terça-feira, 1 de agosto de 2023

Senegal dissolve PASTEF do líder da oposição Sonko

© Radio TV Bantaba

Por: RTB/Foxnews   Agosto 1, 2023

O Governo senegalês dissolveu o importante partido de oposição, “Os Patriotas do Senegal pelo Trabalho, Ética e Fraternidade”, e restringiu o serviço de internet na segunda-feira, após o líder do partido, Ousmane Sonko, afirmar que um juiz ordenou a sua detenção.

A ex-Primeira-Ministra Aminata Touré criticou a dissolução do partido como um “retrocesso sem precedentes” na história democrática do Senegal. Esta medida levantou preocupações acerca das próximas eleições presidenciais no país, que é há muito tempo considerado um pilar da democracia e líder em diplomacia na região.

Segundo o Ministro do Interior, Antoine Félix Diome, o partido de oposição tem frequentemente convocado os seus apoiantes a participar em movimentos insurrecionais. “Consequentemente, os ativos do partido dissolvido serão liquidados de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor”, afirmou Diome.

Entretanto, o governo senegalês restringiu os serviços de internet móvel na segunda-feira. Esta medida foi justificada por Moussa Bocar Thiam, Ministro das Comunicações, como sendo necessária “devido à disseminação de mensagens de ódio e subversivas nas redes sociais”.

Ousmane Sonko, líder da oposição e popular entre a juventude do Senegal, afirmou que um juiz local em Dakar ordenou a sua detenção temporária na sequência de novas acusações levantadas no sábado, incluindo conspiração contra o Estado e incitamento à insurreição. Estas acusações são distintas das anteriores, que resultaram na sua condenação em junho e que desencadearam protestos mortais por todo o país, causando a morte de 23 pessoas.

Sonko, que é visto como uma ameaça ao partido governamental nas eleições de 2024, declarou na sua página do Facebook: “Acabo de ser injustamente colocado sob uma ordem de prisão”. Os apoiantes de Sonko alegam que as acusações foram feitas para impedir que ele se candidatasse novamente à presidência, depois de ter ficado em terceiro lugar nas eleições de 2019.

Devido a estas batalhas legais, Sonko poderá ser impedido de se candidatar à presidência, conforme a legislação senegalesa. Sonko escreveu ainda na sua página do Facebook: “Se o povo senegalês, por quem sempre lutei, abdicar e decidir deixar-me nas mãos do regime de Macky Sall, eu, como sempre, me submeterei à vontade de Deus”.

Rajadas de tiros ouvidas na capital do Burkina Faso

© Lusa

POR LUSA   01/08/23 

Rajadas de tiros foram ouvidas esta madrugada no centro da capital do Burkina Faso, Ouagadougou, perto da base aérea, avançou um jornalista da agência de notícias France Presse (AFP).

Os disparos, cujas razões são ainda desconhecidas, começaram a ser ouvidos por volta das 00h45 (mesma hora em Lisboa) no coração da capital do Burkina Faso e só cessaram cerca de 40 minutos depois.

Os tiroteios em Ouagadougou surgem seis dias depois de um golpe de Estado no vizinho Níger, que derrubou o presidente eleito Mohamed Bazoum, com o Burkina Faso a demonstrar mais tarde apoio aos golpistas.

O Burkina Faso viveu um golpe de Estado há cerca de 10 meses, o segundo em menos de um ano registado neste país assolado pela violência de grupos extremistas islâmicos.

Em 30 de setembro, um golpe levou ao poder o capitão Ibrahim Traoré, que derrubou o tenente-coronel Paul-Henri Damiba, autor de um primeiro golpe que tinha afastado em 24 de janeiro o Presidente eleito Roch Marc Christian Kaboré.

Ambos os golpes militares foram justificados pela incapacidade do Estado de lutar eficazmente contra os grupos extremistas ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, cujo impacto no Burkina Faso tem crescido desde 2015.

A violência extremista já matou mais de 16 mil civis e soldados em oito anos no Burkina Faso, incluindo mais de cinco mil desde o início de 2023, segundo as últimas estimativas da organização não-governamental Armed Conflict Location Action, que lista vítimas de conflitos em todo o mundo.

A violência obrigou também cerca de dois milhões de pessoas a abandonarem as suas terras.


Leia Também: Intervenção militar no Níger seria "declaração de guerra" noutros países

Moscovo vive terceiro dia consecutivo de ataques de drones

© Lusa

POR LUSA   01/08/23 

Moscovo foi atingida esta madrugada por um ataque noturno de drones ucranianos, pelo terceiro dia consecutivo, que voltou a danificar um edifício de escritórios na capital da Rússia, sem causar feridos.

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que os sistemas de defesa aérea abateram dois drones, enquanto um terceiro foi "suprimido por guerra eletrónica e caiu na cidade de Moscovo", em edifícios não residenciais.

"Na noite de 01 de agosto, uma tentativa de ataque terrorista do regime de Kyiv com aeronaves aéreas não tripuladas contra instalações na cidade de Moscovo e na região de Moscovo foi frustrada", explicou um porta-voz do ministério.

O autarca de Moscovo, Sergei Sobianin, confirmou que vários drones que tentavam sobrevoar a capital foram abatidos por sistemas de defesa aérea, apesar de um deles ter atingido um prédio.

"Um drone conseguiu atingir a mesma torre da vez anterior", disse Sobianin, referindo-se a duas torres de escritórios no principal distrito comercial da cidade, já danificadas por um ataque na madrugada de domingo.

"A fachada do prédio no 21.º andar foi danificada, as janelas quebradas numa área de 150 metros quadrados", disse o autarca na plataforma Telegram.

Sobyanin indicou que até ao momento não há informações sobre possíveis vítimas, enquanto os serviços de emergência estão no local do incidente.

A televisão estatal russa RT também avançou que os sistemas de defesa aérea foram ativados e que sons de explosões foram ouvidos em Odintsovo, Kubinka e Naro-Fominsk, a oeste de Moscovo.

