O embaixador da China na Guiné-Bissau, Jin Hong Jun, aconselhou aos estudantes guineenses à permanecem na China, evitando riscos de propagar no país o surto de pneumonia provocado por um novo "coronavírus"(2019-nCoV) em caso do contágio desta.
"O executivo chinês não pode impedir os estudantes de regressarem o seu país, mas a própria viagem dos estudantes traz um certo risco para os mesmos e regressando a Guiné-Bissau trazem também depois mais riscos os seus compatriotas guineenses" explicou.
"Daí certamente a melhor solução para os estudantes guineenses é justamente ficar na China, porque lá naquele país asiático nós temos a melhores condições para tratar esta doença visto que temos cerca de 1000 pessoas já curadas", afirmou Jin Hong Jun.
Hong Jun falava esta quarta-feira, 05 de janeiro, na reunião do Centro de Operações de Emergenciais em Saúde(COES) entre o executivo e os seus parceiros internacionais, para aprovar o plano de contingência e tomar medidas tendentes à evitar a entrada e propagação do "coronavírus", no país, encontro este que decorreu nas instalações do Palácio do Executivo em Bissau.
Nesta senda, o diplomata chinês aconselha os estudantes guineenses que ainda estão na China à ficarem nos seus respetivos dormitórios e em caso de qualquer problema é só contatar as autoridades competentes chineses.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde Pública guineense, há mais de 40 estudantes guineenses que regressaram a Guiné-Bissau e neste momento estão sendo testados nas suas casas por uma equipa de profissionais de saúde, apesar do país não ter qualquer caso identificado.
Confrontado com a situação, a ministra da Saúde Pública guineense, Magda Robalo, congratula com a ideia do Embaixador da China, embora fez lembrar que o Estado não pode impedir os seus cidadãos de regressaram a casa.
Perante este cenário, Robalo garante que o Ministério de Saúde Pública permanece vigilante no sentido de acompanhar a situação destes jovens estudantes que saíram da China nos últimos dias, devido ao novo coronavírus.
Neste momento mais 200 estudantes da Guiné-Bissau estão a estudar naquele país asiático. Um pouco mais 100 estão a estudar graças a bolsa de estudo do governo chinês e os restantes pela conta própria, são dados divulgados por Jin Hong Jun.
O número de mortos provocados pelo novo coronavírus (2019-nCoV) subiu hoje para 490, com 64 mortes registadas na China nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades de saúde de Pequim.
De acordo com as autoridades chinesas, citadas pela agência Associated Press, o número total de pessoas infetadas com o novo coronavírus, detetado em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro do país), colocada, entretanto, sob quarentena, aumentou para 24.324.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há casos de infeção confirmados em mais de 20 países.
Neste sentido, a titular da Saúde Pública guineense, transmitiu ao diplomata chinês em nome do executivo, que a Guiné-Bissau está solidário com a China neste momento difícil, no quadro da cooperação existente entre dois países há muitos anos.
Por: Alison Cabral
Rádio Jovem Bissau
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