quarta-feira, 5 de julho de 2023

Um tribunal sul-africano anulou hoje a acusação judicial particular do ex-presidente Jacob Zuma contra o atual chefe de Estado, Cyril Rampahosa, considerando a ação inválida e inconstitucional.

© Reuters

POR LUSA   05/07/23 

 Tribunal anula acusação judicial de Zuma contra atual chefe de Estado

Um tribunal sul-africano anulou hoje a acusação judicial particular do ex-presidente Jacob Zuma contra o atual chefe de Estado, Cyril Rampahosa, considerando a ação inválida e inconstitucional.

O coletivo de juízes -- Mahomed Ismail, Selby Baqwa e Lebogang Modiba -, do Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, decidiu anular a intimação de Zuma considerando que equivale a um "abuso" do processo de Justiça.

"O Sr. Zuma é obrigado pela Constituição a respeitar o Estado de direito e a supremacia da Constituição. Enquanto ele goza do direito de acesso ao tribunal e de ter qualquer disputa que possa ser resolvida pela aplicação da lei decidido em audiência pública justa perante um tribunal, o conteúdo deste direito não se estende a um processo de ação privada ilegal, inconstitucional e inválido", referiu a ordem do tribunal.

Os juízes sul-africanos entendem que as acusações de Zuma "não levariam a uma condenação, pois são baseadas em conduta que não constitui crime", sublinhando que "a acusação privada constitui um abuso de processo".

O tribunal condenou ainda Zuma a pagar as custas judiciais de Ramaphosa e de dois outros advogados.

Zuma recorreu ao tribunal em Joanesburgo, a capital económica do país, após acusar o Presidente da República de não ter agido quando o informou sobre uma suposta má conduta do procurador público Billy Downer.

O procurador da Autoridade Nacional de Acusação (NPA), o advogado Billy Downer, lidera o processo judicial do Ministério Público sul-africano contra Zuma num caso de corrupção pública de mais de 20 anos a decorrer num tribunal da província de KwaZulu-Natal, sudeste do país.

No mês passado, o Tribunal Superior de KwaZulu-Natal, em Pietermaritzburg, anulou também uma acusação privada de Zuma contra o advogado Billy Downer e a jornalista sul-africana Karin Maughan por alegada partilha de documentos judiciais submetidos em tribunal pelos advogados de defesa do ex-chefe de Estado sul-africano.

A acusação judicial de Jacob Zuma foi apresentada em dezembro de 2022, na véspera da conferência eletiva do partido governante, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), no poder desde 1994 na África do Sul.

O ex-presidente da África do Sul, e antigo líder do ANC está a ser julgado no Tribunal Superior de Pietermaritzburg, no caso de suborno e alegada corrupção pública na compra de armamento em 1999 pela África do Sul democrática pós-'apartheid'.

O julgamento, que deveria se ter iniciado este ano, tem sido alvo de sucessivos recursos por parte do ex-presidente sul-africano que nega as acusações alegando ser alvo de uma "cabala política".

Jacob Zuma, chefe de Estado entre 2009 e 2018, enfrenta 18 acusações relacionadas com o caso, incluindo fraude, corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão, no âmbito da compra de equipamento militar a cinco empresas de armamento europeias, em 1999, quando era vice-presidente de Thabo Mbeki.

O fabricante francês do setor da Defesa, Thales, enfrenta também acusações de corrupção e branqueamento de capitais. Tanto Zuma, como o grupo Thales sempre negaram as acusações.



Leia Também: Chefe de Justiça sul-africana critica inação do parlamento na corrupção

“É chegado a hora da Guiné-Bissau informatizar o Registo”, diz ministra da Justiça

Bissau, 05 Jul 23 (ANG) – A ministra da Justiça e dos Direitos Humanos diz  que é chegado a hora de o país informatizar e digitalizar o Registo, conferindo-lhe a maior segurança e credibilidade. 

Teresa Alexandrina da Silva fez esta afirmação num encontro mantido no  Ministério esta quarta-feira com uma Missão conjunta de técnicos portugueses composta por representantes do Instituto Camões, da Universidade de Aveiro e do Instituto de Registo e Notariado, que está de visita de trabalho ao país.

A informação consta numa nota à imprensa enviada à ANG hoje, segundo a qual a missão portuguesa  se enquadra na implementação do Projeto de modernização da Cadeia de Identificação e Segurança Documental (GESTDOC) na Guiné-Bissau e Cabo Verde.

No encontro com a  missão portuguesa, Alexandrina da Silva garantiu a total colaboração e acompanhamento com vista a implementação do projeto, sublinhando que a informatização do Registo Civil é fundamental e que na sua ausência, não é possível uma governação eletrónica.

 “O Projeto GESTDOC visa a informatização e digitalizaçãodo Registo Civil do país no seu todo”, refere  a nota.

O comunicado à imprensa dá conta de que mais de 60 Conservadores e Oficiais de Justiça estão a ser capacitados no quadro da implementação do GESTDOC.

A missão se reuniu ainda hoje com as Direções-gerais de Identificação Civil, Registo e Notariado e da Política da Justiça.

Segundo a mesma nota, a missão chegou ao país  terça-feira e vai terminar a sua visita na sexta-feira, e deve se  inteirar do funcionamento do Centro de produção de Documentos Biométricos, das Conservatórias de Santa Luzia, em Bissau e de Quinhamel, região de Biombo. 

