domingo, 4 de junho de 2023

GUINÉ-BISSAU: Perto de 900 mil eleitores guineenses escolhem hoje os novos deputados e o partido que vai formar o Governo entre 20 partidos e duas coligações, nas sétimas legislativas desde a abertura ao multipartidarismo.

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POR LUSA   04/06/23 

Guineenses escolhem hoje os novos deputados e partido do Governo

Perto de 900 mil eleitores guineenses escolhem hoje os novos deputados e o partido que vai formar o Governo entre 20 partidos e duas coligações, nas sétimas legislativas desde a abertura ao multipartidarismo.

As urnas abrem às 07h00 locais (08h00 em Lisboa) e encerram às 17h00 (18h00 em Lisboa) e haverá 3.524 mesas de voto, no país e na diáspora.

Os principais partidos são o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), atualmente no Governo, a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, na oposição), o Partido de Renovação Social (PRS) e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), de Botché Candé, atual ministro da Agricultura.

A Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, tem tido uma presença mais discreta na campanha eleitoral e o chefe do Governo perspetivou já que nenhum partido vai conseguir a maioria, sendo necessário um consenso para formar o executivo.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento em 16 de maio de 2022 e marcou inicialmente as eleições para 18 de dezembro desse ano, mas as legislativas foram depois remarcadas para 04 de junho. 

A oposição acusou o Presidente de interferência na campanha eleitoral a favor do Madem-G15, que usa cartazes com fotos do líder do partido, Braima Camará, ao lado do chefe de Estado e tem contestado as dificuldades em obter acreditações e livre-trânsito para os representantes dos partidos nas assembleias de voto.

No sábado, a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Felisberta Moura Vaz, destacou que este órgão assina os livre-trânsito em conjunto com o Ministério do Interior, que alegou "questões de segurança e que tem de controlar todas as viaturas que vão circular".

O líder do PRS, Fernando Dias, já avisou que o partido irá colocar os seus militantes nas ruas em caso de "fraude" para "defender a verdade democrática das urnas".

Ao todo estão no país cerca de 200 observadores, ainda de acordo com a CNE, nomeadamente 60 da missão de curta duração da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderada pelo ex-presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, além dos 15 que já estão no terreno, 29 da União Africana, chefiados pelo ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano, enquando a missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), composta por 27 elementos, é chefiada pelo ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Alberto Carlos.

sábado, 3 de junho de 2023

O comando-geral da Polícia de Ordem Pública da Guiné-Bissau fez esta noite uma conferência de imprensa para anunciar as medidas que vão vigorar este domingo, dia das eleições legislativas, para preservar a ordem pública no país.

Perto de 900 mil eleitores guineenses são chamados  às urnas para escolherem os novos deputados e o partido que vai formar Governo. A estas eleições concorrem 20 partidos e duas coligações. 


GUERRA NA UCRÂNIA: Líder do Grupo Wagner acusa fações do Kremlin de destruírem Estado russo

© Getty Images

Notícias ao Minuto   03/06/23 

"Algumas torres do Kremlin decidiram fazer jogos perigosos", acusou Yevgeny Prigozhin, referindo-se a determinadas fações internas da liderança russa.

O líder dos mercenários russos, Yevgeny Prigozhin, acusou este sábado as diferentes fações do Kremlin de estarem a destruir o Estado russo, ao tentarem semear a discórdia entre ele e os combatentes tchetchenos, reporta a Reuters. Nas suas palavras, tal disputa já foi resolvida, embora as lutas internas na liderança russa tenham aberto uma "Caixa de Pandora".

O chefe máximo do Grupo Wagner começou por explicar que uma disputa entre os mercenários e as forças tchetchenas, que também lutam ao lado do exército russo na Ucrânia, tinha sido culpa de algumas fações não identificadas do Kremlin - a que decidiu chamar "torres" na sua argumentação. 

O esquema ficou, a certo ponto, tão fora de controlo que o presidente russo, Vladimir Putin, foi obrigado a repreender essas mesmas fações numa reunião recente do Conselho de Segurança, disse ainda Yevgeny Prigozhin.

"A Caixa de Pandora já está aberta - e não fomos nós que a abrimos", elaborou o líder dos mercenários, numa mensagem divulgada pela sua assessoria de imprensa, aqui citada pela Reuters. E acrescenta: "Algumas torres do Kremlin decidiram fazer jogos perigosos".

"Os jogos perigosos tornaram-se comuns nas torres do Kremlin... Estão simplesmente a destruir o Estado russo", referiu ainda Yevgeny Prigozhin, que não deixou claro sobre quais fações fazia referência. Porém, se continuassem a tentar semear a discórdia, teriam "um inferno para pagar".

O Kremlin não fez, até ao momento, qualquer comentário a estas declarações. Porém, a reunião do Conselho de Segurança de sexta-feira tinha sido, de facto, dedicada ao que se diziam ser as relações "interétnicas" dentro do país.

Prigozhin afirmou ainda que qualquer batalha entre as forças especiais Akhmat, lideradas pelo tchecheno Ramzan Kadyrov, e entre o Grupo Wagner resultaria num intenso derramamento de sangue, mas que não havia dúvidas sobre quem venceria.

Recorde-se que o líder destes mercenários é, também ele, membro do círculo mais alargado do presidente Vladimir Putin, tendo ganho uma maior notoriedade com a guerra na Ucrânia, que continua sem fim à vista.


