terça-feira, 6 de junho de 2023
Guiné-Bissau: MADEM G-15 fala de especulações demagógicas sobre os resultados eleitorais
GUINÉ-BISSAU: CEDEAO felicita guineenses por sentido de civismo e participação
POR LUSA 06/06/23
A missão de observadores eleitorais da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) às legislativas de domingo na Guiné-Bissau felicitou hoje os guineenses pelo "sentido de civismo" e participação no escrutínio de domingo.
"A missão registou uma taxa de participação relativamente forte e verificou o caráter pacífico e participativo do escrutínio e o bom domínio dos procedimentos de voto", afirmou Jorge Carlos Fonseca, ex-presidente de Cabo Verde e chefe da missão de observação eleitoral da CEDEAO, numa declaração preliminar lida numa unidade hoteleira, em Bissau.
Na declaração preliminar, a missão de observação eleitoral da CEDEAO felicita o "Governo e os órgãos de gestão das eleições por terem seguido o cronograma eleitoral apesar das dificuldades financeiras e técnicas".
Segundo Jorge Carlos Fonseca, o "sentido de civismo mostrados pelos guineenses", nomeadamente a sua disciplina e "notável participação", contribuiu para o "desenrolar pacífico e sereno do escrutínio eleitoral".
"A missão felicita todas as partes concernentes a continuar a trabalhar em sinergia para consolidar a estabilidade política e promover o desenvolvimento do país", disse.
A missão de observação eleitoral recomendou às instituições guineenses a melhoria do quadro legal do país e exortou às partes envolvidas no processo eleitoral a "respeitar os canais regulamentares de publicação dos resultados", os acordos assinados e a "absterem-se de qualquer proclamação de resultados fora dos canais oficiais".
A CEDEAO enviou para a Guiné-Bissau uma missão eleitoral de longa duração, composta por 13 peritos eleitorais, que vão permanecer no país para a gestão do período posterior à divulgação dos resultados, e uma de curta duração, que incluía 60 observadores internacionais.
A Guiné-Bissau preside atualmente à CEDEAO, que integra também o lusófono Cabo Verde, além de Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.
Quase 900 mil eleitores guineenses foram chamados domingo às urnas para escolher entre os candidatos apresentados por 20 partidos e duas coligações os próximos 102 deputados do país.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) deverá divulgar os resultados provisórios das eleições na quarta-feira.
Leia Também: Guiné. Observação eleitoral da CPLP saúda "forma ordeira" do escrutínio
Casa flutua no rio Dniepre após destruição de barragem. As imagens
© Nexta / Twitter
Notícias ao Minuto 06/06/23
De notar que, face ao desastre, a Ucrânia anunciou que vai retirar 17 mil civis das zonas inundadas em torno da barragem.
Uma residência foi vista a flutuar no rio Dniepre, na sequência das inundações provocadas pela destruição da barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, esta terça-feira.
De notar que, face ao desastre, a Ucrânia anunciou que vai retirar 17 mil civis das zonas inundadas em torno da barragem, parcialmente destruída por uma explosão, cuja autoria gerou trocas de acusações entre Kyiv e Moscovo.
Cerca de 800 pessoas, 66 das quais com mobilidade reduzida, foram retiradas pela Cruz Vermelha e pelos serviços de emergência ucranianos, que detalharam, através das redes sociais, que pelo menos 80 localidades estão em risco de inundações.
Recorde-se que a destruição parcial da barragem, numa região controlada pelas forças russas, provocou inundações em pelo menos 24 localidades, segundo anunciou o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko.
Considerada no início da invasão como um alvo prioritário para os russos, esta barragem hidroelétrica no rio Dniepre está agora na linha da frente entre as regiões controladas por Moscovo e o resto da Ucrânia.
Segundo Kyiv, "cerca de 16 mil pessoas encontram-se numa zona crítica", ameaçadas pelas inundações provocadas pela destruição parcial da barragem, dando ainda conta de que 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas no rio Dniepre.
Moscovo disse que 14 localidades, onde vivem "mais de 22 mil pessoas", estão sob ameaça, mas considerou que a "situação está totalmente sob controlo".
A barragem situa-se a 150 quilómetros da central nuclear de Zaporíjia, mas a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse que as cheias provocadas pela destruição da infraestrutura não representam um perigo imediato para a central.