O aeroporto internacional de Vnukovo, um dos dois aeroportos da capital russa, foi brevemente encerrado ao tráfego antes de os voos serem retomados esta madrugada, noticiou a agência de notícias oficial russa TASS.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou no domingo que a guerra está a chegar "à Rússia e aos seus centros estratégicos e bases militares".

Na segunda-feira, as forças russas lançaram um ataque com mísseis contra um edifício de apartamentos na cidade de Kryvyi Rig, no centro da Ucrânia, a terra natal de Zelensky, anunciaram as autoridades ucranianas.

Num novo balanço feito esta madrugada, o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, revelou que o número de vítimas do ataque, que afetou também o edifício de um estabelecimento de ensino, subiu para seis mortos e 75 feridos.


Mulher é indiciada por tráfico internacional após trazer bebê de Guiné-Bissau ao RS com documentos falsos, diz PF

De acordo com a Polícia Federal, criança teria ingressado no Brasil com documentos falsos — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Por g1.globo.com  31/07/2023 

Suspeita afirmava ser mãe da criança, mas documentos mostram que ela apresentou um registro falso da criança ao entrar no Brasil. Homem apontado como pai também foi vítima. Verdadeiros pais do recém-nascido foram identificados pela PF em Guiné-Bissau. Bebê está sob tutela do Conselho Tutelar.

A mulher natural de Guiné-Bissau suspeita de tráfico internacional de uma criança de 11 meses foi indiciada pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de tráfico de pessoas, uso de documento falso, falsidade ideológica, injúria e coação no curso do processo. A identidade dela não foi revelada pela PF.

Segundo a PF, a mulher afirmava ser mãe da criança, mas documentos mostram que ela apresentou um registro falso da criança, que teria sido feito em Guiné Bissau, dando ao recém-nascido outro nome e com informação de que a investigada seria sua mãe biológica e que o pai biológico seria um brasileiro.

Moradora de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, a mulher foi alvo de busca e apreensão no final de junho, e o bebê foi apreendido e entregue ao Conselho Tutelar da cidade. Os pais biológicos da criança foram identificados em Guiné Bissau. A criança segue acolhida pelo Conselho Tutelar de Santa Maria até que a Justiça tome alguma decisão sobre o caso.

A investigação da Polícia Federal (PF) contou com a colaboração de diversos órgãos públicos e auxílio das autoridades policiais de Guiné Bissau. O relatório final foi encaminhado ao Ministério Público Federal nesta segunda-feira (31).

Documentos falsos

A investigação aponta que a mulher investigada viajou sozinha até o país africano em dezembro de 2022 e retornou ao Brasil em fevereiro de 2023 com uma criança, usando também um passaporte falso.

Após a realização de exames, foi concluído que a mulher e o homem brasileiro não eram os pais biológicos da criança. O suposto pai biológico foi apontado pela PF como vítima do caso e colaborou com as investigações.

De acordo com Arthur Miranda, delegado responsável pelo caso, os indiciamentos por injúria e coação se deram por práticas da mulher durante a investigação.

"Ela fez uma grave ameaça, uma ameaça de morte, contra um agente policial", conta.

O g1 tentou contato com o Conselho Tutelar de Santa Maria, mas o órgão afirma que não pode se manifestar sobre o caso. O Ministério Público Federal também foi procurado, mas não respondeu até a publicação desta reportagem.

Relembre o caso

De acordo com o delegado Arthur Miranda, da Polícia Federal, o caso começou a ser investigado a partir de uma denúncia anônima feita ao Disque 100 (Disque Direitos Humanos), o que motivou a ação do Conselho Tutelar de Santa Maria, a partir de autorização do Ministério Público.

A investigação teve início em junho, após suspeitas da origem biológica da criança. De acordo com a investigação, o bebê teria ingressado no Brasil com documentos falsos em fevereiro de 2023.

"O denunciante viu que a criança não poderia ser filha desta pessoa, que é próxima dela. O Conselho Tutelar investigou, viu a necessidade de acolher a criança, mandou para o Ministério Público estadual, verificou que haveria possível tráfico internacional e requisitou inquérito pela Polícia Federal", explica o delegado.

Pelo menos seis navios carregados com cereais ultrapassaram o bloqueio naval imposto pela Rússia aos portos ucranianos no Mar Negro, através do rio Danúbio, informou o investigador OSINT Marcus Johnsson, citando dados de localização naval.

© PixaBay

POR LUSA   31/07/23 

 Navios com cereais desafiam Rússia e entram no braço ucraniano do Danúbio

Pelo menos seis navios carregados com cereais ultrapassaram o bloqueio naval imposto pela Rússia aos portos ucranianos no Mar Negro, através do rio Danúbio, informou o investigador OSINT Marcus Johnsson, citando dados de localização naval. 

Um deles, de pavilhão israelita, já entrou no braço ucraniano do Danúbio, estando a ser acompanhado por um avião antinavios P8, dos Estados Unidos, referiu o investigador do OSINT, sigla referente a Open Source Intelligence, entidade que recolhe, armazena e analisa informações de fontes públicas - basicamente, qualquer dado sobre uma empresa ou pessoa que possa ser encontrado por meio de ferramentas da Internet.

Segundo Johnson, citado no portal ucraniano Euromaidan Press, os seis navios desafiaram as ameaças da Rússia, feitas após Moscovo se ter retirado do acordo sobre os cereais, e entraram no braço ucraniano do rio Danúbio, que desagua no Mar Negro, estando já a navegar em águas romenas.

O portal baseia as informações de Johnson em mapas de satélite e em dados de navegação.

O Rio Danúbio é o segundo rio mais longo da Europa, com quase 2.900 quilómetros de extensão, atravessando o continente europeu de oeste a leste, desde sua nascente na Floresta Negra, na Alemanha, até desaguar no mar Negro, no delta do Danúbio. 

