terça-feira, 18 de julho de 2023

DMYTRO KULEBA: O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, defendeu esta segunda-feira que a ponte Kerch, que liga a península ocupada da Crimeia à Rússia e que foi novamente atacada, é um alvo militar legítimo dos ucranianos.

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POR LUSA   17/07/23 

 "Fora da lei". Kyiv defende que ponte de Crimeia é alvo militar legítimo

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, defendeu esta segunda-feira que a ponte Kerch, que liga a península ocupada da Crimeia à Rússia e que foi novamente atacada, é um alvo militar legítimo dos ucranianos.

"Nem todas as pontes são civis por definição. Esta ponte em particular, primeiro, foi construída ilegalmente, existe fora da lei e é necessário lembrar isso. E segundo, é utilizada principalmente para fins militares e precisamos de a tratar como tal", destacou Kuleba, em declarações aos jornalistas na sede da ONU.

O governante enfatizou que "a ponte é utilizada principalmente para abastecer o Exército russo na Crimeia ocupada e no sul da Ucrânia com munições, combustível e outros equipamentos militares necessários para o Exército russo continuar a sua guerra de agressão".

O ministro ucraniano, no entanto, evitou confirmar se o seu país foi o responsável pelo atentado desta segunda-feira, argumentando que por estar em viagem a Nova Iorque não tem acesso a informação confidencial.

Este é o segundo ataque contra a ponte da Crimeia, inaugurada em maio de 2018 e que é composta por uma estrutura dupla, automóvel e ferroviária, sendo que Moscovo atribuiu a Kiev a responsabilidade pela ofensiva

Em outubro do ano passado, um camião carregado de explosivos explodiu na ponte de 19 quilómetros, considerada a mais longa da Europa, num ataque em que cinco pessoas morreram.

Esta segunda-feira, o ataque resultou em duas mortes e o Serviço de Segurança ucraniano reivindicou indiretamente a responsabilidade, afirmando que dará "todos os detalhes sobre a organização" do ataque após a vitória do país sobre a Rússia, e readaptando um poema numa referência à ponte, à semelhança do que fez em outubro após o primeiro ataque.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que Moscovo irá reagir ao "ataque terrorista do regime de Kyiv" e anunciou que o Ministério da Defesa está a preparar as reações.

Segundo Putin, este foi um "crime sem sentido" do ponto de vista militar, já que a ponte da Crimeia "há muito tempo não é utilizada" para o transporte de tropas e material.

De acordo com o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khousnullin, as estruturas de suporte da Ponte da Crimeia não foram danificadas pela explosão, o que Putin classificou como "boas notícias".

Khousnoullin prometeu a reabertura total do tráfego rodoviário na ponte até 01 de novembro.

As autoridades russas recomendaram esta segunda-feira aos turistas russos retidos na Crimeia, após o ataque à ponte, que regressem às suas casas através dos territórios ucranianos ocupados pelas forças de Moscovo.

Os voos comerciais entre Moscovo e a Crimeia foram suspensos após o início da ofensiva russa na Ucrânia, e a maioria dos turistas russos viaja para a península de carro, utilizando a parte da ponte reservada ao tráfego rodoviário.



Tribunal de Contas: TRABALHADORES AMEAÇAM APRESENTAR UMA QUEIXA CRIME-CRIME CONTRA “ATOS ILEGAIS”

O DEMOCRATA  17/07/2023  

O vice-presidente da mesa da assembleia geral do sindicato de base dos trabalhadores do Tribunal de Contas, Zaías José Ramalho, anunciou que o sindicato vai mover uma queixa-crime contra todos “os atos  ilegais” praticados pela atual direção do Tribunal de Contas.

A comissão eleitoral do sindicato de base dos funcionários do Tribunal de Contas reagiu na segunda-feira, 17 de julho do ano 2023, em uma conferência de imprensa às acusações da direção superior do Tribunal de Contas.

A semana passada a direção superior da instituição acusou o sindicato e a comissão eleitoral de estar a agir à margem da lei.

Ramalho negou todas as acusações da direção, inclusive de que queria fazer parte da comissão do cofre.

O sindicalista denunciou que o Tribunal de Contas extinguiu, em fevereiro 2022, o posto de secretário-geral, com o pretexto de que não fazia parte da lei orgânica para poder poupar o Estado, mas no mês de abril do mesmo ano nomeou uma secretária do ex-secretário-geral do Tribunal de Contas para o mesmo posto.

Revelou que o Tribunal de Contas  tem, neste momento, mais de trinta funcionários contratados e que  o presidente escreveu uma carta ao ministro da Função Pública a 30 de setembro de 2022  a pedir que se faça  um concurso público para o preenchimento da vaga e, eventualmente,  efetivação desses funcionários contratados.

“A pergunta que não se quer calar é se na verdade, a direção quer poupar o Estado, porque é que o presidente tem assessor jurídico e conselheiro jurídico, assessor económico e conselheiro económico? Para se transferir um funcionário para o Tribunal de Contas deve ser um efetivo, deve existir uma vaga na instituição e o salário deve manter-se. Por exemplo, o cidadão Albino Baldé foi transferido de forma ilegal. Faz parte dos novos ingressos e o seu código na função pública é MVG, portanto não está em condições de tomar parte no sindicato”, sustentou.

