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POR LUSA 17/07/23
O presidente russo, Vladimir Putin, pediu hoje o reforço das medidas de segurança na ponte da Crimeia, infraestrutura estratégica danificada pela segunda vez por um ataque ucraniano, e prometeu uma "resposta apropriada".
"Como este é o segundo ataque terrorista na ponte da Crimeia, aguardo propostas concretas para melhorar a segurança desta importante e estratégica infraestrutura de transporte", disse Putin, durante uma reunião governamental que foi transmitida pela televisão estatal.
De acordo com a versão que Putin apresentou nessa reunião, uma menina foi ferida e os seus pais morreram neste ataque, realizado pelos ucranianos nesta ponte que liga a Rússia à Crimeia, uma península anexada pela Rússia em 2014.
"Claro que haverá uma resposta da Rússia. O Ministério da Defesa está a preparar respostas apropriadas", garantiu Putin.
O ataque causou grandes danos na parte rodoviária da ponte, que também tem sido usada para transportar equipamentos militares para o Exército russo na invasão da Ucrânia.
Os serviços de informações da Ucrânia já reclamaram a autoria do ataque, que terá sido realizado por serviços especiais e forças navais usando 'drones'.
"O que aconteceu é um novo ato terrorista do regime de Kiev", denunciou Putin.
A ponte de concreto de 18 quilómetros de extensão - construída por ordem de Vladimir Putin e que ele mesmo inaugurou, em 2018 - consiste em duas estruturas paralelas, uma reservada ao tráfego rodoviário e outra ao tráfego ferroviário.
De acordo com o vice-primeiro-ministro russo, Marat Khousnullin, as estruturas de suporte da Ponte da Crimeia não foram danificadas pela explosão, o que Putin classificou como "boas notícias".
Khousnoullin prometeu a reabertura total do tráfego rodoviário na ponte até 01 de novembro.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alegou esta manhã que o ataque contra a ponte Kerch foi executado com armas enviadas pelos países aliados de Kyiv, mas referiu que a Rússia não está a considerar romper definitivamente as relações diplomáticas com os Estados Unidos ou com o Reino Unido.
"Temos consciência da quantidade de informação que vem da NATO e de Washington para Kyiv, de forma permanente (...) Nos momentos mais críticos são precisos canais de diálogo", explicou, citado pela agência Interfax.
A ponte, a mais longa da Europa, com 19 quilómetros, foi construída depois de a Rússia ter anexado a Crimeia, ligando esta península do Mar Negro à Rússia.
Em outubro do ano passado, um camião armadilhado explodiu nesta ponte, causando cinco mortos.
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