As táticas transfronteiriças da Ucrânia têm como objetivo desestabilizar a Rússia. A julgar pela resposta, estão a funcionar

Prédio de vários andares danificado após um alegado ataque de drones em Moscovo, Rússia. Lev Sergeev/Reuters

Por CNN,  Análise de Sam Kiley  03/06/23

Porque os esforços da Ucrânia para abalar a Rússia estão a funcionar

A Ucrânia abriu uma nova frente na sua batalha para expulsar o invasor russo - na Rússia. Mas é estranhamente tímida em admitir que enviou tropas, disparou artilharia e pilotou drones para o território do seu vizinho.

As operações de cidadãos russos, com identificação militar ucraniana, vestindo uniformes ucranianos e atacando a partir da Ucrânia, permanecem oficialmente opacas. É a contribuição de Kiev para o que se tornou conhecido como "guerra híbrida" na "zona cinzenta" do conflito contemporâneo.

Os dois termos geraram livros e um tsunami de opiniões entusiasmadas de um exército de especialistas quando a Rússia invadiu a Ucrânia pela primeira vez, em 2014.

Nessa altura, apareceram na Crimeia "homenzinhos verdes" com peculiares uniformes de caça desportiva de dois tons - e fardas militares russas.

Quando foi sugerido que talvez, apenas talvez, estes homens fossem de facto tropas russas, Vladimir Putin gracejou: "Pode ir a uma loja e comprar qualquer tipo de uniforme."

A posição oficial de Moscovo era que os homens que hastearam a bandeira russa sobre Simferopol e invadiram o parlamento local da Crimeia eram "unidades de autodefesa" de ucranianos pró-russos ansiosos por colocar o seu território sob o domínio de Moscovo.

Quando Moscovo admitiu que as suas tropas estavam realmente na Ucrânia, uma grande parte da antiga nação soviética, com 14 anos de existência, já estava sob o controlo de Putin.

Combatentes do Corpo de Voluntários Russos e do grupo aliado, a Legião da Liberdade da Rússia, ao lado de um veículo blindado apreendido, em 24 de maio de 2023. Sergey Bobok/AFP/Getty Images

Agora, em pequena escala, a Ucrânia está a adaptar essas mesmas táticas para tentar garantir um efeito estratégico.

O Corpo de Voluntários Russos e a Legião da Liberdade para a Rússia - que estão sob a alçada da estrutura dos Serviços de Informações de Defesa da Ucrânia - têm efetuado pequenos ataques transfronteiriços à Rússia.

O principal objetivo? Desestabilização.

Embora a terminologia e os métodos possam ter evoluído, a tática não tem nada de novo. Para além da Rússia, os regimes de apartheid da África do Sul utilizaram técnicas semelhantes durante as décadas de 1970 e 1980, atacando os Estados na linha da frente - Angola, Zâmbia, Zimbabué e Moçambique.

Pretória enviou tropas em incursões transfronteiriças para desestabilizar as nações africanas independentes que se opunham ao seu regime racista. Faziam-se frequentemente passar por combatentes da libertação local em ataques clássicos de "falsa bandeira" contra civis, tentando minar o apoio aos movimentos de libertação.

Estes grupos eram frequentemente formados por combatentes de Angola ou do Zimbabué, para dar "autenticidade" às atrocidades que esperavam atribuir a outros. Eram muitas vezes liderados por homens brancos camuflados de negros.

O objetivo a longo prazo - e, muitas vezes, o resultado - era manter permanentemente desequilibradas as nações que apoiavam a luta de libertação interna da África do Sul.

Rússia agitada

Na Ucrânia, convém a Kiev que os russos invadam a Rússia em seu nome.

Os resultados táticos podem ser limitados. Breves incursões em pequenas aldeias fronteiriças. Mas o efeito desejado de desestabilização da Rússia é conseguido.

A televisão russa tem sido inundada por relatos sem fôlego, e aterrorizados, de jornalistas locais sobre os ataques de artilharia contra cidades russas.

O governador de Belgorod - a região mais atingida pela última campanha ucraniana - retirou centenas de civis, tem estado em contacto telefónico pessoal com Putin e já recebeu um elogio de bravura pelos seus esforços.

Entretanto, a Legião da Liberdade para a Rússia está a publicar anúncios no seu canal Telegram para pilotos de drones se juntarem às suas fileiras.

Pode, ou não, estar por detrás do número crescente de ataques com drones que têm atingido o território russo, desde o Kremlin e os subúrbios de Moscovo preferidos dos aliados de Putin, até às cidades de Kursk, Smelensk e Krasnador.

O objetivo é fazer com que os ataques dentro da Rússia pareçam ter um sabor russo significativo - para sugerir que mais russos estão a seguir o dissidente "Grito de Liberdade" e a juntar-se a um esforço interno para depor Putin.

Tanto o Corpo de Voluntários Russos como a Legião da Liberdade para a Rússia afirmam ter apoiantes no seu país de origem.

É possível que tenham, de facto. Alguém soltou a bandeira azul e branca do movimento de oposição russo sobre Moscovo na semana passada. Alguém está a ajudar a pilotar, ou a treinar, drones para alvos russos.

No que diz respeito à Ucrânia, quanto mais os russos pensarem que os seus compatriotas estão envolvidos no ataque ao regime russo, melhor. A dúvida é, por si só, desestabilizadora.

A julgar pela retórica que vem da Rússia, está a funcionar.

Na abertura de uma reunião com o seu Conselho de Segurança na sexta-feira, Putin disse que os "malfeitores" devem ser impedidos de desestabilizar a Rússia.

