sexta-feira, 10 de agosto de 2018

COOPERAÇÃO ENCORAJADORA e MOBILIZADORA PARA O FUTURO DOS GUINEENSES EM CABO VERDE. OFERTAS EDUCATIVAS.


Ontem, dia 09 de Agosto, recebemos nas Instalações provisória da Embaixada da Guiné - Bissau em Cabo - Verde, em gesto de visita de cortesia os Senhores Administradores do Grupo Lusófono - Dr. António Montenegro Fiuza, Eng. Luís Colasso, as Delegadas da Universidade Lusofona em Cabo - Verde - Praia e S. Vicente, Dra Vera Sanches e a Dra leonilde Duarte, que maniataram a disponibilidade em cooperar com a nossa Embaixada. 

Manisferam os seguintes apoios:

1- Concessão de bolsa de Estudo, e vagas aos Imigrantes Guineenses, e os seus descendentes que pretendem prosseguir os estudos superiores na Universidade Lusófona em Cabo - Verde - Praia ou S. Vicente. Em estreita colaboração institucional com a nossa Representação Diplomática; 

2- Formação Técnica - Facilitar acesso aos cursos profissionais de curta duração, flexível as exigências do mercado de trabalho ; 

3- Disponibidade Total das Instalações da Universidade lusófona para Encontros dos Dirigentes do nosso país com a comunidade residente em Cabo verde, bem como outras actividades;

4- Eleger a comunicação como instrumento de integração da nossa comunidade em Cabo Verde , a Universidade Lusofona de Cabo Verde, através do Departamento de Comunicação Audiovisual, colaborará com a Embaixada no processo de sensibilização e difusão da cidadania participativa dos nossos imigrantes na sociedade de acolhimento.







Mbala Fernandes

Botche Cande regressa fileiras do PAIGc,como militante respeitando todas regras do partido - Confirmado?

Botche Cande actual conselheiro para area da defesa e Segurança do Presidente Jomav, regressa fileiras do partido de Cabral como militante respeitando todas as leis vigente nesta formaçao politica, afirmou uma fonte bem colocada a este politico, Cande recusou a convite de Madem, por considerar que nao é um projecto com as bases solidas para enfrentar desafios, pois decidiu regressar PAIGC, num processo de reconciliaçao em curso, embora o acto nao foi de conhecimento do publico tendo em conta a situaçao actual no pais adiantou a mesma fonte.

A nossa fonte assegurou ainda que o regresso de Cande, foi apoiado pelo Jomav, que sempre defende nao ter nenhum problema disciplinar no partido que pode complicar a sua militancia.

Fonte: Braima Camara

NOTA: 

ÚLTIMA HORA: A notícia sobre o regresso de Botche Candé nas fileiras do PAIGC é mentira, não corresponde à verdade. 

Fonte: Dauda Sanó

ÚLTIMA HORA: GUINÉ-BISSAU! 
Segunda-feira, 13 de agosto de 2018

COLETIVO ESTAMOS A TRABALHAR soube através de Doka Internacional que o Conselho da Sua Existência o Presidente da República Botche Candé, regressou a fileira do PAIGC. 

A notícia foi confirmado no blogue Doka Internacional 
Pedimos há quem de direito para um esclarecimento!


ESTAMOS A TRABALHAR

Empresa em Honduras obriga funcionários a usarem fraldas durante os turnos para aumentar a produção.

Uma empresa de capital coreano e americano localizada em Honduras, chamada Kyungshin-Lear, foi denunciada por obrigar que seus funcionários usem fraldas a fim de aumentar a produtividade.
  

A ideia que eles não gastem o tempo no banheiro e consigam bater recordes na fabricação de arneses – uma espécie de gancho usado por alpinistas– que são exportados para os Estados Unidos.

 A denúncia foi feita por um líder sindicalista, Daniel Duron, que contou que homens e mulheres são obrigados a comprarem as próprias fraldas. O motivo é que muitos deles foram demitidos por usarem o banheiro além do que já era permitido, prejudicando o processo de produção. Contudo, conforme relatado pela Oddity Central, a Lear negou as acusações.


Segundo o representante legal da empresa em Honduras, Edgardo Dumans, nunca, nenhum direito dos funcionários foi violado. Uma das funcionárias, Maria Galeano, que trabalhou cerca de sete anos na empresa, confirmou as acusações de Duron.

“É embaraçoso ter que dizer que temos de usar fraldas porque não tínhamos permissão de ir ao banheiro, mas há um grande número de empregados que também pode confirmar isso”, disse ela em entrevista à imprensa local. A empresa Kyungshin-Lear Electrical Distribution Systems opera em Honduras há cerca de 10 anos e possui cerca de 3500 funcionários.

[ Diário de Biologia ] [ Fotos: Reprodução / Diário de Biologia ]

paporetolive.com

ANP ENCERRA SESSÃO PARLAMENTAR COM APROVAÇÃO DE TRATADOS E CONVENÇÕES

Assembleia Nacional Popular encerrou esta sexta-feira (10 de Agosto) a sessão desta nona legislatura com a aprovação de acordos e convenções e diferentes tratados.


Com o encerramento da sessão, os deputados poderão voltar a plenária só numa sessão extraordinária se assim a situação justificar.

Durante a sessão desta sexta-feira, foi apresentado e votado seguintes tratados e convenções: protocolo adicional de CEDEAO sobre funcionamento da organização, tribunal de direitos dos homens da União Africana, acordo diplomático entre Guiné-Bissau e Marrocos, acordo de Kigali sobre ozono e protocolo de acordo fitossanitário entre Guiné-Bissau e Cabo-Verde.

Na ocasião, o ministro de agricultura Nicolau dos Santos que apresentou acordo fitossanitário garantiu que têm um projecto que vai trabalhar especificamente na erradicação das pragas nas mangas (frutas), tendo lembrado que em termos agrícola, a potencialidade do país não ser comparada a de Cabo-Verde, “ mas também não se pode descuidar em dizer que a nossa potencialidade é grande, porque pode entrar produtos que nos estraguem a cultura”.

Entretanto, a Secretária de estado do ambiente Quite Djatá falando do acordo de Kigali sobre ozono, sublinhou que os sacos plásticos recolhidos serão enviados a Conacri para transformações em baldes e outros materiais plásticos. “ Já fizemos o contacto com Conacri, portanto, estamos a aguardar a assinatura de acordo nesta matéria”, conta a Secretária de estado do Ambiente.

Durante a apresentação do protocolo adicional de CEDEAO, alguns deputados questionaram o real motivo de aplicação de sanções a 19 individualidades guineenses.

