© Vitalii Nosach/Global Images Ukraine via Getty Images Por Lusa 10/12/2024
O Departamento de Estado norte-americano aprovou hoje a venda de serviços de manutenção de aviões F-16 norte-americanos nas mãos do exército ucraniano, no valor de 266,4 milhões de dólares.
A decisão surge em resposta a um pedido do governo ucraniano e inclui a manutenção dos aviões e dos seus acessórios, atualizações de software, formação do pessoal que opera os aviões e preparação dos documentos necessários para o seu manuseamento.
Em comunicado, o departamento garante que estes serviços "não vão alterar o equilíbrio militar básico na região", mas também diz que vão "aumentar a capacidade da Ucrânia para lidar com ameaças futuras", sem mencionar especificamente a guerra que o país está a travar com a Rússia.
A Ucrânia recebeu os seus primeiros caças F-16 no mês de agosto, cujo número exato não é conhecido, e já nessa altura o Presidente Volodymir Zelenski afirmou que "não eram suficientes", mas que esperava receber mais num futuro próximo.
Segundo a agência EFE, a nova frota vem reforçar as capacidades aéreas ucranianas, que até então consistiam em aviões da era soviética.
Este último serviço prestado às forças armadas ucranianas surge na véspera da mudança de governo na Casa Branca, a 20 de janeiro, e com receios de que o novo presidente, Donald Trump, se recuse a seguir a mesma estratégia de armar as forças armadas de Kiev e privilegie as negociações de paz.
Hoje os Estados Unidos anunciaram também a libertação de 20 mil milhões de dólares para a Ucrânia, no âmbito de um empréstimo de 50 mil milhões de dólares prometido por países do G7, em colaboração com o Banco Mundial.
"Os Estados Unidos cumpriram o seu compromisso de outubro (...), transferindo estes fundos" para a iniciativa do Banco Mundial dedicada à Ucrânia, "através da qual serão disponibilizados" a Kiev, explicou o Departamento do Tesouro norte-americano, num comunicado.
Esta contribuição dos Estados Unidos - para um fundo aprovado pelo conselho executivo do Banco Mundial, em outubro, para apoiar a Ucrânia com contribuições dos Estados Unidos, Canadá e Japão - será reembolsada através da devolução dos juros dos ativos russos congelados devido às sanções ocidentais.
O montante de ativos russos congelados nos países do G7 - uma grande parte na Bélgica, através da câmara de compensação Euroclear - ascende a cerca de 300 mil milhões de euros, o que gera até três mil milhões de euros em receitas por ano.
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