Também conhecido por sexsomnia, trata-se de uma forma específica de sonambulismo e “carateriza-se pelo desejo de ter relações sexuais e de se masturbar durante o sono”, explica psicólogo.
Estima-se que cerca de 7% da população mundial sofra do distúrbio, de acordo com o psicólogo e educador sexual Breno Rosostolato, em declarações à publicação Dicas de Mulher.
A sexsomnia terá sido reconhecida como uma doença pela primeira vez em 2014. E, em 2018, a Academia Americana de Medicina do Sono (AASMNET) incluiu a patologia no seu catálogo.
Segundo Rosostolato o distúrbio é mais prevalecente nos homens (86%) do que mulheres. “É importante ressalvar que estas pessoas mantêm o mesmo padrão sexual enquanto dormem, como se estivessem acordadas e que tendem a não se lembrar do que ocorreu no dia seguinte”, diz.
O sexonambulismo é polémico, conforme explica Rosostolato, pois já se registaram imensos casos de homens que tiveram relações sexuais com outras pessoas, sem o seu consentimento – alegando depois que não se recordavam de tal. E daí a necessidade de ser estabelecido um enquadramento legal para o distúrbio.
Os comportamentos sexuais associados ao sexonambulismo incluem:
- Masturbação;
- Carícias;
- Sexo oral;
- Relações sexuais que podem atingir o clímax ou orgasmo;
- Agressão sexual ou violação.
Uma pesquisa online realizada pela Universidade Health Network, em Toronto, no Canadá, constatou que cerca de dois terços dos casos relatados ocorriam com homens.
“As causas incluem: consumo de álcool, uso de drogas, fadiga e stress, além dos distúrbios do sono como apneia obstrutiva. Outra causa de sexsomnia é a epilepsia relacionada ao sono, que pode resultar em excitação sexual, impulso pélvico e orgasmos”, explica o terapeuta sexual.
O distúrbio ainda não tem cura, porém Rosostolato sublinha: “É muito habitual que quem sofre da condição procure tratamento e ajuda médica e psicoterapêutica. Conhecer mais sobre o assunto é necessário para saber como lidar com este distúrbio, bem como os métodos e procedimentos existentes para atenuar os agravantes e dificuldades”.
Em declarações à mesma publicação a terapeuta Leila Cristina alertou: “Álcool, ansiedade e stress devem ser evitados, pois podem ser gatilhos sexuais do sono. Os médicos costumam prescrever antidepressivos ou sedativos, atenuando ou acabando com os sintomas entre um a três meses. Também é possível tomar certas precauções, como dormir num quarto separado com a porta trancada até que estes sintomas já estejam controlados”.
NAOM
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