Por: Nautaran Marcos Có

radiosolmansi.net

PRAGA DE LAGARTA PREOCUPA AUTORIDADES AGRÍCOLA DA GUINÉ-BISSAU

O director geral da agricultura confirmou esta sexta-feira (10 de Agosto) o surgimento de uma nova praga vindo dos Estados Unidos da América e que já está a constituir preocupações às autoridades agrícolas do país.


A praga chamada lagarta, considerada a pior praga do milho, ataca a cultura do milho ao longo de todo o processo de crescimento, florescimento e fortificação, apareceu pela primeira vez em África em 2016 e na Guiné-Bissau foi avistada pela primeira vez, no ano passado, actualmente esta em 44 países africano.

Durante uma entrevista, o director geral da agricultura, Carlos Mateus Tavares Amarante, explica as diligências a tomar para o combate a praga.

« Este ano temos um projecto onde estamos a receber o apoio para combater a praga e, neste momento estamos a dar formação à diferentes brigadas criadas a nível regional e estamos a trabalhar em colaboração com entidade financiadora do projecto de combate a este insecto» realça.

Por outro lado, sublinhou que a inundações causadas pelas fortes chuvas do ano passado aconteceu nas zonas onde os agricultores fizeram a plantação tardia, “por isso para este ano aconselhamo-los a fazerem plantações mais cedo, para que quando chega o período de muita chuva, as plantações se encontram numa altura onde a inundação não as prejudica” alerta o director geral da agricultura, dando ainda outro conselho aos agricultores no sentido de diversificar as plantações.

“ As pessoas só se preocupam com as plantações de arroz, mas também devem plantar as outras espécies como, batata, milho preto, feijão, mandioca entre outras, para que quando ao plantação de arroz tiver problemas, terão outras para comer” avisa.

O director geral da agriculta explica ainda que no ano passado a praga só atacava as plantações do milho, mas este ano já esta a ser verificado a ataque da praga de lagarta as outras espécies de plantações no país.

Por: Anézia Tavares Gomes

radiosolmansi.net

ACTIVISTAS DAS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL CAPACITADOS NA MATÉRIA ELEITORAL

Vinte e cinco activistas de diferentes organizações da sociedade civil estão reunidos e hoje e com a duração de dois dias, num seminário de capacitação sobre ciclos eleitorais 2018 /2019


O seminário é financiado pela Swissaid em parceria com o Movimento Nacional de Sociedade Civil.

Na abertura dos trabalhos António Badinca de Swissaid disse acreditar que para que haja a paz “é necessário ter uma boa governação, que passa também para uma boa escolha dos governantes.

Fode Caramba Sanha presidente do movimento nacional de sociedade civil disse que os formandos terão uma tarefa difícil na sensibilização tendo em conta a perda da confiança das populações nos políticos.

Por outro lado, Fode Caramba Sanha sublinhou que aprovação de pensão vitalícia “é um grande desafio para os políticos guienenses. “Só vão beneficiar da pensão vitalícia aqueles que terminarem os respectivos mandatos, os deputados com 8 anos seguidos no parlamento, primeiro-ministro com 4 anos, eo presidente com 5 anos de mandatos cumprido”

Por: Amaduri Djaló

radiosolmansi.net

Media - Levantada a greve no sector público da comunicação social

Bissau, 10 ago 18 (ANG) -  A greve no sector público da comunicação social que vinha decorrendo desde segunda-feira foi hoje levantada , após um  um entendimento alcançado entre o Ministério da Comunicação Social e o Sindicato Nacional dos jornalistas e Técnicos da Comunicação social(Sinjotecs) com a mediação da Assembleia Nacional Popular.


Segundo o Memorando de Entendimento assinado pelas partes, o governo se compromete a pagar os custso de internet na Agência de Notícias da Guiné(ANG), durante 12 meses, aquisição de duas viaturas para o transporte do pessoal da ANG e do jornal Nô Pintcha, aquisição de geradores para a Radiodifusão Nacional, ao pagamento de 30 milhões de frnacos cfa a empresa Orange para o transporte de sinal de televisão para a região de gabu, no leste do país, entre outros.

O memorando refere que deligências conjuntas do Ministério da Comunicação Social, o Sinjotecs e os facilitadores serão levadas a cabo junto do Ministério da Economia e Finanças para o pagamento de uma alegada dívida contraída com funcionários da RDN em 1999, no valor de mais de 97 milhões de francos cfa.

As partes concordaram que seja remetida ao Conselho de Concertação Social para efeitos de discussão as questões relacionadas a efectivivação dos trabalhadores com mais de dois anos de serviço.

Para o seguimento da aplicação dos compromissos assumidos pelo executivo foi criada uma comissão integrada por elementos do Ministério da Comunicação Social, do Sinjotecs e da Comissão Especializada da ANP para a área da Comunicação Social e do Ministério da Reforma Administrativa e Função Pública, cujo representante participou nas negociações na qualidade de facilitador. 

Os trabalhadores da ANG, jornal Nô Pintcha, RDN e TGB estavam a cumprir a terceira vaga de greve, de cinco dias, e já haviam concocado novas paralisações para as próximas semanas.

ANG/SG

Opinião: BEM COMUM DOS GUINEENSES

(…) caros leitores de O Democrata, evito deliberadamente expressões do tipo “refundação do Estado” e outras que costumamos ouvir, sonantes, geralmente de conteúdo muito impreciso.

O que defendo é muito simples. É um “programa mínimo” que contém o que designei de “quatro passos”. Que é chamado de “mínimo” precisamente para ser tomado como desafio que “não permite” diferimentos.

Claro que é sempre possível tentar fazer muito mais coisas, sendo certo que uma imaginação fértil não conhece limites. Mas quem quiser fazer “tudo” de uma só vez, o mais provável é acabar por não fazer nada, o que, aliás, frequentemente acontece. Daí a importância de escolher, entre tantas questões provavelmente “muito importantes”, apenas aquelas para as quais a sociedade parece estar mais amadurecida para enfrentar e resolver, e, por conseguinte, sobre as quais vale a pena concentrar esforços na expetativa de obter resultados políticos gratificantes. (…) A isto costuma chamar-se realismo.

É por tentar ser realista que me limitei apenas a uma agenda mínima, como disse, de “quatro passos”. São poucos “passos”, é certo. Mas são passos críticos que, se forem concretizados, traduzirão um avanço significativo na reforma política do Estado.

Espero bem que os protagonistas políticos, principalmente, os dois grandes partidos parlamentares que, juntos, detêm o poder legislativo (isto é, a capacidade de reformar o sistema político), aceitem este “programa mínimo”, “inteiro”, sem deixar para trás – passe a redundância – nenhum dos seus “quatro passos”. Que o aceitem por uma questão de princípio, não de estratégia.  Por um princípio de construção de uma ordem estatal e democrática melhor; não por estratégia, por conseguinte, livre de calculismos políticos próprios das lutas de poder.