Putin disse que o Conselho se iria concentrar em garantir a segurança política interna, tendo em conta os esforços intensificados do inimigo "para agitar a situação dentro da Federação Russa".

"Temos de envidar todos os esforços possíveis para não permitir que o façam em circunstância alguma", acrescentou Putin.

A guerra a regressar a casa

Nesta estratégia, a Ucrânia não poderia pedir um maior aliado do que Yezgeny Prigozhin, o líder do grupo mercenário russo Wagner.

"O Grupo Wagner quer, pelo menos, um mês de recuperação, porque foi um trabalho difícil, um ano difícil... E depois haverá os próximos confrontos, penso eu, muito provavelmente em território russo", disse após as incursões e os ataques com drones contra a Rússia.

Como bónus para Kiev, Prigozhin criticou a liderança militar russa. A cadeia de comando russa é "controlada por palhaços que apenas tratam os homens como carne para canhão", disse, acrescentando: "por isso, não faremos parte desta cadeia".

Prigozhin fotografado à saída de um cemitério, antes do funeral de um bloguista militar russo, que foi morto num ataque à bomba num café de São Petersburgo, em Moscovo, Rússia, a 8 de abril de 2023. Yulia Morozova/Reuters

Sobre os ataques com drones a Moscovo na semana passada, disse o seguinte aos generais russos: "Seus animais fedorentos, o que estão a fazer? Vocês são uns porcos! Levantem o rabo dos gabinetes onde foram colocados para defender este país."

Dmitry Medvedev, um aliado próximo de Putin, ficou igualmente abalado com o facto de a guerra ter chegado à Rússia. Reagiu com algo próximo da histeria.

"É clara a resposta que é necessária: eles têm de ser aniquilados, não apenas a título pessoal, mas temos de os destruir no próprio ninho de vespas. O regime que se desenvolveu na Ucrânia deve ser exterminado", disse Medvedev.

Pode parecer um nazi, mas as suas palavras continham ecos sinistros do genocida Holodomor dos anos 30, quando, sob a União Soviética, cerca de três milhões de ucranianos foram deliberadamente mortos à fome, os agricultores da classe média foram erradicados e a língua ucraniana proibida.

Mas tais fulminações podem não impressionar os russos comuns.

O governador de Belgorod afirma que dezenas de ataques atingiram distritos fronteiriços dentro da Rússia durante o último dia.

Numa longa publicação no seu canal Telegram, Vyacheslav Gladkov afirmou que grande parte do fogo recebido era de artilharia e morteiros contra os distritos fronteiriços. Houve danos em estradas, propriedades e veículos, acrescentou, e 12 pessoas ficaram feridas em 24 horas na cidade fronteiriça de Shebekino.

Uma mulher que falou para um canal pró-russo do Telegram disse que Shebekino estava "a arder, as batalhas estão a decorrer", acrescentando: "Fugimos da cidade. "

"Há muito poucos dos nossos lá. Nos dias anteriores, com todos os bombardeamentos, não houve quase nenhuma resposta, nenhum militar (russo). Fomos deixados por nossa conta", disse a mulher anónima. A CNN não pôde verificar a sua versão dos factos.

Mas as suas opiniões podem espalhar-se. E a reação da Rússia à campanha no seu território pode desestabilizar a sua campanha militar na Ucrânia - e com ela a política interna.

Legislativas: COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES LAMENTA A VIOLAÇÃO DO PERÍODO DE REFLEXÃO

 O DEMOCRATA  03/06/2023  

A secretária executiva adjunta e porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) lamentou a violação do período de reflexão iniciado à meia noite deste sábado. Contudo disse não ter informação sobre um evento específico que configurasse a violação do período de reflexão, mas a ter acontecido “a CNE lamenta e garante tomar medidas para corrigir a situação”.

“Temos delegados em todo o território nacional a monitorizar o processo. Estamos a ser informados de forma empírica, não temos meios tecnológicos para detetar essas anomalias. Garanto-vos que os nossos delegados estão a fazer o seu trabalho e que fique claro que as consequências jurídicas desses atos estão previstas na lei “, afirmou.

O Partido da Renovação Social denunciou, ontem, sexta-feira, 02 de junho de 2023, que não tinha recebido crachás para os seus delegados às assembleias de voto.

Questionado sobre o que está a acontecer, Felisberta Moura Vaz disse não ter informações, apenas recebeu alguma reclamação concernente à demora na entrega de livre trânsito.

“Está cá o representante do PRS. Falamos ontem e informamos os representantes que os livre trânsito não estavam disponíveis e que o assunto estava a ser tratado a nível do comando conjunto de asseguração das eleições, no Comissariado Nacional da Polícia da Ordem Pública”, esclareceu.

CNE CONVIDA OS ELEITORES A DAREM PROVAS DA SUA MATURIDADE CÍVICA E POLÍTICA

Em mensagem lida pela secretária executiva adjunta e porta-voz da Comissão Nacional (CNE), Felizberta Moura Vaz, a instituição que organiza as eleições nacionais convida os eleitores a darem prova da sua maturidade cívica e política no dia da votação.

Enfatizou que o momento convoca todos a uma reflexão profunda e a um exame de consciência sobre os seus atos e as responsabilidades que pendem sobre todos, enquanto administradores eleitorais, membros das assembleias de voto, fiscais, dirigentes, militantes, simpatizantes, apoiantes dos partidos e coligações de partidos políticos concorrentes, enquanto observadores que irão acompanhar   e fiscalizar passo a passo, estas eleições legislativas.