Segundo o portal, na noite de domingo, três navios civis -- Ams1, Sahin 2 e Yilmaz Kaptan, provenientes de Israel, da Grécia e da Turquia/Geórgia -- navegaram em rotas diretas no Mar Negro, anunciando abertamente o destino Ucrânia, através do sistema de localização AIS.

Johnsson corroborou as posições dos navios com imagens de satélite e verificou que a localização AIS correspondia às suas posições reais. 

O primeiro navio a entrar num porto ucraniano foi o Ams1, de origem israelita, que entrou num braço ucraniano do Danúbio. 

O avião antinavios norte-americano P8 garante a segurança do navio, sendo reabastecido diretamente no céu romeno. O reconhecimento adicional é assegurado pelo drone (aparelho voador não tripulado) de reconhecimento Fort12 RQ-4.

Outros três navios, Sealock, Bosphorus Queen e Afer, também atravessaram as águas do mar Negro em direção aos portos ucranianos do Danúbio.

Todos os seis navios são geridos por turcos, escreve Marcus Johnsson.

Entretanto, o editor da BlackSeaNews, Andrii Klymenko, observou que o número de navios é, de facto, superior e atinge os 16. 

A maior parte deles encontra-se nas águas territoriais da Roménia. 

Segundo Klymenko, o termo "bloqueio" não se aplica às ações da Rússia no Mar Negro, porque os navios de guerra não se envolvem em qualquer contra-ação ativa, limitando-se a tentar intimidar os navios civis.

Uma forma possível de manter os navios de guerra russos à distância é através de ataques de 'drones' 'kamikaze' marítimos. 

A 25 deste mês, sete dias após o fim da participação da Rússia no "corredor de cereais", o Ministério da Defesa russo anunciou um ataque noturno de dois 'drones' de superfície ucranianos ao navio-patrulha "Sergei Kotov" da frota russa do Mar Negro.

O navio estava a desempenhar uma missão de "controlo da navegação" na parte sudoeste do Mar Negro, a 370 quilómetros de Sebastopol (130 quilómetros do Bósforo), na zona económica marítima exclusiva da Turquia, escreveu Klymenko.

"Apesar de o navio ter permanecido intacto, este tipo de ataques aumenta o risco de perda de mais navios, desencorajando ativamente os russos de movimentos mais agressivos e confirmando que as forças ucranianas ainda exercem algum controlo sobre o Mar Negro e limitam a mobilidade russa", indica o mais recente Frontline Report do BlackSeaNews.

A 17 de julho de 2023, a Federação Russa retirou-se da iniciativa relativa aos cereais do Mar Negro, um acordo negociado pela ONU para desbloquear os portos da Ucrânia e exportar os seus cereais, e declarou que não garantiria que não atacaria navios civis após essa data. 


Leia Também: Ucrânia coloca hipótese de escoltar barcos exportadores de cereais

NÍGER: Intervenção militar no Níger seria "declaração de guerra" noutros países

Général Abdourahmane Tchiani

Colonel Mamadi Doumbouya

Capitaine Ibrahim Traoré

Colonel Assimi Goïta

©  Africaguinee.com

POR LUSA    31/07/23 

Uma intervenção militar no Níger para restaurar o presidente eleito Mohamed Bazoum, derrubado por um golpe, seria considerada "uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali", segundo comunicado conjunto hoje dos governos de Ouagadougou e Bamako.

Os dois governos, nascidos de golpes de estado, "advertem que qualquer intervenção militar contra o Níger equivaleria a uma declaração de guerra contra o Burkina Faso e o Mali", um dia depois de uma ameaça de uso de "força" por líderes da África Ocidental reunidos em Abuja, a capital da Nigéria.

Os dois governos "advertem que qualquer intervenção militar contra o Níger conduziria à retirada do Burkina Faso e do Mali da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), bem como à adoção de medidas de autodefesa em apoio às forças armadas e ao povo do Níger".

No comunicado, "alertam contra as consequências desastrosas de uma intervenção militar no Níger que pode desestabilizar toda a região" e acrescentam que "se recusam a aplicar" as "sanções ilegais, ilegítimas e desumanas contra o povo e as autoridades do Níger" decididas em Abuja.

No domingo, os líderes da CEDEAO estabeleceram um ultimato de uma semana à junta militar no Níger para um "retorno total à ordem constitucional", dizendo que não descartam o "uso da força", e decidiram "suspender todas as transações comerciais e financeiras" entre os estados membros e o Níger e congelar os bens dos militares envolvidos no golpe.

Em comunicado separado, a Guiné, cujo governo também é fruto de um golpe de estado, "manifesta o seu desacordo com as sanções recomendadas pela CEDEAO, incluindo a intervenção militar" e que "decidiu não aplicar essas sanções que 'considera ilegítimas e desumanas".


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Através dum comunicado anunciado esta noite, os líderes em exercício do Mali e Burkina Faso reagiram contra a intervenção militar no Níger, e ameaçam acionar os "meios de defesa" a favor do Níger.


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Incêndios florestais obrigam a evacuações na fronteira EUA-Canadá... Cerca de 7 mil pessoas tiveram de deixar as suas habitações.

© Reuters

Notícias ao Minuto   31/07/23 

Os incêndios florestais que assolam a região fronteiriça entre Estados Unidos e Canadá, na costa Oeste dos dois países, obrigou a realizar evacuações dos dois lados da fronteira, obrigando cerca de sete mil pessoas a deixar as suas habitações.

Segundo a BBC, os residentes de Oroville, no estado norte-americano de Washington, foram instruídos a deixar as suas casas no domingo, para fugir a um incêndio que lavra na região de Eagle Bluff.

O mesmo pediram as autoridades canadianas aos residentes de Osoyoos, no Canadá, uns poucos quilómetros a norte de Oroville.

