quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Acordos de paz? Zelensky recusa-se a abdicar de quaisquer territórios

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Notícias ao Minuto   16/02/23 

Em entrevista à BBC, o chefe de Estado ucraniano explicou que a concessão de terrenos a Moscovo significaria que as suas tropas poderiam "continuar a voltar" à Ucrânia com novos objetivos expansionistas. 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, excluiu a possibilidade do país abdicar de quaisquer territórios num eventual acordo de paz com a Rússia.

Em entrevista à BBC, o chefe de Estado ucraniano explicou que a concessão de terrenos a Moscovo significaria que as suas tropas poderiam "continuar a voltar" à Ucrânia com novos objetivos expansionistas. 

Num outro âmbito, Zelensky destacou ainda que a ofensiva russa prevista para a primavera já tinha, no entanto, sido colocada em andamento. "Os ataques russos já estão a ocorrer a partir de várias direções", explicou.

Apesar disso, o presidente ucraniano disse acreditar que as forças do seu país serão capazes de continuar a resistir ao avanço da Rússia até conseguirem lançar uma nova contraofensiva.

Perante este cenário de extensas dificuldades para as tropas ucranianas, o líder ucraniano voltou a pedir mais ajuda militar aos aliados ocidentais, defendendo que tais armas adicionais aproximariam o país "da paz". Concluiu: "É claro que as armas modernas aceleram a paz. As armas são a única língua que a Rússia compreende".

Na mesma entrevista, Zelensky dirigiu também um aviso ao presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, depois de este ter dito que as suas tropas lutariam ao lado dos russos se um único soldado ucraniano atravessasse a fronteira. "Espero que [a Bielorrússia] não se junte [à guerra]. Se o fizer, lutaremos e sobreviveremos", asseverou.

Desde o princípio da invasão, a 24 de fevereiro, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar o país a fazer face à investida da Rússia. O país invasor, por sua vez, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

A guerra na Ucrânia tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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