Dito isto, passo já a expor os conteúdos, tarefa que, seguramente, mais nos interessa. Mas, primeiro, vou abrir um parêntese para inserir um comentário breve, preliminar, sobre o papel edificante que a Assembleia Nacional Popular (ANP) pôde, talvez inesperadamente, vir a assumir neste momento crucial da nossa vida política nacional.

Como se percebe, estou a fazer, neste ponto, um exercício de prospetiva. Que também se guia – não o escondo – por uma lógica incitativa. O ponto é este: considero não ser improvável que esta IX Legislatura (2014-2018), que se revelou algo turbulenta e aquém da produtividade desejada, possa ainda vir a ter o mérito de assegurar um bom final de mandato e, por consequência, inscrever um ponto de honra na nossa história parlamentar. Se, por um sobressalto reformador, os Deputados conseguirem “terminar de pé” este seu mandato, então, todos ganharíamos muito com isso.

Mas como? Passando logo aos conteúdos que prometi expor – respondo assim: a Nona Legislatura vai poder terminar bem se os Deputados forem capazes de impulsionar uma transformação positiva na organização política do do Estado. Para ser mais preciso:

  • se, por via da revisão constitucional – ao abrigo do ponto 6.b do Acordo de Conacri -, a ANP conseguir criar um novo regime de governo, muito mais resiliente aos riscos e as ameaças de uma crise institucional Um novo regime de governo consistente com o princípio da separação dos poderes bem entendido.

Se um tal êxito político se consumar, então, ter-se-á configurado, sem dúvida, um importante progresso na organização política do Estado guineense. E eu nem ficaria surpreendido se, diante de uma reforma política tão auspiciosa, viesse alguém proclamar – e bem – que os Deputados da Nona Legislatura conseguiram fazer nascer em 2018 a “terceira república”!

Recordemos. Encerrada a “primeira república” (1973-1993), período qualificado de democracia nacional revolucionária (vulgo, regime de partido único); e depois da “segunda república” (1994-2018), batizada como uma democracia liberal, multipartidária, mas que – como tudo parece indicar -, não nos vai deixar muitas saudades -, eis que entraríamos agora num período novo, que se quer diferente para melhor – a “terceira república”. Que seria, aliás, a melhor prova de que soubemos retirar lições pertinentes e úteis da nossa experiência política das últimas décadas, cheia de vicissitudes.

Ter conseguido fazer isso – criar um novo regime constitucional de governo – constitui realmente o ponto crítico do “programa mínimo”. Mas faltaria ainda dar mais três “passos” para completar a agenda política reformista de 2018.

O passo seguinte é fazer a revisão da lei eleitoral – ao abrigo do ponto 6c do Acordo de Conacri -, no sentido de aprofundar duplamente a democraticidade do nosso sistema político. É nisso que consiste o “Passo 2” e o “Passo 3”.

Para já, o “Passo 2”:

  • PROMOVER a igualdade de género. Mas como? Respondo assim: instituindo uma paridade mínima de 30% para cada género (homens e mulheres) entre os deputados que vão ser eleitos à Décima Legislatura. Em síntese, isto significaria o seguinte: nem menos de 30 % de deputadas (mulheres) e nem menos de 30 % de deputados (homens).

Traduzido para a linguagem do género feminino, tal passo significaria que os Grupos Parlamentares da X Legislatura passariam a contar com, pelo menos, trinta e uma mulheres-deputadas “contra” apenas quinze mulheres eleitas à IX Legislatura (2014-2018). Ora, multiplicar por dois a atual “bancada” feminina representaria um avanço considerável na democracia guineense, na verdade, seria um marco importante de progresso político, digno deste século XXI que não parece querer ser mais um século patriarcal.

Trata-se aqui de restaurar o princípio de igualdade, da igualdade de género como valor político – um dos Direitos Humanos fundamentais -, e que já é uma importante “bandeira” da comunidade internacional de que a Guiné-Bissau é parte.

Aliás, é uma bandeira emancipadora que Amílcar Cabral soube erguer alto, desde muito cedo.  Quando ainda muito pouco se falava da “política de género”, já o nosso Amílcar denunciava a dupla dominação da mulher guineense nos seguintes termos: a mulher guineense sofre com a dominação colonialista (que é geral) e sofre também com a dominação patriarcal (que é de género). Daí, o líder não tardou a decretar – em plena luta armada de libertação nacional – que, em cada Comité do Partido, de cinco membros, dois dos seus membros teriam de ser mulheres, sendo que a uma delas estaria reservado o posto de vice-presidente.

Foi, assim, que se construiu o primeiro elevador político da mulher guineense – combatente anticolonialista (de libertação nacional) e, ao mesmo tempo, combatente pela sua própria emancipação (de género). Esta mobilidade política ascendente da mulher guineense, note-se, teve o seu motor a funcionar ainda nos meados da década de 1960, há mais de 50 anos! Com Amílcar Cabral.

Agora, o “Passo 3”:

  • INSCREVER na Lei Eleitoral o princípio de justiça distributiva, instituindo, para esse efeito, a obrigatoriedade de ajustar periodicamente – por exemplo, de quatro em quatro anos – o número de deputados a atribuir a cada círculo eleitoral. É uma redistribuição necessária e muito fácil de se fazer, bastando extrair o coeficiente nacional e aplicá-lo à escala local (isto é, a nível de cada colégio eleitoral), tomando como base de dados o recenseamento eleitoral – ou a atualização dos cadernos eleitorais – mais recente.

Em 1993, o legislador guineense da Lei Eleitoral cometeu o erro, por omissão, que foi ter considerado como uma constante o que não passava de uma variável, por conseguinte, uma grandeza (no caso: o número de deputados distribuídos a cada círculo eleitoral) que dependia da demografia eleitoral, não estática, dinâmica sem ser uniforme no seu dinamismo.

Desse erro cometido pelo legislador de 1993, resultou, como era de esperar, uma errada cristalização da primeira distribuição de mandatos feita há vinte e quatro anos, e que se tornou claramente anacrónica. Tal facto fez divergir, nalguns casos, de maneira muito acentuada, a relação entre o número de eleitores e o número de deputados atribuídos aos círculos eleitorais, distorcendo, assim, a representação política.

E agora, que fazer? Resposta: basta suprimir uma única frase, descritiva, na atual lei eleitoral (que é a frase que constitui o artigo 113º) e, no mesmo artigo, apor uma outra frase, normativa, para logo ficar salvaguardado o princípio democrático de justiça distributiva. Depois, restaria apenas “matematizar” em poucas alíneas a maneira de, periodicamente, ajustar o número de assentos parlamentares que são devidos aos círculos eleitorais, e, assim, ficaria o sistema formatado para produzir justiça eleitoral.