Se Oroville é o lar de cerca de 1.700 pessoas, em Osoyoos vivem perto de 5.500.

Os incêndios florestais nesta região do mundo já mataram quatro bombeiros, recorda a BBC, contando a história do turista Walter Wells e da sua mulher, que comemoravam 25 anos de casamento.

"Há uma curva enorme e maciça de laranja", disse Wells, que, ao regressar ao hotel após uma noite de festa no sábado, foi confrontado com uma ordem de evacuação devido aos incêndios.

Mais de 700 propriedades foram afetadas por essa mesma ordem em Osoyoos. Se os incêndios persistirem, outras 2.000 propriedades podem ficar sob a mesma ordem.

Nesta segunda-feira, o BC Wildfire Service disse que um incêndio que lavra numa área de 1.450 hectares não cresceu durante a noite, mas está ainda fora de controlo. Fica a cerca de quatro quilómetros a sudoeste de Osoyoos.

Mais de 1.000 incêndios florestais ardem em todo o Canadá, e 664 estão "fora de controlo", alerta o Canadian Interagency Forest Fire Centre.

Até agora, neste verão, os incêndios florestais canadianos queimaram mais de 31 milhões de acres de terra (cerca de 12,5 milhões de hectares) - um área maior do que a ilha de Cuba.


CHINA: Quatro turistas morrem no deserto do 'Mar da Morte', na China

© QUEHURE / CFOTO/Future Publishing via Getty Images

Notícias ao Minuto  31/07/23 

Carro onde seguiam os turistas terá sofrido uma avaria, deixando-os apeados com a temperatura a atingir os 70º Celsius.

As autoridades chinesas encontraram três homens e uma mulher mortos no deserto do 'Mar da Morte', no noroeste da China.

O grupo de turistas tentava atravessar, sem autorização, a Reserva Natural Nacional dos Camelos Selvagens de Lop Nur, acabando o seu carro, o último de uma caravana com vários veículos, por avariar, deixando-os para trás apeados.

Segundo revelaram as autoridades, citadas pelo jornal The Mirror, o resto da caravana completou com sucesso a viagem, alertando para o desaparecimento dos quatro elementos a 26 de julho. No dia 27, o veículo foi encontrado, com dois dos homens e a mulher no interior, mortos.

Estima-se que as temperaturas poderão ter chegado aos 70º Celsius naquele local. Do quarto turista não havia, no entanto, sinal. Só na noite de 29 de julho é que as autoridades chinesas o encontrariam, morto, estendido na areia. Estima-se que terá deixado o grupo para procurar ajuda, a pé, ficando os restantes a aguardar no veículo.

A Reserva Natural Nacional dos Camelos Selvagens de Lop Nur cobre uma área de 67 mil metros quadrados e, durante os meses de verão, a temperatura pode subir até aos 80°C, estando o acesso proibido, também de forma a proteger uma espécie de camelos em vias de extinção, o 'Camelus ferus', que ali vive.

"Recebemos visitantes, mas sem obter consentimento ou comunicação com os departamentos relevantes, não devem entrar nesta área sozinhos, não apenas para a sua própria segurança, mas também para a proteção dos animais da área", disseram as autoridades locais.


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segunda-feira, 31 de julho de 2023

Conselho de Segurança reuniu-se 66 vezes sem resultados desde a invasão

© Reuters

POR LUSA  31/07/23 

O Conselho de Segurança da ONU já se reuniu 66 vezes sem resultados desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2023, tendo, no mês que hoje finda, realizado mais cinco reuniões, disse fonte diplomática.

Os números foram hoje sublinhados pelo embaixador do Brasil na ONU, Sérgio França, que lamentou que todas estas reuniões tenham limitado a resposta do Conselho de Segurança à "repetição de narrativas opostas sobre os acontecimentos no terreno e as posições" de cada país.

De facto, os países ocidentais e a Rússia levaram as suas respetivas posições ao Conselho utilizando todos os ângulos da guerra - a situação das crianças, os danos ao património, os riscos da central nuclear de Zaporijia e a insegurança alimentar, entre outros - transformando a sala de reuniões numa permanente troca de acusações.

Tanto a Rússia como as três potências ocidentais -- Estados Unidos, Reino Unido e França - têm direito de veto, pelo que não foi aprovada qualquer resolução, o que demonstrou a ineficácia do Conselho de Segurança na procura de uma solução.

O quinto membro permanente do Conselho de Segurança com direito de veto é a China.

O embaixador brasileiro lamentou que a guerra na Ucrânia esteja a desviar a atenção das grandes potências representadas no Conselho de outras crises que se estão a tornar crónicas no mundo.

"Lamentamos que outras situações como o Sudão, o Sahel ou a Palestina não estejam a receber a mesma atenção", resumiu.

Além disso, Sérgio França repetiu uma posição que é cada vez mais comum entre os países africanos e asiáticos e, em menor grau, entre os sul-americanos: uma espécie de equidistância semelhante à posição da China, que repete constantemente ser a favor de uma solução negociada, da cessação incondicional das hostilidades e do respeito pela integridade territorial, sem apontar a culpa da Rússia.


Rússia instala barreiras flutuantes para proteger ponte da Crimeia

© yahoo.com

POR LUSA   31/07/23 

As autoridades russas começaram a instalar barreiras flutuantes para proteger a ponte da Crimeia de ataques de 'drones' ucranianos, informou hoje o canal Mash do Telegram.

A barreira contra aeronaves não tripuladas será colocada no Mar de Azov, ao longo de toda a extensão da ponte, a maior da Europa com 18 quilómetros de extensão, referiu a fonte.

A Rússia está confiante que esta proteção evitará novos ataques com 'drones' submarinos e aquáticos, como aqueles que em meados de julho atingiram a ponte pela segunda vez.

Moscovo suspeita que a NATO forneceu a Kyiv tecnologia para fabricar 'drones', mas outros seriam motas de água convertidas em aparelhos não tripulados.