Construída na década de 1950, durante o período soviético, a barragem permite o envio de água para o canal da Crimeia do Norte, que parte do sul da Ucrânia e atravessa toda a península ocupada e anexada por Moscovo desde 2014.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis desde o início da guerra e 15.117 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
França "extremamente preocupada" com situação no Senegal apela ao diálogo
© Getty Images
POR LUSA 06/06/23
A chefe da diplomacia francesa apelou hoje a "todos os senegaleses para que se abstenham da violência", manifestando confiança na sua capacidade de pôr termo ao surto de violência no país, "através de um diálogo inclusivo, pacífico e democrático".
"Estamos preocupados com a violência que eclodiu na semana passada e a França tem manifestado esta opinião desde o início dos acontecimentos", disse Catherine Colonna, numa intervenção no parlamento francês.
"Estamos extremamente preocupados porque o Senegal é um país amigo e um parceiro importante para a França", acrescentou.
Na semana passada, o Senegal viveu o pior momento de violência dos últimos anos, após a condenação em tribunal do líder da oposição, Ousmane Sonko, candidato às eleições presidenciais de 2024.
Sonko foi absolvido da acusação de violação de uma empregada de um salão de beleza em Dacar, mas o tribunal condenou-o a dois anos de prisão por ter incitado a jovem a cometer um atentado ao pudor.
O caso dominou as manchetes dos jornais durante dois anos. Mas a questão da violência sexual foi relegada para segundo plano devido à politização do caso.
A condenação torna Sonko inelegível para as eleições presidenciais de 2024.
O Presidente, Macky Sall, principal alvo das críticas de Ousmane Sonko, continua sem esclarecer sobre as suas intenções para 2024, mas existe uma forte oposição à sua candidatura com base no respeito pela Constituição, que impede um terceiro mandato.
No parlamento francês, Catherine Colonna salientou que confia nos senegaleses.
"Tenho confiança na capacidade do povo para resolver esta crise, para sair deste momento difícil através de um diálogo inclusivo, pacífico e democrático, para que as eleições de 2024 possam ser realizadas de acordo com as regras da democracia e da lei, e na tradição deste país", disse Catherine Colonna.
Para tentar conter a violência, que provocou a morte de 16 pessoas, as autoridades senegalesas cortaram no domingo o acesso à Internet móvel.
"Devido à disseminação de mensagens de ódio e subversivas num contexto de perturbação da ordem pública em algumas localidades do território nacional, a Internet de dados móveis encontra-se temporariamente suspensa em algumas faixas horárias", anunciou o Ministério das Comunicações, Telecomunicações e Economia Digital através de um comunicado.
"As operadoras de telecomunicações são obrigadas a cumprir os requisitos notificados", acrescentou, algo que foi confirmado através da rede social Twitter pela empresa Orange.
O portal Netblocks também noticiou a interrupção do serviço neste país vizinho da Guiné-Bissau, e a agência espanhola Efe pôde verificar, em Dacar, as dificuldades no envio de mensagens através da aplicação de mensagens Whatsapp.
As autoridades senegalesas impuseram esta medida depois de já na quinta-feira terem restringido o acesso às redes sociais (como Twitter e Facebook), algo criticado por organizações como a Amnistia Internacional e a Repórteres sem Fronteiras, que considera que o trabalho dos jornalistas no Senegal está gravemente perturbado.
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Finlândia expulsa nove diplomatas russos por espionagem
© Lusa
POR LUSA 06/06/23
As autoridades finlandesas anunciaram hoje que se preparam para expulsar nove diplomatas russos colocados em Helsínquia por atividades de espionagem.
"A Finlândia vai expulsar nove pessoas da embaixada russa que trabalhavam em serviços de informações", afirmou o Governo finlandês num comunicado divulgado após uma reunião com o Presidente, Sauli Niinisto, e com o Conselho Ministerial de Política Externa e de Segurança.
"As decisões são baseadas na avaliação do Serviço de Segurança e Informações finlandeses (SUPO)", disse Marja Liivala, diretora-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em declarações à agência France-Presse (AFP).
Segundo o SUPO, as expulsões são "um grande revés para os serviços de informação russos na Finlândia", indicou o organismo na rede social Twitter.
As relações entre os dois países vizinhos deterioraram-se após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que levou a Finlândia a romper com décadas de não-alinhamento militar ao candidatar-se à adesão à NATO em maio de 2022 e da qual se tornou oficialmente membro em abril passado.
Em maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Pekka Haavisto, indicou que a Rússia congelou as contas bancárias da embaixada finlandesa em Moscovo e do consulado em São Petersburgo no final de abril.
O congelamento coincidiu com o anúncio da estatal finlandesa Fortum de que Moscovo tinha assumido o controlo da sua subsidiária russa, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a assinar um decreto que aprovava a aquisição.
