela qual regista-se a falta de água potável na cidade.
Afiançou, no entanto, que a administração está empenhada nas diligências necessárias para aquisição de materiais para a reparação do aparelho, de forma a ser retomado o abastecimento de água a cidade.
No concernente a limpeza da cidade efectuada pela população local uma vez por ano, garantiu que doravante será programada para duas vezes anuais e vai ser estendida até a praia de Bruce. Acrescentou que a primeira acção de limpeza será na primeira semana de agosto e a segunda será em novembro.
“Esta iniciativa evitará perigos a vida das pessoas por causa de cobras, como também ajudará na prevenção de doenças como o paludismo, transmitido através de mosquitos. E como se sabe, essa acção será voluntária e será uma ação conjunta que contará com a participação de todas as instituições privadas e estatais que atuam em Bubaque”, notou.
Explicou ainda que as suas ações são orientadas através do plano diretor setorial, que está dentro do plano diretor regional. Sublinhou, no entanto, que meses atrás o plano foi atualizado, o que permitirá a sua execução.
Em relação às receitas recolhidas pela administração, Francisco António Morreira disse que, na verdade, está sob a dependência do ministério da Administração Territorial. Contudo explicou que o sector consegue as suas rendas por meio das receitas recolhidas nas cobranças do mercado como também de algumas taxas municipaisaplicadas aos sectores do turismo, comércio, pequenos butiques e restaurantes, terrenos ocupados pelos hoteis.
ENERGIA ELÉTRICA É MAIS CARRA EM BUBAQUE EM COMPARAÇÃO COM A CAPITAL BISSAU
Confrontado com as queixas dos citadinos da ilha, em particular dos comerciantes, sobre a alta taxa de cobranças da eletricidade que pode custar até 1000 francos cfa para um período de sete horas de consumo para as casas normais e pequenos estabelecimentos de negócios e 2000 a 3000 francos cfa para hotéis e apart-hotéis,dependendo da sua grandeza, explicou que depois de assumir a função de administrador, estava a funcionar o gerador que foi oferecido à comunidade, dado a um grupo de técnicos e que trabalha sob gerência privada.
“Existem duas tarifas: uma de 1000 (mil francos) e outra de 500 (quinhentos) francos cfa, mas os motivos de diferenciação das tarifas ainda não foram explorados pelo governo local. De facto existem duas tarifas, masdesconhecemos as explicações. Vamo-nos reunir para recolher informações saber do funcionamento do gerador e as condições de cobranças”, espelhou.
Reconheceu ainda que existe uma grande dificuldade das pessoas para pagar a electricidade. Contudo, sustentou que em termos da comparação, a electricidade em Bissau é mais barata, porque em Bubaque custa 15.000 FCFA mensal enquanto em Bissau, para casas normais, o valor é menor.
Solicitado a pronunciar-se sobre as medidas que a sua administração vai adoptar sobre naufrágios que muitas vezes são verificados na época chuvosa, disse que na verdade nos últimos tempos registou-se uma redução de naufrágios devido a vigilância rigorosa do Instituto Marítimo Portuário.
“O instituto marítimo tem estado a fazer um ótimo trabalho porque está a ordenar todas as embarcações a obrigarem os passageiros a usarem os coletes salva-vidas. Portanto é preciso reforçar mais medidas deste tipo”, notou.
Explicou ainda que algumas pirogas tentam resistir às medidas adotadas, ignorando-as. Por exemplo, no princípio deste mês uma piroga saiu de Bissau e ficou sem combustível junto à ilha das Galinha, que é um lugarconsiderado algo turbulento.
EROSÃO INVADE AS PRAIAS DE BUBAQUE E ASSUSTA OS POPULARES
As praias da ilha de Bubaque e outras ilhas deparam-se com enormes problemas de erosão, fato que preocupa os citadinos daquele sector. Contudo, o administrador explicou à repórter que a situação merece igualmente a preocupação das autoridades regionais, tendo frisado que programaram um encontro com os responsáveis doInstituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP) e da UICN, de forma a poderem analisar em conjunto o assunto e pensar numa solução a curto prazo, ou seja, nas medidas a serem adotadas para estancar a erosãodevastadora e acelerada que se regista mais a cada dia.
Assegurou ainda que a situação precisa de uma avaliação do Conselho de Ministros, tendo avançado que a falta de canais de drenagem contribuiu muito no avanço da erosão.
“Esta zona norte está a cair e até ao monumento histórico, o Comité de Estado, a antiga residência do Presidente Luís Cabral. Os portos, como sabemos, são antigos e resistentes, mas já não estão a resistir a erosão.Isso preocupa-me e muito” sublinhou.
Em relação à prostituição que se especula que existe nas ilhas, disse que a situação é discreta e que não tem provas, no entanto, “se isso acontece mesmo, então é mantida discretamente, por isso é difícil afirmar que acontece”. Afirmou neste particular que o que pode levar as pessoas pensar que existe prostituição nas ilhas é o desenvolvimento que se regista a cada dia e o aumento do número de turistas.
“Bubaque é uma zona com características turísticas e é muito ativa. Antes, as raparigas e rapazes não demoravam na rua como agora tudo é ao contrário. Há 20 anos Bubaque não era assim, agora não há controlo familiar sobre adolescentes e jovens”, lamentou.
Neste sentido, disse que o Estado não pode desencorajar o turismo, mas “as famílias são fatores determinantes para fazerem face à esta situação que se especula, se é que existe, porque senão não haverá controlo nem por parte da família e nem do Estado”.
“Os jovens podem iludir facilmente a vigilância familiar, devido a precariedade das famílias e da vida que gostariam de ter”, afirmou para de seguida revelar que agora regista-se um aumento do consumo de droga (canábis) na ilha.
Francisco António Morreira afiançou que o nível da escolarização é muito bom, porque há uma aceitação de escolarização, apesar da falta de professores bem como de carteiras.
“Há ainda ilhas que não têm escolas, como também professores que rejeitam trabalhar nas ilhas. Preferem ficar em Bissau ou outras zonas insulares. Portanto esta é a grande dificuldade da delegacia de educação, até porque não tem subsídios de incentivo” enalteceu.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M
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