“O apuramento dos resultados eleitorais depende apenas da contagem dos votos validamente expressos nas mesas de voto, contabilizados nas assembleias de voto, na presença  de todos os interessados  e em estrito cumprimento da lei eleitoral”, lembrou, acrescentando que os resultados apurados são transcritos em atas síntese,assinadas pelas principais partes  interessadas- membros da mesa e delegados de listas (fiscais dos partidos políticos às mesas), pois “são essas  as garantias legais  da transparência  e que impossibilitam, de forma inequívoca, contrariar a vontade popular”. 

A porta-voz da CNE alertou, na mesma mensagem, que é da competência exclusiva do órgão gestor das eleições divulgar os resultados do apuramento nos diversos órgãos de comunicação social.

“Vamos votar em consciência. O nosso voto deve ser claro, correto e certo, porque apenas os votos válidos produzem efeitos desejáveis no apuramento. Os votos nulos e brancos não têm valor nenhum para o apuramento, por isso façam um voto correto e certo”, aconselhou, para de seguida afirmar que a participação cívica e ordeira dos cidadãos na votação de domingo vai testemunhar a “vontade inabalável“ do povo, de construir uma Guiné-Bissau de todos e para todos.

Por: Filomeno Sambú

Senegal continua sob tensão com 15 mortos desde quinta-feira

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POR LUSA   03/06/23 

O Senegal continua hoje sob tensão, um dia após confrontos que fizeram seis mortos, elevando para 15 o número de mortes desde a condenação a dois anos de prisão do opositor Ousmane Sonko, na quinta-feira.

"Registámos no dia 02 de junho seis mortos, incluindo quatro na região de Dacar e dois na região de Ziguinchor", disse à AFP o porta-voz do ministro do Interior.

Os confrontos opuseram na noite de sexta-feira pequenos grupos de jovens manifestantes e as forças da ordem em Dacar, nos arredores da capital e no sul do país.

O Ministério do Interior ainda não assinalou qualquer incidente que tenha ocorrido hoje, até ao início da tarde.

Mas, durante a manhã havia ainda pneus queimados e pedras nas ruas, onde vários locais foram saqueados, incluindo lojas e bancos.

Várias redes sociais, como Facebook, WhatsApp ou Twitter, estão sem funcionar, uma medida que o governo diz ter sido adotada para evitar a "difusão de mensagens de ódio e subversivas".

O exército foi destacado para pontos estratégicos e também é visível a presença policial na capital, segundo a AFP.

A violência eclodiu após a condenação a dois anos de prisão do opositor Ousmane Sonko, candidato declarado às presidenciais de 2024, acusado de ter levado à "devassidão" uma jovem com menos de 21 anos, uma sentença que o impede de ser elegível.

Sonko diz desde o início deste caso que se trata de uma conspiração do presidente Macky Sall para o eliminar politicamente e afirma que está "sequestrado" na sua residência pelas forças de segurança, que impedem a aproximação de qualquer pessoa.

Ousmane Sonko pode ser detido "a qualquer momento", afirmou o ministro da Justiça Ismaïla Madior Fall.


TURQUIA: Erdogan toma posse para terceiro mandato presidencial

© REUTERS/Bernadett Szabo

POR LUSA    03/06/23 

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no poder há 20 anos, foi hoje empossado no parlamento para um terceiro mandato de cinco anos, prometendo assumir o cargo com "imparcialidade".

O chefe de Estado turco, de 69 anos, foi reeleito no dia 28 de maio com 52% dos votos, na segunda volta das presidenciais.

Erdogan deverá deslocar-se ao mausoléu do fundador da República, Mustafa Kemal Ataturk, antes das cerimónias protocolares no palácio presidencial e de um jantar à noite, após o qual será anunciada a composição do seu governo.

"Na qualidade de presidente, juro proteger a existência e a independência do Estado, a integridade da pátria, a soberania incondicional da nação, o Estado de direito e o princípio de uma república laica", como foi concebida por Ataturk, "o pai dos turcos", declarou o presidente, conhecido pela defesa de posições islamo-conservadoras.

De acordo com a imprensa pró-governamental, cerca de 20 chefes de Estado e de governo confirmaram presença nas cerimónias, incluindo o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, apesar da tensão histórica entre os dois países.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, confirmou a sua presença, numa altura em que tenta que seja levantado o veto turco à entrada da Suécia na Aliança Atlântica, se possível antes da cimeira da organização em julho.

Ancara continua a acusar a Suécia de acolher refugiados curdos que considera "terroristas".

Nas presidenciais realizadas no passado domingo, Erdogan, forçado pela primeira vez a disputar uma segunda volta, obteve 52,18% dos votos contra 47,82% do seu adversário, o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu, segundo os resultados oficiais divulgados na quinta-feira.


Presidente da CRE de Gabú diz ser reunidas as condições técnicas para as eleições de amanhã.


@ Radio TV Bantaba

Operação de resgate na Índia vira 'coleta de corpos' após colisão histórica de trens

O descarrilamento de um trem de passageiros no leste da Índia deixou ao menos 280 mortos e 850 feridos nesta sexta-feira (2) —números que aumentam a cada novo anúncio das autoridades locais e fazem do acidente o quarto pior desastre de trem de que se tem registro no país.

O mais grave dos últimos dez anos havia ocorrido em 2016, quando um acidente em Pukhrayan, próximo à cidade de Kanpur, no norte da Índia, matou 150 pessoas e feriu outras 150.👇

No dia de reflexão para as eleições legislativas de 04 de junho 2023, a Comissão Nacional das Eleições fez um apelo ao voto. A comunicação foi feita por Felisberta Moura Vaz, Secretária Executiva da CNE.