Em fevereiro, a Finlândia também iniciou a construção de uma vedação de 200 quilómetros na fronteira com a Rússia, face a receios de um potencial fluxo migratório procedente do território russo.
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Madem-G15 promove conferência de imprensa sobre a votação do Domingo_ legislativas 04 junho.
CNE reage ataques contra a instituição.
Radio Voz Do Povo
Conferência de Imprensa das Missões de Observadores Eleitorais Internacionais ( CEDEAO, União Africana e CPLP)
PRS aguarda com serenidade os resultados oficiais a serem divulgados pela Comissão Nacional das Eleições-CNE.
Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 - A Plenária da CNE - Assunto: Exposição para os devidos efeitos
Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC e cabeça de lista da Coligação PAI-TERRA RANKA está em conferência de imprensa, para anunciar a maioria absoluta nas eleições legislativas de domingo 04 Junho.
Ucrânia. Inundações em 24 localidades após destruição de barragem
© Reuters/via REUTERS
POR LUSA 06/06/23
A destruição parcial da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, provocou já inundações em 24 localidades e cerca de mil civis foram retirados da zona, anunciou hoje o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko.
"Nesta fase, 24 localidades da Ucrânia foram inundadas. O Ministério do Interior já retirou cerca de mil pessoas. A evacuação [das zonas afetadas] continua", disse Klymenko à televisão ucraniana, segundo a agência francesa AFP.
As autoridades ucranianas disseram anteriormente que as inundações podem afetar 26 mil pessoas em 80 localidades.
A aplicação Maps da Google já assinala as cheias na região de Kherson, onde se situa a barragem.
Kiev e Moscovo acusaram-se mutuamente pela destruição da barragem.
A Rússia perdeu o controlo de parte da região de Kherson durante uma contraofensiva ucraniana em outubro, controlando agora apenas a margem esquerda do rio Dniepre.
Kherson é uma das quatro regiões anexadas pela Rússia em setembro, sete meses depois de ter invadido a Ucrânia.
Na mesma altura, Moscovo declarou como anexadas as regiões de Donetsk, Lugansk e Zaporijia, onde se situa a maior central nuclear da Europa.
A Rússia já tinha ocupado e anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.
O conflito na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
Leia Também: Os aliados europeus da Ucrânia condenaram hoje a destruição da barragem ucraniana de Nova Kakhovka e alguns líderes destes países afirmaram que o incidente pode ser considerado "um crime de guerra".
Leia Também: A Ucrânia anunciou que 150 toneladas de óleo de motor foram derramadas hoje no rio Dniepre, na sequência da destruição da barragem hidroelétrica de Kakhovka, no sul do país, alertando para um risco ambiental.
Leia Também: Ucrânia pede reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU
Portugal: Proibida a exportação de 101 medicamentos
Por sicnoticias.pt 06/06/23
Esta proibição destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.
Vacinas contra a hepatite A, contra a difteria, tétano e tosse convulsa estão entre os 101 medicamentos que estão proibidos desde esta terça-feira para exportação, segundo uma circular informativa do Infarmed.
A circular informativa da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) atualiza os medicamentos que estão com a exportação temporariamente suspensa, uma lista que abrange todos os fármacos críticos que estiveram em rutura no mês de maio, bem como os medicamentos que estejam a ser abastecidos ao abrigo de autorização de utilização excecional.
A lista que entra esta terça-feira em vigor integra 101 apresentações de fármacos de várias categorias e substâncias ativas, entre os quais medicamentos para o tratamento da diabetes, antibacterianos, antipsicóticos, antipiréticos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, a vacina adsorvida pneumocócica poliosídica conjugada.
Segundo o Infarmed, esta proibição destina-se a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes.
Ressalva que "esta proibição se aplica aos medicamentos incluídos na lista e não a medicamentos fabricados para exportação".
O Infarmed integra a rede europeia de pontos de contacto das autoridades nacionais competentes, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) e da Comissão Europeia que, desde abril de 2019, é utilizada para a partilha de informação sobre ruturas de abastecimento e questões de disponibilidade de medicamentos autorizados na União Europeia.
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Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa ( ROJAE-CPLP) apresenta declaração preliminar sobre as eleições legislativas.
ROUBO NA OBRAS DE AUTO-ESTRADA AEROPORTO SAFIM.
Três marginais prindido és madrugada na Auto estrada 🛣️ Aeroporto Safim, tudo tá indica de kuma é sta ba na tentativa de rinka varões ku sta armando na Baletas de obra 🏗️ em curso.
