sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Guiné-Conacri elege presidente num escrutínio marcado por fraca oposição... Cerca de sete milhões de eleitores escolhem no domingo um Presidente na Guiné-Conacri, entre nove candidatos, num escrutínio marcado pela ausência de uma oposição forte, sendo assim provável a vitória o chefe de Estado interino.

© Shutterstock   Lusa   26/12/2025 

Nove candidatos presidenciais - nomeadamente o atual Presidente interino, o general Mamady Doumbouya - terminam hoje a sua campanha eleitoral para tentar ganhar o voto dos 6,8 milhões de eleitores inscritos. 

O atual líder do país candidata-se de forma independente, mas com o apoio do movimento Geração para a Modernidade e o Desenvolvimento (GMD, na sigla em francês).

Segundo noticiou a agência France-Presse (AFP), Doumbouya parece ter o escrutínio ganho devido à ausência de uma oposição forte. 

A sua campanha tem o 'slogan' "Construir Juntos" e Doumbouya prometeu, num vídeo publicado no início do mês, paz e estabilidade aos cerca de 13 milhões de cidadãos guineenses.

Essa foi a única intervenção de campanha do general que está à frente do país desde 2021 - após ter protagonizado um golpe de Estado e deposto o ex-Presidente Alpha Condé - e que se candidata às eleições presidenciais apesar de, inicialmente, ter prometido devolver o poder aos civis.

A tomada de poder deste militar foi inicialmente acolhida com alegria pela população, após meses de manifestações duramente reprimidas contra um terceiro mandato de Condé.

Desde então, o general tem governado o país viznho da Guiné-Bissau com mão-de-ferro.

Sob a sua presidência, vários partidos políticos e meios de comunicação social foram suspensos, as manifestações foram proibidas em 2022 e são reprimidas.

Numerosos líderes da oposição e da sociedade civil foram detidos, condenados ou empurrados para o exílio e as notícias de desaparecimentos forçados e raptos multiplicaram-se nos últimos anos.

Para se poder candidatar a este escrutínio, realizou um referendo no país, em setembro, para alterar a Constituição, que contou com uma participação de 91%, mas foi fortemente criticado pela oposição.

Nesse novo texto passou a ser permitido que membros da junta militar se candidatassem ao poder e o mandato presidencial foi aumentado para sete anos.

Os restantes oito candidatos destas eleições são Faya Millimono, líder do Bloco Liberal; Bouna Keïta, candidato do Comício do Povo Guineense (RPG na sigla em francês) e eleito deputado em 2020; Abdoulaye Yéro Baldé, líder do Frondeg, trabalhou no Banco Mundial, foi vice-governador do Banco Central e ex-ministro de Condé; Makalé Camara, líder do Fan, ex-ministra da Agricultura e dos Negócios Estrangeiros e única mulher entre os candidatos.

A lista integra ainda Ibrahima Abé Sylla, candidato do partido Novo Compromisso pela República (NGR, na sigla em francês), foi ministro da Energia; Abdoulaye Kourouma líder do Renascimento e Desenvolvimento (RRD, na sigla em francês); Mohamed Nabé e Mohamed Tounkoura.

O escrutínio está a ser organizado pelo Ministério da Administração Territorial e não por um órgão independente.

As urnas vão estar a funcionar entre as 07h00 e as 18h00 (o mesmo horário em Lisboa), mas a data do anúncio dos resultados não foi ainda comunicada.

A Guiné-Conacri continua a ser um dos países mais pobres do mundo, com 52% dos habitantes a viverem abaixo do limiar da pobreza, apesar das suas riquezas naturais, como bauxite, ferro, ouro e diamantes.


Drones russos causam danos em navios da Eslováquia, Palau e Libéria... As defesas aéreas ucranianas neutralizaram 73 dos 99 drones russos durante a noite e madrugada de hoje, informou a Força Aérea.

Por  LUSA 

Os drones não intercetados causaram danos em infraestruturas ucranianas e em três navios com bandeiras da Eslováquia, Palau e Libéria, na costa do Mar Negro, segundo as autoridades militares.

"Na noite de 26 de dezembro [a partir das 18h00 do dia 25 de dezembro], o inimigo atacou com um míssil balístico Iskander-M a partir da área temporariamente ocupada da Crimeia, assim como com 99 drones de ataque dos tipos Shahed, Gerbera e outros", anunciou a força militar no seu relatório diário, nas redes sociais.

Os drones descolaram das regiões russas de Bryansk, Kursk e Primorsko-Akhtarsk, e da península ucraniana anexada da Crimeia.

Segundo dados preliminares da Força Aérea, até às 09h00 (locais), 73 drones Shahed, Gerbera e de outros modelos tinham sido intercetados ou neutralizados no norte, sul e leste da Ucrânia.

Um míssil balístico e 26 veículos aéreos não tripulados (UAV) atingiram, no entanto, 16 diferentes locais na região costeira de Odessa, causando danos em dois navios, um da Eslováquia e outro de Palau, disse o vice-primeiro-ministro ucraniano, Oleksiy Kuleba, no Telegram.

Os ataques também provocaram incêndios e danos em armazéns de empresas, numa barcaça e em elevadores.

Na região vizinha de Mykolaiv, drones russos atingiram um terminal portuário e um navio que navegava sob a bandeira da Libéria.

Um outro ataque, segundo Kuleba, atingiu a região oeste de Lviv, onde foram danificadas infraestruturas ferroviárias, no entroncamento de Kovel, a cerca de 60 quilómetros da fronteira com a Polónia.

EUA atacaram Daesh na Nigéria após "massacres de cristãos". As imagens... Os EUA anunciaram na quinta-feira um ataque contra o Daesh na Nigéria, numa operação conjunta com este país. Não são descartados novos ataques e números de vítimas ainda não são conhecidos.

Por  LUSA 

Já são conhecidas as primeiras imagens relacionadas com os ataques levados a cabo pelos Estados Unidos no noroeste da Nigéria, e que foram dirigidos ao autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).