Perante esta situação, o sindicato repudiou a forma como a instituição está a ser conduzida, denunciando que existe tratamento desigual entre os funcionários.

“O presidente do Tribunal de Contas recusou os pedidos de licença de alguns trabalhadores que querem prosseguir os estudos de mestrado  no estrangeiro, mas aceitou o pedido de  licença de Mamadu Alfa Djaló para  continuar os seus estudos no estrangeiro”, denunciou.

Por: Noemi Nhanguan

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Exonerado o vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas são-tomense

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

O vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas são-tomense, Armindo Rodrigues, acusado pela justiça no processo do ataque ao quartel, foi hoje exonerado, numa reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional presidida pelo chefe de Estado.

Além de Armindo Rodrigues, foram ainda exonerados o comandante do Exército, José Maria Menezes, também acusado no processo do ataque ao quartel ocorrido em 25 de novembro do ano passado, e ainda o inspetor das Forças Armadas e o comandante da Guarda Costeira.

O porta-voz do Conselho Superior de Defesa Nacional, Marçal Lima, afirmou que estas exonerações não estão relacionadas com os acontecimentos do ano passado, assegurando que foram essencialmente "por fins de mandato conferidos na lei", nomeadamente no caso dos comandantes, e outras pelas vagas existentes nas funções.

O porta-voz adiantou que na reunião, presidida pelo Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, foram já nomeados o novo chefe da casa militar, o comandante da guarda costeira, o comandante do exército e o novo inspetor das Forças Armadas, mas remeteu para o Governo a divulgação dos nomes.

Além disso, foram indicados os oficiais que vão representar São Tomé e Príncipe na Força Multinacional da África Central (Fomac) e no Centro Regional de Coordenação de Segurança Marítima da África Central (Cresmac).

Marçal Lima assegurou que as questões relacionadas com os acontecimento de 25 de novembro não foram analisadas na reunião convocada pelo chefe do Estado são-tomense, com a participação do primeiro-ministro, Patrice Trovoada, e alguns membros do Governo, bem como das altas chefias militares e policiais.

O vice-chefe do Estado-Maior, Armindo Rodrigues, e o comandante do exército, José Maria Menezes, são acusados pelo Ministério Público pela tortura e morte de quatro homens no assalto ao quartel das Forças Armadas em novembro.

Apesar de várias pressões da oposição, que exigiu a demissão das chefias militares acusadas no processo de 25 de novembro, o primeiro-ministro são-tomense referiu na altura que iria aguardar os julgamentos e só depois poderia responsabilizar politicamente os eventuais culpados.

Entretanto, a justiça são-tomense arquivou o processo contra o ex-chefe do Estado Maior das Forças Armadas Olinto Paquete, por falta de "indícios suficientes" da prática dos 14 crimes de que era acusado no mesmo processo, segundo decisão a que a Lusa teve hoje acesso.

A magistrada concluiu que "não se apuraram indícios suficientes para aplicação ao arguido de uma pena" e por isso decidiu "não pronunciar o arguido" pela prática em autoria material, por omissão, com dolo eventual, em concurso efetivo dos crimes de que era acusado.

Declarou "extinta de imediato a medida de coação, aplicada ao arguido Olinto Amado Paquete de Ceita", mas remeteu a julgamento os restantes arguidos, incluindo Armindo Rodrigues e José Maria Menezes "por se manterem integrais os indícios" que recaem sobre eles.


Leia Também: Um total de 20 pessoas foram detidas e armas, drogas e viaturas foram apreendidas numa megaoperação realizada em todos os bairros da cidade da Praia, capital de Cabo Verde, anunciou hoje a Polícia Nacional (PN) do país.

Domingos Simões Pereira : Obrigado a todos em Luxemburgo: Comunidade Guineense, militantes e simpatizantes do PAIGC, ativistas sociais e direção da Meliã Hotels & Resorts.

Contente e agradecido por esta receção calorosa, fraternal e carregada de esperança e confiança. Um passo da cada vez retomamos o caminho da verdade, reconciliação e progresso.


PAI TERRA RANKA I FORÇA DI POVO

Por Domingos Simões Pereira 


Leia Também: O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e da Coligação “PAI – Terra Ranka”, Domingos Simões Pereira, disse que a coligação vai formar um governo de inclusão para dirigir o país nos próximos quatro anos com o propósito de garantir a paz e estabilidade social e governativa aos guineenses.

União Europeia apoia a Formação dos Imames no Domínio da Prevenção do Radicalismo e Extremismo Violento

 União Europeia na Guiné-Bissau 

O Projeto Observatório da Paz – Nô Cudji Paz – financiado pela União Europeia e cofinanciado pelo Instituto Camões – em parceria com a União dos Imames e o Conselho Nacional Islâmico lançou hoje uma ação de formação no âmbito da prevenção do radicalismo e extremismo violento destinada a Imames de todo o País.   

A cerimónia de lançamento foi presidida pela Senhora Ministra da Mulher, da Família e da Solidariedade Social, Maria da Conceição Évora, e contou com a presença do Encarregado de Negócios da Delegação da União Europeia em Bissau, Pedro Saraiva, do Conselheiro de Cooperação da Embaixada de Portugal em Bissau, António Nunes, do Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da Silva, do Vice-Presidente da União dos Imames da Guiné-Bissau, Moussa Buaró, e do Secretário-Geral do Conselho Nacional Islâmico.