Por Nickson Mendonça Da Silva
GUERRA NA UCRÂNIA: Destruição de barragem qualificada como "ato ultrajante"
© Getty
POR LUSA 06/06/23
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, qualificou hoje como um "ato ultrajante" a destruição da barragem ucraniana de Kakhovka, considerando que demonstra a brutalidade da guerra da Rússia na Ucrânia.
"A destruição da barragem de Kakhovka coloca hoje em risco milhares de civis e causa graves danos ambientais", escreveu Stoltenberg na rede social Twitter.
"Este é um ato ultrajante, que demonstra mais uma vez a brutalidade da guerra da Rússia na Ucrânia", acrescentou.
A Ucrânia acusou hoje a Rússia de ter destruído a barragem situada na região de Kherson (sul), uma das quatro que Moscovo declarou como anexadas em 30 de setembro de 2022, sete meses depois de ter invadido o país vizinho.
A Rússia atribuiu a destruição da barragem no rio Dnipro às forças ucranianas.
Leia Também: A Ucrânia denunciou hoje a Rússia como um "Estado terrorista" perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), acusando-a de ter destruído a barragem de Kakhovka, no sul do país.
Agente do FBI condenado por espiar para a Rússia morre em prisão dos EUA
© PAUL J. RICHARDS/AFP via Getty Images
POR LUSA 06/06/23
O agente norte-americano do FBI Robert Hanssen, espião para a extinta União Soviética e depois para a Rússia, morreu segunda-feira numa prisão nos Estados Unidos onde cumpria 15 penas consecutivas de prisão perpétua por trair os Estados Unidos.
Robert Hanssen, de 79 anos, foi "encontrado inconsciente" por volta das 07:00 horas locais (13.00 GMT), na prisão federal "Supermax" em Florence, no Colorado, onde estava desde 2002, informaram os serviços prisionais norte-americanos em comunicado.
A nota, sem fornecer detalhes sobre o motivo da morte, especifica que nenhum prisioneiro ou funcionário da prisão foi ferido e que não houve perigo para o público.
Robert Hanssen foi preso em 2001 e declarou-se culpado de 15 acusações de espionagem por vender material confidencial à União Soviética e à Rússia durante os últimos anos da Guerra Fria.
Na sua página de internet, o FBI refere-se a Robert Hanssen como "o espião mais prejudicial" da história, com atividades de espionagem desde 1985, nove anos depois de ingressar no FBI.
Ucrânia acusa Rússia de destruir barragem e alerta para inundações
© Twitter/ Mykhailo Podolyak
POR LUSA 06/06/23
As autoridades ucranianas acusaram hoje as tropas russas de fazerem explodir a barragem da central hidroelétrica de Kakhovka e pediram aos residentes nas zonas junto ao rio Dnipro, no sul da Ucrânia, que abandonem as habitações.
O Comando Sul das Forças Armadas ucranianas avançou a destruição da infraestrutura, a 60 quilómetros da cidade de Kherson, e indicou que está a investigar a extensão dos danos, bem como a velocidade e a quantidade de água que deverá afetar as áreas vizinhas.
O chefe da Administração Militar Regional de Kherson, Oleksandr Prokudin, disse, num vídeo publicado na plataforma Telegram, pouco antes das 07:00 (05:00 em Lisboa), que "o exército russo cometeu mais um ato de terror" e alertou que a água deverá atingir "níveis críticos" dentro de cinco horas.
O Ministério do Interior ucraniano pediu aos residentes de 10 aldeias na margem direita do rio Dnipro e de partes da cidade de Kherson que reúnam os documentos essenciais e animais de estimação, desliguem os aparelhos elétricos e abandonem as casas.
Imagens que circulam nas redes sociais, e que parecem ser de uma câmara de vigilância, com vista para a barragem, mostram um foco de luz, uma explosão e a barragem a desabar.
O chefe do gabinete da Presidência ucraniana, Andriy Yermak, revelou que o Presidente Volodymyr Zelensky, convocou, de forma urgente, uma reunião do Conselho de Segurança do país, após "mais um crime de guerra cometido pelo terroristas russos".
Em resposta, Moscovo disse que a barragem desmoronou "devido a danos" causados pelo conflito, confirmando que os terrenos próximos estão a sofrer inundações.
"A barragem não aguentou, um suporte desabou e a inundação começou", disse uma fonte à agência de notícias oficial russa TASS.
O autarca da cidade ocupada de Nova Kakhovka disse que, por volta das 02:00 (23:00 de segunda-feira em Lisboa), as forças ucranianas realizaram "uma série de ataques à central hidroelétrica de Kakhovka, que destruíram as válvulas".
Também de acordo com a TASS, Vladimir Leontiev disse a água estava a sair da represa "de forma incontrolável".