Trata-se, aqui, de salvaguardar o princípio de equidade, de considerar a equidade na representação dos Círculos Eleitorais como um valor político.  Um valor que se operacionaliza mediante a igualização do peso do voto dos cidadãos eleitores na balança eleitoral, e que se projeta numa representação política equilibrada, não distorcida, de todos os colégios eleitorais na Assembleia Nacional Popular.

Uma vez dados os Passos 1, 2 e 3 do “programa mínimo”, segue-se o Passo 4, que não pede propriamente uma reforma legislativa. Exige, sim, um compromisso político forte, de

  • DEMOCRATIZAR o poder local, vinte e cinco anos depois de a Constituição da República de 1993 a exigir, em vão! Trata-se de assumir o compromisso de realizar a primeira eleição dos órgãos das Autarquias Locais na mesma data em que se realizar a próxima (que será a sexta) Eleição Legislativa, de 2018.

Seriam instalados, para começar, nove municípios (Assembleias Municipais e Câmaras Municipais), um município em cada capital regional, aqui incluído, claro, a Câmara Municipal de Bissau – Setor Autónomo.

É certo que, com o tempo, vai-se densificar muito mais a malha municipal guineense com a criação de muito mais municípios. Precisamos de uma rede suficiente de municípios, que é uma evolução institucional indispensável para se encarar a sério a questão da valorização e coesão do território nacional no seu conjunto; da redução das assimetrias regionais; do desenvolvimento harmonioso da Guiné-Bissau, que são objetivos muito importantes para reforçar a unidade nacional do povo guineense. Mas, para começar, avancemos ainda com estes primeiros nove municípios em 2018, o que já seria, sem dúvida, um bom arranque inicial, um marco diferenciador dos tempos novos – da “terceira república”.

Dado assim o “Passo 4” em 2018, remetia-se, assim, para o “museu” da nossa história política o falhanço de, em vinte e quatro anos da “segunda república” (de 1994 a 2018), não termos conseguido implantar na Guiné-Bissau o poder local democrático – uma “nódoa” que nos envergonha a todos.

Deste falhanço histórico – de se ter negligenciado o princípio da autonomia local – resultou o facto de as Regiões terem ficado entregues a órgãos administrativos sem legitimidade democrática, por conseguinte, à margem do escrutínio democrático, marginalizadas e, nas últimas décadas, severamente empobrecidas económica e socialmente.

Tal deriva negativa traduziu-se não apenas na interrupção do desenvolvimento institucional definido nos termos da Constituição da República. É uma interrupção que representou um grande retrocesso institucional em relação ao memorável regime instaurado ainda pela Constituição de 1973.  O sistema político criado em 1973 incorporava o Conselho Regional (órgão eleito, deliberativo e de fiscalização) e o governo regional (órgão executivo), o então denominado Comité de Estado de Região.

Uma vez que muita gente provavelmente já se esqueceu, creio que vale a pena lembrar o seguinte: numa perspetiva histórica de construção institucional, o Estado Guineense nasceu a partir dos Conselhos Regionais, instituições diretamente eleitas pelo povo combatente. E foi no seio dos Conselhos Regionais (isto é, entre os Conselheiros Regionais eleitos) que, por sua vez, seriam eleitos os Deputados constituintes que, a 23 e 24 de setembro de 1973, aprovaram a primeira Constituição (Lei Fundamental) do nosso Estado e – num registo de elevação política nunca mais atingido – proclamaram ao mundo a República da Guiné-Bissau, a nossa independência nacional.

Efetivamente, para Amílcar Cabral era impensável que se constituísse a Assembleia Nacional Popular (parlamento nacional) e, dela dependente, um Executivo Nacional (o Governo, então denominado, Conselho de Comissários de Estado) sem dotar, primeiro, a infraestruturação institucional do Estado do seu equivalente à escala regional: o Conselho Regional (órgão deliberativo) e o Comité de Estado de Região (órgão executivo). Foi esse, então, o conceito de estruturação dos poderes do novo Estado.

Depois, foi o trabalho dos juristas do Partido, trabalho que seria apresentado pelo camarada Fidélis Cabral d’Almada, Responsável dos Serviços de Justiça e da População, para discussão e aprovação em sede própria (na direção superior do Partido) – as “Bases para a criação da Assembleia Nacional Popular na Guiné” -, e que o Secretário Geral Amílcar Cabral promulgou com a sua assinatura, a 3 de dezembro de 1971. Quarenta e cinco anos depois, nem Conselhos Regionais, nem Assembleias Municipais!

Enfim, já se passaram vinte e quatro anos da “segunda república”, multipartidária (1994-2018) sem que os seus protagonistas se mostrassem suficientemente incomodados com tão grave défice politico-institucional.

Chegados aqui, espero bem que ninguém se vai lembrar de “reapresentar” argumentos de natureza técnica e/ou política – os já conhecidos, e todos eles falaciosos – para novamente adiar a democratização do poder local agora em 2018.

Adenda ao “Passo 1” –  Regime de governo

Temos de resolver o seguinte trilema:

1. queremos um Presidente da República que além de Chefe de Estado também é Chefe de Governo – um modelo compatível com a quase generalidade das constituições dos países da CEDEAO?

2. queremos um Presidente da República que sendo Chefe de Estado, porém, não é Chefe de Governo – um modelo compatível com os constitucionalismos, por exemplo, português e cabo-verdiano?

3. ou pretendemos continuar encravados na armadilha da atual Constituição (de 1993) que não é nem do tipo referido no ponto a), nem sequer é consistente com o modelo referido na alínea b)? Que, na verdade, é uma caricatura de semipresidencialismo, um “arranjo” disfuncional, potencialmente disruptivo como, aliás, ficou largamente demonstrado nos últimos vinte e quatro anos?

[Nota bene: pelo regime de governo criado pela atual Constituição da República já passaram, desde 1994, nada menos do que vinte primeiros-ministros – uma instabilidade política alarmante.]

Ora, o intento de afastar o espetro de o Estado se manter “preso” a um regime de semipresidencialismo desvirtuado que o legislador de 1993 criou, só terá sucesso se o legislador de 2018 for capaz de tornar imune a qualquer disputa de competências constitucionais a área própria de governação.

