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POR LUSA 25/01/24
A China condenou hoje a passagem de um contratorpedeiro norte-americano pelo Estreito de Taiwan como uma provocação que "prejudica a paz e a estabilidade" na região, afirmando que as suas forças militares monitorizaram o navio e responderam aos movimentos.
"O [contratorpedeiro] Arleigh Burke USS John Finn navegou pelas águas do Estreito de Taiwan em 24 de janeiro com o objetivo de provocar problemas e procurar notoriedade", disse hoje o porta-voz Shi Yi, numa declaração publicada na conta oficial do Teatro de Operações Oriental do exército chinês na rede social Weibo.
Shi disse que o Exército de Libertação Popular da China organizou tropas para seguir e avistar o navio norte-americano e atuou "de acordo com a lei e os regulamentos".
O porta-voz acusou os EUA de "frequentes atos de provocação" que "minam maliciosamente a paz e a estabilidade regionais". Ele assegurou ainda que as forças do Comando do Teatro Oriental da China estão "sempre em alerta" e "defenderão resolutamente a soberania e a segurança nacionais e a paz e a estabilidade regionais".
O porta-voz do ministério da Defesa chinês, Wu Qian, afirmou hoje que as Forças Armadas chinesas efetuaram recentemente patrulhas conjuntas de rotina no espaço aéreo e marítimo em torno de Taiwan.
O porta-voz afirmou que os exercícios militares têm como objetivo "elevar o nível de treino realista das tropas e reforçar a capacidade de defender a soberania e a integridade territorial do país".
Wu sublinhou que a situação real no Estreito de Taiwan é que "a soberania e o território da China nunca foram divididos, e o estatuto legal e o facto de Taiwan fazer parte da China nunca mudaram".
A passagem do USS John Finn pelo Estreito de Taiwan marca o primeiro movimento de um navio de guerra norte-americano na zona desde 13 de janeiro, data em que se realizaram eleições presidenciais na ilha, nas quais o candidato o atual vice-presidente William Lai venceu com 40% dos votos.
A questão de Taiwan é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar no caso de um conflito militar com a República Popular da China.
Pequim considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá em 1949, depois de terem perdido a guerra civil contra o exército comunista.
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