Os ataques aconteceram na quinta-feira à noite e o anúncio de que estes tinham acontecido foi feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Já antes tinha avisado estes terroristas de que, se não acabassem com o massacre de cristãos, pagariam caro, e esta noite [quinta-feira] pagaram", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social, acrescentando que "o Departamento de Guerra realizou muitos ataques perfeitos, como só os Estados Unidos são capazes de fazer".

A publicação de Trump não incluía informações sobre como a ofensiva tinha sido levada a cabo e quais os seus efeitos.

"Esta noite, sob as minhas ordens como Comandante-Supremo [das Forças Armadas], os Estados Unidos lançaram um poderoso e mortífero ataque contra a Escumalha Terrorista do EI [Estado Islâmico] no noroeste da Nigéria, que tem atacado e matado violentamente sobretudo cristãos inocentes, a níveis não vistos em muitos anos, até mesmo séculos!", escreveu ainda.

Nigéria confirma ataque

Depois do anúncio feito por Trump - em que não foram dados muitos detalhes - foi a vez de o país que foi palco do ataque confirmar a  situação.

Pouco depois do anúncio de Trump, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nigéria confirmou a execução de ataques de "precisão contra alvos terroristas" no noroeste do país pelas forças norte-americanas.

"As autoridades nigerianas continuam empenhadas numa cooperação estruturada em matéria de segurança com parceiros internacionais, incluindo os Estados Unidos da América, a fim de combater a ameaça persistente do terrorismo e do extremismo violento", afirmou o ministério num comunicado.

"Isto levou a ataques aéreos de precisão contra alvos terroristas na Nigéria", acrescentou o ministério nigeriano.

À BBC, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Yusuf Maitama Tuggar, disse que esta "foi uma operação conjunta" que teve "terroristas" como alvo e que "não estava relacionado com uma religião em particular".

Sem mencionar especificamente o Estado Islâmico, Tuggar detalhou que a operação já tinha sido planeada "há bastante tempo" e que foram usadas informações recolhidas pela Nigéria.

O ministro não descartou novos ataques, acrescentando que isso dependeria de "decisões a serem tomadas pelas lideranças dos dois países". 

Pelo menos para já, ainda são desconhecidos os números de vítimas ou estragos que foram registados com estes ataques.

Os avisos

No mês passado, Trump disse que tinha ordenado ao Pentágono que começasse a planear uma potencial ação militar na Nigéria, na sequência de denúncias de perseguição de cristãos.

O Departamento de Estado anunciou nas últimas semanas que iria restringir os vistos para nigerianos e familiares, envolvidos em assassínios em massa e violência contra cristãos no país da África Ocidental.

Os Estados Unidos designaram recentemente a Nigéria como "país de particular preocupação" ao abrigo da Lei da Liberdade Religiosa Internacional.

"O nosso país não permitirá que o terrorismo radical islâmico prospere", afirmou Trump na quinta-feira à noite. 

Veja as imagens na galeria.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

EUA realizaram "numerosos ataques" contra Estado Islâmico na Nigéria... O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou hoje que os Estados Unidos realizaram "numerosos ataques" mortais contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), no noroeste da Nigéria.

Por LUSA 

Trump ameaçou que as forças norte-americanas procederão a novos ataques se a organização continuar a matar cristãos naquele país africano.

"Já antes tinha avisado estes terroristas de que, se não acabassem com o massacre de cristãos, pagariam caro, e esta noite pagaram", declarou Donald Trump na sua rede social, Truth Social, acrescentando que "o Departamento de Guerra realizou muitos ataques perfeitos".


@MFAA


Forças ucranianas atacam refinaria russa ligada ao abastecimento militar... A Ucrânia atacou hoje uma grande refinaria na Rússia diretamente ligada ao abastecimento das forças armadas russas, com recurso a mísseis britânicos Storm Shadow, anunciou o Estado-Maior das forças armadas ucranianas.

Por  LUSA 25/12/2025

A refinaria de Novoshakhtinsk foi atacada por vários mísseis que causaram múltiplas explosões", disse o Estado-Maior numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

Esse tipo de armamento já foi por diversas vezes utilizado em ataques no território russo.

"As unidades da força aérea ucraniana atacaram com sucesso a fábrica de produtos petrolíferos de Novoshakhtinsk na região de Rostov, na Rússia, com mísseis cruzeiro Storm Shadow disparados a partir do ar", de acordo com a comunicação militar, citada pela agência France Presse (AFP).

O Estado-Maior explicou que a refinaria em causa é uma das principais fornecedoras de produtos petrolíferos no sul da Rússia e "está diretamente ligada ao abastecimento das forças armadas da Federação da Rússia", nomeadamente combustível diesel e querosene para a aviação.

A Ucrânia, que sofre diariamente ataques russos de mísseis e drones com longo raio de ação retalia atacando instalações e infraestruturas energéticas.


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Recentemente, o Governo alemão convocou o embaixador russo, Serguei Nechayev, depois de os serviços secretos germânicos terem atribuído à Rússia um ciberataque contra o controlo de tráfego aéreo germânico, em 2024, e uma campanha de desinformação em vésperas das eleições gerais realizadas em fevereiro de 2025.


Guiné-Bissau: Praça dos Heróis Nacionais ponto alto do Natal em Bissau


Estamos a Trabalhar     .....Mininus na brinca na império ku avenida Amílcar Cabral

SINDICATO DENÚNCIA SOBRE LOTAÇÃO E MÁS CONDIÇÕES NO CENTRO DE DETENÇÃO DA PJ DE BANDIM BISSAU

Por: Rádio Jovem

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional da Guiné-Bissau denúncia a existência de mais de 90 reclusos atualmente detidos no Centro de Detenção da Polícia Judiciária (PJ) de Bandim, em Bissau, uma situação que, segundo a organização, viola de forma grave a capacidade oficial do espaço, fixada em 65 presos pelo Estado guineense.

De acordo com o sindicato, o centro de detenção já não reúne condições mínimas para continuar a receber novos reclusos, incluindo os provenientes de outras instituições judiciais. 

“O centro ultrapassou largamente a sua capacidade e não tem condições humanas, sanitárias nem de segurança para acolher mais presos”, alertou a organização.

