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Por LUSA 24/10/22
A Guiné-Bissau conseguiu vacinar contra a covid-19 50% da população-alvo, mas apenas 18% da população total está completamente vacinada, segundo um artigo divulgado nos Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
"Após três campanhas de massa no Setor Autónomo de Bissau, Biombo e Bafatá e duas nas demais regiões sanitárias associadas à atividade de rotina nos centros de vacinação de Bissau e correspondendo a um ano das atividades de vacinação (abril 2021-abril 2022) o país conseguiu atingir a cobertura de 50% da população-alvo", refere o artigo assinado por Plácido Cardoso, Gizelo Mendonça, Cadija Mané e Asson Có, enviado hoje à Lusa.
As primeiras campanhas de vacinação na Guiné-Bissau contra a covid-19 tiveram como público-alvo as pessoas a partir dos 18 anos.
Em relação à cobertura da população geral, que totaliza 1.938.553 pessoas, o artigo refere que apenas 18% da população tem a vacinação completa, pelo menos duas doses, e 27% da população tomou uma dose.
Por regiões, a dos Bijagós e de Bolama são as que têm mais população com a vacinação completa, respetivamente 43 e 34%, seguidas de Farim e Quinara (ambas com 24%), e Gabu e Tombali (com 23%).
O setor Autónomo de Bissau e a região de Bafatá, ambos com maior densidade populacional, apresentam uma taxa de vacinação completa de 16% do total da população.
"Apesar dos progressos registados no processo de vacinação, o país continua a enfrentar sérios desafios para fazer as populações vacinarem-se, sobretudo, para completar a vacinação ou a dose de reforço", salienta o artigo.
O artigo refere que se continua a assistir a alguma "resistência" por parte de alguns segmentos populacionais, nomeadamente os "considerados grupos de risco, os portadores de doenças crónicas, as grávidas e mulheres em idade fértil".
"O trabalho de sensibilização e a comunicação precisam de ser reforçados", sublinha o artigo, acrescentando que uma campanha implementada e direcionada para as mulheres permitiu aumentar a taxa de vacinação.
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