ANG/DMG//SG 

Jornal de 12h30 na criol, dia 05/07/2023

 •Edição: Jornalista Ussumane Mané

•Técnica: Joãozinho Lopes

©  Rádio Sol Mansi

Putin abraça e bebe chá com menina do Daguestão no Kremlin. Há vídeo

© Reprodução Twitter

Notícias ao Minuto   05/07/23 

No que parece ser uma 'limpeza' da imagem pública de Putin, o líder russo deu abraços e ofereceu ramos de flores à menina e à sua mãe.

O presidente russo, Vladimir Putin, é conhecido por fazer quase exclusivamente reuniões por videoconferência ou em mesas com (vários) metros de comprimento, mas surpreendeu tudo e todos ao receber uma menina do Daguestão no Kremlin.

O vídeo foi partilhado pela presidência russa e mostra o momento em que o presidente russo dá as boas-vindas à menina, Raisat Akipova, mostrando-se atencioso e sorridente.

No que parece ser uma 'limpeza' da imagem pública de Putin, o líder russo deu abraços e ofereceu ramos de flores à menina e à sua mãe. De seguida, mostrou à criança o local onde trabalha e colocou-a à conversa com o ministro das Finanças, Anton Siluanov, num momento insólito e inédito.

Inicialmente o governante fica confuso, mas acaba por anunciar um financiamento de cinco milhões de rublos - o equivalente a 50 milhões de euros - para o Daguestão para os próximos anos.

Por fim, o líder ucraniano tomou um chá com a criança e os seus pais.

Esta visita surge na sequência da ida surpresa de Putin na semana passada ao Daguestão, no sul da Rússia.


A missão das Nações Unidas no Mali entregou à junta militar que lidera o país o plano de retirada dos 'capacetes azuis', aprovado na semana passada pelo Conselho de Segurança, depois de Bamaco ter exigido a sua retirada.

© FLORENT VERGNES/AFP via Getty Images

POR LUSA    05/07/23 

O chefe da Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas no Mali (Minusma), El Ghassim Wane, reuniu-se com o ministro maliano dos Negócios Estrangeiros, Abdoulaye Diop, para fixar conjuntamente o calendário de retirada da missão até 31 de dezembro de 2023, segundo um comunicado publicado pela Minusma no seu portal na Internet.

A nota explica que a reunião, realizada a pedido da Minusma, abordou a necessidade de "uma retirada ordenada", ao mesmo tempo que permitiu à missão apresentar "os desafios" envolvidos neste processo, para o qual as partes concordaram em estabelecer "uma cooperação e coordenação reforçadas para garantir que a retirada seja concluída dentro do período estabelecido".

A missão especificou que serão criados "numerosos mecanismos", a nível "técnico e político", para abordar os diferentes pontos do processo, incluindo a retirada do pessoal civil e uniformizado, a transferência de tarefas e as questões logísticas e de segurança.

As Nações Unidas estão determinadas a garantir que o plano de retirada seja implementado dentro do prazo estipulado, e para isso "precisam do acompanhamento e apoio do Estado maliano", segundo Wane, que sublinhou que "esta primeira reunião ilustra a forte vontade de avançar".

"A implementação deste plano de desmobilização vai exigir um enorme volume de trabalho. Precisamos de trabalhar em estreita colaboração, tal como especificado na resolução [aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU], bem como chegar a acordo sobre os mecanismos que serão criados para facilitar a implementação da decisão", defendeu o diplomata mauritano.

O chefe da diplomacia maliana reconheceu, pelo seu lado, que "há muito a fazer num curto espaço de tempo, o que exigirá uma mobilização de equipas para poderem responder rapidamente".

"Chegámos a acordo sobre o que tem de ser feito e sobre o calendário que tem de ser elaborado imediatamente para podermos concluir esta retirada até 31 de dezembro", afirmou Diop.

A decisão do Conselho de Segurança da ONU implicou o fim ao destacamento da Minusma, após 10 anos de presença no país africano, em resposta à exigência da junta militar maliana, chefiada pelo coronel Assimi Goita, que pediu a partida "imediata" dos 'capacetes azuis'.

As relações de Bamaco com a Minusma foram afetadas por um relatório da ONU sobre o massacre de mais de 500 pessoas em março de 2022 na cidade de Moura (centro), que apontava o exército maliano como principal responsável.

Bamaco rejeitou "firmemente" o relatório e afirmou que as imagens de satélite obtidas pelos investigadores constituem um crime de "espionagem".

A missão tem 'capacetes azuis' destacados no país desde 2013, embora as relações se tenham deteriorado na sequência dos golpes de Estado liderados por Assimi Goita em agosto de 2020 e maio de 2021 e dos adiamentos da junta militar no estabelecimento de um calendário eleitoral que devolva o poder aos civis após eleições.


Leia Também: Mali. Guterres pede respeito por cessar-fogo durante retirada da Minusma

Discurso do Presidente da República Umaro Sissoco Embalo na cerimónia de inauguração do Centro de Saúde de FINETE

© Radio Voz Do Povo

MORADORES FECHAM A VIA QUE LIGA IGREJA DE CRISTO REDENTOR À ANTIGA AVENIDA CAETANO SEMEDO

Por: Ussumane Mané  radiosolmansi.net

A entrada da igreja Cristo Redentor, igualmente via que dá acesso à avenida Muhamadu Buari “Caetano Semedo” estrada de bôr, encontra-se encerrada por iniciativa dos moradores devido ao avançado estado de degradação.

