Bissau, 28 ago 23 (ANG) – A empresa Ocean Fishing Bissau Sarl promete abastecer o país de pescado suficiente para todas as regiões do país.
Em entrevista exclusiva hoje à ANG, o director-geral da empresa, Houssam Koumayha disse que, para o efeito, já pediu as faturas proformas aos fornecedores de arcas equipadas com painéis solares para a conservação do pescado.
Aquele responsável disse que o novo ministro das Pescas e Economia Marítima pediu às empresas do setor a redução em 50 por por cento do preço do pescado e o cumprimento pelos armadores de descarga referente a quota obrigatória de pescado para o abastecimento do mercado.
Houssam Koumayha informou que no primeiro encontro que o ministro Dionísio do Reino Pereira manteve com a Associação Nacional da Pesca Industrial manteve, na semana passada, estas elencaram 29 obstàculos que necessitam de soluções para colmatar as dificuldades do sector e que permitirão entre outros, o regular e a redução do preço do pescado desde que a estrutura do custo a suporte.
Disse que, entre as dificuldades, consta o elevado preço do gasóleo, a tarifa da luz elétrica, o processo de descarga do pescado no porto de Bissau, a importação de insumos e materiais como as embalagens entre outros.
Afirmou que, pediram ao novo ministro das Pescas para diligenciar no sentido de ajudar as empresas que operam no setor a vencerem as dificuldades que enfrentam, principalmente que crie um ambiente de negócio sustentável e condições de produtividade e rentabilidade.
A empresa Ocean Fishing Bissau Sarl começou a operar no país em Fevereiro de 2022 com dois navios e agora conta com cinco embarcações de pescas.
Houssam Koumayha sublinhou que, atualmente, só quatro empresas privadas que operam no setor têm investimentos no país, nomeadamente a “Ocean Fishing Bissau Sarl, a SS Trading e Afripêche em Bissau e a Viguipesca em Cacheu este último em inatividade.
Frisou que, todos eles com unidades de conservação e de tratamento de pescado, para além de sete empresas que possuem navios com bandeiras da Guiné-Bissau, como a Bissau Pesca e Serviços, a Pesca Bijagós, a Star Fishing, a Italfish, a Afripêche e alguns outros mais.
Disse que, para descarregar o pescado internamente as empresas devem possuir instalações próprias, equipadas de câmaras frigoríficos e que por isso, o Governo deveria criar condições para a construção de infraestruturas e uma frota nacional para que o nosso peixe deixe de ser descarregado e vendido no Senegal.
"As vezes nossas mulheres vendedeiras vão até Dakar importar o nosso próprio pescado, sempre o de menor qualidade para a revende-los no país, pagando transportes e despachos com elevados custos", salientou, acrescentando que deve-se ainda melhorar as condições de descarga no porto de Bissau e construir um porto de Pesca Industrial de raiz.
Disse que, por último, deve levar em conta ainda no ano em curso, a questão da certificação do nosso pescado pela União Europeia para que possam exportar para este mercado, diga-se de passagem o melhor mercado a nível de preços, sob pena do grande desperdício de oportunidades e de eventuais receitas que não entrarão nos cofres de Estado.
Declarou que, o sector privado está disposto a cumprir com o slogam do actual ministro das Pescas "Pa Nô Pis Riba Cassa", "que o nosso pescado volte para casa", para que possam fornecer pescado de qualidade às populações, num preço acessível desde que todas estas condições estejam reunidas.
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