Embora tenha demorado, o exército ucraniano reivindicou a responsabilidade pela explosão ocorrida na semana passada na ponte que liga a península ucraniana, anexada pela Rússia em 2014.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou que a ponte "é uma infraestrutura hostil", construída fora do direito internacional, que se tornou um elo logístico crucial para o transporte de munições para o exército russo.

"É por isso que é nosso alvo e qualquer alvo que traga guerra e não paz deve ser neutralizado", enfatizou.

Na quinta-feira, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicou o ataque de outubro de 2022 contra a ponte de Kerch.

"Os agentes do SBU têm vindo a destruir o inimigo nos pontos mais quentes e fazem os possíveis para libertar a nossa terra rapidamente. A destruição da ponte da Crimeia é um dos nossos objetivos", indicou o chefe do SBU, Vasil Maliuk, no decurso de uma cerimónia em Kyiv.

Desta forma, os serviços secretos ucranianos terminaram meses de silêncio e reconheceram finalmente que as Forças Armadas do país foram responsáveis pela explosão na ponte, ocorrida no início de outubro de 2022 e que segundo o Comité de investigação da Rússia provocou três mortos.

O ministro da Defesa da Rússia disse hoje que a intensidade dos ataques às "instalações militares ucranianas" aumentou, em resposta a ataques contra território russo, após mísseis russos destruírem instalações civis na terra natal do Presidente ucraniano.

"A intensidade dos ataques às instalações militares ucranianas, incluindo aquelas que apoiam esses atos terroristas, aumentou dramaticamente", explicou o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, comentando os recentes ataques de 'drones' na península anexada da Crimeia e em vários locais da Rússia, incluindo Moscovo, realizado no domingo.

"Perante a evolução da situação, medidas adicionais foram tomadas para melhorar as defesas de contra-ataques aéreos e marítimos", assegurou Shoigu, acrescentando que a contraofensiva ucraniana está a ser mal sucedida e que as armas ocidentais fornecidas a Kyiv não estão a produzir efeito, "apenas estão a prolongar o conflito".As autoridades russas denunciaram no domingo ataques de 'drones' contra a Crimeia e o centro financeiro e de negócios conhecido como Cidade de Moscovo, que abriga alguns dos edifícios mais altos da Europa.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Senegal suspende internet contra apoio ao líder da oposição

Confrontos entre manifestantes e polícia na sequência da condenação de Sonko, em junhoFoto: Leo Correa/AP/picture alliance

Por dw.com   31/07/23

Autoridades senegalesas suspenderam dados móveis devido à "difusão de mensagens odiosas e subversivas" nas redes sociais e apelos a manifestações após a detenção de Ousmane Sonko por apelo à insurreição e outros crimes.

As autoridades senegalesas anunciaram hoje (31.07) a suspensão do acesso à internet através de dados móveis devido à "difusão de mensagens "odiosas e subversivas" nas redes sociais e apelos a manifestações após a detenção do político da oposição Ousmane Sonko.

Ousmane Sonko, o maior opositor do Presidente Macky Sall e candidato declarado às eleições presidenciais de 2024, está a ser processado por apelo à insurreição e outros crimes e infrações, anunciou o Ministério Público no sábado.

"Devido à difusão de mensagens odiosas e subversivas nas redes sociais, no contexto de uma ameaça à ordem pública, a internet móvel de dados está temporariamente suspensa em determinadas faixas horárias a partir de segunda-feira, 31 de julho", anunciou o ministro das Telecomunicações e da Economia Digital através de um comunicado de imprensa.

Ousmane Sonko deverá ser interrogado por um juiz esta segunda-feira, disse um dos seus advogados à agência AFP. O juiz decidirá se mantém ou não as acusações contra ele.

Ousmane Sonko foi detido a 28 de julhoFoto: Seyllou/AFP

Sonko inicia greve de fome

Sonko foi condenado a 1 de junho a dois anos de prisão, um veredito que o torna inelegível a eleições, de acordo com os seus advogados e peritos jurídicos. 

A sua condenação, no início de junho, desencadeou a mais grave agitação dos últimos anos no Senegal, que causou 16 mortos, segundo as autoridades, e cerca de 30, segundo a oposição.

Segundo o procurador, a detenção de sexta-feira não teve "nada a ver" com o primeiro processo em que Sonko foi julgado à revelia.

O opositor anunciou no domingo nas redes sociais que tinha iniciado uma greve de fome. Apelou também à população para que "se mantenha de pé" e "resista".

Esta segunda-feira, a coligação da oposição Yewwi Askan Wi apelou ao "povo senegalês" para que "compareça em grande número" no tribunal principal de Dakar, onde Sonko irá enfrentar o juiz.

Ao início da manhã, os manifestantes tinham bloqueado a autoestrada com portagem, informou o seu departamento de comunicação nas redes sociais, acrescentando que a polícia estava a caminho.

Sete acusações

O Ministério Público do Senegal anunciou no domingo que imputou sete acusações contra Ousmane Sonko, depois de este ter sido detido por um incidente com um polícia.

"Ele vai ser processado por incitação à insurreição, associação criminosa, atentado contra a segurança do Estado, formação de quadrilha contra a autoridade do Estado, atos e manobras para comprometer a segurança pública e criar graves distúrbios políticos, associação criminosa e roubo de um telemóvel", informou Abdou Karim Diop, procurador de Dakar.

O anúncio das acusações contra Sonko surgiu depois de este ter sido detido, na sexta-feira, por alegadamente ter "roubado violentamente um telemóvel a um polícia cujo veículo avariou perto da sua casa", tendo de seguida feito um "apelo subversivo" à população nas redes sociais.

Segundo a versão de Sonko, divulgada nas suas redes sociais, o incidente ocorreu com agentes dos serviços de informações que ele alega estarem colocados à volta da sua casa 24 horas por dia.