A Ucrânia e a Rússia tinham vindo a trocar acusações sobre alegados ataques à barragem e, em outubro, Zelensky avisou que a Rússia tinha colocado explosivos na estrutura para causar uma inundação e dificultar o avanço das tropas ucranianas.
Em fevereiro, os níveis da água na barragem de Kakhovka estavam tão baixos que muitos temiam um colapso na central nuclear de Zaporijia, ocupada pelos russos, cujos sistemas de arrefecimento são abastecidos com água de um reservatório mantido pela barragem.
Em meados de maio, após fortes chuvas e com a neve de inverno a derreter, os níveis da água subiram além dos níveis normais, inundando aldeias próximas.
Leia Também: O presidente do Conselho Europeu disse hoje que vai propor aos líderes da União Europeia (UE) maior assistência à Ucrânia pelo "ataque sem precedentes" à central hidroelétrica de Kakhovka, acusando a Rússia de cometer um crime de guerra.
Leia Também: Líder do Wagner descreve balanços russos na Ucrânia como "fantasias"
Senegal vive calmaria após dias de confrontos
Por DW.COM 06/06/23
No Senegal, após as violentas manifestações que abalaram o país nos últimos dias, a situação acalmou. Há pelo menos 500 detidos e 16 mortos. E o Governo tenta o diálogo para manter a ordem.
Nesta segunda-feira (05.06), a polícia senegalesa informou que pelo menos 16 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas nos confrontos entre as forças policiais e apoiantes do líder da oposição Ousmane Sonko.
Sonko, que ficou em terceiro lugar nas presidenciais de 2019, foi condenado há dias a dois anos de prisão, acusado por corrupção de menores. Mas os seus apoiantes, na sua maioria jovens, acusam o Governo de manobras para tentar impedir a sua candidatura às eleições presidenciais de 2024.
Em protesto, saíram às ruas na última quinta-feira envolvendo-se em confrontos violentos com as autoridades policiais.
Polícia e manifestantes entraram em confronto em Dakar nos últimos diasFoto: ZOHRA BENSEMRA/REUTERS
Pelo menos 500 detidos
Cerca de 500 pessoas estão detidas e a polícia denuncia a presença de forças ocultas entre os manifestantes.
"As pessoas detidas durante estes acontecimentos são sobretudo indivíduos armados e perigosos. Entre elas, identificámos também menores e pessoas de nacionalidade estrangeira. A maioria das pessoas detidas estava na posse de cocktails Molotov e de armas brancas, bem como de armas de fogo de grande calibre", de acordo com Ibrahima Diop, Diretor da Segurança Pública.
Num comunicado de imprensa, o principal movimento da sociedade civil do Senegal, 'Y'en a marre', disse que a polícia não se pronunciou sobre o que mais preocupa os senegaleses.
Entretanto, várias organizações nacionais e internacionais pedem o fim das tensões. Biram Bass é membro da sociedade civil baseada em Dakar e diz que a situação não é boa "para o futuro dos nossos filhos e dos nossos irmãos".
"É lamentável. Isso poderia ter sido evitado", afirma Bass.
Além dos protestos, houve pilhagens e depredação de infraestruturas públicas e privadasFoto: ZOHRA BENSEMRA/REUTERS
Diálogo contra a crise
O Presidente Macky Sall convocou uma reunião de emergência do seu partido. O Secretariado-Executivo Nacional e a Aliança para a República, o partido presidencial, deveriam reunir-se ontem, segundo a imprensa senegalesa.
O diálogo para resolver crise no país estava no topo da agenda do encontro.
A polícia nacional considera que as manifestações registadas no Senegal são subversivas à ordem pública e não uma forma de expressão de opinião.
Segundo Ibrahima Diop, "os ataques visam as infraestruturas essenciais do Estado, como as centrais de produção de água e eletricidade, os transportes públicos, bem como as empresas e os bancos".
Polícia diz que pelo menos 500 pessoas foram detidas nos últimos diasFoto: JOHN WESSELS/AFP
"O objetivo destes ataques é perturbar a atividade económica do país e criar um clima de terror entre os nossos cidadãos", reforçou.
Falta de oportunidades
Mas, para o cientista político senegalês Moussa Diau, a falta de oportunidades para os jovens pode ter atiçado os ânimos.
"Muitos jovens que estão desempregados. Por isso, à mínima oportunidade, atacam o património público e invadem lojas porque têm fome. É uma forma de vingança da sociedade contra a forma como o poder político governa", avalia.
Apesar de uma relativa calmaria, vários manifestantes reunidos na Praça da Independência, em Dakar, gritavam esta segunda-feira que a resistência à opressão é um "dever moral e cívico".
