O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que o novo Governo do país será conhecido nos próximos dias.
"Esta semana, nas próximas horas, nos próximos dias temos Governo", disse o chefe de Estado quando questionado pelos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira após o seu regresso ao país, proveniente do Senegal.
Sobre se estão a ser feitas exigências por parte dos partidos políticos para a formação do novo Governo, Umaro Sissoco Embaló disse que nenhum partido pode exigir.
"Este não é um Governo de parlamento ou de partidos políticos, isto é um Governo de iniciativa presidencial", afirmou, sublinhando que, até ao momento, nenhum partido fez qualquer exigência.
O Presidente guineense dissolveu a 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau, convocou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro e reconduziu no cargo o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e o vice-primeiro-ministro, Soares Sambu.
Umaro Sissoco Embaló viajou sábado para participar na cimeira extraordinária da União Africana sobre terrorismo e mudanças inconstitucionais de regime em África, que se realizou em Malabo, na Guiné Equatorial.
Sobre o assunto, o chefe de Estado guineense salientou que a "questão do terrorismo é uma questão internacional" e que na Guiné-Bissau é preciso também "ter cautela".
"Com os nossos meios, com as nossas forças de defesa e segurança temos a situação controlada. Mas a questão do terrorismo é mundial e muitos países têm sido vítimas. Penso que aqui ainda não chegamos a uma situação de alarmismo", afirmou.
África foi palco em 2021 e 2022 de cinco golpes de Estado - dois no Mali e um na Guiné-Conacri, Sudão e Burkina Faso -, e uma tentativa de golpe fracassada na Guiné-Bissau.
Em Malabo, os líderes africanos discutiram também soluções africanas para as crises humanitárias do continente, tendo praticamente todos os presidentes defendido a criação de uma Agência Humanitária Africana, que possa estar a trabalhar em 2023.
A comissária da União Africana para Assuntos Humanitários, Minata Samaté, afirmou serem necessários cerca de 42 milhões de euros para que aquela agência possa funcionar durante cinco anos.
"A Guiné-Bissau contribui com 100.000 dólares", afirmou o chefe de Estado guineense.
MSE // RBF
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