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POR LUSA 31/07/23
As autoridades russas começaram a instalar barreiras flutuantes para proteger a ponte da Crimeia de ataques de 'drones' ucranianos, informou hoje o canal Mash do Telegram.
A barreira contra aeronaves não tripuladas será colocada no Mar de Azov, ao longo de toda a extensão da ponte, a maior da Europa com 18 quilómetros de extensão, referiu a fonte.
A Rússia está confiante que esta proteção evitará novos ataques com 'drones' submarinos e aquáticos, como aqueles que em meados de julho atingiram a ponte pela segunda vez.
Moscovo suspeita que a NATO forneceu a Kyiv tecnologia para fabricar 'drones', mas outros seriam motas de água convertidas em aparelhos não tripulados.
Embora tenha demorado, o exército ucraniano reivindicou a responsabilidade pela explosão ocorrida na semana passada na ponte que liga a península ucraniana, anexada pela Rússia em 2014.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou que a ponte "é uma infraestrutura hostil", construída fora do direito internacional, que se tornou um elo logístico crucial para o transporte de munições para o exército russo.
"É por isso que é nosso alvo e qualquer alvo que traga guerra e não paz deve ser neutralizado", enfatizou.
Na quinta-feira, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicou o ataque de outubro de 2022 contra a ponte de Kerch.
"Os agentes do SBU têm vindo a destruir o inimigo nos pontos mais quentes e fazem os possíveis para libertar a nossa terra rapidamente. A destruição da ponte da Crimeia é um dos nossos objetivos", indicou o chefe do SBU, Vasil Maliuk, no decurso de uma cerimónia em Kyiv.
Desta forma, os serviços secretos ucranianos terminaram meses de silêncio e reconheceram finalmente que as Forças Armadas do país foram responsáveis pela explosão na ponte, ocorrida no início de outubro de 2022 e que segundo o Comité de investigação da Rússia provocou três mortos.
O ministro da Defesa da Rússia disse hoje que a intensidade dos ataques às "instalações militares ucranianas" aumentou, em resposta a ataques contra território russo, após mísseis russos destruírem instalações civis na terra natal do Presidente ucraniano.
"A intensidade dos ataques às instalações militares ucranianas, incluindo aquelas que apoiam esses atos terroristas, aumentou dramaticamente", explicou o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, comentando os recentes ataques de 'drones' na península anexada da Crimeia e em vários locais da Rússia, incluindo Moscovo, realizado no domingo.
"Perante a evolução da situação, medidas adicionais foram tomadas para melhorar as defesas de contra-ataques aéreos e marítimos", assegurou Shoigu, acrescentando que a contraofensiva ucraniana está a ser mal sucedida e que as armas ocidentais fornecidas a Kyiv não estão a produzir efeito, "apenas estão a prolongar o conflito".As autoridades russas denunciaram no domingo ataques de 'drones' contra a Crimeia e o centro financeiro e de negócios conhecido como Cidade de Moscovo, que abriga alguns dos edifícios mais altos da Europa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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