 Radio Voz Do Povo


GUINÉ-BISSAU: Sociedade civil apresenta célula para monitorizar eleições na Guiné-Bissau

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POR LUSA   03/06/23 

Um grupo de organizações da sociedade civil guineense lançou hoje a Célula de Monitorização Eleitoral (CME) para observar as legislativas de domingo e denunciar eventuais irregularidades no processo. 

Esta célula, que funciona de forma mais estruturada desde as eleições legislativas e presidenciais de 2019, vai funcionar a partir de hoje e durante três dias, com 200 monitores oriundos de todo o país, que se vã dividir entre o terreno e uma sala num hotel da capital guineense, Bissau, onde vai ser monitorizado todo o processo. 

Nesta célula, diferentes grupos vão monitorizar as redes sociais, as notícias sobre o processo eleitoral, incluindo os discursos políticos e serão recebidos os relatórios dos elementos que estarão no terreno.

Caso sejam detetadas irregularidades, a célula comunica-as às autoridades competentes, quer eleitorais, quer policiais.

Este projeto foi financiado pela União Europeia (UE) e pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), num total de 186.000 euros que irão apoiar todas as ações lideradas pela Célula de Monitorização Eleitoral.

Falando na apresentação formal da célula, o embaixador da UE em Bissau, Artis Bertulis, considerou que "o envolvimento ativo da sociedade civil no processo de monitorização eleitoral é fundamental para a transparência do processo eleitoral".

"As eleições são um processo chave nos processos democráticos", disse, desejando boa sorte aos 200 monitores.

O embaixador acrescentou que "somente uma democracia em funcionamento pode responder às necessidades dos seus cidadãos, atender às suas exigências e realizar as suas aspirações e pode fornecer bases sólidas para o desenvolvimento e a estabilidade a longo prazo".

Segundo Artis Bertulis, o apoio da UE a esta iniciativa insere-se na ajuda para a boa governação para "reforçar as ações e capacidade de atuação das organizações da sociedade civil guineense" de forma a que estas "possam desempenhar um papel mais interventivo nos aspetos da vida pública que influenciam e geram impactos no desenvolvimento da Guiné-Bissau".

Por seu lado, o representante do PNUD na Guiné-Bissau, Tjark Egenhoff, referiu que o período eleitoral "é um tempo de reflexão, de introspeção sobre o estado da democracia, sobre a aspiração democrática" do país.

O responsável apelou para que depois das eleiçoes se tirem "as lições aprendidas do processo" e disse esperar que esta monitorização "contribua para melhorar o sistema eleitoral e aquelas profundas raízes das instituições democráticas" necessárias "para que se possa mais e mais consolidar a democracia e o Estado de direito na Guiné-Bissau".

Em representação das organizações da sociedade civil, Denise Indeque lembrou que esta célula foi criada devido a preocupações "com os recuos e avanços democráticos", desde a abertura ao multipartidarismo, referindo que o objetivo é contribuir para "a justiça, a transparência e liberdade das eleições"

Para estas eleições, a célula pretende "trabalhar com uma estrutura mais alargada" com o objetivo de "promover a transparência, a credibilidade das eleições e da governação democrática da Guiné-Bissau e ainda reduzir o conflito antes, durante e pós-eleições".

Entre os principais desafios neste processo, Denise Indeque enumerou que é preciso "assegurar um clima de entendimento diante das ameaças de violência", garantir "a sinceridade do voto",  "mobilizar a participação massiva dos eleitores" e apelar à "aceitação dos resultados das eleições pelos atores políticos". 

Além do apoio a esta célula, a UE anunciou que vai apoiar a organização das eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau com um milhão de euros com uma contribuição para o Fundo Comum de apoio aos ciclos eleitorais 2023-2025 (PACE).

Perto de 900 mil eleitores guineenses são chamados no domingo às urnas para escolherem os novos deputados e o partido que vai formar Governo.

A estas eleições concorrem 20 partidos e duas coligações.


Leia Também: União Europeia apoia eleições na Guiné-Bissau com um milhão de euros

União Europeia apoia eleições na Guiné-Bissau com um milhão de euros

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POR LUSA   03/06/23 

A União Europeia (UE) vai apoiar a organização das eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau com um milhão de euros com uma contribuição para o Fundo Comum de apoio aos ciclos eleitorais 2023-2025 (PACE), anunciou em comunicado.

Segundo a UE, este apoio, que vai ser gerido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), visa "o reforço da capacidade institucional dos órgãos de gestão eleitoral, bem como na sensibilização da população, com especial destaque para os jovens, as mulheres e os grupos vulneráveis, para a cidadania ativa e o contributo dos cidadãos para a boa governação eleitoral".

Este programa prevê o acompanhamento da Comissão Nacional de Eleições (CNE) nas suas operações, bem como o Supremo Tribunal de Justiça, o "reforço das capacidades da sociedade civil para promover um ambiente seguro para as eleições, incluindo os meios de comunicação social" e o "apoio aos sistemas de alerta precoce e de resolução de litígios eleitorais".

Além desta contribuição para o Fundo Comum do PACE, a União Europeia apoia, em parceria com o PNUD, o processo eleitoral através de uma Célula de Monitorização Eleitoral, constituída por diferentes organizações da sociedade civil guineense, para monitorizar as eleições legislativas.

O PACE 2023-2025 é uma iniciativa multidoadores que visa o reforço de uma governação transformadora e inclusiva, que inclua o respeito pelo Estado de direito e a manutenção da paz. O seu objetivo é apoiar todas as fases do ciclo eleitoral, segundo a UE.