Na cerimónia, o Encarregado de Negócios da União Europeia salientou a disponibilidade da instituição para continuar a trabalhar ativamente em conjunto com o Governo da Guiné-Bissau, a CEDEAO e a sociedade civil na prevenção do radicalismo e do extremismo violento, através de ações concretas.

VLADIMIR PUTIN: Ataque a ponte da Crimeia? "Claro que haverá uma resposta da Rússia"

© Contributor/Getty Images

POR LUSA   17/07/23 

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu hoje o reforço das medidas de segurança na ponte da Crimeia, infraestrutura estratégica danificada pela segunda vez por um ataque ucraniano, e prometeu uma "resposta apropriada".

"Como este é o segundo ataque terrorista na ponte da Crimeia, aguardo propostas concretas para melhorar a segurança desta importante e estratégica infraestrutura de transporte", disse Putin, durante uma reunião governamental que foi transmitida pela televisão estatal.

De acordo com a versão que Putin apresentou nessa reunião, uma menina foi ferida e os seus pais morreram neste ataque, realizado pelos ucranianos nesta ponte que liga a Rússia à Crimeia, uma península anexada pela Rússia em 2014.

"Claro que haverá uma resposta da Rússia. O Ministério da Defesa está a preparar respostas apropriadas", garantiu Putin.

O ataque causou grandes danos na parte rodoviária da ponte, que também tem sido usada para transportar equipamentos militares para o Exército russo na invasão da Ucrânia.

Os serviços de informações da Ucrânia já reclamaram a autoria do ataque, que terá sido realizado por serviços especiais e forças navais usando 'drones'.

"O que aconteceu é um novo ato terrorista do regime de Kiev", denunciou Putin.

A ponte de concreto de 18 quilómetros de extensão - construída por ordem de Vladimir Putin e que ele mesmo inaugurou, em 2018 - consiste em duas estruturas paralelas, uma reservada ao tráfego rodoviário e outra ao tráfego ferroviário.

De acordo com o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khousnullin, as estruturas de suporte da Ponte da Crimeia não foram danificadas pela explosão, o que Putin classificou como "boas notícias".

Khousnoullin prometeu a reabertura total do tráfego rodoviário na ponte até 01 de novembro.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alegou esta manhã que o ataque contra a ponte Kerch foi executado com armas enviadas pelos países aliados de Kyiv, mas referiu que a Rússia não está a considerar romper definitivamente as relações diplomáticas com os Estados Unidos ou com o Reino Unido.

"Temos consciência da quantidade de informação que vem da NATO e de Washington para Kyiv, de forma permanente (...) Nos momentos mais críticos são precisos canais de diálogo", explicou, citado pela agência Interfax.

A ponte, a mais longa da Europa, com 19 quilómetros, foi construída depois de a Rússia ter anexado a Crimeia, ligando esta península do Mar Negro à Rússia.

Em outubro do ano passado, um camião armadilhado explodiu nesta ponte, causando cinco mortos.


Leia Também: Reino Unido, França e Alemanha condenaram hoje a suspensão russa dos acordos do Mar Negro, lamentando que a invasão da Ucrânia tenha atingido o livre fluxo de cereais e imposto fortes impactos na segurança alimentar mundial.


Leia Também: Um piloto russo morreu hoje quando o seu avião de combate SU-25 se despenhou durante um voo de treino no sudeste da Rússia, sobre o mar de Azov, anunciaram as autoridades locais.

ÁFRICA DO SUL: Incêndio destrói bairro pobre em Durban e deixa 3 mil pessoas desalojadas

© Twitter/@IFRCAfrica

Notícias ao Minuto    17/07/23 

O fogo terá começado quando duas pessoas embriagadas começaram a discutir. Muitas das vítimas continuam por retirar dos escombros.

Um incêndio num bairro de lata numa das zonas mais pobres da cidade de Durban, na África do Sul, destruiu cerca de mil casas, deixando milhares de pessoas desalojadas e fazendo pelo menos um morto no domingo de manhã.

Imagens divulgadas nas redes sociais captaram as habitações frágeis completamente queimadas, com o fumo ainda visível a emanar dos destroços.

Até agora, foi registado apenas um morto, mas as autoridades da Cruz Vermelha contaram à BBC que são esperadas mais vítimas mortais que ainda não foram retiradas de debaixo dos escombros.

Através do Twitter, a organização que junta a Cruz Vermelha e Crescente Vermelho (designação nos países muçulmanos) em África descreveu o caso como uma "tragédia", garantindo que está a tentar apoiar com alimentos, mantas e alojamento temporário para as pessoas afetadas. Um porta-voz disse que cerca de 1.000 barracas construídas com materiais frágeis, e cerca de 3.000 pessoas terão ficado desalojadas.

Segundo a emissora britânica, citando testemunhas no local, ainda são desconhecidas as causas do fogo, mas acredita-se que este tenha começado com duas pessoas que estavam a discutir, enquanto estavam embriagadas, com a discussão a causar de alguma maneira o incêndio.