Resumindo. Se o modelo institucional de Presidente da República definido como Chefe de Estado e de Governo colher a preferência do legislador de 2018, então, a atrição politico-institucional entre o Chefe de Estado e o Chefe de Governo deixaria simplesmente de poder acontecer. Mas se, pelo contrário, prevalecer o modelo de Primeiro-ministro definido como Chefe de Governo então ao legislador de 2018 caberia a tarefa de prevenir a “armadilha” que minou completamente a “segunda república”, a saber: a atribuição ao Presidente da República de algumas competências constitucionais invasivas da área propriamente governativa, e, por conseguinte, inconsistentes com o princípio da separação dos poderes bem entendido.

Ora, uma vez que já foram escritos todos os tratados sobre regimes democráticos de governo, penso que não precisaremos de perder muito mais tempo do que o que já perdemos -, a tentar agora inventar algo que seja constitucionalmente inédito.

Dito isto, só precisamos, a meu ver, de mais um bocadinho de ambição política e de discernimento intelectual para, sem mais demoras, dar o “Passo 1”, isto é, dotar o Estado guineense de uma constituição politica institucionalmente funcional, estabilizadora, virtudes que a atual Constituição guineense intrinsecamente não tem.

Considerações finais

  • Timing

Tenho para mim que, esperar até julho de 2018 para desencadear a execução deste “programa mínimo” já começaria a ficar um bocado tarde. Considero que dar o “Passo 1” com êxito, implica assumir a urgência de uma tarefa que deve ser “agarrada” e resolvida tão cedo quanto possível. Em todo o caso, é trabalho para ser concluído bem antes de a “pré-tensão” eleitoral desaguar na campanha eleitoral propriamente dita -, altura, talvez, já tardia para os protagonistas se sentarem à mesma mesa e, serenamente, discutirem os termos da revisão constitucional bem como os termos da revisão da lei eleitoral.

Pelo que ficou dito, conclui-se que deveria estar constituída e em plena atividade (o mais tardar no início do mês de julho de 2018) a “mesa de diálogo nacional”, com suporte no ponto 6. do Acordo de Conacri. É uma instituição ad hoc que trataria, como é óbvio, de ver estabelecido um modo de sua articulação – uma ponte – com a Assembleia Nacional Popular (ANP) nomeadamente para poder fazer chegar à sede parlamentar propostas com vista à sua apreciação e competente resolução legislativa.

A prometida “mesa de diálogo nacional” – que integraria todas as forças políticas legalmente constituídas bem como pelas mais representativas organizações da sociedade civil -, e a Assembleia Nacional Popular, são veículos democráticos mais do que suficientes pela sua representatividade (por alguma razão somos uma democracia representativa) para formatar a vontade política nacional que será auscultada a pronunciar-se sobre a questão de saber qual o regime de governo a consagrar na próxima revisão constitucional, de 2018.

Resolver esta questão – insisto -, ainda antes das próximas eleições, parece ser crucial para, desde já, proteger a ordem estatal guineense contra crises políticas paralisantes, e, assim, encerrar o ciclo de instabilidade política crónica do Estado guineense.

  • Riscos

Encontro pelo menos dois riscos: (a) a nossa proverbial morosidade ou, pior ainda, (b) a preferência pelo statu quo, pelo imobilismo. A falta de vontade política para mudar o que deve ser mudado em tempo oportuno, e não deixar as coisas a “apodrecer”.

[Nota bene: Haverá maior prova de imobilismo, de inclinação fatal para o statu quo do que o facto de, durante duas décadas, os políticos guineenses perseverarem no cumprimento de uma Constituição manifestamente incongruente – repare-se – em vez de a reformarem quanto antes?!]

  • Incentivo

Não passa pela minha cabeça admitir que quadros partidários e alguns compatriotas vão – dentro de muito poucos meses -, lançar-se na “corrida” para o parlamento (como candidatos a deputado) e lançar-se na “corrida”  para a Presidência da República (como candidatos a Presidente) antes de, primeiro, se resolver a anunciada “questão de regime”: (a) a escolha de um novo regime de governo ou (b) a manutenção do statu quo constitucional, que significaria preservar a própria fonte – ou seja, manter ativada a armadilha constitucional – da degradação institucional do Estado guineense.

Posto isto, o maior incentivo para não adiar a reforma do sistema político advém, precisamente, da consciência de que – se não o fizermos agora -, estaríamos muito provavelmente a semear a próxima crise política. Ora, para evitar tal recaída é preferível, ainda antes de se iniciar a campanha eleitoral, parar um bocadinho para pensar um pouco mais e, por conseguinte, assumir a urgência de reformar o sistema político no seu próprio âmago, que é o regime constitucional de governo.

Porventura o que reforça mais ainda este incentivo é a hipótese de vir a gerar-se, num dado momento da evolução da conjuntura política, uma situação atípica, porém, evitável.

Por exemplo, se a opçāo do legislador constituinte determinar que o próximo Presidente da República será Chefe de Estado e de Governo – pergunta-se – que implicação teria isso no calendário eleitoral já aprovado? Ou, para ser mais preciso, que sentido faria num tal cenário – de Presidente da República-Chefe de Estado e de Governo -, eleger os Deputados cinco meses antes, em novembro de 2018? Note-se que o novo Parlamento eleito nestas condições (o parlamento da X Legislatura) teria de aguardar pela eleição (em junho de 2019) do Chefe Estado e de Governo, para só depois disso, poder apreciar e aprovar o Orçamento Geral de Estado e o Programa do novo Executivo. Ora, numa tal perspetiva, torna-se pertinente perguntar se não seria preferível fazer coincidir na mesma data as duas eleições – a dos Deputados e a do Presidente da República-Chefe de Governo?

Bem, se, ao contrário, prevalecer o regime constitucional de Primeiro-ministro-Chefe de Governo, e, por conseguinte, o seu titular resultar da eleição legislativa de novembro de 2018 – com o próximo Chefe de Estado (não sendo Chefe de Governo) a ser sufragado mais tarde, isto é, só em maio-junho de 2019 -, é claro que um tal desfasamento eleitoral não acarretaria nenhuma inconsistência temporal entre os funcionamentos do Parlamento e do Governo.

Enfim, como facilmente se percebe, responder a estas questões é um ponto decisivo para a formulação de estratégias partidárias e agendas pessoais dos atores políticos em vésperas de abertura da campanha eleitoral. E é, se assim se pode dizer, ainda mais importante para o ambiente político na Guiné-Bissau.

  • Duração 

Havendo vontade política e discernimento intelectual – numa palavra:  se tivermos a sorte de contar com uma liderança competente quer da Mesa de Diálogo Nacional quer da Assembleia Nacional Popular, e se também pudermos contar com o respaldo de uma equipa de dois ou três constitucionalistas de reconhecida competência e idoneidade -, as três reformas legislativas críticas (Passo 1, Passo 2 e Passo 3) fazem-se em menos de um mês de trabalho empenhado e profícuo.