Perto de 900 mil eleitores guineenses são chamados no domingo às urnas para escolherem os novos deputados e o partido que vai formar Governo.

A estas eleições concorrem 20 partidos e duas coligações.


Roupa doada em países ricos vendida a africanos e muita acaba no mar

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POR LUSA   03/06/23 

Toneladas de roupa usada e doada acabam vendidas em mercados africanos, mas quase metade é lixo que termina em lixeiras ou no mar, libertando os produtores de países ricos dos seus resíduos e ameaçando o ambiente destes Estados pobres.

Isabel Abreu é uma engenheira do ambiente portuguesa, nascida em Moçambique, que atualmente está no Gana a participar numa expedição científica no Lago Volta para estudar os efeitos dos plásticos das roupas usadas que vão parar à água.

Em entrevista à agência Lusa, disse que até chegar às águas do Gana -- mas também a outros países como o Quénia ou a Nigéria -- estas roupas percorrem um longo caminho, que começa ao serem adquiridas em países ricos, como os Estados Unidos ou Europa.

Usadas, as roupas são depois doadas a organizações que promovem a sua oferta a países pobres. As de melhor qualidade são vendidas em lojas nos países onde são recolhidas, mas as que não estão em boas condições são importadas por países pobres, acabando em mercados de roupa usada, como o de Kantamanto, no centro da capital ganesa, o maior mercado de roupa em segunda mão do mundo.

A maioria dos compradores adquire as roupas em pacotes sem conhecer o seu conteúdo e reza "para que estejam em boas condições", relatou.

"Às vezes é só um gasto sem qualquer tipo de lucro", disse.

"Há pessoas que compram cá [Gana] para depois abrirem os pacotes e verem o que pode ser utilizado. Acontece que 40% não é utilizado, mas mesmo assim compram porque 60% é utilizado e ainda é sempre mais barato do que roupa em primeira mão", adiantou, indicando que a importação desta roupa barata deitou abaixo a indústria têxtil em África, que já foi bastante ativa.

Trata-se, na opinião de Isabel Abreu, de uma faceta do "colonialismo ambiental", um termo usado há 20 anos para a exploração das condições ambientais dos países menos desenvolvidos.

"O termo está a ser mais aplicado em relação aos resíduos usados do mundo desenvolvido para estes países com menos capacidade de lidar com este género de resíduos, que vêm disfarçados de produtos em segunda mão, com a finalidade de serem usados como caridade, como algo que esses países ainda possam usar", explicou.

Para Isabel Abreu, o problema é criado pelas grandes marcas de roupa e de produtos eletrónicos que não tratam como deviam os seus resíduos, nem investem numa verdadeira reciclagem.

"Muitas das campanhas das grandes marcas de roupa, que colocam um contentor para doação de roupas usadas, em troca de um vale para descontar na própria marca, são campanhas de marketing que nos fazem sentir a nós, consumidores, um bocadinho melhor com a nossa consciência", referiu.

Essas empresas, prosseguiu, livram-se dessa responsabilidade e ainda ficam com "uma boa imagem", quando na verdade estão a encaminhar roupa, que não pode ser reciclada, para países que não têm capacidade para lidar com estas quantidades.

Isabel Abreu colabora atualmente com a Or Fundation, uma organização que tem como missão "identificar e manifestar alternativas ao modelo dominante da moda que tragam prosperidade ecológica, em oposição à destruição, e que inspirem os cidadãos a formar uma relação com a moda que se estenda para além do seu papel de consumidor".

De acordo com esta fundação, a população de Kantamanto gasta anualmente 325 milhões de dólares (cerca de 302 milhões de euros) em fardos de vestuário em segunda mão, dos quais 182 milhões de dólares (cerca de 168,5 milhões de euros) foram pagos a exportadores dos países ricos.


ESTUDO: Cancro da mama. Adaptar tratamento à resposta pode evitar quimioterapia

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POR LUSA   03/06/23 

Um estudo apresentado na sexta-feira revela que adaptar a terapia do cancro da mama em função da resposta permitiu a um terço das pacientes evitar a quimioterapia em tratamentos onde era usada por defeito até agora.

O estudo em que participaram investigadores de 45 centros médicos de sete países europeus, incluindo Portugal, ajusta o tratamento em função da resposta, permitindo assim evitar a quimioterapia como resposta padrão.

De acordo com a agência espanhola de notícias, a Efe, os resultados foram apresentados em Chicago, durante a reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO).

O estudo concluiu que 37,9% das pacientes que foram tratadas sem recurso a quimioterapia conseguiram uma resposta patológica completa, e 95,4% não teve uma recaída até três anos depois.


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TAIWAN: EUA dizem que não vão tolerar "intimidação e coação" da China

© Lusa

POR LUSA   03/06/23

O secretário da Defesa dos EUA disse hoje em Singapura que Washington não vai tolerar qualquer "intimidação e coação" de Pequim e assegurou o compromisso norte-americano de "manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan".

Em declarações no Diálogo de Shangri-La, conferência anual sobre segurança na Ásia, Austin defendeu a visão norte-americana de que um "Indo-Pacífico livre, aberto e seguro num mundo com regras e direitos" é a melhor forma de contrariar a crescente afirmação chinesa na região.

"Estamos empenhados em garantir que todos os países possam voar, navegar e operar onde quer que o direito internacional permita", afirmou. "Todos os países, grandes ou pequenos, devem permanecer livres para realizar atividades marítimas legais."