Leia Também: Pelo menos 21 camiões queimados em ações de violência na África do Sul

Sobe para 403 número de vítimas do massacre de Shakahola no Quénia

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

Doze novos corpos foram encontrados hoje na floresta de Shakahola, onde se reunia uma seita evangélica que praticava o jejum extremo, elevando para 403 o número de mortos neste escândalo macabro que abala o Quénia, anunciou um responsável regional.

"A nossa equipa forense conseguiu exumar 12 corpos hoje", disse Rhoda Onyancha, o prefeito da região costeira, numa mensagem enviada à agência AFP, apontando um total de 403 mortos.

As autoridades esperam que o número de mortos aumente ainda mais, à medida que prosseguem as buscas de valas comuns numa vasta área de mato na costa queniana, quase três meses depois de terem sido descobertas as primeiras vítimas do que foi apelidado de "massacre da floresta de Shakahola".

A polícia acredita que a maioria dos corpos exumados é de seguidores da Igreja Internacional da Boa Nova, fundada pelo autoproclamado pastor Paul Nthenge Mackenzie, que defendia o jejum até à morte para "encontrar Jesus".

O antigo motorista de táxi está detido desde 14 de abril e será acusado de "terrorismo".

Outras 16 pessoas são acusadas de fazer parte de um grupo de "capangas" responsáveis por garantir que nenhum seguidor quebrasse o jejum ou escapasse da floresta, perto da cidade costeira de Malindi.

As autópsias efetuadas até agora revelaram que a maior parte das vítimas morreu de fome, provavelmente depois de seguir as suas pregações. No entanto, algumas vítimas, incluindo crianças, foram estranguladas, espancadas ou sufocadas, de acordo com as autópsias.

O massacre causou grande agitação no Quénia e pôs as autoridades debaixo de fogo por não terem conseguido impedir as atividades do pastor Mackenzie, que tinha sido detido várias vezes devido às suas pregações extremistas.

Reacendeu também o debate sobre a regulamentação do culto religioso neste país predominantemente cristão, que conta com 4.000 "igrejas", segundo dados oficiais.

O Presidente William Ruto criou um grupo de trabalho para "rever o quadro legal e regulamentar que rege as organizações religiosas".

O ministro do Interior anunciou que a floresta de Shakahola será transformada num "lugar de memória".


ANTÓNIO GUTERRES: Fim de acordo de cereais? "Centenas de milhões estão a passar fome"

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje que centenas de milhões de pessoas vão pagar pela decisão da Rússia de romper com o acordo de exportações de cereais pelo Mar Negro.

"Centenas de milhões de pessoas estão a passar fome e os consumidores estão a enfrentar uma crise global de aumento de custo de vida", disse Guterres em declarações a jornalistas, acrescentando que a decisão russa "vai ser um rude golpe nas pessoas necessitadas em todo o mundo".

"Lamento profundamente a decisão da Federação Russa de encerrar a implementação da Iniciativa do Mar Negro, incluindo a retirada das garantias de segurança russas para a navegação no noroeste do Mar Negro", disse o secretário-geral das Nações Unidas, no dia em que expira a validade do acordo.

Guterres defendeu que a participação neste acordo "é uma escolha", mas lembrou que "as pessoas que lutam em todos os lugares e os países em desenvolvimento não têm escolha".

O secretário-geral da ONU assegura que não desistirá perante esta decisão russa, garantindo que ela "não impedirá os esforços para facilitar o acesso sem entraves aos mercados mundiais de produtos agrícolas e fertilizantes tanto da Ucrânia como da Rússia".

Para Guterres, a segurança alimentar e a estabilidade dos preços dos alimentos vão continuar no centro dos seus esforços, "tendo em conta o aumento do sofrimento humano, consequência inevitável da decisão de hoje".

Guterres também disse estar desapontado com o facto de uma sua carta enviada na semana passada ao Presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de encontrar uma solução para este problema, ter sido ignorada.

A carta, cujo conteúdo exato não foi divulgado publicamente, propunha que uma subsidiária do principal banco agrícola russo, cujas atividades são prejudicadas pelas sanções, fosse de novo ligada ao sistema bancário global SWIFT, após um acordo nesse sentido com a Comissão Europeia.

Embora a Rússia assegure que não foram cumpridas as condições que estabeleceu para a continuação do acordo sobre os cereais, em particular a parte relativa às suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes, a carta de Guterres também insistia na necessidade de avanços nessa matéria.

A Rússia suspendeu hoje o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro a partir de portos ucranianos, argumentando que os compromissos assumidos em relação à parte russa não foram cumpridos.

"O acordo dos cereais está suspenso", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária por telefone.

"Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for cumprida, a Rússia retornará imediatamente à implementação do acordo", afirmou Peskov.

O porta-voz do Kremlin declarou que o ataque das últimas horas contra a principal ponte que liga a Crimeia ao continente russo não foi um fator para a decisão da suspensão do acordo.


Leia Também: Os Estados Unidos acusaram a Rússia de cometer "outro ato de crueldade" ao suspender hoje os acordos do Mar Negro, que permitem a exportação de cereais ucranianos, "dando mais um golpe nos países mais vulneráveis do mundo".


Leia Também: Zelensky garante exportações de cereais "mesmo sem a Rússia"


Eurodeputados pedem condenação do "ataque ilegal" do Kremlin à Ucrânia

© Wikimedia Commons

POR LUSA    17/07/23 

Os eurodeputados apelaram hoje, em dia de cimeira ente a União Europeia (UE) e os países da América Latina e Caraíbas, à solidariedade para com a população ucraniana e à condenação do "ataque ilegal" do Kremlin.

