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Por LUSA 24/10/22
O Ministério da Defesa ucraniano disse que as novas reconquistas ocorreram durante o fim de semana, numa mensagem divulgada na rede social Telegram citada pela agência espanhola Europa Press.
Segundo o ministério, já foram libertadas 90 localidades que estavam sob controlo russo, abrangendo "mais de 12.000 pessoas que vivem" nessas áreas.
As autoridades também indicaram que "medidas de estabilização complexas" foram postas em prática nas localidades reconquistadas aos russos.
Equipas técnicas têm efetuado trabalhos de reparação e operações de instalação, inspeção e remoção de sistemas elétricos danificados nas áreas reconquistadas, segundo Kiev.
Após receber armamento dos aliados ocidentais, a Ucrânia lançou uma contraofensiva nas últimas semanas, que lhe permitiu reconquistar territórios controlados pela Rússia, incluindo nas regiões anexadas por Moscovo.
Face ao avanço das tropas ucranianas, as autoridades pró-russas de Kherson anunciaram hoje a criação de forças de defesa territorial para tentar defender a cidade.
"Para todos os homens que desejam ficar em Kherson, apesar da crescente ameaça em relação à segurança devido a ações dos nacionalistas ucranianos, existe a oportunidade de se juntarem às unidades de defesa territorial da cidade", anunciou a administração pró-russa no Telegram.
Um dos dirigentes locais instalados por Moscovo, Kiril Stremousov, admitiu, na quarta-feira passada, que as forças ucranianas podem começar a avançar em direção a Kherson e apelou para a evacuação da cidade.
As autoridades pró-russas anunciaram, na semana passada, que pretendem transmigrar para a margem oriental do rio Dniepr 50.000 a 60.000 habitantes de Kherson "por motivos de segurança".
A Rússia proclamou, em 30 de setembro, a anexação das regiões ucranianas de Kherson, Zaporíjia, Donetsk e Lugansk, que correspondem a 18 por cento da área da Ucrânia.
Moscovo já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, mergulhando a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
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