O responsável observou que os EUA forneceram milhões de doses da vacina contra a covid-19 durante a pandemia e estão regularmente envolvidos em trabalhos de socorro e assistência humanitária naquela região.

Os EUA estão a trabalhar para combater as alterações climáticas, a pesca ilegal e garantir que as cadeias de abastecimento não sofram interrupções, sublinhou Austin, abordando questões relevantes para as nações da Ásia-Pacífico.

"Estamos a reforçar as nossas alianças e parcerias", disse.

Por outro lado, notou que Washington também está empenhado em travar a ameaça que representam os mísseis da Coreia do Norte e as reivindicações da China sobre Taiwan, ilha que Pequim considera parte do seu território.

"Para ser claro, não procuramos o conflito ou confronto (...). Mas não hesitaremos perante intimidação e coação", assegurou.

Austin notou que os EUA permanecem "profundamente comprometidos" com a política de longa data de 'Uma só China', que reconhece Pequim como o governo da China, mas permite relações informais com Taiwan, e continuam a "opor-se categoricamente a mudanças unilaterais no 'status quo' de ambos os lados".

A invasão russa da Ucrânia serviu para sublinhar o perigo que seria o mundo se os grandes países pudessem "invadir impunemente os vizinhos pacíficos", acrescentou.

"O mundo inteiro tem interesse em manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse.

O novo ministro da Defesa da China, Li Shangfu, recusou o convite de Austin para falar à margem da conferência, embora os dois tenham apertado as mãos antes de se sentarem em lados opostos da mesa na abertura do fórum, na sexta-feira.

"Um aperto de mão cordial durante o jantar não substitui um compromisso concreto", afirmou Austin.

Não é claro se Li, que deverá discursar no fórum no domingo de manhã, estava na sala quando Austin fez estas declarações.

O secretário da Defesa dos EUA reiterou os apelos que o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, fez no discurso de abertura do fórum, para que a China se envolva em comunicações regulares e diretas, de forma a ajudar a evitar possíveis conflitos.

"Para os líderes responsáveis pela defesa, o momento certo para falar é a qualquer momento", disse Austin. "O momento certo para falar é sempre. E o momento certo para falar é agora"


sexta-feira, 2 de junho de 2023

GUERRA NA UCRÂNIA: Líder do Grupo Wagner acusa Moscovo de tentar explodir mercenários

© Noticias ao minuto

Notícias ao Minuto   02/06/23 

Líder do Grupo Wagner revelou que os mercenários encontraram uma série de locais com engenhos explosivos, colocados pelas forças tradicionais russas.

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, acusou, esta sexta-feira, as tropas do Exército da Rússia de terem tentado explodir os seus mercenários. As acusações surgem numa altura de tensão entre Prigozhin e Moscovo.

Na plataforma Telegram, o empresário russo revelou que quando os paramilitares se retiraram da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, e entregaram as suas posições às forças tradicionais russas, descobriram uma série de locais nas zonas de retaguarda onde as forças russas colocaram vários engenhos explosivos.

Questionadas sobre o porquê dos engenhos explosivos, que incluíam centenas de minas antiataque, terem sido ali colocados, as forças russas indicaram tratar-se de uma ordem de superiores. 

"Não era necessário colocar estas cargas para dissuadir o inimigo, uma vez que a [zona em questão] se situa na retaguarda. Por conseguinte, podemos presumir que estas cargas se destinavam a ir ao encontro das unidades avançadas do Grupo Wagner", afirmou Prigozhin no Telegram, citado pela agência de notícias Reuters. 

O responsável acrescentou que nenhum dos engenhos explodiu e ninguém ficou ferido, mas "presumiu” que "se tratou de uma tentativa de flagelação pública".

Sublinhe-se que o líder do Grupo Wagner tem estado em guerra aberta com o Ministério da Defesa da Rússia, acusando-o de não fornecer munições suficientes para lutar na Ucrânia, sobretudo quando os combates se centravam em Bakhmut. Moscovo negou as acusações.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.


CEDEAO condena violência contra forças de segurança no Senegal

© NIPAH DENNIS/AFP via Getty Images

POR LUSA   02/06/23 

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou hoje a violência contra as forças de segurança no Senegal durante os protestos que decorrem no país após a condenação do líder da oposição, nos quais morreram nove pessoas.

"A CEDEAO condena veementemente a violência dirigida contra as forças de segurança, a propriedade pública, a propriedade privada e a perturbação da ordem pública", declarou a organização num comunicado emitido a partir da sua sede na capital nigeriana, Abuja.

"Lamenta a perda de vidas e apela à contenção e à resolução dos diferendos por meios pacíficos", acrescentou.

A CEDEAO afirmou que estava a acompanhar de perto a evolução da situação no Senegal e apelou "a todos para que defendam a reputação louvável do país como um bastião de paz e estabilidade".

Em Dacar e noutras cidades, os manifestantes barricaram-se com pneus e veículos em chamas, incendiaram veículos privados e da polícia e atiraram pedras contra as forças da ordem.

Também saquearam lojas, como as das empresas francesas Orange e Auchan, bem como estações de serviço e edifícios públicos, incluindo a companhia estatal de eletricidade e instalações do comboio expresso regional (TER).

Em resposta, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogéneo para tentar controlar a situação.

O ministro do Interior senegalês, Antoine Félix Abdoulaye Diome, declarou na madrugada de hoje que nove pessoas tinham sido mortas durante as manifestações.