A rua em causa encontra-se encerrada há duas semanas por iniciativa de moradores devido ao estado avançado de degradação, uma situação que não permite a livre circulação de população e nem tão pouco de veículos.

Em entrevista esta segunda-feira à Rádio Sol Mansi, Madilson Maria de Pina Arafan, em nome dos moradores, explica que quando chove a rua não consegue evacuar a água parada o que provoca inundações e consequentemente a água transborda-se nas residências. Toda esta situação segundo Madilson deve-se a passagem de veículos pesados provenientes da sub-região.

“Essa rua normalmente todo mundo utiliza, desde moradores até simples passageiros e vendedeiras do mercado de caracol e até os próprios comerciantes, mas nunca encontra-se tão degradada como desta vez, isso todos nós sabemos que esta situação foi provocada pela autorização de passagem de veículos pesados”, afirmou.

Na mesma entrevista, segundo Madilson de Pina, esta situação tem sido a criar limitações uma vez que o campo de futebol para jovens local, encontra-se inutilizável.

“Estes veículos pesados obrigou o encerramento de um campo de futebol para a diversão de morradores”, disse o porta-voz dos moradores que argumentou que as casas encontram-se “muitas das vezes inundadas devido esta situação de má condição da rua”.

Apesar de que esta situação do encerramento de rua terá um impacto, desde a evacuação dos doentes ou grávidas, situação do incêndio, Madilson de Pina garante que a rua será liberada com a proibição da entrada dos veículos pesados por parte da direção-geral de viação e transportes terrestres.

“Só vamos abrir a rua com a decisão de viação e proibir a passagem de veículos pesados nessa rua”, garantiu o responsável, apelando ao apoio das entidades públicas e privadas na reabilitação da via em causa.

A entrada da Igreja de Cristo Redentor, encontra-se encerrada já há duas semanas, por iniciativa de moradores que sustentam a decisão por estado avançado de degradação a que esta se encontra há muitos anos, o que segundo moradores não merece a preocupação das autoridades Camarárias enquanto gestores de cidades e responsáveis pelo ordenamento de cidade.

CONVERSA TELEFÓNICA COM PRESIDENTE ZELENSKY

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, conversou hoje telefonicamente, com o Presidente Zelensky que lhe informou sobre o desenvolvimento da situação na Ucrânia.

O Presidente Embaló, reiterou ao Presidente Zelensky que continuará a contribuir para a busca de uma solução justa e pacífica para o conflito na Ucrânia.

2Rs África: O pós "rebelião" Wagner

Por voaportugues.com Julho 05, 2023

 Com os acontecimentos ligados à rebelião, ao motim ou ao protesto na Rússia (como e queira descrever) por parte do grupo Wagner e do seu mentor, Yevgeny Prigozhin, a serem revelados aos poucos, coloca-se a questão: e como fica a situação em África, onde o grupo Wagner está presente em vários países, no suporte militar de governos e na exploração de recursos naturais do continente?

Será que algo muda/mudará, uma vez que o Wagner tem sido/foi usado pelo Kremlin para alargar e (re)solidificar a sua presença em África, usar os proventos dos recursos naturais que de lá extrai para os seus cofres e pagar o esforço de guerra na Ucrânia?

Questōes para a conversa com os nossos politólogos Rui Neumann e Raúl Braga Pires.👇

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Austrália. Homem enterrou viva ex-namorada que o rejeitou... O suspeito do homicídio poderá ser condenado a uma pena de prisão perpétua.

© iStock

Notícias ao Minuto  05/07/23 

Um homem de 22 anos, alegadamente incapaz de superar o fim de uma relação com uma ex-namorada, enterrou viva a mulher como forma de vingança.

Tarikjot Singh terá planeado o homicídio previamente, raptando a mulher no seu local de trabalho em março de 2021. Terá conduzido durante quatro horas com ela na mala do carro, para depois amarrá-la e enterrá-la viva, por vingança, segundo a cadeia australiana 9News.

O corpo da mulher, de 21 anos, foi encontrado a mais de 400 quilómetros do último sítio onde tinha sido vista viva, numa campa rasa em Moralana Creek, na região de Austrália do Sul, com as mãos e os pés amarrados.

Segundo revelou o mesmo tribunal, a mulher inalou e engoliu também terra, como consequência do enterramento.

Em fevereiro deste ano, Singh declarou-se culpado do homicídio e enfrenta, agora, uma possível pena de prisão perpétua.



❗️🇬🇼 Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo Inaugura centro de Saúde Biagué Nantam em finet.

Presidência da República da Guiné-Bissau 

NATO: Aliança pode mobilizar rapidamente seis milhões de efetivos militares

© Getty Images

POR LUSA   05/07/23 

A NATO tem cerca de 3,5 milhões de militares no ativo, a maioria oriundos dos EUA (cerca de 1,4 milhões), mas é capaz de mobilizar cerca de seis milhões de efetivos, numa aliança de 31 países.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi fundada em 1949 (com 12 membros), tornando-se o principal pilar da estratégia de defesa do Ocidente contra a ameaça soviética durante a Guerra Fria.

