Radiobantaba 05/10/2020
As escolas guineenses reabriram esta segunda-feira, as suas portas para receber alunos, sete meses depois de um interregno motivado pela pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Segundo à Lusa, o Governo revelou aplicar fortes medidas para afastar o contágio por covid-19.
O ministro guineense da Educação, Jibrilo Balde, que falava à imprensa por ocasião da retoma das aulas, apelou os pais para mandarem os seus educandos para as escolas.
O governante anunciou que o país pretende cumprir 218 dias letivos e que as aulas vão funcionar de segunda-feira aos sábados.
Normalmente as aulas funcionam nas escolas públicas e privadas guineenses de segunda a sexta-feira.
O ministério decidiu também, segundo Jibrilo Baldé, que cada turma tenha o máximo de 30 alunos, divididos em 15 carteiras com dois educandos cada, sentados nas extremidades.
Este responsável afirmou ainda que o uso da máscara e a lavagem das mãos é obrigatório quando o aluno entra no recinto escolar.
A agência Lusa revelou constatar hoje em várias escolas da capital que existem recipientes com água, sabão e lixívia para que os alunos lavem as mãos antes de entrarem para as salas de aulas.
Os docentes ficavam diante das turmas para confirmar se os alunos traziam consigo máscaras e frascos de álcool em gel, conforme exigiu o Ministério da Educação.
Várias escolas de Mansoa (norte) Bafatá (leste) e Catió (sul) retomaram as aulas “embora com maior presença de alunos” nos estabelecimentos dirigidos pela igreja católica naquelas localidades do interior dopaís.
O ministro Jibrilo Baldé disse estar confiante de que o ano letivo vai ter êxito, apesar dos constrangimentos provocados pela covid-19″, mas pediu aos sindicatos dos professores que ordenem os associados a irem dar aulas.
O responsável admitiu a existência de dividas aos professores que garantiu vão ser pagas pelo executivo, acrescentando que o que tem para discutir será discutido em momento oportuno, conforme ficou combinado, sempre com base no diálogo e sem força.
Os sindicatos (Sinaprof, Sindeprof e SIese) que representam várias categorias de professores já ameaçaram realizar greves caso o Governo “não cumprir com um memorando de entendimento” rubricado em março passado.
A retoma das aulas nas escolas da Guiné-Bissau tinha sido marcada pelo Governo para o dia 14 de setembro passado, mas recomendações dadas, na altura, pela Alta-Comissária contra a covid-19, Magda Robalo, motivaram o adiamento para hoje, sob alegação de existência de riscos de contágio de alunos.
O país registou até ao momento um total acumulado de 2.385 casos de covid-19 e 40 vítimas mortais.
No âmbito do combate à pandemia, o Governo guineense declarou em setembro situação de calamidade e de emergência na saúde no país até 08 de dezembro.
VJ
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