Através de uma declaração conjunta, os eurodeputados dos 27 Estados-membros apelaram "ao cumprimento do direito internacional e declararam a sua solidariedade para com o povo ucraniano".

Em simultâneo, o Parlamento Europeu apelou à condenação do "ataque ilegal, sem provocações e injustificado" da Federação Russa no final de fevereiro do ano passado.

A maioria dos países da América Latina e das Caraíbas tem tido uma posição ambígua em relação à invasão russa e têm evitado condená-la publicamente. É o caso do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem rejeitado fazê-lo, apesar da insistência, por exemplo, do alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

Os países da América Latina, assim como alguns países de África, têm tido uma postura mais cautelosa em relação ao conflito na Ucrânia, entrando em desacordo com aquela a União Europeia vê como a única postura que se pode ter para com Moscovo face à ocupação do território russo.

Os eurodeputados também querem que os 27 mantenham contactos regulares com os países da América Latina e das Caraíbas e exortaram os chefes de Estado e de Governo a fazerem os possíveis para finalizar o acordo do Mercosul.


Forças Armadas - CEMGFA anuncia possibilidades de tropas guineenses voltarem a participar em missões de paz da ONU

Bissau, 17 jul 23 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas(CEMGFA), Biaguê Na Ntan disse hoje  que os militares guineenses estão empenhados na preparação visando as futuras participações  em  missões de paz das Nações Unidas.

Na Ntan falava  na abertura do Exercício Militar Conjunto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), denominado Felino, que decorre durante uma semana no país.

“Recebi das Nações Unidas uma carta a pedir a disponibilização de uma unidade para participar em Missões de  paz”, revelou Nan Ntan.

Referindo ao Felino, disse que o objetivo fundamental  desses exercícios é  preparar os militares da CPLP para participar e competir em qualquer missão de paz das Nações Unidas e de apoio ao salvamento em catástrofes naturais”.

Por sua vez, e em nome dos organizadores do evento, o oficial militar português, Ricardo Cristo disse que  os exercícios da série Felino não são mais  do que uma preparação de uma força conjunta e combinada para poder operar ao nível operacional e tático, nos teatros de operações de paz e de ajuda humanitária.

Cristo acrescentou que o exercício Felino está sob o mandato das  Nações Unidas, frisando que , para não colidir com a doutrina de cada Estado membro da CPLP foi criada um Estado Maior conjunto que irá coordenar toda a operação.

As forças armadas da Guiné-Bissau, na sequência de várias situações golpes de estado, haviam sido suspensas das missões de paz da ONU. 

ANG/ÂC//SG


Reino Unido sanciona Rússia pela deportação de crianças ucranianas

© Reuters

Notícias ao Minuto  17/07/23 

O governo britânico anunciou 14 novos visados esta manhã, incluindo a ministra da Cultura russa, Olga Lyubimova, e o ministro da Educação, Sergey Kravtsov.

Os ministros da Cultura e Educação da Rússia foram visados numa nova série de sanções do Reino Unido. 

“As sanções de hoje responsabilizam aqueles que apoiam o regime de Putin, incluindo aqueles que querem ver a Ucrânia destruída, a sua identidade nacional dissolvida e o seu futuro apagado”, disse James Cleverly, secretário das Relações Externas britânico, citado pelo jornal The Guardian.

O governo britânico anunciou 14 novos visados esta manhã, incluindo a ministra da cultura russa, Olga Lyubimova, e o ministro da educação, Sergey Kravtsov. 

Lyubimova terá fornecido apoio e promovido políticas que "desestabilizam a Ucrânia ou ameaçam a integridade territorial". 

Outros, incluindo Kravtsov, foram punidos por seu envolvimento no que o Reino Unido descreveu como o "programa do governo russo para deportação forçada e reeducação de crianças ucranianas". 

O ministério dos negócios estrangeiras, anunciando as novas sanções, disse que os indivíduos "desempenharam um papel insidioso no programa calculado de deportação da Rússia". 

"Mais de 19.000 crianças ucranianas foram deportadas à força para a Rússia ou território temporariamente controlado pela Rússia pelas autoridades russas", afirmou ainda. 

Em abril, as autoridades ucranianas acusam a Rússia de ter "sequestrado mais de 16.000 crianças" da Ucrânia desde o início da ofensiva, há mais de um ano.

Por seu lado, Moscovo assegurou ter "salvado" essas crianças dos combates e ter criado procedimentos para as reunir com as famílias.


Leia Também: Erdogan acredita que Rússia quer continuar no acordo de cereais

ASSASSINADO À FACADAS: Um rapaz de mais ou menos 20 anos de idade, residente na aldeia de Curreni, 7 km da cidade de Mansoa, foi assassinado com a faca na aldeia vizinha (Sansanghoto).

Segundo a nossa fonte, tudo começou por causa de discussão sobre uma moça.

Nesse momento de dor e consternação, RTV-NHA FALA almeja conforto a família, para enfrentarmos essa imensurável perda com serenidade.