Com a queda do muro de Berlim, em 1989, a NATO aumentou substancialmente o número de membros, passando a incluir vários países que tinham estado sob controlo de Moscovo após a Segunda Guerra Mundial, com a adesão da República Checa, da Polónia e da Hungria, em 1999, e de mais sete países em 2004.

O membro mais recente é a Finlândia, que apresentou o seu processo de adesão em 2022 e passou a ser elemento de pleno direito da Aliança desde 04 de abril do corrente ano.

A Suécia apresentou pedido de integração na mesma altura da Finlândia, mas ainda aguarda luz verde dos parlamentos da Turquia e da Hungria para ser integrada.

Para o efetivo de 3,5 milhões da organização, os Estados Unidos participam com cerca de 1,4 milhões de militares no ativo, sendo o país que mais contribui para as forças da NATO, seguidos da Turquia, que tem cerca de 450.000 soldados a participar no funcionamento da organização.

Contudo, os 31 países membros são capazes de mobilizar, a qualquer momento, quase seis milhões de efetivos militares, que, por exemplo, comparam com os cerca de 1,500 milhões de efetivos militares da Rússia.

A Força Aérea é um dos pontos fortes da Aliança, com um total de cerca de 20.000 veículos, incluindo 3.400 aviões de caça, 8.500 helicópteros e 1.500 aviões de transporte de militares.

Deste total, 13.500 veículos aéreos pertencem aos Estados Unidos, com a Turquia e a França, ambos com cerca de 1.000 dispositivos aéreos cada um, nos segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Nos últimos anos, a NATO tem também apostado no seu reforço marítimo, possuindo neste momento 143 submarinos disponíveis para as ações da Aliança, bem como 295 barcos patrulha e 135 fragatas.

Apesar de, nos últimos anos, os Estados Unidos terem diversificado as suas frentes de colocação de Forças Armadas (nomeadamente reforçando a sua posição na Ásia-Pacífico), o efetivo de militares norte-americanos estacionados na Europa é significativo.

Os EUA possuem cerca de 35.000 soldados colocados na Alemanha, 12.500 em Itália e 10.000 no Reino Unido, num total de cerca de 50.000 militares na Europa.

Em 2022, os EUA tinham 259 soldados estacionados em Portugal.

Os estatutos da Aliança Atlântica determinam que cada país invista pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, mas essa meta nem sempre tem sido cumprida e, em termos absolutos, os Estados Unidos gastam mais do dobro em defesa do que todos os outros países da NATO juntos.

Numa altura em que celebra os 70 anos de existência, a NATO tem mobilizados cerca de 20.000 efetivos em operações ativas em vários pontos do globo, incluindo Afeganistão, Kosovo, Iraque e Mediterrâneo.

Com o aumento do receio da presença militar da Rússia na frente Leste da NATO -- que se tornou mais premente após a anexação da região ucraniana da Crimeia, em 2014 -- a Aliança começou a reforçar a sua presença nesta zona.

Em 2017, a NATO criou quatro batalhões multinacionais na Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia.

Após o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a NATO expandiu este reforço a Leste, com quatro novos batalhões na Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia.

Para além destes batalhões, a NATO mantém ativos nove corporações de Ação Rápida, cada uma envolvendo cerca de 60.000 soldados.


Jornalista russa espancada foi transferida para hospital de Moscovo... Elena Milachina ficou com os dedos partidos, o seu cabelo foi rapado e ficou tingida de tinta verde.

© Twitter/ Nexta

Notícias ao Minuto   05/07/23 

A jornalista russa Elena Milachina, do jornal independente Novaya Gazeta, foi transferida para um hospital de Moscovo, avançou a agência Reuters, depois de ter sido violentamente espancada na Chechénia, quando a viatura onde viajava juntamente com o advogado do jornal, Alexander Nemov, foi atacado por homens armados no trajeto entre o aeroporto e a capital, Grozny.

Ambos foram espancados e ameaçados com recurso a armas de fogo.

Elena Milachina ficou com os dedos partidos, o seu cabelo foi rapado e ficou tingida de tinta verde. Segundo a organização não governamental russa de defesa dos direitos humanos Memorial, a mulher "perde ocasionalmente a consciência" e "tem o corpo coberto de nódoas negras".

Recorde-se que as autoridades chechenas já tinham demonstrado animosidade contra a jornalista Elena Milachina que, entre outras notícias, documentou execuções extrajudiciais na república russa do Cáucaso. 

Em fevereiro de 2022, foi forçada a abandonar a Rússia depois de o líder checheno Ramzan Kadyrov ter ameaçado acusar a jornalista como "terrorista".

Na terça-feira, a jornalista e o advogado deslocaram-se a Grozni para assistir à leitura da sentença de Zarema Moussaieva, a mulher de um antigo juiz federal russo de origem chechena, Saidi Iangoulbaiev, opositor de Kadyrov.

Zarema Moussaieva foi presa em janeiro de 2022 no norte da Rússia pelas forças de segurança chechenas e forçada a regressar ao Cáucaso.


Leia Também: Jornalista russa do Novaya Gazeta gravemente agredida na Chechénia



O Presidente do Senegal, Macky Sall, anunciou ontem à noite a decisão de não concorrer a um terceiro mandato nas Presidenciais de 2024, depois de meses de dúvidas e tensão.