EUA avisam China que "não vai demorar muito para alguém se magoar"
© Getty Images
POR LUSA 06/06/23
Os Estados Unidos alertaram hoje a China que "não demorará muito para que alguém se magoe", após manobras de um navio militar chinês, este fim de semana, perto de Taiwan, a metros do contratorpedeiro americano USS Chung-Hoon.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em conferência de imprensa, expressou "a preocupação dos EUA" com o comportamento "inseguro e pouco profissional" da China.
Este tipo de eventos "podem levar a erros de cálculo quando há pedaços de metal desse tamanho, seja no ar ou no mar", disse John Kirby.
"Se operam tão de perto", continuou, "não vai demorar muito para que haja um erro de julgamento ou apenas um erro e alguém se magoe. E isso tornou-se inaceitável, deveria ser inaceitável também para eles", afirmou.
John Kirby considerou que há um aumento crescente da agressividade pelas forças chinesas, principalmente no Estreito de Taiwan e no Mar do Sul da Ásia.
O incidente com o contratorpedeiro americano e o navio de guerra chinês no Estreito de Taiwan, no sábado, ocorre após o Pentágono ter denunciado, em 30 de maio, manobras "desnecessárias" e "agressivas" de um caça chinês para intercetar um avião de reconhecimento dos EUA no Mar da China Meridional.
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ATIVISMO CLIMÁTICO: Estudo identifica 81 mulheres assassinadas por defenderem o ambiente
© Vuk Valcic/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
POR LUSA 05/06/23
A quantidade de mulheres assassinadas por defenderem o ambiente nas últimas décadas ascende a 81, segundo um estudo publicado pela Nature Sustainability.
A repressão das ativistas inclui também deslocações, perseguição judicial e assédio físico.
O problema é mais grave na América Latina, Ásia e África, mas também ocorre na América do Norte e Europa.
Daqueles assassínios, 19 ocorreram nas Filipinas, sete na Colômbia e no Brasil, seis no México, quatro na Guatemala e no Peru, dois no Reino Unido e no EUA e um em Espanha.
As investigadoras apontaram para a necessidade de abordar a violência sistémica que incide sobre as mulheres defensoras do ambiente que, com frequência, "não é denunciada".
Avisaram também que esta informação mostra a perpetuação da violência contra as comunidades indígenas, minoritárias, pobres y rurais.
Estes conflitos ocorrem, por norma, quando os projetos de extração de recursos naturais para exportação implicam a expulsão de comunidades das suas terras e a destruição ecológica, o que ameaça a existência cultural e física daquelas comunidades, resumiu-se no texto.
Quando os defensores ambientais que se enfrentam a represálias violentas são mulheres, os incidentes não costumam ser documentados, por censura e falta de informação. Desta forma a violência contra as mulheres está subestimada em grande medida.
Dalena Tran, da Universidade Autónoma de Barcelona, e Ksenija Hanacek, da de Helsínquia, examinaram os casos disponíveis até janeiro de 2022 no Mapa Mundial de Justiça Ambiental, que recenseia conflitos relacionados com água, combustíveis fósseis, agricultura e desflorestação.
As autoras identificaram 523 casos em que estiveram envolvidas defensoras ambientais, concentrados na extração e recursos, agroindústria e indústria.
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Maior navio de guerra do mundo colocado sob comando da NATO na Noruega
© Mass Communication Specialist 2nd Class Ridge Leoni/U.S. Navy via Getty Images
POR LUSA 05/06/23
O porta-aviões nuclear norte-americano "Gerald R. Ford", considerado o maior navio de guerra do mundo, foi colocado sob o comando da NATO para participar em manobras no mar da Noruega, noticiou hoje a Aliança Atlântica.
O Gerald R. Ford tem 333 metros de comprimento e 41 metros de largura, uma tripulação de 4.500 pessoas e pode acomodar até 90 aviões e helicópteros.
O porta-aviões chegou às águas do fiorde de Oslo há menos de duas semanas, em 24 de maio, e está desde sexta-feira sob comando aliado com o objetivo de realizar atividades de segurança marítima e de treino planeadas com as Forças Navais de Ataque e Apoio da NATO (SFN) no Mar da Noruega, informou a organização em comunicado.
A NATO diz ainda que se trata de um desdobramento "programado" do porta-aviões norte-americano, e que as atividades nas quais vai participar com outras capacidades de países aliados vão ocorrer na próxima semana, tendo a Noruega como anfitriã.