Por  RTV-Nha Fala


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GABÃO: Ali Bongo concorre a terceiro mandato nas presidenciais do Gabão

© Lusa

POR LUSA   17/07/23 

As presidenciais no Gabão, previstas para 26 de agosto próximo, receberam 27 candidaturas, incluindo apenas duas mulheres, com o Presidente, Ali Bongo, a concorrer novamente contra uma oposição dividida, que não conseguiu escolher um candidato de consenso.

O Centro Eleitoral Gabonês (CGE) anunciou que rejeitou quatro candidaturas por estarem incompletas e confirmou a candidatura de Bongo, assim como as de Paulette Missambo, presidente da União Nacional, e Victoire Lasseni Duboze, líder da União de Alianças para uma Nova África (UANA), as duas únicas mulheres que aspiram à presidência.

Entre os candidatos figuram ainda Jean Boniface Assélé, presidente do Centro de Reformadores Liberais (CLR) e tio de Bongo, bem como Alexandre Barro Chambrier, do Rassemblement pour la Patrie et la Modernité (RPM), que se perspetiva como um dos principais rivais do Presidente nas urnas, segundo o portal noticioso gabonês Gabon Actu.

Jean Ping, figura proeminente da oposição, anunciou na semana passada que não se candidataria, argumentando que os resultados das eleições "são preparados com antecedência".

Ping recusou-se ainda a apoiar outros candidatos da oposição e afirmou não ter "qualquer preferência nestas condições fraudulentas".

Ping, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros do Gabão entre 1999 e 2008, concorreu às eleições de 2016 com o apoio de outros partidos e figuras da oposição, numa tentativa de derrotar Bongo, que acabou por vencer por cerca de 5.000 votos, num escrutínio a que apontou fraudes e cuja validade nunca reconheceu.

Bongo, de 64 anos, já tinha indicado que iria concorrer a um terceiro mandato nas eleições de 26 de agosto, que incluirão também eleições legislativas e autárquicas.

Será a primeira vez que o país realizará as três eleições em simultâneo.

O Presidente gabonês chegou ao poder em 2009, na sequência da morte do seu pai, Omar Bongo, que governou o país durante 41 anos, já nessa altura vencendo eleições que foram criticadas pela oposição.

Bongo foi reeleito em 2016, numa eleição cujos resultados não foram reconhecidos por Ping, que considerou "injusta" a decisão do Supremo Tribunal, que confirmou a sua vitória.


Leia Também: Gabão marca eleições presidenciais e gerais para 26 de agosto

Ponte da Crimeia ficou assim após explosões. Veja as imagens


© Reuters

Notícias ao Minuto   17/07/23 

O ataque terá sido realizado no domingo à noite por drones marítimos que se deslocaram à superfície da água e danificaram a estrutura.

O trânsito na ponte da Península da Crimeia, território ucraniano anexado em 2014 pela Rússia, foi suspenso, após parte da ponte ser alvo de explosões.

Ainda assim, as  autoridades locais consideram que é possível que a circulação rodoviária venha a ser reposta ainda hoje. 

De acordo com as mesmas fontes, o ataque terá sido realizado no domingo à noite por drones marítimos que se deslocaram à superfície da água e danificaram a estrutura.

A ponte de 19 quilómetros foi inaugurada em 2018 e é a principal ligação terrestre entre a Rússia e a península da Crimeia.

Veja as imagens dos estragos na galeria. 


Leia Também: Kremlin descarta medidas adicionais após ataque à ponte da Crimeia

CALOR: China registou temperaturas de 52,2ºC este domingo... Há seis meses, país registava 50ºC negativos.

© Reuters/Florence Lo

Notícias ao Minuto   17/07/23 

Uma cidade remota no árido noroeste da China registou temperaturas superiores a 52 graus Celsius, este domingo.

As temperaturas no município de Sanbao, em Xinjiang, atingiram 52,2ºC, valor recorde de temperatura registado no país, informou o jornal estatal Xinjiang Daily na segunda-feira, citado pela Reuters.

As elevadas temperaturas acontecem seis meses depois de o país ter registado 50º Celsius, mas em sentido inverso, ou seja, com temperaturas negativas.

A temperatura de domingo bateu o anterior recorde de 50,3ºC, registado, em 2015, em Ayding, uma vasta bacia de dunas de areia e lagos secos a mais de 150 metros abaixo do nível do mar.

Prevê-se que o calor deve permanecer no país durante pelo menos mais cinco dias.


Leia Também: Calor abrasador em Itália. Termómetros podem chegar aos 48º C

Rússia suspende acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro

© Lusa

POR LUSA    17/07/23 

A Rússia suspendeu hoje o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro a partir de portos ucranianos, argumentando que os compromissos assumidos em relação à parte russa não foram cumpridos.

"O acordo dos cereais está suspenso", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, durante a sua conferência de imprensa diária por telefone.

"Quando a parte do acordo do Mar Negro relacionada à Rússia for cumprida, a Rússia retornará imediatamente à implementação do acordo", afirmou Peskov.

O porta-voz do Kremlin declarou que o ataque a uma ponte que liga a Crimeia ao continente russo não foi um fator para a decisão da suspensão do acordo.

"Não, estes desenvolvimentos não estão ligados", frisou.

"Mesmo antes deste ataque terrorista, o Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin tinha declarado a nossa posição" sobre esta questão dos cereais, sublinhou o porta-voz russo.