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Taiwan deteta 26 caças e 4 navios de guerra chineses perto da ilha

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POR LUSA   05/07/23

O Ministério da Defesa de Taiwan detetou hoje 26 caças e quatro navios de guerra do exército chinês nas imediações da ilha.

Nove aparelhos atravessaram o espaço aéreo a sudoeste, pelo que as Forças Armadas de Taiwan monitorizaram a situação e responderam com o destacamento de aviões, navios e sistemas de mísseis terrestres, informou o Ministério da Defesa taiwanês na rede social Twitter.

A escalada das tensões na região começou com a viagem à ilha da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi, em agosto do ano passado, e a situação agravou-se depois de a visita da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, aos EUA, onde se reuniu com vários congressistas norte-americanos, apesar dos avisos de Pequim.

Taiwan tem um Governo autónomo desde 1949, mas a China considera o território sob a sua soberania. A política de Pequim em relação a Taipé tem sido, até à data, a de uma reunificação pacífica, ao abrigo do princípio "Um país, dois sistemas".


Leia Também: EUA vendem material militar no valor de 405 milhões de euros a Taiwan

🇲🇿"Não temos escolas, estamos a ficar pobres em cima de ouro, é a nossa maior riqueza daqui na nossa zona", comenta um dos entrevistados da Voz da América, lamentando que o ouro da região em que vive não beneficia a sua comunidade

© VOA Português 

Israel lança ataques aéreos na Faixa de Gaza em resposta a foguetes

© Reuters

POR LUSA   05/07/23 

As Forças de Defesa de Israel realizaram hoje ataques aéreos na Faixa de Gaza em resposta a foguetes disparados do enclave palestiniano, anunciou o exército.

"Em resposta aos foguetes lançados no início da noite, as forças de defesa estão a realizar ataques na Faixa de Gaza", contra duas instalações militares do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), disse.

"Caças israelitas atacaram uma fábrica de armas subterrânea usada pelo departamento químico da organização terrorista Hamas, bem como uma fábrica de matéria-prima para foguetes do Hamas na Faixa de Gaza", indicou um porta-voz militar.

Uma fonte das forças de segurança palestinianas disse que os ataques aéreos israelitas atingiram um local militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza, mas garantiu que não causaram feridos.


O exército israelita disse que cinco foguetes foram disparados contra Israel a partir da Faixa de Gaza, sendo que todos foram intercetados. Até ao momento, nenhuma organização palestiniana reivindicou os disparos.

A troca de ataques surgiu numa altura em que o exército israelita se está a retirar do campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, onde lançou na segunda-feira a maior operação militar dos últimos anos.

As forças de defesa israelitas mobilizaram centenas de soldados, além de 'drones' [veículos aéreos não tripulados] e escavadoras, que devastaram ruas do campo de refugiados.

A operação originou confrontos com milícias em quem morreram 12 palestinianos, um soldado israelita e mais de 100 palestinianos ficaram feridos, 20 dos quais em estado grave, disse o Ministério da Saúde palestiniano.

O Hamas, no poder na Faixa de Gaza e é considerado um grupo terrorista por Israel e pelos Estados Unidos, tinha ameaçado retaliar.

Na terça-feira, um palestiniano foi morto a tiro, depois de atropelar e esfaquear pessoas em Telavive. Sete pessoas ficaram feridas, num ataque que o Hamas elogiou e classificou como uma "vingança heroica".

"O campo de refugiados enfrenta uma situação desastrosa", disse à agência de notícias France-Presse o autarca de Jenin, Nidal Abu Saleh, referindo-se aos cortes no fornecimento de energia e água.

O ministro da Saúde palestiniano, Mai al-Kaila, chamou a operação israelita de "uma agressão que desafia a lei internacional" numa conferência de imprensa na terça-feira à noite.

Os combates levaram "cerca de três mil" pessoas a abandonar o campo de refugiados, onde viviam cerca de 18 mil palestinianos, disse o vice-governador de Jenin, Kamal Abu al-Roub.

A Liga Árabe anunciou na terça-feira que ia convocar uma reunião de emergência, enquanto a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos, países árabes com relações diplomáticas com Israel, denunciaram a operação.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou na terça-feira a violência em Israel e na Cisjordânia ocupada e disse que "deve parar".


Leia Também: Israel termina operação militar em Jenin. "Soldados deixaram a região"

Nigéria adverte cidadãos contra consumo de peles de animais na sequência de um surto de antraz

 Após um surto de antraz no Gana, as autoridades nigerianas instaram os seus cidadãos a interromperem o consumo de peles de animais cozidas, uma iguaria também conhecida como “pomo” no país.

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Serviços Secretos dos EUA investigam presença de cocaína na Casa Branca

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Notícias ao Minuto   04/07/23 

O presidente Joe Biden e sua família estavam na residência de Camp David quando a substância foi encontrada.

Uma substância branca que provocou um alerta de segurança elevado na Casa Branca, na noite de domingo, testou positivo para cocaína.

A substância foi encontrada numa área de trabalho durante uma inspeção de rotina, disse o Serviço Secreto dos EUA, citado pela BBC.

O teste positivo preliminar foi relatado pelo Washington Post e pela Associated Press, citando fontes policiais.

O presidente Joe Biden e sua família estavam na residência de Camp David quando a substância foi encontrada e o complexo da Casa Branca foi encerrado por precaução por volta das 20h45, hora local.