[Nota bene: Meter demasiados doutores e demasiados diletantes neste processo criativo de reforma política do Estado é garantir ineficiência e, por conseguinte, um enorme desperdício de tempo que, hoje em dia, é um tempo precioso.]

  • Expetativa

A minha expetativa é baixa, infelizmente para a minha saúde. Tenho esperança, é certo, mas já não consigo ser otimista. Sinto que é muito mais fácil voltarmos a fracassar por inércia; que provavelmente vamos desperdiçar mais esta oportunidade de operar uma transformação político-institucional no bom sentido; que, talvez, vamos defraudar as melhores expetativas de muita gente, entre os nossos compatriotas e muitos estrangeiros amigos, que, neste momento, estão a olhar para nós.

Enfim, surpreende-me ver como as pessoas estão a fazer cálculos de poder muito mais do que a cuidar do nosso bem comum, neste caso, a cuidar do bem político comum dos guineenses que é o Estado guineense bem entendido e bem ordenado. 

Nova Iorque, sede das Naçōes Unidas, 12 de junho de 2018 

Por: Fernando Delfim da Silva

União Africana pretende tornar visível sistema de registo civil nos países africanos

Bissau, 10 Ago 18 (ANG) – A União Africana (UA) pretende dar mais visibilidade ao sistema de registo civil e estatísticas vitais devidamente funcionais em todos os países do continente.

A informação consta num comunicado à imprensa da União Africana enviado à ANG esta sexta-feira no âmbito da comemoração hoje, 10 de Agosto, do Dia do Registo Civil e Estatísticas Vitais Africano (RCEV), sob o lema “ Promover o sistema universal e inovador para boa governação e uma vida melhor”, com propósito de aumentar a consciencialização pública sobre a importância do mesmo.

Segundo o documento, a maioria dos países da África dispunha de um sistema de registo civil há décadas, mas o sistema não funciona adequadamente devido ao fato de que não era obrigatório, universal ou completo.

“A utilização da Tecnologia de Informação (TI) moderna para o sistema de RCEV é mínimo ou inexistente, e quando existe, não é inter-operativa com várias funções do governo, como estatísticas nacionais, prestação de serviços de saúde, gestão de identificação e serviços eleitorais”,refere o comunicado.

A nota explica ainda que a consciencialização sobre a importância multissectorial do sistema de RCEV para propósitos legais, administrativos e estatísticos não é suficiente entre os órgãos de definição política e provedores de serviços público em geral.
A União Africana na sua 32ª sessão ordinária decorrida entre 25 e 26 de Janeiro do ano em curso, em Adis Abeba, Etiópia homologou as recomendações contidas na declaração ministerial.

O documento refere que os RCEV são essenciais para os sistemas administrativos moderno, para a criação de  uma sociedade inclusiva, protecção dos direitos humanos, garantia da prestação adequada de serviços públicos e resolução de  problemas de descriminação e desigualdade entre as questões relacionadas.

“ O registo civil fornece as pessoas documentos legais essenciais indispensáveis que visam garantir os direitos humanos básicos: o nome, identidade, nacionalidade, direitos civis e acesso aos serviços sociais.

A União Africana advertiu ainda que sem um fornecimento contínuo de dados fiáveis sobre eventos vitais, incluindo causas de morte, a partir de um sistema de registo civil universal e com bom funcionamento, as metas de desenvolvimento nacional, regional e global não podem ser medidos e monitorizados adequadamente. 

ANG/JD/ÂC//SG

PM guineense garante que eleições vão ser a 18 de novembro

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau garantiu hoje que as eleições legislativas vão decorrer a 18 de novembro e que o recenseamento vai começar a 23 deste mês.


"Nós vamos realizar as eleições a 18 de novembro. Mais do que nunca estamos numa posição de segurança crescente em relação ao processo eleitoral, particularmente, com a obtenção da possibilidade de termos o dispositivo de recenseamento para iniciarmos o recenseamento a 23 de agosto", afirmou Aristides Gomes, em Bissau.

O primeiro-ministro explicou que o recenseamento pode iniciar-se no dia 23 devido à cooperação com a Nigéria e a uma cooperação suplementar de Timor-Leste.

"Vamos poder começar o nosso recenseamento a 23 [de agosto], cumprindo a lei do recenseamento através de um procedimento que consistirá em recensear as pessoas e entregar imediatamente os cartões de eleitores", salientou.

Aristides Gomes disse também ter consciência das dificuldades, sobretudo, devido ao "período das chuvas", mas garantiu que o Governo vai fazer tudo para que o recenseamento decorra em 30 dias.

"Estamos em condições de iniciar o recenseamento a 23 de agosto. É uma situação que será irreversível. Nós vamos realizar estas eleições", disse.

O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer entre dia 23 deste mês e 23 de setembro. As eleições legislativas estão marcadas para 18 de novembro.

Aristides Gomes foi nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau em abril, tendo formado um Governo em que estão representados partidos políticos com assento parlamentar, conforme previsto no Acordo de Conacri.

A nomeação de Aristides Gomes pôs fim ao impasse político que a Guiné-Bissau vivia há cerca de três anos. O principal objetivo do novo Governo guineense é a organização de eleições legislativas.

O ato eleitoral está orçado em cerca de 7,8 milhões de dólares (cerca de 6,6 milhões de euros) e, na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Cabo Verde em julho passado, o Presidente guineense, José Mário Vaz, pediu um apoio de cerca de três milhões de euros.

"Congratularam as autoridades da Guiné-Bissau pelo anúncio da realização de eleições legislativas, previstas para o dia 18 de novembro de 2018, e apelam à Comunidade de parceiros no sentido da concretização atempada das contribuições já anunciadas, indispensáveis à realização das eleições", lê-se na Declaração de Santa Maria, aprovada pelos chefes de Estado e de Governo lusófonos na cimeira.

tsf.pt/lusa

PJ GUINEENSE DETEVE EM BISSAU UM GUINEENSE NA POSSE DE MAIS DE 04 KG DE DROGA



notabanca

COMER PARA VIVER - Maioria dos indivíduos não come sal suficiente para ser prejudicial

Um novo e controverso estudo canadiano, aponta que consumir sal moderadamente, entre três a cinco gramas diárias, não aumenta de todo o risco de incidência de ataques cardíacos ou de enfartes.
   

Aquela pesquisa apurou ainda que a maioria dos indivíduos não come sal suficiente para que o alimento seja prejudicial para a sua saúde.

Os investigadores garantem que ingerir uma quantidade moderada de sal, entre três a cinco gramas não provoca o aumento da propensão para o desenvolvimento de doenças cardíacas.

