quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Zelensky diz que adesão à NATO está na Constituição da Ucrânia... O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sublinhou hoje que a adesão à NATO está inscrita na Constituição do país, que não tenciona alterar por exigência da Rússia.

Por LUSA 

"Não vou mudar a minha Constituição - que é o que os ucranianos decidiram - só porque isso é o que a Rússia quer", referiu Zelensky, numa conferência de imprensa após ter-se reunido com os líderes da União Europeia (UE) em Bruxelas, acrescentando que a Ucrânia acredita merecer as garantias de segurança para travar o conflito em curso e prevenir outra eventual agressão russa.

Referindo que em Washington, desde a Presidência norte-americana liderada pelo democrata Joe Biden, lhe dizem que a Ucrânia não entrará na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o chefe de Estado ucraniano frisou que o seu objetivo é "tentar mudar essas posições".

"Temos na Constituição a adesão à NATO e queremo-la, essas são verdadeiras garantias de segurança", afirmou.

"A política dos Estados Unidos é que não nos vê na NATO, por agora. Mas tudo na política é por agora, a política muda e podem chegar à conclusão que a Ucrânia reforça a NATO", prosseguiu.

"Só os membros da NATO podem dizer quem querem lá", afirmou o governante.

E concluiu: "A nossa posição mantém-se e o nosso desejo de entrar na NATO também".

Os líderes dos 27 da UE estão hoje reunidos em Bruxelas para discutir o apoio financeiro à Ucrânia em 2026 e 2027, sendo a principal questão do encontro a eventual aprovação de um empréstimo de reparações com base nos ativos russos imobilizados.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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