O grupo de ataque consiste no porta-aviões da classe Ford USS Gerald R. Ford (CVN 78), Carrier Air Wing Eight (CVW 8), Destroyer Squadron Two (DESRON 2), o míssil guiado da classe Ticonderoga cruzador USS Normandy (CG 60) e o contratorpedeiro de mísseis guiados classe Arleigh Burke USS Ramage (DDG 61).
Conforme explicado pela organização, a cooperação e a transição de Gerald R. Ford para o comando da NATO reforçam a interoperabilidade das forças aliadas e a agilidade das estruturas de comando e controlo da organização transatlântica.
"Esta transferência de autoridade é uma demonstração tangível e transparente das capacidades avançadas da Aliança em operações de 'domínio omni' e compromisso defensivo em toda a área de responsabilidade do Comandante Supremo Aliado na Europa (SACEUR)", disse a organização.
A última vez que a NATO assumiu o comando de um grupo de ataque de porta-aviões dos EUA foi em março de 2023, com o porta-aviões norte-americano USS George H.W. Bush no Mediterrâneo e a participação no exercício Neptune Strike.
Leia Também: A invasão russa da Ucrânia é um alerta de que "a liberdade não é de graça", referiu hoje o chefe do Estado-Maior do Exército norte-americano, que traçou um paralelo com os sacrifícios dos aliados no desembarque de 1944.
Marcelo tenciona ir com Costa à Guiné-Bissau para celebrar a independência
Cnnportugal.iol.pt, 05/06/23
O chefe de Estado manifestou vontade de assinalar todas as independências de países de língua oficial portuguesa, antigas colónias de Portugal, se for convidado
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta segunda-feira que tenciona deslocar-se à Guiné-Bissau em novembro deste ano, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa, para celebrar a independência deste país.
Em declarações aos jornalistas na Cidade do Cabo, África do Sul, durante um encontro com portugueses e lusodescendentes, o chefe de Estado manifestou vontade de assinalar todas as independências de países de língua oficial portuguesa, antigas colónias de Portugal, se for convidado.
"Eu já estou disponível para ir no dia 15 de novembro, e irá também o senhor primeiro-ministro, à celebração da independência da Guiné-Bissau, que foi a primeira", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
A Guiné-Bissau foi a primeira colónia portuguesa em África a tornar-se independente. A independência foi proclamada unilateralmente em 24 de setembro de 1973, decorrida uma década de luta armada, mas há a intenção de promover comemorações em novembro.
As Nações Unidas reconheceram de imediato a independência da Guiné-Bissau, e Portugal apenas um ano mais tarde, em setembro de 1974, após o 25 de Abril.
Sobre as celebrações dos 50 anos da independência de Angola, em 2025, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "No caso angolano, em conversas que tenho tido com o Presidente João Lourenço, já se admitiu a hipótese desse convite. É evidente que eu irei. E se entender o parlamento e o Governo irem também, acho muito bem".
Na sua opinião, essa presença do chefe de Estado português nestas celebrações "é simbolicamente muito forte".
A este propósito, o Presidente da República lembrou o seu discurso na sessão solene do 25 de Abril deste ano no parlamento, em que defendeu que Portugal deve não só "pedir desculpa – devida, sem dúvida" pela exploração e escravatura no período colonial, mas "assumir a responsabilidade" por tudo o que fez no passado.
Ter havido "um pedido de desculpa, mas, mais do que isso, o assumir a responsabilidade histórica pela colonização, e aquilo que nela houve de mau, e não apenas a historiografia do que teria havido de bom ou terá havido de bom, já foram passos dados", disse.
"Agora, é evidente que fica mais forte se o antigo colonizador for às independências e lá estiver a celebrar", considerou.
Ao mesmo tempo, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a vontade de ver "os países que saíram independentes de uma experiência de séculos de colonização estarem no 25 de Abril de 2024", a celebrar os 50 anos da Revolução dos Cravos, que "acelerou o que era inevitável".
O Presidente da República referiu que o primeiro-ministro, António Costa, se articulou consigo para transmitir esse convite ao Presidente de Angola, João Lourenço, e que se estende também a Timor-Leste, além dos países africanos de língua portuguesa.
Questionado sobre a polémica acerca da presença do Presidente do Brasil, Lula da Silva, no parlamento no 25 de Abril deste ano, o chefe de Estado respondeu que "as comemorações dos 50 anos serão mais vastas" do que o habitual.
No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que, "se for caso de a Assembleia da República entender", os presidentes convidados marquem presença no parlamento: "É impossível serem todos oradores, mas qualquer coisa de simbólico".
Marcelo Rebelo de Sousa chegou hoje à África do Sul, onde ficará até quinta-feira, para comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Na terça-feira, será recebido em Pretória pelo Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, em visita oficial qualificada como de Estado pelas autoridades sul-africanas.
