quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

A manifestação contra a dissolução do Parlamento da Guiné-Bissau, convocada pela coligação PAI- Terra Ranka, não teve lugar esta quinta-feira, como estava previsto. A polícia não permitiu a aglomeração de pessoas na capital guineense.

Bissau. 14 de Dezembro de 2023 © Lígia Anjos/RFI 

Por: Mussá Baldé  RFI  18/01/2024

 Manifestação contra dissolução do Parlamento reprimida na Guiné-Bissau

A manifestação de desagrado pela dissolução do Parlamento da Guiné-Bissau, convocada pela coligação PAI- Terra Ranka, não teve lugar esta quinta-feira, 18 de Janeiro, como estava previsto. A polícia não permitiu a aglomeração de pessoas na capital guineense.

A coligação PAI-Terra Ranka, que tem convocado o povo a sair às ruas de Bissau, afirma que a manifestação prevista para esta quinta-feira não aconteceu devido à acção da polícia.

A coligação, vencedora das eleições legislativas de Junho passado, defende que a polícia fez cordões à volta da cidade de Bissau, impedindo a saída dos possíveis manifestantes dos respectivos bairros.

Nas primeiras horas desta quinta-feira foi visível a presença de agentes da polícia nos cruzamentos e pontos de acesso ao centro da capital. A quantidade de polícias foi inferior à manifestação de dia 8 de Janeiro, em que as forças de ordem usaram granadas de gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes.

Segundo o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera a coligação PAI-Terra Ranka, que pelo menos quatro dirigentes do partido teriam sido detidos pela polícia, quando tentavam aglomerar pessoas para iniciar a manifestação.

Os dirigentes, alegadamente detidos durante algumas horas, estariam já em liberdade. O Ministério do Interior proibiu a realização de qualquer manifestação pública com a alegação de estarem em curso operações de busca e apreensão de armas de fogo, que poderão estar em mãos alheias.

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