O acordo inovador que as Nações Unidas e a Turquia negociaram no verão passado permitiu que toneladas de alimentos deixassem a região do Mar Negro, após a Rússia ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Um acordo separado facilitou a movimentação de alimentos e fertilizantes russos em meio às sanções dos países ocidentais.

A Rússia e a Ucrânia são grandes fornecedores globais de trigo, cevada, óleo de girassol e outros produtos alimentares.

Os russos queixaram-se que as restrições ao transporte marítimo e os seguros prejudicaram as exportações dos seus alimentos e fertilizantes, também essenciais para a cadeia alimentar global.

Analistas e dados de exportação mostram que a Rússia tem exportado quantidades recordes de trigo e que os seus fertilizantes também estão a ser exportados.

O acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro foi renovado por 60 dias em maio, apesar da resistência de Moscovo. A quantidade de alimentos embarcados e o número de navios que partiam da Ucrânia tem caído nos últimos meses. A Rússia está a ser acusada de limitar a utilização de navios adicionais para a exportação de cereais.

Embora os analistas não esperem mais do que um aumento temporário nos preços dos produtos alimentares, porque países como Rússia e Brasil aumentaram as suas exportações de trigo e milho, a insegurança alimentar está a crescer.

A guerra na Ucrânia elevou os preços dos produtos alimentares a recordes no ano passado e contribuiu para uma crise alimentar global também ligada a outros conflitos, aos efeitos prolongados da pandemia da covid-19, secas e outros fatores climáticos.

Os altos custos dos cereais necessários para alimentos básicos em lugares como Egito, Líbano e Nigéria exacerbaram os desafios económicos e ajudaram a empurrar milhões de pessoas para a pobreza ou insegurança alimentar. As pessoas nos países em desenvolvimento estão a gastar mais dinheiro para se conseguirem alimentar.

As nações mais pobres que dependem de alimentos importados com preços em dólares também estão a gastar mais à medida que as suas moedas enfraquecem e são forçadas também a importar mais devido a questões climáticas. Países como Somália, Quénia, Marrocos e Tunísia estão a lutar contra a seca.


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Disputa do espaço," no campo de Afia" poderá estar relacionada com a questão politica, disse Cadi Djalo.


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Kyiv reclama reconquista de mais de 10 quilómetros na última semana

© REUTERS/Oleksandr Ratushniak/File Photo

POR LUSA   17/07/23 

O Ministério da Defesa da Ucrânia indicou hoje que a contraofensiva "continua ativa no sul e no leste" e que Kiev reconquistou mais 10,9 quilómetros na zona meridional da frente na última semana. 

"Os território libertados aumentaram em mais 10,9 quilómetros numa semana", escreveu a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, nas redes sociais.

Hanna Maliar acrescentou que no sul, as tropas ucranianas conseguiram "fazer recuar" 9,25 quilómetros as forças ocupantes russas, desde que começou a operação de contraofensiva. 

A vice-ministra da Defesa disse ainda que as operações militares de Kyiv "continuam em direção às cidade ocupadas" de Melitopol e Berdiansk, no sul do país enquanto se mantêm combates nas províncias de Donetsk e Zaporijia.

As informações diárias sobre a contraofensiva não são verificadas por entidades independentes.

A Ucrânia lançou no princípio de junho a contraofensiva militar com ataques na cidade de Bakhmut e na zona sul da frente de combate. 


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“Rússia utiliza o acordo de cereais como arma”. Acordo para exportação de cereais termina hoje

André Matos, especialista em relações internacionais, analisa o acordo de exportações de cereais no Mar Negro, que expira esta segunda-feira, considerando que tem havido uma “instrumentalização” por parte da Rússia sempre que se aproximam os prazos finais do entendimento, para criar uma “pressão adicional” sobre o ocidente. 

O comentador explica as condições russas para a continuidade do acordo. André Matos destaca uma “reorganização” dos altos comandos russos após a rebelião do grupo Wagner.

Ponte da Crimeia foi atacada por 'drones' marítimos ucranianos

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POR LUSA   17/07/23 

'Drones' marítimos ucranianos foram utilizados para o ataque desta madrugada contra a ponte da Crimeia, que teve de ser encerrada depois de ser atingida por várias explosões, avançou a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

A agência de notícias estatal cita fontes não identificadas dos serviços secretos ucranianos (SBU) e da Marinha do país, duas componentes das forças de segurança ucranianas.

"Foi difícil chegar à ponte, mas acabámos por conseguir", disse um representante dos SBU citado pela Ukrinform, que salientou que a ponte é um alvo legítimo para a Ucrânia, uma vez que foi construída em território ucraniano ocupado.

De acordo com as mesmas fontes, o ataque terá sido realizado no domingo à noite por drones marítimos que se deslocaram à superfície da água e danificaram a estrutura

As autoridades russas reconheceram a existência de uma "emergência" na ponte e comunicaram a morte de dois civis.

A ponte, a mais longa da Europa, com 19 quilómetros, foi construída depois de a Rússia ter anexado a Crimeia, em 2014, e liga esta península do Mar Negro à Rússia.

Também com circulação ferroviária, a ligação é uma importante artéria de abastecimento para a guerra da Rússia na Ucrânia.

Em outubro do ano passado, um camião armadilhado explodiu nesta ponte, causando cinco mortos.