Sonko explicou que os agentes começaram a gravar imagens, pelo que lhes retirou o telemóvel, pedindo "à pessoa que estava a gravar para o desbloquear e apagar as imagens que captou, o que ele se recusou a fazer".

Diop explicou que o alegado furto do telemóvel de um polícia "foi apenas um dos pretextos para a sua detenção, que era iminente".

Níger. Detidos 4 ministros, ex-ministro e chefe do partido de Bazoum

© -/AFP via Getty Images

POR LUSA   31/07/23 

O partido presidencial do Níger anunciou hoje que foram detidos quatro ministros, um antigo ministro e o chefe do partido de Mohamed Bazoum, o Presidente eleito e derrubado por um golpe de Estado na quarta-feira.

"Após o rapto do Presidente da República, Mohamed Bazoum, os golpistas voltam a atuar e aumentam o número de detenções abusivas", denunciou o Partido da Democracia e do Socialismo do Níger (PNDS).

Hoje de manhã, foram detidos o ministro do Petróleo, Mahamane Sani Mahamadou, filho do antigo presidente Mahamadou Issoufou, e o ministro das Minas, Ousseini Hadizatou.

Os golpistas também "prenderam o presidente do Comité Executivo Nacional do PNDS", Fourmakoye Gado, acrescenta-se no comunicado.

"A isto seguem-se as detenções do ministro do Interior e da Descentralização, Hama Amadou Souley, do ministro dos Transportes, Oumarou Malam Alma, e do deputado e antigo ministro da Defesa, Kalla Moutari", refere o partido.

O PNDS "exige" a "libertação imediata" dos ministros detidos e "injustamente sequestrados", afirmando temer que o Níger esteja a caminhar para "um regime ditatorial e totalitário".

Fontes próximas da presidência referiram também a detenção do ministro da Educação Profissional, Kassoum Moctar.

As detenções ocorrem numa altura em que a junta emitiu um comunicado apelando a "todos os antigos ministros e diretores de instituições para que devolvam aos vários departamentos ministeriais e direções todos os veículos oficiais colocados à sua disposição", o mais tardar até às 12:00 (11:00 GMT) de segunda-feira.

O primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou, denunciou um "golpe de Estado gratuito" à France 24 no domingo e reiterou que o Níger contava "fortemente com a sua parceria internacional".

O Presidente Bazoum está mantido como refém na sua residência por elementos da sua segurança, desde a manhã de quarta-feira. Falou por telefone com vários chefes de Estado e outras personalidades dos países parceiros do Níger, como a França e os Estados Unidos.


Leia Também: Níger. UE só reconhece autoridade de presidente Bazoum

Primeira reunião da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP).


 Radio Voz Do Povo

Bacari Biai regressa a Procuradoria-geral da República em substituição de Edmundo Mendes. O decreto presidencial foi apresentado hoje pelo Conselheiro do PR para Assuntos Políticos, Fernando Delfim da Silva.

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Leia Também: O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exonerou hoje Edmundo Mendes das funções de procurador-geral da República, tendo voltado a nomear para o cargo Bacari Biai, segundo decretos presidenciais divulgados à imprensa.

ANP pretende reunir-se em Sessão Extraordinária em Agosto.

Por isso, a Comissão Permanente deu anuência ao requerimento de convocação da Sessão. A Comissão Permanente autorizou ainda a Sessão Parlamentar Especial no âmbito das celebrações de 50 anos da Independência.

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Chefe de Estado preside lançamento do Projecto de Reabilitação das Infra-estruturas e Modernização dos Equipamentos do Porto de Bissau.




 Presidência da República da Guiné-Bissau

MOÇAMBIQUE: Dois distritos no norte de Moçambique declaram surto de cólera

© Lusa

POR LUSA   31/07/23

As autoridades de saúde moçambicanas declararam um surto de cólera em mais dois distritos, Mocímboa da Praia e Mueda, província de Cabo Delgado, doença que desde setembro já provocou 141 mortos em todo o país.

De acordo com fonte do Ministério da Saúde citada pela imprensa local, a declaração de surto foi feita após confirmada a presença local do agente causador da doença, sendo que no total da província de Cabo Delgado, norte do país, segundo dados recolhidos hoje pela Lusa, já se registaram desde setembro do ano passado 1.168 casos, com três mortos, numa taxa de letalidade de 0,3%.

Uma epidemia de cólera provocou em Moçambique, desde setembro passado, 141 mortes em dez províncias e na cidade de Maputo, entre 33.453 casos diagnosticados, dos quais 22.748 tiveram que ser internados, segundo dados atualizados até 24 de julho pelo Ministério da Saúde e consultados hoje pela Lusa.

Até à mesma data, a maioria dos casos (13.400 diagnosticados e 38 mortos) foi registada na província da Zambézia, no centro do país, especialmente afetada depois da destruição provocada pelo ciclone Freddy, em fevereiro e março, seguindo-se Sofala (7.527 casos e 30 mortos) e Niassa (3.501 casos e 25 mortos).

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou em 13 de julho, em Maputo, os esforços de Moçambique, e do Presidente da República, Filipe Niyusi, para travar esta epidemia de cólera.

"Estou muito feliz em ver um chefe de Estado que está muito comprometido com a saúde. Ele é um dos poucos líderes, no mundo, que assume este compromisso e está diretamente envolvido em questões ligadas à saúde", declarou Tedros Tedros Ghebreyesus.

Para o diretor-geral da OMS, o executivo moçambicano teve uma gestão assinalável da epidemia, que foi agravada pelo impacto do ciclone Freddy.

"Saudei o Presidente moçambicano e o ministro da Saúde [Armindo Tiago] pela sua liderança na gestão da epidemia da cólera. No mesmo período foram registados casos de pólio e que também foram controlados, após serem detetados antecipadamente. Não há qualquer caso agora desde agosto", observou.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, situação que agrava a resistência de infraestruturas e serviços que permitam evitar a doença.