Na quarta-feira, as comemorações do Dia de Portugal irão prosseguir em Joanesburgo e Pretória, contando também com a participação do primeiro-ministro, António Costa, vindo de Angola, juntamente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
COLIGAÇÃO PAI TERRA-RANKA PEDE CALMA AOS MILITANTES E AGUARDA OS RESULTADOS DA CNE
A Coligação Plataforma da Aliança Inclusiva- PAI Terra Ranka liderada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde ( PAIGC) pediu calma aos seus militantes enquanto se aguarda os resultados a serem anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O apelo da coligação foi transmitido pelo porta-voz do PAIGC, Minuro Conté, lembrando que as atas sínteses de apuramento estão afixadas em público, razão pela qual devem fazer fé nos resultados que saíram da votação de domingo, porque” estão perante um processo que pode ser desvirtuado”.
“Façam fé na Comissão Nacional de Eleições, que trabalhou arduamente num contexto de muita pressão”, aconsehou.
O Secretário para a Comunicação, Informação e Documentação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Porta-voz da Coligação PAI Terra-Ranka agradeceu os eleitores pela afluência ordeira às urnas no domingo.
Muniro Conté, que falava em conferência de imprensa esta segunda-feira, 05 de junho de 2023, agradeceu às forças de defesa e segurança pelo seu desempenho no asseguramento do processo.
“O sistema eleitoral guineense é transparente. Com as novas tecnologias pode-se escanear as atas síntese do apuramento, permitindo aos cidadãos ter acesso às atas síntese, aos resultados expressos nas urnas”, sublinhou.
Muniro Conté informou que projeto político da Coligação PAI Terra-Ranka quer tranquilizar os seus militantes em como, pelos registos a que tiveram acesso ontem, após a votação, ficaram tranquilos e confortáveis.
“Quero acreditar que há partidos que já estarão a sentir que os resultados não lhes favorecem, de maneira que neste momento estão a aguardar a proclamação oficial dos resultados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE)”, ironizou.
Muniro disse existir denúncias, através das redes sociais, de que há uma tentativa de adulterar os resultados que foram apurados nas assembleias de voto, mas “fazemos fé que as CRE e a CNE serão leais aos resultados que receberam das mesas de apuramento”.
“É óbvio que vamos ter reclassificações e protestos, mas alterar os resultados, defraudar as expectativas do povo, não será possível. Os resultados já foram afixados”, disse.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
SENEGAL: Meste corânico detido no Senegal sob acusação de violação de alunas
© Getty Images
POR LUSA 05/06/23
Um mestre corânico senegalês, suspeito de ter violado 27 das suas alunas em Touba, foi hoje detido nesta cidade do centro do país, após várias semanas em fuga, anunciou fonte policial.
O presumível violador "foi detido hoje depois de se ter apresentado à polícia" e, "depois de interrogado, foi entregue à guarda", disse o oficial da polícia de Touba, confirmando uma notícia publicada na imprensa local.
O suspeito "estava em fuga" há várias semanas, referiu ainda o agente.
Touba é uma cidade considerada santa pelos Mourides, uma importante confraria religiosa muçulmana do Senegal.
O mestre corânico, cuja idade não foi indicada, desapareceu desde o início do processo, no primeiro trimestre, na sequência de uma queixa apresentada pelas vítimas, que apresentaram atestados médicos, acrescentou a fonte.
O detido é acusado de "violar 27 alunas na sua escola em Touba", acrescentou. As alegadas agressões ocorreram ao longo de um período de tempo, disse, sem dar mais pormenores, designadamente a idade das vítimas.
As vítimas são "menores", o que sugere que têm menos de 15 anos, e a escola corânica, onde são dadas aulas sobre o Islão, foi encerrada, segundo a imprensa local.
O caso veio a lume quando uma das raparigas se recusou a regressar à escola porque o mestre corânico "mantinha relações sexuais com ela e com todas as outras raparigas", escreveu o diário le Jour, na edição de 31 de maio.
Este caso coincide com a sentença proferida na semana passada contra o líder da oposição Ousmane Sonko, acusado de violar uma empregada de um salão de beleza em Dacar.
Ousmane Sonko acabou por ser absolvido da acusação de violação, mas foi condenado a dois anos de prisão por ter incitado a jovem a cometer um atentado ao pudor.
O caso dominou as manchetes dos jornais durante dois anos. Mas a questão da violência sexual foi relegada para segundo plano devido à politização do caso.
O Parlamento senegalês criminalizou a violação em 2020.