Em entrevista à Rádio Jovem, o presidente em exercício do Sindicato da Guarda Prisional, Donato Bakali, classificou como crítica a situação atual do estabelecimento prisional.

“Estamos perante uma situação extremamente grave. Há mais de 90 prisioneiros num espaço concebido para apenas 65, o que constitui uma violação grosseira das normas estabelecidas pelo próprio Estado”, afirmou.

Perante este cenário, Donato Bakali defendeu o fim imediato da utilização do Centro de Detenção da PJ de Bandim como espaço de reclusão.

“É preciso pôr termo ao uso deste local como centro de detenção e procurar, com urgência, um espaço digno para acolher os presos, enquanto o país não dispõe de uma prisão de alta segurança”, sublinhou.

Durante a entrevista a nossa estação emissora, o dirigente sindical denunciou ainda a existência de registos de mortes no interior do centro, bem como surtos de doenças e o agravamento do estado de saúde dos detidos.

“Temos informações de mortes, casos de tuberculose e de prisioneiros cujo estado de saúde se agrava diariamente devido às péssimas condições de detenção”, revelou.

Segundo Bakali, a situação reflete o abandono do sistema prisional guineense e exige uma resposta imediata das autoridades competentes.

“É urgente que o Estado assuma as suas responsabilidades e garanta o respeito pelos direitos humanos e pela dignidade dos reclusos”, concluiu.

Bissorã: Suspeito do assassinato de Malam Camará é detido pela polícia

Fonte: Guinenews

Um jovem de nome Fernando, residente na tabanca de Bighara, foi detido ontem, 24 de dezembro, pela polícia em Bissorã.

Fernando é um dos suspeitos envolvidos na morte de Malam Camará, ocorrida na localidade de Buborim, no setor de Bigene, no passado dia 15 de dezembro. A vítima foi assassinada durante um assalto perpetrado por indivíduos armados.

Segundo informações apuradas no inquérito policial, Fernando confirmou que se encontrava presente no momento do assassinato de Malam Camará. Ainda de acordo com a polícia, durante o confronto, um dos assaltantes foi atingido por um disparo e acabou por morrer, enquanto outro conseguiu fugir do local.

As investigações prosseguem para localizar os restantes envolvidos no crime.

Rússia precisa de mais 12 milhões de trabalhadores nos próximos sete anos... O presidente russo, Vladimir Putin, estimou hoje que a Rússia vai necessitar de mais 12 milhões de trabalhadores nos próximos sete anos, apelando ao lançamento de um programa de formação "de grande escala" focado na inteligência artificial.

Por LUSA 

"Nos próximos sete anos necessitamos de atrair à economia 12,2 milhões de pessoas", disse Vladimir Putin durante uma reunião do Conselho de Estado no Kremlin, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Segundo o chefe de Estado, que indicou que a atual taxa de desemprego é de 2,2%, existe no país "um défice de trabalhadores" que, no caso da capital, Moscovo, ronda o meio milhão de pessoas.

Nos últimos anos, as autoridades russas endureceram as políticas migratórias, o que reduziu significativamente o fluxo de trabalhadores provenientes do espaço pós-soviético.

Para contrariar estes desequilíbrios, o Presidente defendeu a introdução de inteligência artificial em todas as esferas da economia e geografia nacionais e a familiarização dos futuros trabalhadores com o uso daquela tecnologia.

"Refiro-me aos próximos 10, 15 anos. Já é evidente que será uma era de transformações tecnológicas colossais e de um desenvolvimento acelerado da Inteligência Artificial. Este é o maior salto tecnológico, seguramente, sem precedentes na história", afirmou.

Embora admitindo que a inteligência artificial substituirá parte da classe trabalhadora, Vladimir Putin sustentou que a tecnologia criará também novos postos de trabalho, pelo que haverá que fazer "mudanças sistémicas" nos programas de formação.

"É necessário mudar todo o paradigma de formação do pessoal. Todo. Isto não é um 'slogan' nem um desejo, mas sim uma missão de vital importância para o Estado, as empresas e a educação", concluiu.


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A Rússia condenou hoje as tentativas dos Estados Unidos da América (EUA) para desestabilizar a Venezuela e manifestou a esperança de que a crise entre os dois países possa ser resolvida por meios legais, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.


quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Estes são os 20 pontos do plano de paz da Ucrânia e dos EUA... O Presidente ucraniano revelou detalhes da nova versão do plano apoiado pelos EUA para pôr fim à guerra na Ucrânia, afirmando que foi negociado entre representantes de Kiev e Washington e enviado para Moscovo para revisão.

Por LUSA 

O documento será complementado por acordos bilaterais adicionais entre os Estados Unidos e a Ucrânia, com foco na segurança e reconstrução. Volodymyr Zelensky não divulgou uma versão preliminar do documento, mas apresentou o conteúdo do plano ponto por ponto durante uma conferência de imprensa com jornalistas, em Kiev, na terça-feira, mas que só hoje foi divulgado.

Segue-se a transcrição completa de como descreveu o conteúdo do acordo, traduzida do ucraniano.

Plano dos 20 pontos:

1.º A soberania da Ucrânia será reafirmada. Declaramos que a Ucrânia é um Estado soberano, e todos os signatários do acordo confirmam isso com as suas assinaturas.

2.º Este documento é um pacto de não-agressão total e incondicional entre a Rússia e a Ucrânia. Para manter uma paz duradoura, será estabelecido um mecanismo de monitorização para controlar a linha de contacto através de vigilância aérea não tripulada, garantindo a comunicação rápida das violações e a resolução de litígios. As equipas técnicas finalizarão todos os detalhes.

3.º A Ucrânia receberá fortes garantias de segurança.

4.º As Forças Armadas da Ucrânia manterão um efetivo de 800.000 militares em tempo de paz.

5.º Os Estados Unidos, a NATO e os Estados europeus signatários fornecerão à Ucrânia garantias de segurança com base no artigo 5.º:

a) Se a Rússia invadir a Ucrânia, para além de uma resposta militar coordenada, todas as sanções globais contra a Rússia serão restabelecidas.

b) Se a Ucrânia invadir a Rússia ou abrir fogo em território russo sem provocação, as garantias de segurança serão consideradas nulas e sem efeito. Se a Rússia abrir fogo contra a Ucrânia, as garantias de segurança entrarão em vigor.

c) As garantias bilaterais de segurança não estão excluídas por este acordo.