A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida.

A doença é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

Em maio, a Organização Mundial da Saúde alertou que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que um bilião de pessoas de 43 países podem ser infetadas com a doença.


Níger. Junta Militar acusa França de querer intervir militarmente

© Balima Boureima/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA    31/07/23 

Os militares nigerinos que derrubaram o presidente eleito do Níger, Mohamed Bazoum, acusaram a França de querer "intervir militarmente" para devolver o poder ao chefe de Estado.

"Em linha com a política de procura de meios para intervir militarmente no Níger, a França, com a cumplicidade de alguns nigerinos, reuniu-se no quartel-general da Guarda Nacional do Níger para conseguir as autorizações políticas e militares necessárias", indica um comunicado de imprensa divulgado hoje.

A declaração dos militares golpistas foi transmitida pela televisão de Niamey.

Num outro comunicado difundido anteriormente, os militares golpistas acusaram os serviços de segurança de terem disparado gás lacrimogéneo contra manifestantes que apoiavam a Junta Militar, em Niamey, no domingo, e que provocou seis feridos.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, ameaçou no domingo retaliar contra qualquer ataque a cidadãos e interesses franceses no Níger. 

Manifestantes favoráveis ao golpe militar atacaram a embaixada de Paris em Niamey.

O Níger, antigo território colonial francês, é um parceiro estratégico da França, que tem atualmente cerca de 1.500 militares no país envolvidos na luta contra extremistas islâmicos.

No domingo, os países da África Ocidental deram à Junta Militar do Níger um ultimato de uma semana para o "regresso total à ordem constitucional" e disseram que não excluiriam o "uso da força" se tal não acontecesse.

A França congratulou-se com "as decisões tomadas pelos Chefes de Estado" da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reunidos em Abuja.


Leia Também: Níger: UE apoia medidas da CEDEAO contra golpe de Estado

Pelo menos 12 pessoas morreram em onda de calor na Coreia do Sul

© Lusa

POR LUSA   31/07/23 

Pelo menos 12 pessoas morreram devido à onda de calor que atinge a Coreia do Sul há uma semana, segundo o balanço realizado hoje pelas autoridades sul-coreanas, que alertaram para as altas temperaturas que se vão sentir no país.

O calor sufocante deixou pelo menos 12 mortes durante o fim de semana, de acordo com as últimas informações publicadas hoje pela agência de notícias local Yonhap.

As autoridades meteorológicas sul-coreanas alertaram que são esperadas para hoje temperaturas entre os 29 e 35 graus Celsius em quase todo o território, com a sensação térmica a ultrapassar esta barreira, pedindo prudência à população.

A agência meteorológica nacional declarou que a onda de calor deve continuar nos próximos dias e as temperaturas podem subir mais de 2 graus entre a terça-feira e a quarta-feira.

Desde 20 de maio, mais de mil pessoas tiveram de ser socorridas por doenças relacionadas ao calor, das quais cerca de 200 foram atendidas nos últimos dias, segundo dados publicados pelo jornal The Korea Herald.

As autoridades também alertaram para a possibilidade de quedas de energia devido ao aumento da demanda por eletricidade em meio à onda de calor.

No Japão, a agência meteorológica nacional mantém há dias um alerta de temperaturas elevadas para quase todo o arquipélago, com especial destaque para a zona de Tóquio e arredores, e no oeste do país.

Hoje foi emitido um novo aviso para a semana de 06 e 14 de agosto.

As autoridades estão a pedir aos idosos que tomem mais cuidado, depois de um casal ter sido encontrado morto dentro de casa, aparentemente devido a um golpe de calor.


China: Mais de 31.000 pessoas retiradas em Pequim devido às chuvas fortes

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POR LUSA   31/07/23 

As autoridades do município de Pequim e de outras regiões do norte da China permanecem em alerta para o risco de inundações, em consequência das chuvas intensas, que levaram à retirada de mais de 31 mil pessoas.

Face aos efeitos do tufão Doksuri, que atingiu o sul e o centro da China, na semana passada, os meteorologistas preveem que a capital e o norte do país irão sofrer as chuvas mais fortes em mais de uma década, de acordo com o jornal oficial Global Times.

O Centro Meteorológico Nacional da China manteve o alerta vermelho para tempestades no domingo, o mais alto, numa escala de quatro níveis.

As províncias e regiões próximas de Pequim devem também ser afetadas nos próximos dias.

Até às 23:00 de sábado (16:00 em Lisboa), 31.338 pessoas em Pequim foram transferidas para locais seguros, 4.069 obras foram interrompidas e todos os locais turísticos foram encerrados, informou a televisão estatal CCTV.

Entre as 20:00 (13:00 em Lisboa) de sábado e as 20:00 de domingo, a precipitação média acumulada em Pequim foi de 39,1 milímetros. O recorde foi registado na cidade de Xingtai, na província de Hebei (norte), a cerca de 400 quilómetros da capital chinesa. O nível de precipitação atingiu os 538 milímetros.

O Ministério dos Recursos Hidrológicos do país asiático emitiu no domingo o alerta para inundações em Pequim, Hebei e na cidade de Tianjin, no nordeste do país.

A chuva deve continuar até quarta-feira.

Doksuri é o tufão mais forte a atingir a China este ano e também o segundo mais forte a atingir a província de Fujian desde que há registos, informou o Global Times.

Na semana passada, pelo menos uma pessoa morreu e milhares de casas ficaram sem energia quando o tufão passou por Taiwan, trazendo fortes ventos e chuvas para o sul e leste da ilha.

O Doksuri deixou pelo menos 14 mortos e mais de 300 mil desabrigados nas Filipinas.


Leia Também: Novo balanço aponta para 44 mortos em explosão de bomba no Paquistão

Níger: EUA manifestam "tolerância zero" a alterações inconstitucionais

© Djibo Issifou/picture alliance via Getty Images

POR LUSA  31/07/23 

Os Estados Unidos saudaram no domingo as conclusões da cimeira extraordinária da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) pela defesa da "ordem constitucional" no Níger na sequência do golpe de Estado da passada quarta-feira.