Anthony Guglielmi, porta-voz dos Serviços Secretos, revelou que as autoridades estão a realizar mais testes.


Segunda-feira foi o dia mais quente de sempre no mundo inteiro

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POR LUSA   05/07/23 

O dia de segunda-feira foi o mais quente alguma vez medido em termos mundiais, superando pela primeira vez a barra da média dos 17 graus centígrados (ºC), segundo as primeiras medidas feitas na terça-feira por uma agência norte-americana.

A temperatura média diária do ar na superfície do planeta em 03 de julho foi medida em 17,01°C por um serviço dependente da Agência dos EUA para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).

Este valor supera o recorde diário precedente (16,92°C) estabelecido em 24 de julho de 2022, segundo os dados dos centros nacionais de previsão ambiental da NOAA, que remontam a 1979.

A temperatura do ar, que oscila entre cerca de 12ºC e 17ºC em termos de média diária ao longo do ano, foi de 16,20ºC no início de julho entre 1979 e 2000.

Este recorde, que ainda tem de ser corroborado por outras medidas, pode ser rapidamente superado, quando o Hemisfério Norte começa a estação estival e a temperatura média mundial continua a subir por regra até ao fim de julho, início de agosto.

Já no início de junho, as temperaturas médias mundiais foram as mais quentes algumas vez registadas no período pelo serviço europeu Copernicus, batendo os anteriores recordes com uma "margem substancial".

Estas observações são provavelmente uma antecipação do que aí vem com o fenómeno designado El Niño (O Menino) em Castelhano -- geralmente associado a um aumento das temperaturas à escala mundial -, complementado com os efeitos do aquecimento climático causado pela atividade humana.

Em 08 de junho, a NOAA tinha anunciado a chegada oficial de O Menino, garantindo que "poderia conduzir a novos recordes de temperatura" em algumas regiões.

Em junho, vários recordes foram batidos na Ásia e o Reino Unido conheceu o seu mês de Juno mais quente alguma vez registado, enquanto o México foi atravessado por uma vaga de calor extremo.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial, uma agência especializada da Organização das Nações Unidas, há uma probabilidade de 66% de a temperatura média mundial perto da superfície superar temporariamente em 1,5ºC os níveis pré-industriais durante um mês entre 2023 e 2027.

O ano 2022 foi o oitavo consecutivo onde as temperaturas médias mundiais foram superiores em pelo menos um grau aos níveis observados entre 1850 e 1900.


Leia Também: Água do mar está (mesmo) mais quente e dados de junho comprovam-no

terça-feira, 4 de julho de 2023

Rússia acusa Kyiv, EUA e NATO após abater cinco 'drones' sobre Moscovo

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POR LUSA   04/07/23 

A Rússia anunciou hoje ter abatido cinco 'drones' que sobrevoavam a região de Moscovo, um ataque que atribuiu a Kiev e que, segundo afirmou, só poderá ter ocorrido com a ajuda dos Estados Unidos e da NATO.

Por sua vez, a Ucrânia referiu-se hoje a diversos ataques russos, em particular o efetuado na região de Kharkiv, nordeste do país, que terá provocado 38 feridos, incluindo 12 crianças.

O ataque na Rússia visou locais na região de Moscovo e arredores, que desde o início da ofensiva na Ucrânia já foram selecionados algumas vezes mas sem graves consequências, segundo indicam as agências internacionais.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, quatro 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) foram destruídos pela defesa antiaérea perto da capital e um quinto foi neutralizado por "meios de guerra eletrónicos", antes de se despenhar na região de Moscovo.

O ataque não provocou vítimas nem estragos, sublinhou o ministério.

"Todos os ataques foram repelidos pela defesa antiaérea, todos os 'drones' detetados foram neutralizados", indicou o presidente da Câmara Municipal de Moscovo, Serguei Sobianine, numa mensagem publicada na plataforma Telegram.

No entanto, o ataque perturbou durante três horas o funcionamento do aeroporto Vnoukovo, um dos três grandes aeroportos internacionais de Moscovo.

Um dos 'drones' foi neutralizado perto de Koubinka, localidade situada a 40 quilómetros do aeroporto.

"Estes ataques não seriam possíveis sem a ajuda fornecida ao regime de Kyiv pelos Estados Unidos e seus aliados da NATO", assegurou, por sua vez, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Os ocidentais "dão formação aos operadores de 'drones' e fornecem as informações necessárias para cometer semelhantes crimes", acrescentou.

Após o ataque, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, denunciou no Telegram um "ato terrorista" que tentava atingir uma zona onde se situam "infraestruturas civis".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.


Leia Também: Rússia diz ter evitado "ato terrorista" ucraniano em aeroporto de Moscovo

Presidente de Instituto Nacional de Estatística Roberto Vieira reage sobre a notícia que se circula nas redes sociais sobre o concurso lançado.

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Embaixador de república do Senegal fez uma visita de cortesia esta manhã ao presidente da ANP Cipriano Cassama.