6.º A Rússia formalizará uma política de não-agressão em relação à Europa e à Ucrânia em todas as leis e documentos necessários para a ratificação.

7.º A Ucrânia tornar-se-á membro da União Europeia num prazo precisamente definido e beneficiará, a curto prazo, de um acesso preferencial ao mercado europeu.

8. Um robusto programa de desenvolvimento global para a Ucrânia, a ser definido num acordo separado sobre investimento e prosperidade futura. Abrangerá uma vasta gama de áreas económicas, incluindo, entre outras:

(a) A criação de um Fundo de Desenvolvimento da Ucrânia para investir em setores de elevado crescimento, incluindo a tecnologia, os centros de dados e a inteligência artificial.

(b) Os Estados Unidos e as empresas norte-americanas cooperarão com a Ucrânia e coinvestirão na reconstrução, desenvolvimento, modernização e operação da infraestrutura de gás da Ucrânia, incluindo os seus gasodutos e instalações de armazenamento.

(c) Serão feitos esforços conjuntos para reconstruir as áreas devastadas pela guerra, restaurando, reconstruindo e modernizando as cidades e os bairros residenciais.

(d) Desenvolvimento de infraestruturas.

(e) Extração de minerais e recursos naturais.

(f) O Banco Mundial disponibilizará uma linha de financiamento especial para garantir fundos que acelerem estes esforços.

(g) Será criado um grupo de trabalho de alto nível, incluindo a nomeação de um líder financeiro global como administrador, para supervisionar a implementação do plano estratégico de reconstrução e maximizar as perspetivas de desenvolvimento futuro.

9.º Serão criados diversos fundos dedicados à recuperação da economia ucraniana, à reconstrução de áreas e regiões danificadas e a questões humanitárias.

a) Os Estados Unidos e os países europeus criarão um fundo de investimento de capital e de donativos de 200 mil milhões de dólares para um financiamento transparente e eficaz na Ucrânia.

b) Uma vasta gama de investimentos de capital e outros instrumentos financeiros será mobilizada para a reconstrução da Ucrânia pós-conflito. As instituições globais de reconstrução utilizarão mecanismos concebidos para fortalecer e facilitar estes esforços.

c) A Ucrânia aplicará os mais elevados padrões globais para atrair investimento direto estrangeiro.

d) A Ucrânia reserva-se o direito de procurar reparações pelos danos causados.

10.º Após a conclusão do presente acordo, a Ucrânia irá acelerar o processo de celebração de um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.

11.º A Ucrânia reafirma o seu compromisso de permanecer um Estado não nuclear, em conformidade com o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

12.º A central nuclear de Zaporijia será operada conjuntamente por três países: Ucrânia, Estados Unidos e Rússia.

13.º Ambos os países comprometem-se a implementar programas educativos nas escolas e na sociedade que promovam a compreensão e a tolerância para com as diferentes culturas e combatam o racismo e o preconceito. A Ucrânia aplicará as normas da União Europeia relativas à tolerância religiosa e à proteção das línguas minoritárias.

14.º Nas regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, a linha de posicionamento das tropas à data deste acordo é reconhecida de facto como a linha de contacto.

a) Nós, como partes, confirmamos de facto que esta é a linha de contacto -- onde nos encontramos atualmente.

b) Um grupo de trabalho reunirá para determinar o reposicionamento das forças necessário para o fim do conflito, bem como para definir os parâmetros de potenciais futuras zonas económicas especiais.

c) Seguindo uma base equivalente para as movimentações militares, serão posicionadas forças internacionais ao longo da linha de contacto para monitorar o cumprimento deste acordo. Caso seja tomada a decisão de estabelecer tal zona, esta deverá receber aprovação especial do parlamento ucraniano ou ser submetida a referendo.

d) A Federação Russa deverá retirar as suas tropas das regiões de Dnipropetrovsk, Mykolaiv, Sumy e Kharkiv para que este acordo entre em vigor.

(e) As partes concordam em respeitar as regras, garantias e obrigações das Convenções de Genebra de 1949 e dos seus protocolos adicionais, que se aplicam integralmente ao território, incluindo os direitos humanos universalmente reconhecidos.

15.º Tendo concordado com os futuros arranjos territoriais, a Federação Russa e a Ucrânia comprometem-se a não alterar estas disposições pela força.

16.º A Rússia não impedirá a utilização do Rio Dniepre e do Mar Negro pela Ucrânia para fins comerciais.

17.º Será estabelecido um comité humanitário para resolver as questões pendentes.

a) Todos os restantes prisioneiros de guerra, incluindo os condenados na Rússia desde 2014 até ao presente, serão trocados em regime de "todos por todos" (todos os prisioneiros detidos, independentemente do número de prisioneiros de cada lado).

b) Todos os civis e reféns detidos, incluindo crianças e prisioneiros políticos, serão libertados.

c) Serão tomadas medidas para lidar com os problemas e o sofrimento das vítimas do conflito.

18.º A Ucrânia deve realizar eleições o mais rapidamente possível após a assinatura do acordo.

19.º Este acordo é juridicamente vinculativo. A sua aplicação será monitorizada e garantida por um Conselho de Paz presidido pelo Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump. A Ucrânia, a Europa, a NATO, a Rússia e os Estados Unidos farão parte deste mecanismo. Serão aplicadas sanções em caso de violações.

20.º Assim que todas as partes aceitarem este acordo, entrará imediatamente em vigor um cessar-fogo completo.


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Na segunda-feira, um general russo tinha sido morto num ataque semelhante.


Após ser retirada pela CBS, reportagem sobre deportações aparece on-line... A reportagem que a nova diretora de informação da cadeia de televisão norte-americana CBS retirou do célebre programa de jornalismo investigativo "60 Minutes", sobre deportações de imigrantes, foi disponibilizada no Canadá e na internet.

Por  LUSA 

Um dos mais respeitados programas de jornalismo nos Estados Unidos, e alvo frequente de críticas de Donald Trump, o "60 Minutes" tornou-se nos últimos dias alvo de acusações de auto censura a favor do Presidente, visando a nova diretora Bari Weiss, e não está esclarecido de que forma terá sido disponibilizada on-line a reportagem, sobre cuja autenticidade a CBS não se pronunciou ainda. 

A Global Television Network, uma das maiores emissoras do Canadá, exibiu uma versão da reportagem da jornalista Sharyn Alfonsi, igualmente sem se pronunciar se é igual à que foi retirada do ar pela CBS. 

Também disponível num site que capta e preserva páginas web, a reportagem contém entrevistas com imigrantes enviados para o Centro de Confinamento de Terroristas (CECOT), em El Salvador, no âmbito da agressiva política de anti imigração de Donald Trump.

Dois deportados no vídeo divulgado relatam tortura, espancamentos e outros abusos; um venezuelano afirma ter sofrido abusos sexuais e confinamento solitário.

Um estudante universitário disse ter sido espancado e que após a sua chegada os guardas lhe arrancaram um dente, relatando "um inferno".  

A reportagem inclui ainda depoimentos de especialistas que questionaram a legalidade da deportação precipitada de imigrantes com decisões judiciais pendentes. 

São ainda apresentadas conclusões da Human Rights Watch indicando que apenas oito homens deportados tinham sido condenados por crimes violentos ou potencialmente violentos, com base nos dados do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em língua inglesa).

A decisão de retirar a reportagem foi recebida com acusações generalizadas de que a administração da CBS estaria a proteger o Presidente de uma cobertura desfavorável.

A autora da reportagem, Sharyn Alfonsi, sustentou num e-mail enviado a outros correspondentes do "60 Minutes" que o artigo era factual e tinha sido aprovado pelos advogados da CBS e pela divisão de normas da cadeia televisiva. 

A diretora de informação da CBS, Bari Weiss, afirmou na segunda-feira que a reportagem não "aprofundou o assunto" que tratava.

Salientando que a administração Trump se recusou a comentar as alegações, Weiss disse que gostaria que fosse feito um esforço maior para obter o ponto de vista governamental e que aguardava ansiosamente a exibição da reportagem de Alfonsi "quando estivesse pronta".

Antes de ser contratada pela CBS, Weiss trabalhou no The New York Times e tornou-se conhecida pelas suas críticas à cultura "woke" e aos media tradicionais.

Mais tarde criou a sua própria empresa de media, a The Free Press.

A CBS News contratou Bari Weiss em outubro, comprando o The Free Press por aproximadamente 150 milhões de dólares e nomeando-a para a liderança da informação da cadeia, onde reporta a diretamente a David Ellison, presidente executivo da Paramount Skydance, de forma inédita.

Ellison nomeou Weiss com a missão de "modernizar o conteúdo" e fornecer uma "diversidade de pontos de vista", numa estação frequentemente acusada por meios conservadores de ter um pendor liberal.  

Considerado um aliado de Trump, Ellison aparece frequentemente com o Presidente em eventos públicos, incluindo combates de luta livre UFC.

Para garantir a aprovação federal da fusão entre a Paramount, proprietária da CBS, e a Skydance em julho, a equipa de Ellison terá assumido compromissos com a administração Trump para "modernizar" a CBS News, incluindo a nomeação de um provedor para receber queixas de enviesamento ideológico, segundo os media norte-americanos.


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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou hoje que Caracas recebeu "apoio esmagador" do Conselho de Segurança da ONU, reunido de emergência, no contexto da escalada de tensões com os Estados Unidos devido à apreensão de petroleiros venezuelanos.


terça-feira, 23 de dezembro de 2025

23 de Janeiro de 2026 - Lançamento do livro “Úlcera, Útero” de Brassalano Graça na UCCLA

Lançamento do livro “Úlcera, Útero” na UCCLA

Vai ter lugar no dia 23 de janeiro, às 17 horas, o lançamento do romance “Úlcera, Útero” da autoria de Brassalano Graça, no auditório da UCCLA.

Com a chancela da Mercador Editorial, a apresentação do livro estará a cargo de Solange Salvaterra.

Sinopse do livro: 

Talvez seja a negação de «Em Busca do Tempo Perdido», de Proust. Ou talvez seja a hipótese da sua apoteose. E se nos devolvessem o Tempo ardido. Se nos devolvessem anos de vida. Por exemplo, dez anos. O que diríamos, o que sentiríamos, o que faríamos? Aqui não há respostas, há perguntas, porque o tempo ensina-nos a fazer perguntas. É esse o princípio da experiência e da sabedoria, conhecer os Homens pelas perguntas que fazem. Como voltar ao princípio do olhar, ao fundo de nós próprios, como escrever o silêncio que nos habita pelo renascimento dos nossos passos. Talvez escrever. Escrever a memória do futuro. Encontrar-nos lá onde estivemos sem saber que voltaríamos como habitantes do vento. Com o ruído dos erros pacificados. Voltar atrás no tempo, e escrever sobre o futuro que se viveu – com tanto de Ficção Científica como de Ficção Poética. O presente é já futuro. Onde a Política arde como uma ferida rente ao vento.

Biografia do autor:

Brassalano Graça é português, natural de São Tomé. Licenciado em Comunicação Social pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (com especialização em Televisão e Cinema), laborou seguidamente na Rádio Paris-Lisboa/Radio France Internationale durante oito anos, onde para além do trabalho jornalístico teve um programa de Jazz intitulado ‘Até Jazz’. Colaborou com reportagens para o jornal Público, e com crónicas para o jornal Diário de Notícias, a título cívico. Fez um mestrado na FCSH e ocupou a função de Gestor de Informação do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Tem publicado um livro de poesia intitulado “Súbito” e é um entusiasta da fotografia. É autor do programa de rádio «Paixões Privadas».

Com os melhores cumprimentos e Festas Felizes,


Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt 

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

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Faladepapagaio

Ucrânia anuncia cortes de energia em várias regiões após ataques russos... As autoridades ucranianas anunciaram hoje cortes de energia em várias regiões do país, na sequência de ataques russos com mísseis e drones contra várias infraestruturas.

Por LUSA 

Os bombardeamentos levaram o exército polaco a enviar aviões para proteger o espaço aéreo do país.

A Rússia ataca mais uma vez as nossas infraestruturas energéticas. Como consequência, foram desencadeados cortes de energia de emergência em várias regiões da Ucrânia", anunciou o ministério ucraniano da Energia na rede de mensagens Telegram.

A operadora elétrica Ukrenergo relatou um "ataque massivo com mísseis e drones" e anunciou que os trabalhos de reparação começarão assim que as condições de segurança o permitirem.

Não foram registadas vítimas até ao momento.

Na segunda-feira à noite, as autoridades locais de Odessa (sul) afirmaram que um ataque com drones russos danificou as infraestruturas portuárias e um navio civil. Os ataques russos intensificaram-se nas últimas semanas na região estratégica do Mar Negro.

Quase quatro anos após o lançamento da ofensiva em grande escala contra o país vizinho, a Rússia ataca a Ucrânia praticamente todas as noites, visando em particular as infraestruturas energéticas, especialmente no inverno.

Os novos cortes de energia ocorrem num momento em que a Ucrânia enfrenta temperaturas próximas de zero ou mesmo negativas em grande parte do território.

Por volta das 06:30 TMG, todo o território ucraniano estava sob alerta aéreo, de acordo com o mapa online das autoridades.

Ao longo da noite, o exército ucraniano alertou para repetidas ameaças de drones e mísseis de cruzeiro em várias regiões do país, incluindo no oeste, longe da frente de batalha.

O exército polaco anunciou esta manhã através da rede social X que a aviação "polaca e aliada" tinha sido colocada em alerta e destacada no espaço aéreo polaco de forma preventiva, devido aos ataques russos no território ucraniano.

O procedimento é acionado com regularidade, quando os bombardeamentos visam zonas ocidentais próximas da fronteira polaca.

Os novos bombardeamentos ocorrem no dia seguinte à morte de um general russo, Fanil Sarvarov, morto em Moscovo em consequência da explosão do seu carro, no que foi o terceiro assassinato presumível de um militar russo de alta patente em pouco mais de um ano.

Kyiv não comentou imediatamente o assassinato do general.

Os ataques desta madrugada ocorrem também num momento em que as negociações para a resolução do conflito aceleraram, sob pressão do Presidente norte-americano Donald Trump, ainda que sem resultados concretos, apesar de uma nova série de reuniões em Miami, Estados Unidos, durante o fim de semana.


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Drones ucranianos atacaram hoje uma fábrica petroquímica localizada numa zona industrial da região russa de Stavropol, no norte do Cáucaso, provocando incêndios, informou o governador local, Vladimir Vladimirov.

Participantes de festividade muçulmana raptadas na Nigéria... Um grupo de homens armados raptou no domingo 28 pessoas, incluindo mulheres e crianças, que se deslocavam para uma festividade muçulmana no centro da Nigéria, segundo as forças de segurança.

Por LUSA 

"Na noite de 21 de dezembro, homens armados raptaram 28 pessoas, incluindo mulheres e crianças, quando viajavam para uma celebração do Mawlid", perto da aldeia de Zak, no estado de Plateau, segundo um relatório de segurança preparado para as Nações Unidas e consultado pela AFP.

O grupo deslocava-se para o evento que comemora o nascimento do Profeta Maomé quando o seu veículo foi "intercetado", refere o relatório, acrescentando que a polícia abriu uma investigação.

A polícia do estado de Plateau, contactada pela AFP, não respondeu de imediato.

O rapto teve lugar no mesmo dia em que as autoridades nigerianas garantiram a libertação de 130 alunos raptados em 21 de novembro por homens armados no dormitório de uma escola católica na região centro-norte do país.

Uma centena de alunos da mesma escola, também raptados a meio da noite, já tinham sido libertados no início de dezembro.

"Cerca de 130 outros estudantes raptados no estado do Níger foram libertados, nenhum permanece em cativeiro", afirmou Sunday Dare, porta-voz da presidência nigeriana, numa mensagem publicada na rede social X.  

A Nigéria, o país mais populoso de África, com 230 milhões de habitantes, está quase igualmente dividida entre um norte predominantemente muçulmano e um sul maioritariamente cristão, e enfrenta uma situação de segurança gravemente deteriorada.

O país tem vivido uma onda de raptos em massa que faz lembrar o rapto de quase 300 raparigas pelo grupo extremista Boko Haram em Chibok, em 2014.

Além da insurgência 'jihadista' ativa desde 2009 no nordeste do país, os últimos anos têm sido marcados por ataques, pilhagens e raptos perpetrados por bandidos, motivados mais por interesses financeiros do que ideológicos, nas regiões noroeste e central desta nação da África Ocidental. 

Os ataques na Nigéria têm como alvo e matam tanto cristãos como muçulmanos, muitas vezes indiscriminadamente.

A Associação Cristã da Nigéria (CAN) informou que 315 alunos e funcionários foram raptados e cerca de 50 deles conseguiram escapar pouco tempo depois.

Em novembro, registou-se uma grande onda de raptos em que mais de 400 nigerianos - estudantes muçulmanas, membros de uma igreja evangélica, agricultores, uma noiva e as suas damas de honor --- foram raptados em 15 dias, abalando profundamente o país.

O aumento de raptos levou o Presidente Bola Tinubu a declarar o estado de emergência nacional no final de novembro e a ordenar o recrutamento de polícias e militares para combater os grupos armados.

A onda de raptos ocorreu também no meio de declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a alegada perseguição dirigida a cristãos na Nigéria por parte de "terroristas islâmicos", um fenómeno negado por Abuja e por especialistas independentes.

Conselho de Redação da RTP considera que acusações do ministro da Educação são "graves e injustificadas"... Lembram que a RTP "não serve agendas, mas sim os cidadãos" e afirmam que as acusações do ministro da Educação "atingem diretamente a credibilidade da informação da RTP e os seus profissionais".

Por  SIC Notícias Com Lusa

O Conselho de Redação da RTP considerou graves e injustificadas as declarações do ministro da Educação, Fernando Alexandre, que acusou a estação pública de descontextualizar as suas declarações sobre as residências universitárias.

Em entrevista ao ECO, Fernando Alexandre referiu que a RTP esteve presente na sessão toda, considerando que a escolha do trecho que foi transmitido não foi por acaso.

 "A direção tem de investigar por que razão a jornalista escolheu aquele trecho. Quem esteve na sessão não ficou com a ideia que a RTP passou. Eu fiz um discurso longo e contextualizei aquilo que estava a dizer", apontou na entrevista.

O Conselho de Redação da RTP frisou que a entrevista de Fernando Alexandre ao ECO "contém afirmações que colocam em causa, de forma grave e injustificada, o bom nome, o profissionalismo, a idoneidade e a ética" da redação.

"As referências a alegadas 'agendas camufladas' e a 'incompetência' não são meras críticas: são acusações que atingem diretamente a credibilidade da informação da RTP e os seus profissionais", pode ler-se, num comunicado enviado à Lusa.

Para o Conselho de Redação, as declarações do ministro da Educação não devem passar "sem resposta" e instou a Direção de Informação a tomar uma "posição pública firme, repudiando as insinuações e reafirmando a independência editorial, o rigor e a ética" do trabalho jornalístico.

Defendeu ainda que a Direção de Informação "esclareça os critérios editoriais que sustentaram a peça em causa, garantindo transparência perante a opinião pública" e "reforce o compromisso com o serviço público, lembrando que a RTP não serve agendas, mas sim os cidadãos, com informação verificada, plural e responsável".

O Conselho de Redação da RTP frisou ainda que o Conselho de Administração tem igualmente "o dever de defender o bom nome da RTP e dos seus profissionais, assegurando que estas acusações não minam a confiança no jornalismo" que é praticado.

"Este é o momento de união e firmeza. A nossa história e a nossa missão exigem que respondamos com clareza e dignidade", apontou ainda.

Novos navios de guerra dos Estados Unidos serão "classe Trump"... Os novos navios de guerra norte-americanos serão batizados de "classe Trump", em homenagem ao Presidente que ordenou a construção e que afirmou hoje que serão "cem vezes mais poderosos" do que os atualmente em serviço.

Por LUSA 

Os dois primeiros navios, descritos pelo Presidente como "couraçados", serão os primeiros da futura classe, uma "frota dourada", e a sua construção terá início "de imediato".

Até 25 outros deverão ser lançados mais tarde, afirmou o Presidente norte-americano, numa conferência de imprensa na sua residência privada em Mar-a-Lago, na Florida, estado onde terá lugar a construção dos navios.

Estes navios serão "os melhores do mundo", afirmou Trump acompanhado pelo secretário da Defesa Pete Hegseth, pelo secretário de Estado Marco Rubio e pelo secretário da Marinha John Phelan.

A imagem 3D divulgada dos projetados navios mostra o que parece ser um cruzador, com pelo menos uma arma laser a bordo e lançadores de mísseis. Uma imagem de Trump a levantar o punho está estampada no casco.

Conforme indica a agência AFP, é extremamente invulgar a atribuição a navios do nome de um Presidente em exercício. 

Em março, Trump anunciou a decisão do Pentágono de avançar com o desenvolvimento do caça de sexta geração do mundo, afirmando que será batizado F-47 em sua homenagem, 47º Presidente norte-americano. 

A nova ordem presidencial procura priorizar o objetivo do governo Trump de revitalizar a indústria naval e expandir a capacidade de construção de embarcações militares.

Face a preocupações com o atraso na construção de navios de guerra em relação a rivais, sobretudo a China, e limitações dos estaleiros norte-americanos, Trump criticou os empreiteiros de navios da Marinha por não estarem "a fazer um bom trabalho".


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O Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou hoje que os Estados Unidos "precisam" da Gronelândia por razões de "segurança nacional", criticando a Dinamarca, aliada da NATO, por "não ter um exército"

As pessoas suspeitas de terem ateado fogo aos cacifos dos comerciantes em Bissau já se encontram sob custódia policial, aguardando a instrução do processo para o tribunal... A informação foi avançada pelo Presidente da Associação dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seidi, que falava durante um encontro com o Ministro do Comércio.

Na ocasião, Seidi manifestou total disponibilidade em colaborar com as autoridades no combate à especulação de preços e na estabilização dos preços dos produtos alimentares no mercado nacional.

O Ministério do Interior e da Ordem Pública anunciou, nesta segunda-feira, um reforço significativo na capacidade de intervenção e patrulhamento das forças de segurança em todo o país... Com a mobilização de mais de três mil efetivos, o objetivo é intensificar as medidas de prevenção e combate à criminalidade durante a quadra festiva, garantindo maior segurança para a população neste período de celebrações.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

COMUNICADO

 


O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social concede dispensa de serviço no dia 24 de dezembro de 2025 e declara feriado nacional no dia 25 de dezembro, aplicável aos trabalhadores do Estado.

A dispensa de serviço terá lugar na quarta-feira, [24.12] e o feriado nacional na quinta-feira, [25.12] em virtude das festividades natalícias.

EUA triplicam "bónus" para imigrantes ilegais que saiam voluntariamente... O Departamento de Segurança Interna (DHS) norte-americano anunciou hoje que triplicou o incentivo à deportação para imigrantes ilegais que abandonem o país voluntariamente, elevando-o para 3.000 dólares mais as passagens aéreas de regresso.

Por  LUSA  22/12/2025

A secretária do DHS, Kristi Noem, anunciou as medidas para ilegais que desejem regressar voluntariamente ao seu país de origem, sublinhando que este aumento do "bónus de partida" será válido apenas até final do ano e inclui "pessoas que não foram detidas" por agentes de imigração e as "que estão detidas e não têm acusações criminais" contra si.

"Facilitaremos o processo para eles e, talvez, um dia tenham a oportunidade de regressar a este país da forma apropriada. Se esperarem que os intercetemos, os detenhamos, os prendamos e tenhamos de os deportar nós próprios, nunca terão a oportunidade de voltar", disse Noem em entrevista à Fox News.

"Levante a mão. Vamos ajudá-lo a voltar para casa", afirmou Noem.

O governo de Donald Trump já tinha anunciado em maio uma ajuda de 1.000 dólares e um bilhete de avião de regresso para os imigrantes indocumentados que optassem por deixar o país voluntariamente.

A secretária do DHS incentivou aqueles que optarem pela "autodeportação" a descarregar e utilizar a aplicação oficial CBP Home. 

"Vamos garantir que chegam a casa a tempo do Natal", assegurou.

O DHS anunciou hoje que, desde o regresso de Trump à Casa Branca em janeiro, 1,9 milhões de imigrantes ilegais deixaram voluntariamente o país, dezenas de milhares deles através do CBP Home, segundo um comunicado.

Além disso, estima-se que mais de meio milhão de migrantes foram expulsos do país este ano.

O executivo agiu rapidamente para cumprir as promessas de Trump de realizar a maior campanha de deportação da história do país.

As inúmeras detenções e rusgas policiais contra imigrantes indocumentados desde o regresso de Trump ao poder suscitaram fortes críticas dos seus opositores e de organizações pró-imigração.

Também hoje, o arcebispo de Miami, Thomas Wenski, pediu a Trump que suspenda temporariamente as deportações durante o Natal, para evitar a separação de famílias neste período festivo.

"Uma suspensão temporária das deportações em massa permitiria que as famílias permanecessem juntas durante o Natal e evitaria traumas desnecessários para as crianças", disse o Arcebispo Thomas Wenski numa conferência de imprensa no Centro Pastoral da Arquidiocese de Miami.

O arcebispo e outros líderes religiosos de Miami indicaram, num comunicado divulgado durante o evento, que "o trabalho inicial de identificação e expulsão de criminosos perigosos foi amplamente concluído" e que nas operações ainda a ser realizadas "estão a ser detidas na maioria pessoas que não são criminosas". 

Além disso, insistiram que a política de imigração do governo Trump criou um clima de medo e ansiedade que também afeta as pessoas que vivem legalmente no país, e referiram que uma maioria crescente da população acredita que estão a ser cometidos excessos.

#COMMUNIQUÉ: Uma delegação liderada por Sua Excelência Sr. Cheikh NIANG Ministro da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Negócios Estrangeiros Senegaleses e composta pelo General Birame Diop, Ministro das Forças Armadas, bem como Sua Excelência Moussa Ndoye, Embaixador do Senegal na Guiné-Bissau, reuniu-se no domingo, 21 de dezembro de 2025, em Bissau, o novas autoridades de Bissau-Guiné.

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https://diplomatie.gouv.sn/node/267 


Rússia quer território da antiga URSS? "Não é verdade", garante Kremlin... O Kremlin desmentiu a informação de que a Rússia tem como objetivo recuperar o antigo território da União Soviética com a atual ofensiva militar. A informação foi veiculada pela agência Reuters, que citava fontes de inteligência norte-americana.

Por LUSA 

O Kremlin negou que a Rússia tem como objetivo recuperar o antigo território da União Soviética (tanto da Ucrânia como de outros países europeus) com a atual ofensiva militar.

Em declarações aos jornalistas em Moscovo, esta segunda-feira, Dmitri Peskov, o porta-voz do Kremlin, desmentiu a informação veiculada pela agência Reuters, que citava fontes de inteligência norte-americana. Peskov chegou mesmo a afirmar que, a ser verdadeiro o relatório citado pela Reuters, então as conclusões dos Estados Unidos estavam erradas.

"Isto absolutamente não é verdade", garantiu.

Na passada sexta-feira, a Reuters noticiou que os relatórios de inteligência norte-americana continuavam a alertar que o presidente da Rússia não tinha abandonado o seu objetivo de invadir toda a Ucrânia e as zonas da Europa que pertenciam à antiga União Soviética. A agência disse ter contactado seis fontes distintas, próximas do assunto - todas corroboram esta vontade de Vladimir Putin.

Os relatórios, aliás, pintam uma imagem bastante diferente daquela que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os seus negociadores para a paz na Ucrânia, tentam passar, afirmando que Putin quer pôr um fim ao conflito.

O relatório mais recente tem a data de setembro, mas desde o início da guerra, em 2022, que a inteligência norte-americana tem vindo a alertar para o perigo russo na Europa.

No sábado, 20 de dezembro, o diretor de inteligência norte-americana, Tulsi Gabbard, anunciou que os seus operacionais tinham informado os deputados que "a Rússia procura evitar uma guerra em larga escala com a Europa". Aliás, se há algo que as tropas russas mostraram durante a guerra com Kyiv é que não têm capacidade para subjugar "toda a Ucrânia, quanto mais a Europa".

Rússia controla 20% do território ucraniano

Neste momento, a Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo uma grande parte das províncias de Luhansk e Donetsk (o coração industrial do Donbas), parte de Zaporíjia e Kherson e ainda a Crimeia (península estratégica no Mar Negro). Putin defende que estas quatro províncias e a península são, na verdade, parte da Rússia.

Enquanto isso, fontes próximas do assunto, afirmam que Trump tem pressionado a Ucrânia para que retire as suas tropas da parte de Donetsk que ainda controlam, como parte de um acordo de cessar-fogo. Volodymyr Zelensky e o povo ucraniano rejeitam veementemente esta possibilidade, recusando ceder qualquer parte do território.

As questões territoriais estarão, aliás, a ser o maior ponto de discórdia entre Kyiv e Moscovo e o que estará a impedir os dois países de chegarem a um acordo de paz.

Há várias semanas que os negociadores norte-americanos, Steve Witkoff (enviado especial dos EUA) e Jared Kushner (genro de Trump) se têm reunido com as duas partes para tentar terminar com a guerra que já dura há três anos - mas sem sucesso.


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O comentador da CNN Portugal Francisco Pereira Coutinho afirma que as conversações de paz na Ucrânia estão a ser conduzidas em paralelo a interesses comerciais e que continuam sem progresso nas questões essenciais para um cessar-fogo