Leia Também: Duas pessoas morreram e uma criança ficou ferida, após relatos de explosões na principal ponte que liga a península da Crimeia à Rússia, disseram as autoridades russas citadas pela Reuters. A circulação foi interrompida.

UNIÃO EUROPEIA: Bruxelas acolhe hoje primeira cimeira da UE e América Latina em oito anos

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POR LUSA   17/07/23 

A capital belga, Bruxelas, acolhe hoje e terça-feira a primeira cimeira em oito anos da União Europeia (UE) com os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), marcada por divergências sobre a declaração final.

Nesta cimeira de dois dias para reforçar os laços diplomáticos entre as duas regiões, Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, António Costa, que, segundo a informação enviada à agência Lusa, tem encontros à margem marcados com os Presidentes da Argentina, Brasil, Costa Rica, Chile e Colômbia e com o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, que lidera atualmente a CELAC.

Também presente na cimeira estará o Presidente brasileiro, Lula da Silva, que chegou no domingo à tarde a Bruxelas, segundo a informação dada à Lusa por fonte da Presidência, e que já disse que espera "um aprofundamento das relações" entre as regiões.

Esta que é a terceira cimeira da UE com a CELAC, oito depois da reunião de 2015, vai focar-se no reforço da parceria entre as duas regiões para as preparar para novos desafios, como as consequências da covid-19 e da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, as transições ecológicas e digitais e a retoma da ordem internacional baseada em regras.

O regresso ao poder do Presidente brasileiro, Lula da Silva, com uma posição pró-europeia também faz com que este seja o momento propício para reforçar os laços diplomáticos entre a UE e a CELAC, segundo fontes diplomáticas comunitárias.

Ainda assim, apesar da vontade comum de estreitar laços entre as regiões, a declaração final da cimeira está a causar divergências entre o bloco europeu e latino-americano, com negociações ainda a decorrer, após oito rascunhos e de o texto ter passado de 13 páginas para sete na versão mais recente, consultada pela Lusa no domingo.

A causar maior fricção está a referência ao acordo da UE-Mercosul - o Mercado Comum do Sul, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - por haver países que no bloco comunitário (como França e Áustria) contestam essa menção por razões comerciais e ambientais.

Apesar da ambição de salientar o trabalho em curso, segundo a mais recente versão à qual a Lusa teve acesso, não é certo que esta menção esteja na declaração final, embora a atual a presidência espanhola da UE espere que a cimeira seja um ponto de partida para desenvolvimentos na conclusão do acordo UE-Mercosul, que abrange 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial.

Outro dos pontos divergentes é referente à inclusão de uma menção à guerra da Ucrânia na declaração final, dadas as diferentes posições no bloco latino-americano (nomeadamente por parte do Brasil), estando para já apenas prevista a condenação, em termos gerais, do conflito.

Na versão a que a Lusa teve acesso no domingo, apenas era manifestada preocupação com a guerra em curso na Ucrânia, sem qualquer menção à Rússia.

A gerar consenso entre os dois blocos está a intenção de fazer cimeiras com mais regularidade, de dois em dois anos, estando a próxima prevista para a Colômbia em 2025, e de criar um mecanismo de cooperação permanente para reuniões regulares.

Em termos mundiais, a UE e a CELAC representam quase 60 países, cerca de um terço do território, 14% da população (mil milhões de pessoas) e 21% do Produto Interno Bruto.


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COREIA DO SUL: Seul mobiliza todos os recursos após chuvas que mataram 40 pessoas

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POR LUSA   17/07/23 

O Presidente da Coreia do Sul ordenou hoje a mobilização de todos os recursos disponíveis para a resposta de emergência às fortes chuvas que já causaram pelo menos 40 mortos e uma dezena de desaparecidos no país.

Amobilização inclui a designação de zonas especiais de catástrofe, disse Yoon Suk-yeol, durante uma reunião na sede de Segurança e Desastres, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

O último balanço das autoridades sul-coreanas registava 35 mortos, dez desaparecidos e mais de 7.800 pessoas retiradas das suas casas.

As autoridades indicaram que o número de mortos pode aumentar à medida que os serviços de resgate prosseguem as operações de drenagem de um túnel subterrâneo, de 700 metros de comprimento, no qual se acredita que estejam submersos cerca de dez veículos.

A passagem, na cidade de Osong, no centro do país, ficou inundada no sábado, depois de um rio da zona ter rompido os diques devido às cheias causadas pelas chuvas torrenciais.

Horas antes, o primeiro-ministro sul-coreano, Han Duck-soo, tinha prometido acelerar as operações de busca e socorro dos desaparecidos, antes de apelar às autoridades para fazerem todos os esforços de forma a garantir a segurança da população.

A província de Gyeongsang do Norte (centro) é a mais afetada, com pelo menos 2.300 pessoas retiradas de casa devido às chuvas, que levaram ao encerramento ao trânsito de cerca de 220 estradas e à suspensão da circulação na linha ferroviária.

Mais de 10.500 pessoas tiveram de abandonar as casas devido às chuvas em todo o país, onde mais de 300 propriedades privadas e 600 instalações públicas ficaram danificadas.

Cerca de 30 mil casas ficaram sem eletricidade nos últimos dias, embora a maioria tenha recuperado hoje o fornecimento.