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"As praias mais brancas da Crimeia" ou "Relaxe e desfrute do verão em grande estilo". Russos tentam atrair turistas para o mar de Azov (onde ninguém tem medo da guerra)

Por Cnnportugal.iol.pt  04/07/23

Autoridades lutam para manter o turismo em alta na região. Guia turístico garante que os turistas continuam a visitar a região e que o vão fazer "sempre"

A Crimeia, península do Mar Negro que a Rússia anexou em 2014, tem vindo a ser alvo de repetidos ataques nas últimas semanas de guerra na Ucrânia. Depois de Moscovo ter acusado Kiev de ter disparado mísseis britânicos Storm Shadow contra uma ponte que liga Chonhar à Crimeia, a Ucrânia mostra que quer intensificar a sua contraofensiva para tentar recuperar a península.

Mas nem isso parece demover as autoridades russas de que passar o verão junto ao mar de Azov é uma ideia e os anúncios para pacotes de férias e casas para arrendar multiplicam-se nas redes sociais.

De acordo com o Washington Post, aquele que é um dos destinos favoritos quer das elites russas como dos cidadãos comuns tem vindo a ser anunciado sem parar para tentar evitar que a guerra destrua aquela que é uma das fontes de rendimento da Crimeia: o turismo.

"As praias mais brancas da Crimeia!", "Relaxe e desfrute do seu verão em grande estilo", "Praias extensas, mares límpidos e uma infraestrutura hoteleira em desenvolvimento não o deixarão indiferente!", são alguns dos anúncios que podem ser encontrados online, segundo o jornal norte-americano.

Depois de no verão passado a Crimeia ter sido afetada pelo bombardeamento da base aérea e pela explosão da ponte Kerch, a Rússia garante agora que a situação na península é calma e propícia ao turismo e que nem o rebentamento da barragem Kakhovka vai afetar o fornecimento de água da região.

Em declarações ao jornal, um guia turístico da Crimeia garante que os turistas continuam a visitar a região e que o vão fazer "sempre". 

"Aqui não temos medo de nada. Aqui é o lugar mais seguro do país em termos de defesa e armas. Isto não é propaganda. Não fariam tais perguntas se passassem um único dia em Lugansk, Donetsk e na Crimeia e falassem com os residentes locais", afirmou Moryachok, identificado apenas pelo nome que usa nas redes sociais. 

Elena, uma professora de 55 anos de Moscovo, garante que está nos planos da família tirar férias na Crimeia este ano, como é habitual, e garante que "não está nada preocupada". 

"Quanto a eventuais problemas com alimentos, água e eletricidade, não estou nada preocupada. Já houve alturas diferentes e até piores. Costumava ir à Crimeia no tempo da União Soviética, antes de 2014 e depois. É claro que este ano a situação geral é preocupante, mas há fé na prudência, na humanidade e em Deus", garantiu.

Avião militar cai no leste da Rússia. Tripulantes estão desaparecidos

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto   04/07/23 

As equipas de resgate procuram agora os tripulantes. De notar que a aeronave não transportava armas e que ainda não há detalhes sobre as causas do acidente. 

Um caça MIG-31 russo caiu durante uma missão de treino na costa do Pacífico do país, sendo que o paradeiro dos seus dois tripulantes é atualmente desconhecido. 

Os militares russos disseram que o avião caiu na Baía de Avacha, na costa sudeste da Península de Kamchatka, revela a Sky News. As equipas de resgate procuram agora os tripulantes.

De notar que a aeronave não transportava armas e ainda não há detalhes sobre as causas do acidente. 

O MiG-31 é um caça supersónico bimotor de dois lugares projetado para intercetar aviões inimigos e mísseis de cruzeiro a longas distâncias. Está em serviço com as forças aéreas soviéticas e russas desde 1980.

A guerra na Ucrânia já fez mais de nove mil mortos entre a população civil, além de 15 mil feridos, segundo os dados atualizados no domingo pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a agência alerta que o número real de baixas civis deverá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em zonas ocupadas pelos russos, como em Mariupol, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas durante o longo cerco à cidade.


Leia Também: Putin admite encaminhar turistas para a Crimeia por regiões ocupadas

EUA aplaudem decisão de Macky Sall de não concorrer às presidenciais

© Getty Images

POR LUSA  04/07/23 

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, considerou hoje que a decisão do Presidente do Senegal, Macky Sall, de não concorrer a um terceiro mandato presidencial é "um exemplo para a região".

"O anúncio claro do Presidente Sall constitui um exemplo para a região, em contraste com aqueles que procuram corroer o respeito pelos princípios democráticos, incluindo os limites de mandatos", afirmou Blinken, citado pela agência France-Presse.

"Acreditamos que eleições livres e justas e transições de poder constroem instituições mais fortes e países mais estáveis e prósperos", acrescentou o secretário de Estado norte-americano, que disse que o seu país está "orgulhoso de apoiar as instituições eleitorais do Senegal" e prometeu "continuar a trabalhar com o Senegal para apoiar o compromisso tenaz do povo senegalês com a democracia".

O Senegal é considerado um parceiro fundamental para os Estados Unidos, que manifestou recentemente a sua vontade de reforçar os seus laços com os países africanos.

Em dezembro de 2022, Joe Biden organizou em Washington uma cimeira que reuniu cerca de 50 dirigentes do continente, entre os quais o Presidente Macky Sall.

A oposição no Senegal considerou que foi a pressão popular, marcada por frequentes protestos, que obrigou o Presidente da República, Macky Sall, a recuar na decisão de concorrer a um terceiro mandato nas eleições de 2024.