Mais ainda, o estudo afirma que para quem ingere diariamente fruta e legumes o risco é virtualmente inexistente.

Os especialistas canadianos estudaram 95 mil indivíduos, provenientes de 18 países.

O professor Andrew Mente, disse: “O organismo humano necessita de nutrientes essenciais para funcionar como o sódio”.

Os investigadores salientaram ainda que, os adultos não devem consumir mais de seis gramas de sal diariamente, mais do que isso poderá levar ao aumento da tensão arterial.

NAOM

Timor-Leste:Major-General das F-FDTL e Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas “defende” Lu-Olo contra Xanana Gusmão

Lere Anan Timur, Major-General das F-FDTL (Forças de Defesa de Timor-Leste) e Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) timorense exortou o partido da coligação que lidera o executivo com maior número de lugares no parlamento, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), liderado por Xanana Gusmão, a “não pressionar” o presidente Francisco Lu-Olo no sentido de empossar o “grupo dos 9”.  


Nesse sentido, Timur declarou ontem que: “É uma questão política e como membro das Forças de Segurança, eu protejo os quatro órgãos do Estado do país, e todas as pessoas, mas quero dizer que eles [CNRT] ameaçaram o Presidente da República e estão a pressioná-lo a ele! O que eles [CNRT] farão caso o presidente não ceda às suas pressões?”

O Major-General das F-FDTL e CEMGFA timorense apelou a que o CNRT “deixe-os [4 orgãos do Estado] fazer o seu trabalho sem pressão”.  

Refira-se que do “grupo dos 9”, 7 são do CNRT, a saber: Francisco Kalbuadi Lay, Hélder Lopes, Tomas do Rosário Cabral, Virgílio Smith, Jacinto Rigoberto Gomes de Deus, Sérgio Gama Lobo, e Amândio de Sá Benevides. 

© e-Global Notícias em Português

Nota de agradecimento de Faladepapagaio ao Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS)

Faladepapagaio deseja expressar gratidão ao UNIOGBIS pelo seminário de gestão dedicado aos gestores de mídia, realizado nos dias 6 e 7 de agosto de 2018 em Bissau.

As ideias coletivas no seminário são muito valiosas. E adquiri certo conhecimento, pois saber nunca é demais.

Faladepapagaio continuamente vai adotar os Código Deontológico das Jornalistas da Guiné-Bissau.






Florença Mariama Iyere

http://faladepapagaio.blogspot.com/

Mortes violentas no Brasil batem recorde em 2017 e chegam a 63.880 casos

O Brasil registou 63.880 assassínios violentos em 2017, um recorde para o país, segundo um relatório divulgado esta quinta-feira pela organização não-governamental Fórum Brasileiro de Segurança Pública.


Em média, sete pessoas foram mortas no país por hora no ano passado, elevando a taxa de homicídios em 2,9% entre 2016 e 2017. No total, o país registou pela primeira vez uma taxa de 30,8 assassínios por cada 100 mil habitantes.

O Brasil teve 55.900 casos de homicídios dolosos (crimes cometidos com intenção prévia de matar), que cresceram 2,1%, 2.460 registos de roubos seguidos de morte, houve uma redução de 8,2%, e 955 registos de lesões corporais seguidas de morte, uma subida de 12% em 2017 na comparação com 2016.

A organização destacou que a maioria do país conseguiu reduzir o número de homicídios em 2017, mas em 12 estados houve um crescimento tão intenso que fez aumentar a percentagem.

Entre os estados mais violentos do Brasil, segundo o relatório, estão Ceará, Acre, Pernambuco e Rio Grande do Norte, todos no norte e nordeste do país.

Os estados com menor taxa de assassínios violentos foram São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal.

O estudo mostrou que 5.144 ocorreram no âmbito de operações da polícia, um crescimento de 20% em relação a 2016. Isso significa que 14 pessoas foram mortas por dia por agentes da polícia no Brasil.

Já o número de polícias mortos violentamente caiu 4,9%, somando 367 casos. Embora o índice tenha recuado, um agente da polícia civil ou militar foi assassinado por dia no Brasil em 2017.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número registado de violações subiu 8,4% em relação a 2016, totalizando 60.018 casos.

Houve 221.238 registos de violência doméstica e 1.133 casos de crime de ódio baseado no género em 2017.

O estudo também apontou que 82.684 pessoas desapareceram no país apenas em 2017.

Embora a violência que resultou em morte tenha crescido no Brasil, o estudo indicou que os gastos governamentais com o financiamento da política de segurança pública no país subiram 0,8%, totalizando 84,7 mil milhões de reais (19,2 mil milhões de euros).

O levantamento divulgado hoje levou em consideração apenas informações oficiais compiladas de registos das polícias sobre criminalidade, sistema prisional e gastos com segurança pública.

interlusofona.info

IDRISSA DJALO CONSIDERA DE CRIME A POSIÇÃO DE JOSE MARIO VAZ, EM ANUNCIAR PREÇO DE CASTANHA DE CAJU NO VALOR DE MIL FCFA

Idrissa Djalo, lider do Partido da Unidade Nacional (PUN) considerou hoje de crime a posição do Presidente da Republica da Guiné-Bissau, José Mario Vaz em anunciar o preço de castanha de caju no valor de mil FCFA por cada kilograma, logo no início da campanha de caju.


"Criminosamente José Mario Vaz falou à população pra não vender castanhas de caju a menos de mil francos CFA, e hoje as castanhas de caju restaram nas mão dos agricultores e não ha compradores. Os agricultores devem trazer suas castanhas de caju e entregar ao presidente da Republica, para que José Mario Vaz possa lhes reembolsar o dinheiro" diz Idrissa Djalo.

Por outro lado Djalo acusou José Mario Vaz de trair confiança da população: - " José Mario Vaz sabia muito bem o que queria, quando anunciava o preço de castanha de caju no valor de 1000 FCFA; ele usou a confiança que o povo tinha na instituição presidencial.

Idrissa Djalo encoraja os agricultores para dirigirem-se junto ao presidente da Republica, para pedir lhe contas das suas promessas.

Bissau On-line

É certo ou errado beijar seus filhos na boca? Terapeutas mostram como isso afeta seu filho

Há alguns dias, Victoria Beckham publicou uma foto dela beijando sua filha na boca com uma mensagem amorosa que dizia “Feliz aniversariante … Nós todos amamos você tanto … Beijos da múmia X”, e ela jogou mundo em uma enorme conversa controversa.


Tanto as pessoas em geral quanto os especialistas concordaram com os estudos ou com suas experiências pessoais. Embora não haja consenso sobre essa prática, essas descobertas lançam alguma luz sobre o dilema.

ISSO É RUIM

A Dra. Charlotte Reznick, psicóloga da Universidade da Califórnia, disse que um “beijo” nos lábios dos pais pode causar confusão.
“Se você começa a beijar seus filhos na boca quando eles são jovens, quando você para? É extremamente confuso”, disse Reznick.

As crianças crescem e deixam de ser bebês. Quando atingem 5 ou 6 anos, eles se tornam conscientes de seus corpos e sexualidade. Reznick disse que eles podem realmente ser estimulados por um beijo nos lábios.

Para uma criança, esse beijo é extremamente confuso. Eles vêem o pai e a mãe se beijando na boca, e então mamãe e papai vêm e fazem o mesmo com eles. É o suficiente para confundir qualquer mente jovem sobre papéis, emoções e sentimentos.

Parar no momento apropriado parece ser a solução; mas nem todas as crianças se desenvolvem e amadurecem ao mesmo tempo, o que dificulta a identificação de uma idade específica.

Minha filha acha absurdo que pais beijando seus filhos nos lábios possam ser considerados sexuais. “É normal e saudável demonstrar afeição por seus filhos. Você está comunicando aos seus filhos que os ama”, explicou Martin a um jornal local da Austrália.

Ela também afirma que não há documentação para provar que beijar seus filhos na boca cria problemas mais tarde.

Da mesma forma, o Dr. Heather Irvine-Rundle, sugere que a conclusão do Dr. Reznick é ultrajante. “Não leva em conta os relacionamentos que são seguros e confiáveis. Não há nada sexual em beijar um bebê na boca.”

E AI QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O ASSUNTO?

As pessoas em geral e os especialistas concordaram com os estudos ou com suas experiências pessoais. Embora não haja consenso sobre essa prática, essas descobertas lançam alguma luz sobre o dilema. 

segundoevangelho.com

CAF SUSPENDE ÁRBITRO GUINEENSE ADÉRITO DA SILVA POR ALEGADA CORRUPÇÃO

O árbitro assistente da Guiné-Bissau, Adérito Maria da Silva foi suspenso, provisoriamente, de toda actividade ligada ao futebol pela Confederação Africana de Futebol (CAF) por alegado envolvimento em actos de corrupção.


A Confederação Africana de Futebol, CAF, divulgou na última quarta-feira, uma lista de vários árbitros sancionados por alegada corrupção.

Na lista divulgada pela CAF que O Golo GB teve acesso, figura nome do árbitro assistente guineense, Adérito Maria da Silva, suspenso provisoriamente de todas as actividades ligadas ao futebol da CAF, até a análise do seu caso pelo Júri disciplinar da entidade que rege o desporto-rei africano, na mesma situação se encontram os seguintes juízes

– Bello Aboudou, árbitro (Benin)
– Baba Leno, árbitro (Guiné-Conakry)
– Aderito Maria Silva, árbitro assistente (Guiné-Bissau)
– Daouda Gueye, árbitro (Senegal)
– Nkounkou Messie, árbitro (Congo)
– Yamba Armand Gildas, árbitro assistente (Congo)
– Blaise Boutamba, árbitro assistente (Congo)
– Hamada Nampiandraza, árbitro (Madagáscar).

Ainda o Júri Disciplinar da Confederação Africana de Futebol (CAF) anunciou ter sancionado vários árbitros por questões ligadas à corrupção dos quais um árbitro assistente ganês foi excluído vitaliciamente de todas as actividades ligadas ao futebol da CAF.

Outros árbitros ganeses foram punidos com 10 anos de suspensão de todas as actividades ligadas ao futebol da CAF.

Trata-se de David Laryea, árbitro assistente (Gana), Lathbrige Reginald, árbitro (Gana), Nantierre Eric, árbitro assistente (Gana), Fleischer Cecil, árbitro (Gana), Ouédraogo Dawood, árbitro (Gana), Salifu Malik, árbitro assistente (Gana), Akongyam Theresa, árbitro assistente (Gana) e Joseph Wellington, instrutor técnico (Gana).

//ogologb

radiojovem.info

DIRIGENTES CRITICAM FIFA POR PASSIVIDADE NA “GESTÃO DANOSA” DA FEDERAÇÃO GUINEENSE

Um grupo de dirigentes de futebol da Guiné-Bissau questionou hoje o que considera ser a passividade da FIFA perante aquilo que dizem ser uma “gestão danosa” dos fundos que o organismo deu à federação do país.

Serifo Sow disse à agência Lusa que o grupo se encontrou hoje com o secretário de Estado do Desporto, Florentino Dias, para lhe explicar “as inúmeras irregularidades com as contas da Federação” e ainda pedir uma intervenção das autoridades.

O grupo pretende que o Governo retire estatuto de utilidade pública à federação de futebol, tal como fez com a federação do atletismo.

Em relação à FIFA, um dos principais financiadores do futebol guineense, o grupo de dirigentes “estranha a passividade” e ainda questiona como é que é possível que o organismo valide as contas “sem, ao mínimo mandar uma inspeção”, verificar a execução no terreno.

O porta-voz do grupo acusou a federação guineense de futebol de ter funcionado durante três anos sem orçamento e plano anual, “com duodécimos” e ainda de estar a contrair dívidas com pessoas singulares com uma taxa de juro de 35%, o que disse ser “muito grave”.

Sow explicou que este grupo quer que a FIFA mande uma inspeção ao terreno e que fale com o Governo e entidades ligadas ao futebol, para saber se os fundos enviados para o país são bem utilizados ou não.

“Estamos preocupados com o silêncio da FIFA que tem enviado tantos fundos para Guiné-Bissau”, observou Serifo Sow, que foi diretor-geral do Benfica de Bissau, até se demitir em desacordo pelo facto de o clube ter apoiado a federação num congresso.

O dirigente acrescentou que a FIFA “deve abrir os olhos” em relação à Guiné-Bissau, lembrando que o organismo dá o mesmo dinheiro a Cabo Verde, Gâmbia, Senegal e outros países vizinhos e estes têm construído infraestruturas o que, diz, não acontecer no caso guineense.

“Até hoje só temos um único campo com relva sintética, quando outros países têm muitos, tudo construído com verbas da FIFA”, sublinhou Serifo Sow.

O dirigente não sabe se a “FIFA tem informações credíveis ou se está a negligenciar as suas responsabilidades” em relação aos fundos que entrega à Guiné-Bissau.

Serifo Sow disse que fala em nome dos 14 clubes – entre os da primeira e segunda divisão – que não participaram no último campeonato de futebol, devido às divergências com a federação, da qual a agência Lusa tentou obter uma reação da federação, mas sem sucesso. 

In lusa

OdemocrataGB