Confirmou também que o Estado senegalês tinha decidido suspender temporariamente a utilização de certas aplicações digitais (como o Facebook, o Twitter ou o WhatsApp) por estarem a ser utilizadas para fazer "apelos à violência e ao ódio".

Os protestos, que continuaram hoje, começaram quinta-feira na maioria dos bairros de Dacar e nas principais cidades do país, após o anúncio de uma condenação a dois anos de prisão por corrupção de menores contra o líder da oposição Ousmane Sonko.

Sonko foi julgado a 23 de maio, depois de ter sido acusado no início de 2021 por uma jovem massagista, Adji Sarr, de "violações repetidas" e "ameaças de morte", acusações de que foi absolvido pelo tribunal.

Sonko e a sua comitiva denunciaram a "instrumentalização" da justiça por Macky Sall (presidente do país desde 2012 e reeleito em 2019) para o impedir de concorrer às eleições presidenciais previstas para fevereiro de 2024.

Conhecido pelo seu discurso "antissistema", o líder da oposição critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, encontrando muitos seguidores entre a juventude senegalesa.


Madem-G15 fecha a campanha eleitoral com um mega comício no Espaço Verde no Bairro D'ajuda em Bissau.





By Radio Voz Do Povo 


PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESLOCA-SE À ANCARA

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló deslocou-se hoje à Ancara para assistir a cerimónia de investidura do Presidente reeleito da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

MADEM G15: Povo da Guiné-Bissau quer "um primeiro-ministro sério"

POR LUSA   02/06/23

O candidato do Madem-G15 às eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau, Braima Camará, manifestou-se hoje confiante de que vai ter maioria absoluta porque o povo "provou que quer a mudança" e um "primeiro-ministro sério".

Em declarações aos jornalistas à margem do comício de encerramento da campanha eleitoral, no Espaço Verde, junto à avenida que liga o aeroporto ao centro de Bissau, o coordenador nacional do Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15) afirmou que "o povo quer a estabilidade, quer a paz" e "um Governo sério, um Governo do povo para o povo".

Braima Camará fez um balanço da campanha "acima de todas as expetativas", referindo que "é a hora da Guiné-Bissau, chegou a hora, a hora da mudança para Kumpu Guiné [compor a Guiné]", recorrendo ao 'slogan' usado na campanha - "Hora Tchiga - Kumpu Guiné".

Questionado sobre se está confiante nos resultados, o candidato a primeiro-ministro manifestou-se "confiante, convicto, firme e determinado" e que "não há dúvida nenhuma" de que vai ter maioria absoluta, acrescentando: "É a razão da nossa luta."

O Espaço Verde esta preenchido com apoiantes do Madem G-15 e Ciza, de 37 anos, esperou "mais de três horas" pelo candidato, mas "valeu a pena" porque conseguiu ficar nos lugares da frente para assistir ao comício. 

Vestida com uma camisola branca e com o símbolo de partido, disse que "a Guiné-Bissau precisa de "hospital, água, eletricidade e escola", o que "só será possível" com Braima Camará.

Reivindicação idêntica tem Sajo Mane, de 29 anos, que pede "escola, saúde e emprego" porque a Guiné-Bissau precida de "toda a mudança".

Em cima do palco estavam vários ministro, nomeadamente dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, das Obras Públicas, Fidelis Forbes, do Ambiente, Viriato Cassamá, do Turismo, Fernando Vaz e da Mulher, Família e Solidariedade Social, Conceição Évora.

Ao lado do candidato estavam o ex-Presidente José Mário Vaz, que se filiou no Madem-G15 em setembro do ano passado, e o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e no ecrã principal passavam imagens de Braima Camará ao lado do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que foi acusado pela oposição de interferência na campanha eleitoral a favor do Madem-G15, partido que ajudou a fundar.

Os militantes faziam a festa com a atuação de vários músicos e saudaram efusivamente José Mário Vaz, conhecido como Jomav, à sua chegada ao palco do comício.

Os ânimos exaltaram-se à chegada de Braima Camará, que percorreu a avenida desde o aeroporto em cima de um carro e rodeado de apoiantes do partido, o que levou à intervenção da polícia.

O Madem-G15, atualmente no Governo é um dos principais partidos a disputar as sétimas legislativas guineenses desde a abertura ao multipartidarismo, em 1994.

Entre os principais partidos estão ainda a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) - Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, na oposição), o Partido de Renovação Social (PRS), que integra o atual Governo de iniciativa presidencial, mas que tem criticado a ação do executivo durante a campanha eleitoral, e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), de Botché Candé, atual ministro da Agricultura, e que se tem igualmente distanciado dos partidos que integram o Governo.

A Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, tem tido uma presença mais discreta na campanha eleitoral e o chefe do Governo perspetivou já que nenhum partido vai conseguir a maioria, sendo necessário um consenso para formar o executivo.

Para estas eleições estão registados 893.618 eleitores. As urnas abrem às 07:00 locais (08:00 em Lisboa) e encerram às 17:00 (18:00 em Lisboa) e haverá 3.524 mesas de voto.

Ao todo estão no país cerca de 200 observadores, nomeadamente da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), liderada pelo ex-presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, da União Africana, chefiada pelo ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano, enquando a missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), é liderada pelo ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Alberto Carlos.


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ÚLTIMO DIA DE COMÍCIO DE CAMPANHA ELEITORAL 2023 - MADEM-G15 FECHA A CAMPANHA ELEITORAL COM UM MEGA COMÍCIO NO ESPAÇO VERDE NO BAIRRO D'AJUDA EM BISSAU







FOTOS: Tuti Vitoria Iyere / G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM