quinta-feira, 26 de setembro de 2024
Fumadores têm a partir de outubro um novo medicamento comparticipado para largar o vício
Por sicnoticias.pt 26 set.2024
O genérico é do medicamento Champix, que era o único medicamento comparticipado pelo Estado, mas que foi retirado do mercado em 2021 por decisão do laboratório.
Os fumadores têm, a partir de outubro, um novo medicamento para deixar de fumar comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde, passando a existir dois fármacos disponíveis no mercado, uma medida aplaudida pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).
A Autoridade Nacional do Medicamento de Produtos e Saúde (Infarmed) avançou à agência Lusa que, no próximo mês, estará disponível no mercado um novo medicamento sujeito a receita médica, enquanto o outro, com a substância ativa vareniclina, também sujeito a receita médica, foi disponibilizado recentemente.
O genérico é do medicamento Champix, que era o único medicamento comparticipado pelo Estado, mas que foi retirado do mercado em 2021 por decisão do laboratório.
No Dia Europeu do Ex-fumador, celebrado esta quinta-feira, a coordenadora da Comissão de Trabalho de Tabagismo da (SPP), Sofia Ravara saudou esta medida, sublinhando que existem estudos que mostram que o baixo preço motiva os fumadores para deixar de fumar.
Além disso, triplica a taxa de sucesso do tratamento, porque aumenta a adesão ao tratamento farmacológico, disse a responsável da SPP, que lançou a campanha "Deixar de usar tabaco e nicotina: uma meta alcançável com tratamento".
A também professora da Universidade Beira Interior falava depois de a SPP ter feito as contas aos ganhos que se pode ter ao deixar de fumar com a comparticipação de dois fármacos, sobretudo, do genérico, tendo concluído que "continuar a fumar custa cinco vezes mais do que fazer o tratamento".
"O seu custo ronda os 26 euros para o contribuinte normal e 20 euros para o pensionista. Se pensarmos, por exemplo, que uma das marcas mais baratas para fumar custa 4,7 euros, o maço de tabaco, uma pessoa que fume 20 cigarros vai gastar 141 euros por mês, enquanto se fizer a terapêutica vai gastar 26 euros ou 20 euros se for pensionista", realçou.
Para a especialista, esta poupança é "extremamente apelativa", desejando que "os fumadores tenham esta informação".
Destacou a importância da realização de campanhas regulares, como acontece em países como os Estados Unidos e Inglaterra, em rádios locais, nos serviços de saúde, nas redes sociais, para motivar os fumadores e divulgar o tratamento, "porque pode ser difícil deixar de fumar" e de usar os produtos de nicotina, o cigarro eletrónico, o tabaco aquecido, "mas é uma meta alcançável com tratamento".
A especialista explicou que o tabaco aquecido e os 'vapes', tal como os cigarros convencionais, são dispositivos que fornecem nicotina inalada através dos pulmões, que atinge rapidamente a circulação sanguínea e o cérebro, libertando dopamina e outros neurotransmissores, que causam prazer e bem-estar.
O seu uso regular induz facilmente dependência e, por outro lado, a privação nicotínica causa sofrimento e desejo intenso de consumir, daí a importância do tratamento farmacológico e do seguimento por um especialista em consultas de cessação tabágica que vai ajudar o fumador no trabalho de mudança comportamental.
Ressalvando que a comparticipação de mais medicamentos é "uma excelente notícia", Sofia Ravara defendeu que também seria importante a comparticipação dos substitutos de nicotina que "custam muito dinheiro", como as pastilhas e os adesivos com as formas orais de nicotina.
Defendeu, por outro lado, o aumento do tabaco aquecido e dos cigarros eletrónicos, através da taxação, numa altura em que se discute o Orçamento do Estado para 2025, observando que existem marcas que custam cerca de três euros, menos do que o tabaco normal, assim como um maço de cigarrilhas.
A SPP apela também ao Governo e decisores políticos para expandir "os ambientes sociais totalmente livres de fumo" e para garantir o acesso a programas abrangentes de cessação tabágica, reforçando a rede de consultas especializadas no SNS e na comunidade.
Defende também a formação dos profissionais de saúde para abordarem sistematicamente o tabagismo na prática clínica de rotina e a criação de uma linha telefónica SNS especializada para deixar de fumar.
"Do mesmo modo, urge proteger as crianças, os adolescentes e os adultos jovens do marketing enganoso e perverso da indústria do tabaco e da nicotina, regulando as suas atividades, e aplicando eficazmente a lei de prevenção e controlo de tabaco", salienta.
Adja Satu Camará é ou não Pr da ANP??!!
A conferir…
Qual é a diferença entre tomada de posse de Adja Satú como Pr da ANP e autoproclamação do Cipriano Cassamá pelo partido derrotado na altura tocando (Hino Nacional) na ANP como Presidente da República, isto é, diante da vitória do atual Presidente? Fico à espera de argumentos honestos…
Isto é uma ideia relutante - que eu disse que reflectia muito exactamente toda a atitude de homens políticos frustrados ao longo deste período. O professor de Deus não tomou isto como crítica visionária e competente na altura, porque para ele, tudo pode e vai mudar nos próximos tempos, em outros termos, o território nacional pertence Paigc! em outras palavras, o Paigc na prática significa Constituição da República!!
É a vida real no nosso país . Mas hoje, a tomada de posse de Adja Satú é visto como um mau exemplo para a dita democracia dominguista e o Estado democrático de Direito PAIGCISTA, por quê? Porque não produziu desejo para o dono da Pátria. Para o qual, o lado bandido do país sonhava e ainda sonha, a maldita visão mais perto de - onde se envolveu numa discussão que muitas pessoas fanáticas não fizeram tal exercício- nós do lado coerente estou envolvido em situação nacional, só tenho que falar verdade sobre factos e nada mais.
Na politica nada está fixo em pedra. Mas, as minhas narrativas sobre este assunto, é tipicamente de um cidadão Guineense nato. Procurando uma maneira de explorar a história, explicando por que devo falar sempre verdade que muitas pessoas não gostam de ouvir, sob a minha ótica, nunca vou abandonar a história, pois, sempre é a minha vocação explicar por que entramos nessa situação, estou bastante feliz em falar o que pessoas não querem ouvir, por termos sido empurrados para o limite do dito Estado que temos hoje, assim dizendo, para fora do limite Constitucional.
Penso que, o argumento está entre essa linha, por um lado, e o argumento lógico é inevitável, por outro,
os meios de comunicação social - o que resultou numa situação em qual a opinião pública Guineense sofreu uma lavagem cerebral total numa direcção só . Eu, corajosamente, não devo nada a ninguém e deve falar verdade e ficar sem amigos.
Perguntei se era manifestamente Constitucional autoproclamar o Cipriano Cassamá como Presidente da República, isto é, quando a CNE proclamou Umaro Sissoco como vencedor legítimo das últimas eleições Presidenciais?! Tal comportamento era a favor de tramites democráticos? Qualquer cidadão atento e honesto vai dizer que não. Até no meio ambiente tem resposta para essa pergunta! Perguntei e ninguém respondeu. Basicamente, eu ficaria mais feliz se não existisse a ANP. Não estou a falar relativamente do referendo sobre o parlamento. Concordei de certa forma, dizendo que a defesa da democracia é nula na Guiné- Bissau. Seria imaginável que um fanático com amnésia mental arriscasse a sua posição para desafiar isso? Embora, o fanático negou isto - e ao mesmo tempo admitiu que pode haver uma diferença entre a tomada de posse de Adja Satú e Cipriano Cassamá, fico à espera dos argumentos.
Voltei à minha linha habitual sobre verdades não absolutas.
Thursday 26 September 01:24.
Inglaterra- London
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Biden estende a mão a África na assembleia dos líderes mundiais
Joe Biden despede-se após o seu discurso na 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, terça-feira, 24 de setembro de 2024. |
UNGA 79: Discurso de Umaro Sissoco Embaló. O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque
Presidente da Guiné-Bissau pede reforma financeira global
O Presidente da Guiné-Bissau defendeu esta quarta-feira, na Assembleia Geral da ONU, uma reforma financeira internacional, num discurso em que aproveitou também para listar as "políticas públicas acertadas" que estão a ser concretizadas no país.
"Centenas de milhões de pessoas continuam a viver em extrema pobreza (...) e sem esperança num mundo melhor", afirmou Umaro Sissoco Embaló, nos debates gerais da 79.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
"Tornou-se mais urgente ainda implementar reformas na governação global económica e financeira para a tornar mais justa, inclusiva e equitativa", acrescentou, sublinhando que "é preciso lutar de maneira mais eficiente contra a pobreza e exclusão social", dando como exemplo o financiamento dos programas de desenvolvimento.
Por outro lado, o chefe de Estado guineense defendeu alterações na representatividade africana nas Nações Unidas: "Oito décadas depois da fundação da ONU, (...) vivemos hoje num contexto mundial totalmente diferente, e continuamos a apelar para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que deve ter em conta os interesses de África".
Por isso, sustentou, "reformar a arquitetura financeira internacional é fundamental para promover uma maior inclusão, nomeadamente, de África, tendo em conta o papel do continente africano na economia mundial".
Embaló aproveitou para apresentar os resultados, no seu país, de "políticas públicas acertadas".
Por um lado, e "apesar do impacto negativo da difícil situação económica e financeira, a economia guineense continua a crescer", garantiu o Presidente da Guiné-Bissau, país que está a ser alvo da ajuda do Fundo Monetário Internacional(FMI).
Em final de agosto, o FMI afirmou que "o empenho das autoridades [da Guiné-Bissau] numa série de reformas políticas difíceis está a começar a dar alguns resultados" e estimou que "o crescimento económico atinja 5% em 2024", alertando, contudo, para o facto de as perspetivas económicas continuarem "sujeitas a riscos significativos a curto prazo".
Hoje, Umaro Sissoco Embaló afirmou que foram adotadas medidas que, "sendo difíceis, revelaram ser necessárias para impulsionar o setor privado e criar bases mais sólidas para uma economia dinâmica e inclusiva", dando exemplos como a defesa de uma "maior participação das mulheres e jovens empreendedores" e investimento público em infraestruturas.
O Presidente assegurou o seu empenho "na promoção do diálogo da reconciliação nacional, da consolidação da democracia e do Estado de direito".
"Declarámos a guerra à corrupção e ao crime organizado. Conseguimos restaurar a confiança nas nossas relações com as instituições financeiras internacionais e outros parceiros", afiançou o Presidente, salientando ainda que a "prática de prestação de contas tem permitido uma maior transparência na gestão económica e financeira do Estado".
Por fim, Embaló garantiu que a Guiné-Bissau está a promover uma política de resolução de conflitos e de consolidação da paz, em África, mas também a nível mundial, uma posição que se traduziu, lembrou, em recentes viagens à Rússia, Ucrânia, Israel e Palestina, aproveitando ainda para fazer um pedido, perante os chefes de Estado e de Governo de todo o mundo: "Apelo para se pôr fim ao embargo injusto e muito prejudicial que o povo irmão de Cuba está submetido há décadas".
O debate de alto nível nas Nações Unidas começou terça-feira, em Nova Iorque, e prolonga-se até segunda-feira.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Procurador da República Bacari Biai vai falar amanhã na conferência de imprensa sobre processos cujas acusações já foram deduzidas pelo Ministério Público e remetidas ao competente órgão judicial para devidos efeitos.
MADEM-G15 OPERAÇÃO ILHAS BIJAGÓS!
VIVA GUINE-BISSAU
VIVA MADEM-G15
VIVA GEN. ADJA SATU CAMARÁ PINTO
Guiné-Bissau 🇬🇼 & Turquia 🇹🇷. General Umaro Sissoco Embalo com seu homólogo presidente de Turquia 🇹🇷 Erdogan.
É fácil ver um político corrupto, com apartamento em Portugal, dizer de boca cheia "Feliz 24 de setembro!". Mas por quê?...
Reflexão sobre o dia 24 de setembro de 1973
É sempre importante lembrar dos eventos históricos em que nossos avós, através da unidade nacional, enfrentaram os invasores fascistas colonialistas Portugueses no nosso território nacional numa luta sanguenta por 11 anos, com milhares de vidas perdidas. Após a merecida vitória singular, o comandante João Bernardo Vieira, na primeira Assembleia Nacional, proclamou solenemente a nossa independência em Lugajole, no setor de Madina do Boé. Mesmo assim, depois de 51 anos da nossa independência e o nosso território livre até 25 September 2024, mas, 88% de cidadãos Guineenses não tem condições de fazer três refeições por dia!
É fácil ver um político corrupto, com apartamento em Portugal, dizer de boca cheia "Feliz 24 de setembro!". Mas por quê? O objetivo que levou nossos avós à luta pela Independência Nacional não era para que, depois, falsos políticos roubassem dinheiro público, guardassem em bancos ocidentais e comprassem apartamentos em Portugal e outros países. Para celebrar o 24 de setembro, é preciso ter decência e moral. Homens corruptos e suas famílias não têm moral para celebrar essa data, pois não são dignos da causa nacional!
Os objetivos, razões e valores da luta pela independência eram: liberdade, trabalho, justiça, dignidade, transparência e honestidade na administração pública. Homens corruptos não podem andar de cabeça erguida em nossa Pátria! Por isso, continuo a encorajar, motivar e incentivar a nossa juventude para que promova uma mudança na liderança política do País. Ouvi discursos repletos de orgulho criminoso, de figuras políticas que transformaram o nosso Estado em algo degradante. Nossa independência vai muito além das manchetes corruptas. Os discursos sobre a nossa independência deveriam ser manifestados através de ações culturais concretas e por organizações sociais, pois o sacrifício dos nossos avós, que lutaram para garantir nossa liberdade, não pode ser em vão. Sacrifícios incalculáveis, que deveriam ter sido utilizados para o desenvolvimento nacional e progresso do País, hoje são empregados no roubo do dinheiro público, que é enviado à Europa. Isso significa que os objetivos da luta nacional foram desperdiçados para sustentar corruptos residentes, envolvidos numa estúpida guerra política contra a civilização humana. Esses corruptos são os responsáveis pela miséria e injustiça no nosso País.
Embora o processo da nossa independência tenha um alcance mundial e seja fruto de uma luta singular, seu peso se fez sentir mais densamente em países novos do terceiro mundo, onde as criações das épocas anteriores não tinham sido profundamente assimiladas, e as raízes da civilização humana podiam ser mais facilmente cortadas. Em Portugal, dessa década em diante, os progressos da barbárie talvez tenham sido mais rápidos do que em qualquer outro lugar, destruindo com espantosa facilidade as sementes de cultura que, embora frágeis, vinham dando frutos promissores. Invadiram o nosso país, exterminaram nossa população e nossa cultura. Sei que essa comparação entre as épocas é impossível, ainda mais no contexto das guerras mundiais, e também no período atual envolvendo Ucrânia, Palestina e a Faixa de Gaza em Israel. A pobreza, desigualdade social e a corrupção são crescentes e estão a destruir o nosso País. Chamar isso de "crise" é absurdo; é impossível acreditar nessa narrativa, ou sequer afirmar que se trata de uma decadência política — na minha opinião, isso não passa de otimismo delirante. A cultura guineense tornou-se a caricatura de uma farsa política permanente. É algo oco, disforme, doente e risível.
A inteligência emocional da nossa juventude anda enfraquecida diante da necessidade de mudança. O que prevalece é o fanatismo e o dinheiro. No fim, não temos saúde, e cada cidadão guineense pobre vive com menos de um euro ou dólar por dia, enquanto seis demagogos corruptos acumulam mais riqueza do que o Estado possui em seu tesouro público. Essa é nossa peculiaridade horripilante: quanto mais você perde, menos percebe a ausência da riqueza nacional. O homem guineense inteligente, afeito a estudos profundos, ao chegar a Bissau e ingressar nos partidos políticos corruptos, se emburrece na hora. Cansado, nervoso ou maldormido, sente dificuldade em compreender algo sobre o futuro do país. Aquele que nunca entendeu grande coisa se acha perfeitamente normal quando entende ainda menos, pois esqueceu o pouco que sabia e já não tem como comparar com Amílcar Lopes Cabral! Uma das coisas que mais me deliciam é observar os argumentos vazios dos demagogos, que falam para os analfabetos funcionais do nosso país. É impressionante a seriedade com que as pessoas discutem e pretendem resolver os males jurídicos, econômicos, políticos e administrativos do nosso país, sem prestar a mínima atenção à realidade da cultura nacional, como se a inteligência prática pudesse subsistir inabalável diante dos fatos reais. As forças do atraso não podem falar sobre os objetivos e razões da nossa independência nacional. Portanto, é hora de lançarmos todos os corruptos no abismo. Qual é o nível e qualidade da nossa educação? Alguém consegue compreender o tamanho da minha indignação? Há muita corrupção e violência no nosso país, onde os políticos corruptos falam como se estivessem servindo bem à nossa bandeira nacional.
Concluindo: nosso líder imortal, Amílcar Lopes Cabral, deveria viver até os dias de hoje. Eu gostaria de ouvir o discurso desse gênio sobre o papel da ONU na segurança internacional. Na minha mente, as Nações Unidas são as grandes responsáveis pelas guerras no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Iêmen, e recentemente pelos bombardeios de Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza! Por que a ONU não impediu os ataques dos EUA em outros países? Mesmo assim, os africanos ainda acreditam que essa organização é o "pai" das leis internacionais. Eu perguntaria a Amílcar Cabral: por que estamos nas Nações Unidas se não somos membros do Conselho de Segurança? Qual é o impacto do nosso Estado nessa organização, já que seu objetivo fundamental é garantir o mínimo de segurança possível para os povos? Em que país essa organização criou segurança?
Rendo minhas homenagens a todos que lutaram pela nossa independência, e àqueles que ainda acreditam em dias melhores e tiveram coragem de enfrentar as forças do atraso para impulsionar a mudança na história corrupta do nosso País. Que neste 24 de setembro possamos refletir e lembrar os sacrifícios dos nossos avós. Embora hoje os governantes corruptos não compreendam o sentido moral e superior da nossa luta e independência nacional, minha missão é lutar todos os dias para construir um Estado democrático de direito. Um Estado que promova o desenvolvimento tecnológico nacional e liberte nosso povo desse sistema econômico nocivo e insignificante que mantém uma das maiores desigualdades do mundo contemporâneo.
Juvenal Cabi Na Una.
Abdurahamane Turé di Radio África FM ku fala na Bom dia África 25/09/2024 quarta-feira...
Aquecimento global "duplica" chuva na Europa. As imagens da destruição
CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO © volcaholic1/ X (antigo Twitter)
Por Notícias ao Minuto 25/09/24
Um estudo indica que em quatro dias choveu de forma mais intensa na Europa Central. Vários países nesta zona viram casas a serem destruídas e rios a tornarem-se riachos. Bruxelas já prometeu uma 'ajuda' de 10 mil milhões de euros.
As chuvas começaram a cair nos últimos dias em Portugal, mas também houve registo da queda de água noutros locais da Europa - ainda que em quantidades maiores, gerando situações mais graves.
Imagens partilhadas nas redes sociais mostram os estragos feitos em vários países, nomeadamente, a Polónia, onde, no Sudoeste, as inundações fizeram com que Varsóvia ativasse pela primeira vez um estado de alerta devido a catástrofes naturais pela primeira vez desde que o mecanismo foi introduzido na Constituição, em 1997.
Um estudo feito pela World Weather Attribution (WWA) deu conta de que a poluição que causa o aquecimento do planeta levou à "duplicação da probabilidade e um aumento de 7% da intensidade" da chuva registada em quatro dias na Europa Central.
🇪🇺 Europe continues to be hit by severe flooding, with storm Boris in northern Italy. The EU will allocate €11B to the countries affected by Storm Boris, and €50B to Ukraine.
Segundo os especialistas, o aquecimento global intensificou a queda de chuva durante pelo menos quatro dias. Devido às alterações climáticas, as chuvas tornaram-se, pelo menos, 7% mais fortes devido ao aquecimento global.
"A tendência é clara", explicou Bogdan Chojnicki, um dos co-autores do estudo em questão, dando ainda conta de que "se os humanos continuarem a encher a atmosfera de combustíveis fósseis, a situação vai ser bem mais severa".
As chuvas severas registadas na Europa Central aconteceram devido à tempestade Boris, que fez com que valores recorde de chuva caíssem em países como a Áustria, Chéquia, Hungria, Polónia, Roménia ou Eslováquia, 'transformando' riachos calmos em rios selvagens, destruíssem casas e matassem algumas pessoas.
"Estas inundações mostram o que se está a pagar pelas alterações climáticas", apontou Maja Vahlberg, uma outra co-autora da mesma pesquisa. "Mesmo com dias de preparação, as cheias devastaram cidades, detsruíram milhares de casas e levaram a União Europeia a prometer uma ajuda de 10 mil milhões de euros", referiu.
Veja as imagens da destruição na Polónia na galeria acima.
Leia Também: Comissão Europeia mobiliza 10 mil milhões para países afetados por cheias
A China testou hoje um míssil balístico intercontinental equipado com uma "ogiva fictícia" no Pacífico, anunciou o Ministério da Defesa chinês, num comunicado pouco habitual, já que o país asiático raramente divulga lançamentos.
© Reuters Por Lusa 25/09/24
China lançou míssil balístico com "ogiva fictícia" no Pacífico
A China testou hoje um míssil balístico intercontinental equipado com uma "ogiva fictícia" no Pacífico, anunciou o Ministério da Defesa chinês, num comunicado pouco habitual, já que o país asiático raramente divulga lançamentos.
Não foram fornecidos pormenores sobre o local exato da queda ou a natureza do míssil. O Ministério também não especificou se o projétil foi lançado a partir de um submarino ou de terra.
Os mísseis balísticos intercontinentais estão entre as armas mais poderosas do mundo e podem potencialmente transportar ogivas nucleares.
Pequim descreveu o teste como "rotineiro", mas vários analistas creem que esta descrição é surpreendente - a última vez que foi feito um lançamento do género foi em 1980.
"A Força de Foguetões do Exército de Libertação Popular lançou com sucesso um míssil balístico intercontinental com uma ogiva fictícia de treino no alto mar do oceano Pacífico às 08:44 (01:44, em Lisboa) de 25 de setembro. O míssil caiu exatamente na zona marítima pré-determinada", declarou o Ministério, na mesma nota.
"Este lançamento de míssil faz parte do programa anual de treino de rotina da Força de Foguetões e testou eficazmente o desempenho das armas e do equipamento, bem como o nível de formação das tropas, atingindo o objetivo desejado", acrescentou.
A China modernizou consideravelmente as forças armadas nas últimas décadas e o orçamento militar aumenta todos os anos em função do crescimento económico.
Este poderio militar é por vezes visto com desconfiança por alguns vizinhos asiáticos.
No entanto, o Ministério da Defesa chinês sublinhou, no comunicado, que "os países afetados" pelo lançamento, ou seja, os que se encontram nas proximidades ou na trajetória do míssil, "informados antecipadamente".
Leia Também: Israel interceta míssil disparado a partir do Líbano
terça-feira, 24 de setembro de 2024
Cabo Verde: Selo em homenagem a Amílcar Cabral leva à demissão do líder parlamentar do MpD
©facebook.com/CCV.CorreiosCaboVerde Por: rfi.fr/pt 24/09/2024
A emissão de um selo em homenagem ao centenário de Amílcar Cabral gera crise no partido no poder, nas vésperas das eleições autárquicas. O caso levou o líder do grupo parlamentar do MpD a abandonar o cargo.
A emissão de selo em homenagem ao centenário de Amílcar Cabral gera crise no partido no poder em Cabo Verde, em vésperas das eleições autárquicas. O líder do grupo parlamentar do MpD, Paulo Veiga, abandonou o cargo afirmando que tem tido muitas dificuldades na articulação com os membros do Governo.
Em conferência de imprensa para esclarecer as razões que o levaram à renúncia do mandato, o ainda líder do grupo parlamentar do MpD, partido no poder em Cabo Verde, Paulo Veiga, explicou que tem havido falta de articulação entre os membros do Governo e a bancada do MpD no Parlamento. A “gota de água” foi a emissão do selo comemorativo do centenário do nascimento de Amílcar Cabral.
O motivo da minha demissão é que nós tomamos um posicionamento e o Governo com toda a legitimidade pode fazer o que fez, estamos a falar no 12º selo emitido em nome de Amílcar Cabral, mas por respeito e por articulação deveria comunicar-me o que se passava, os acordos que as instituições Correios de Cabo Verde e Correios de Portugal fizeram.
Qual a minha surpresa - e, também, em contacto com os meus colegas, nenhum foi avisado - de ver aquilo acontecer da forma como aconteceu.
Portanto, há aqui um problema de articulação e eu considerei uma falta de respeito para comigo que faz a articulação, porque eu depois tenho que ir responder aos colegas deputados, pelo menos aos que votaram contra, como é que isso sucede e por que é que eu não lhes avisei.”
A liderança do grupo parlamentar do MpD defende que Amílcar Cabral, por não ter sido um estadista em Cabo Verde, não deve merecer celebrações de Estado como aconteceu com o centenário de Aristides Pereira, o primeiro Presidente de Cabo Verde.
Paulo Veiga disse ainda que “Amílcar Cabral é um herói nacional, pessoa importante para a história do país, mas não o pai da nação cabo-verdiana, pois a nação tem 562 anos”.
Em Outubro de 2023, os deputados do MpD chumbaram uma proposta de resolução para que o Estado celebrasse o centenário de Amílcar Cabral.
O actual vice-presidente da bancada parlamentar do MpD, Celso Ribeiro, foi o nome indicado pela Comissão Política Nacional do MpD para presidir o seu grupo parlamentar e a eleição deve acontecer na próxima semana, antes da primeira sessão parlamentar do novo ano político, que está prevista para 09 de Outubro.
A liderança do MpD - tanto o presidente do partido e primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva como o secretário-geral do MpD, Luís Carlos Silva - tem relativizado a crise instalada no partido no poder, afirmando que o partido de centro-direita está focado na preparação das eleições autárquicas previstas para 01 de Dezembro próximo.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou hoje o seu apoio à Ucrânia e a Israel e reconheceu o direito ao Estado Palestiniano, num discurso em que disse que o mundo está "num ponto de inflexão".
© Lusa Por Lusa 24/09/24
Biden reitera apoio à Ucrânia e a Israel com mundo num "ponto de inflexão"
O Presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou hoje o seu apoio à Ucrânia e a Israel e reconheceu o direito ao Estado Palestiniano, num discurso em que disse que o mundo está "num ponto de inflexão".
"Estamos num ponto de inflexão. As escolhas que fizermos hoje determinarão o futuro nas próximas décadas", disse Biden, na sua intervenção na Assembleia Geral da ONU, que decorre em Nova Iorque.
O Presidente norte-americano lembrou que o seu Governo "mantém os compromissos com a Carta das Nações Unidas", em vários dos "graves momentos" que o planeta tem vindo a atravessar.
Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, nós poderíamos ter ficado parados e apenas protestar. A vice-Presidente (Kamala) Harris e eu entendemos que aquilo ia contra tudo o que esta instituição deve ser. Por isso, sob meu comando, a América entrou em jogo, oferecendo segurança económica e ajuda humanitária. E os nossos aliados e parceiros da NATO e mais de 50 nações uniram-se", recordou Biden.
"A boa notícia é que a guerra de Putin falhou, no seu objetivo fundamental", defendeu o líder norte-americano, insistindo no seu "apoio inequívoco" a Kiev, no conflito que dura desde 2022.
"Também estamos a trabalhar para conseguir paz e estabilidade no Médio Oriente", acrescentou Biden, condenando o ataque do movimento islamita Hamas em território palestiniano, em 07 de outubro, que considerou ser "um inferno".
"Este é o tempo de trazer os reféns para casa e garantir a segurança para Israel e deixar Gaza livre do Hamas", prometeu Biden, que recordou que o conflito no Médio Oriente se agrava com o envolvimento do movimento libanês Hezbollah, mostrando-se determinado em evitar "uma guerra mais ampla, que engula toda a região".
O Presidente dos EUA disse também estar empenhado em assegurar que o Irão "nunca conseguirá uma arma nuclear" e prometeu procurar uma solução para o Sudão, que vive "uma das piores crises humanitárias do planeta".
Biden também prometeu ajudar os países africanos a combater epidemias, com o envio de um milhão de vacinas, ajudando também essa região com alimentação e na transição digital.
O Presidente norte-americano mostrou-se ainda convicto da necessidade de uma reforma profunda da ONU, quando o mundo enfrenta novos desafios.
"A Inteligência Artificial vais mudar os nossos modos de vida, nos nossos modos de trabalho e os nossos modos de guerra", disse Biden, defendendo regras globais para esta nova tecnologia.
No final, Biden explicou por que razão, ao fim de 50 anos de serviço público, tinha decidido sair da cena política, não se recandidatando ao cargo que ocupa, argumentando que "esta é a hora de uma nova geração de liderança".
Leia Também: O Papa Francisco apelou hoje aos líderes políticos para que parem, "enquanto ainda há tempo", as guerras que "estão a destruir o mundo".
O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, assistiu hoje na Sede das Nações Unidas em Nova Yorque, à abertura solene da 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
A intervenção do Chefe de Estado da Guiné-Bissau na Assembleia Geral da ONU esta prevista para esta quarta-feira 25 de Setembro.
Com Gaitu BaldéMADEM-G15 OPERAÇÃO LESTE!... UM POUCO DE INTERVENÇÕES PARA ENCERRAMENTO DA REUNIÃO DA DIREÇÃO SUPERIOR SOB-LIDERANÇA DO SECRETÁRIO NACIONAL JOSÉ CARLOS MACEDO MONTEIRO COM ESTRUTURAS REGIONAL DE GABÚ E APRESENTAÇÃO DA NOVA DIREÇÃO REGIONAL DO PARTIDO NO GABÚ VOTADO POR UNANIMIDADE...
"Tudo é uma arma". Como o ataque aos pagers "abriu um novo capítulo" na guerra híbrida
Por João Guerreiro Rodrigues cnnportugal.iol.pt
Telemóveis, headphones, carregadores, veículos, computadores portáteis e até smartwatches. Todos estes dispositivos podem, em determinadas circunstâncias, ser transformados numa arma
De um momento para o outro, milhares de explosões ocorrem em simultâneo, tirando a vida a mais de 40 pessoas e ferindo 3.500. A operação, que se acredita ter sido orquestrada pelos serviços secretos israelitas, atingiu o seu objetivo, mas trouxe ao de cima uma nova realidade que os especialistas temem ser um “precedente muito perigoso”. Num mundo marcado pelo crescimento de tensões entre superpotências e com a Rússia a aumentar as campanhas de sabotagem na Europa, todos os objetos podem vir a ser armas de crime e os civis, quer queiram quer não, são parte dos conflitos modernos.
“Neste momento, qualquer tecnologia está disponível para ser utilizada como uma arma, inclusive um telemóvel. Hoje, com apenas um telemóvel, é possível fazer ataques de grandes dimensões que afetam o nosso modo de vida. Hoje um cidadão pode ser instrumentalizado para cometer um crime sem saber. Hoje tudo é uma arma”, explica à CNN Portugal Ana Miguel dos Santos, especialista em assuntos de segurança.
Durante anos, os serviços secretos militares de Israel utilizaram algumas das mais sofisticadas técnicas de ciberespionagem para espreitar e até mesmo travar os desenvolvimentos nucleares iranianos, como um vírus informático que ficou conhecido como o Stunxnet. Israel chegou mesmo a utilizar um robô assistido por um sistema de Inteligência Artificial controlado remotamente por satélite para assassinar o cientista iraniano responsável pelo programa nuclear iraniano.
Só que o ataque de Israel com recurso a pagers e walkie-talkies foi diferente e mostrou apenas “um pouco” daquilo que é possível fazer. Numa operação planeada e executada durante mais de dois anos, os serviços secretos israelitas identificaram na desconfiança do líder do grupo terrorista uma vulnerabilidade. Ciente das capacidades tecnológicas israelitas, Hassan Nasrallah temia que a utilização de telemóveis por parte dos militantes do Hezbollah deixasse um “rasto” digital que podia colocar em causa a sua organização. Os seus medos não eram infundados.
A solução encontrada pelo Hezbollah era simples e parecia vir a ser eficaz: operar com os sistemas mais rudimentares possíveis, para que Israel fosse incapaz de os intercetar ou detetar as suas localizações. Israel viu nesta mudança uma oportunidade e criou uma rede de empresas fachadas para mascarar a presença dos serviços secretos e vender ao próprio Hezbollah os pagers e os walkie-talkies que estes queriam. Só que as baterias destes dispositivos continham o explosivo PETN, de acordo com três fontes dos serviços secretos israelitas, entrevistadas pelo New York Times sob a condição de anonimato. O resultado foi uma das ações de espionagem mais surpreendentes dos últimos anos.
“Este ataque abriu um novo capítulo e corre o risco de alimentar a imaginação para o futuro. Depois disto, tudo é possível. Não são só os pagers e walkie-talkies. Computadores, carros, rádios, frigoríficos e telemóveis são formas de atacar. O Ocidente tem de ter particular cuidado, porque temos inimigos a querer atacar o nosso modo de vida. É um precedente muito perigoso”, alerta o major-general Isidro de Morais Pereira.
A situação torna-se ainda mais grave com os alertas do líder da CIA, Bill Burns, e do líder do MI6, Richard Moore, que admitem que o Ocidente enfrenta um “conjunto de ameaças sem precedentes”, com a Rússia a aumentar significativamente uma campanha de sabotagem na Europa. O líder dos serviços secretos noruegueses reforçou ainda mais este alerta, garantindo que o nível de risco aumentou para as ameaças de guerra híbrida.
A hipótese de o Ocidente levantar as restrições à Ucrânia para a utilização de armas de longo alcance contra alvos militares em território russo “pode aumentar significativamente este risco”, de acordo com os especialistas. O próprio presidente russo, Vladimir Putin, alerta que essa possibilidade significaria a participação direta da NATO no conflito, o que daria, no entender do Kremlin, a legitimidade para agir contra a liderança militar e política ocidental.
A Rússia de Putin não é estranha a assassinatos dentro e fora do país. No passado mês de julho, os serviços secretos americanos e alemães travaram um plano para o assassinato de Armin Papperger, diretor da empresa Rheinmetall, maior fabricante de armas europeu e um dos principais fornecedores de munições à Ucrânia.
“Os serviços secretos russos são mestres em guerra híbrida e não precisam que ninguém lhes ensine neste capítulo. Temos obrigação de estarmos alerta. Não é descabido ocorrer uma infiltração russa na cadeia de abastecimento. Estas redes são cada vez mais complexas e nós já não sabemos quem fabrica o quê”, explica o major-general Isidro de Morais Pereira.
De forma semelhante ao que aconteceu no Líbano, com Israel a criar uma complexa teia de empresas na cadeia de fornecimento para esconder a sua presença e vender dispositivos armadilhados ao Hezbollah, o mesmo está ao alcance dos serviços secretos russos. O GRU, serviços secretos militares russos, têm desenvolvido esforços em conjunto com o FSB na criação de empresas fachada em países da Ásia Central para conseguir comprar bens sancionados e exportá-los para a Rússia.
Estas mesmas estruturas permitem esconder do Ocidente a origem do fabrico de determinados produtos, enganando os clientes. Uma determinada empresa ou instituição pode estar a comprar um produto a uma empresa sediada em Hong Kong, mas que na verdade é a fachada de uma empresa russa, que tem como objetivo exportar um determinado produto construído para fazer detonar uma pequena carga de explosivos assim que receber um sinal.
A situação é torna-se ainda mais complexa à medida que os exércitos modernos aumentam a sua dependência de sistemas comerciais civis, como drones ou sistemas de comunicações, que são comprados a fornecedores um pouco de todo o mundo. Esta realidade permite que as cadeias de fornecimentos sejam exploradas por potenciais adversários.
“Este nível de conexão entre pessoas, a facilidade com que nos movimentamos, mesmo existindo um excesso de informação e de conhecimento, faz com que os cidadãos estejam cada vez mais vulneráveis, mesmo que não o sintam. A Rússia já entrou na Europa”, defende Ana Miguel dos Santos.
Esta sexta-feira, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos da América anunciou que vai propor uma proibição de todos os veículos que utilizem tecnologias especificas russas e chinesas, devido a receios relacionados com a segurança nacional. Os investigadores norte-americanos alegam que foi encontrada “uma vasta gama de riscos” ligados ao hardware chinês e russo em veículos comercializados no país, incluindo a possibilidade de sabotagem remota através de hacking e capacidade de roubo de dados pessoais dos condutores.
“Em situações extremas, um adversário estrangeiro poderia desligar ou assumir o controle de todos os seus veículos que operam nos Estados Unidos, todos ao mesmo tempo, causando acidentes (ou) bloqueando estradas”, admitiu Gina Raimondo.
E, na sociedade, os possíveis vetores de ataque multiplicam-se. Telemóveis, headphones, carregadores, veículos, computadores portáteis e até smartwatches. Todos estes dispositivos podem, em determinadas circunstâncias, ser transformados numa arma. Na verdade, as opções comerciais de spyware não só são cada vez maiores como são cada vez mais potentes, capazes de explorar uma vasta gama de vulnerabilidades em todo o tipo de dispositivos. Estes ataques são mais fáceis de conduzir, uma vez que não necessitam de um acesso físico ao dispositivo alvo e, em muitos casos, aceder à informação da vítima pode ser bem mais valioso.
À semelhança dos pagers e dos walkie-talkies, os telemóveis e outros dipositivos podem ser transformados em explosivos, ao longo da cadeia de abastecimento. No entanto, os especialistas não acreditam que estas técnicas sejam colocadas em prática em larga escala contra a população civil, correndo o risco de atingir alvos concretos, como líderes militares ou políticos.
“Penso que, a longo prazo, existe um potencial para vermos mais ataques deste tipo, não dirigidos a civis, mas geralmente dirigidos a outros atores militares. O mundo está muito mais perigoso”, afirma o major-general Isidro de Morais Pereira.