"Juntamo-nos à CEDEAO e aos líderes regionais pela libertação imediata do Presidente Mohamed Bazoum e de sua família, e a restauração de todas as funções do Estado pelo governo legítimo e eleito democraticamente", indicou o texto divulgado pelo Departamento de Estado, que também se pronuncia pela "tolerância zero a alterações inconstitucionais".

"Os Estados Unidos saúdam o envio ao Níger do representante especial da CEDEAO e exortam todas as partes a colaborarem com a CEDEAO para uma solução rápida e pacífica da atual situação. Os Estados Unidos vão permanecer ativamente envolvidos com a CEDEAO e os líderes africanos sobre os próximos passos para preservar a democracia no Níger", pode ler-se no texto.

O Presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby Itno, viajou no domingo para Niamey para se reunir com os militares da junta golpista do Níger após assistir na Nigéria à cimeira extraordinária da CEDEAO.

Já de acordo com a televisão estatal nigerina ORTN, Déby Itno efetuou uma escala em Niamey antes de regressar ao Chade após participar na cimeira e foi recebido no aeroporto pelo general Salifou Mody, ex-chefe de estado-maior do Níger e por outros membros da junta.

Após duas horas de reunião com Mody e os membros da junta nigerina, organizados no autodenominado Comité Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), deslocou-se ao palácio presidencial de Niamey, onde se encontrou com o líder da junta militar nigerina e autoproclamado chefe de Estado do país, general Abdourahamane Tiani, segundo a ORTN.

A CEDEAO emitiu no domingo um ultimato aos militares liderados pelo general Tiani, ao declarar que não exclui o uso da força caso não seja libertado e devolvam ao poder no prazo de uma semana o Presidente deposto, Mohamed Bazoum.

Bazoum está detido desde a passada quarta-feira na sua residência presidencial, quando militares da guarda presidencial promoveram um golpe de Estado.

A junta anunciou de imediato a destituição do Presidente, a suspensão da Constituição, o encerramento das fronteiras e um recolher obrigatório noturno até nova ordem. Os militares pretendem ainda exercer "o conjunto dos poderes legislativos e executivos" até ao regresso "da ordem constitucional normal".

Em paralelo, o primeiro-ministro do deposto governo, Ouhoumoudou Mahamadou, afirmou ainda no domingo estar otimista sobre uma solução para o seu país sem necessidade de recorrer à força, pelo facto de as sanções internacionais serem suficientes para impor uma situação que seria "catastrófica".

"É um país que não poderá resistir a esse tipo de sanções", advertiu numa breve entrevista em Paris à cadeia televisiva France 24.

O político nigerino manifestou satisfação pela reação internacional face ao golpe da passada quarta-feira, em particular a resposta emitida pela CEDEAO.

Na capital milhares de pessoas desfilaram pelas ruas em apoio ao golpe de Estado denunciando a França, antiga potência colonial, e agitando bandeiras da Rússia. Os manifestantes aproximaram-se da embaixada francesa e derrubaram uma porta do edifício antes de serem dispersos por uma força militar.


Leia Também: Níger. Junta diz que está iminente uma "intervenção militar" da CEDEAO

Rússia revela novo ataque de drone ucraniano na região de Rostov

© Lusa

POR LUSA   31/07/23 

As autoridades da Rússia afirmaram no domingo terem registado um ataque com um drone ucraniano perto da cidade de Taganrog, na região de Rostov, no sul do país, junto ao mar de Azov.

O governador da região, Vasili Golubev, disse no domingo à noite que o veículo aéreo não tripulado caiu numa área rural, onde causou danos ao telhado de uma habitação e a um automóvel.

Golubev indicou na plataforma Telegram que os serviços de emergência se deslocaram ao local do incidente, mas que não foi registada qualquer vítima mortal ou ferido. O governador também revelou que especialistas do Ministério da Defesa russo estiveram presentes.

Horas antes, a Rússia anunciou que tinha repelido dois ataques de drones ucranianos durante a madrugada, um na península ucraniana da Crimeia, anexada por forças russas em 2014, e outro em Moscovo.

Na capital russa, cujo aeroporto internacional foi temporariamente encerrado, foram danificadas duas torres de escritórios no principal distrito comercial da cidade.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que o ataque a Moscovo envolveu três drones, um dos quais foi abatido e os outros dois neutralizados por via eletrónica.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou no domingo que a guerra está a chegar "à Rússia e aos seus centros estratégicos e bases militares".

"Gradualmente, a guerra está a regressar ao território da Rússia, aos seus centros simbólicos e bases militares. E este é um processo inevitável, natural e absolutamente justo", disse o líder ucraniano, de visita à cidade de Ivano-Frankivsk, no oeste do país.

"A Ucrânia está a ficar mais forte", acrescentou Zelensky sobre os ataques de drones, acrescentando de seguida que a Ucrânia se deve preparar para novos ataques contra as suas infraestruturas de energia, no próximo inverno.

"É óbvio que neste outono e inverno o inimigo tentará repetir os ataques terroristas contra a indústria energética ucraniana", explicou o Presidente ucraniano.

"Temos de estar preparados para isso, tanto a nível estadual como em cada comunidade", acrescentou Zelensky, em declarações divulgadas na conta presidencial da rede social Telegram.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Encarregado de Negócios da Embaixada do Reino de Marrocos na Guiné-Bissau oferece um jantar para celebrar o 24º aniversário da subida do Rei Mohammed VI, ao trono dos seus antepassados.

No evento decorrido este Domingo 30.07.2023, estiveram presentes, diplomatas de vários países, partidos políticos, membros do governo e o chefe do estado-maior general das forças armadasm Biague Nan Tam.

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