"Todos sabemos o que queria, infelizmente para ele a pressão foi tal que não tinha outra opção que não respeitar a Constituição, que citou muitas vezes e que votou em 2016", disse o coordenador do partido Patriotas Africanos do Senegal para o Trabalho, Ética e Fraternidade, Abbas Fall, liderado por Ousmane Sonko.

A ex-primeira-ministra e atual opositora Aminata Touré afirmou que a rejeição de uma nova candidatura "não é um favor que Sall faz ao Senegal, mas sim um recuo perante a vontade popular" e acrescentou: "Creio que podia ter-nos poupado a estes momentos difíceis para o país e especialmente a morte de 16 manifestantes".

As manifestações de concordância com a decisão de Macky Sall de não concorrer às eleições de fevereiro de 2024 foram generalizadas em toda a sociedade senegalesa, noticia a agência Efe, citando, entre outros, o coordenador da plataforma de organizações civis F24, Mamadou Mbodj, que se junta a várias vozes internacionais.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, saudaram a decisão do Presidente senegalês, Macky Sall, de não tentar um terceiro mandato.

"Gostaria de manifestar o meu profundo apreço pelo Presidente Macky Sall e pelo sentido de Estado que demonstrou. A sua decisão é um exemplo muito importante para o seu país e para o resto do mundo", declarou Guterres, na segunda-feira, na sua conta na rede social Twitter, pouco depois de Sall ter anunciado a sua decisão num discurso à nação.

Também através do Twitter, Mahamat saudou a "sábia decisão" do chefe de Estado senegalês, a quem chamou "irmão", de "não se candidatar às eleições presidenciais de 2024".

"Expresso a minha admiração pelo grande estadista que ele é por ter colocado os interesses superiores do Senegal em primeiro lugar e assim ter preservado o modelo democrático senegalês, que é o orgulho de África", acrescentou o chefe da Comissão (secretariado) da UA.

Na mesma linha, Michel também disse "congratular-se" com o anúncio de Sall.

Também o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, enquanto presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), saudou a "decisão corajosa" do seu homólogo senegalês, de não se recandidatar a um terceiro mandato, considerando-o um "grande estadista".


Leia Também: Senegal. Oposição aplaude decisão de Macky Sall de não se recandidatar

Funcionário do Parlamento em Cabo Verde faz greve de fome

Em Cabo Verde, o cidadão Adelino Tavares Moreira entrou nesta segunda-feira, 3, no sexto dia de uma greve de fome, em protesto contra o que considera ser perseguição política por ser simpatizante de uma força política da oposição.

AFEGANISTÃO: Governo talibã extingue salões de beleza para mulheres no Afeganistão

© Getty/Majid Saeedi

POR LUSA    04/07/23 

O Governo talibã no poder no Afeganistão vai proibir os salões de beleza para mulheres em todo o país, aos quais deu o prazo de um mês para encerrarem.

"O ministério enviou uma carta aos municípios para o cancelamento dos salões de beleza" a partir do dia 23 de julho, disse hoje à agência de notícias espanhola EFE o porta-voz do Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, Mohammad Sadiuq Akig Mahajir. 

Na mesma missiva enviada para as localidades de todo o país, o Governo talibã alerta que os centros de beleza para mulheres devem terminar todas as atividades ao longo do mês de julho e que, "uma vez ultrapassado o prazo", os espaços passam a ser ilegais. 

A medida foi adotada após uma ordem do líder supremo dos talibã, mullah Mawlawi Haibatullah Akhundzad.

Esta proibição, que se junta à lista de restrições impostas às mulheres afegãs desde a chegada ao poder dos talibãs em agosto de 2021, afeta também uma das poucas oportunidades de negócio no país. 

"Milhares de famílias encabeçadas por mulheres vão perder rendimentos. Isto é realmente difícil para nós, para podermos sobreviver. É uma espécie de tortura para nós (mulheres)", disse à EFE uma maquilhadora de um centro de estética em Cabul. 

Desde que os fundamentalistas islâmicos tomaram o poder, as mulheres têm-se visto privadas de direitos e sujeitas a restrições como a segregação sexual em locais públicos, a imposição do véu islâmico ou a obrigação de viajarem com familiares do sexo masculino. 

À lista que suprime os direitos das mulheres incluiu-se desde o passado mês de dezembro a proibição de trabalho para organizações não-governamentais ou frequência universitária, ordem que sucedeu à proibição de mulheres no ensino secundário. 

A realidade das mulheres no Afeganistão assemelha-se cada vez mais à época do primeiro regime talibã, que se manteve no poder entre 1996 e 2001, e que tem como base uma intrepretação fundamentalista do Islão.  

O Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção contra o Vício esteve em funções até 2001 tendo sido extinto após a intervenção militar internacional que se prolongou durante vinte anos e que voltou a fazer parte do novo governo fundamentalista após a retirada das forças da NATO, incluindo Portugal, lideradas pelos Estados Unidos.  


Leia Também: Afeganistão foi o país que viveu as piores emoções do mundo em 2022

"A Rússia vai continuar a resistir às pressões exteriores", garante Putin

© GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/AFP via Getty Images

POR LUSA    04/07/23 

A Rússia "vai continuar a resistir" às pressões "exteriores e às sanções", garantiu hoje o Presidente, Vladimir Putin, durante uma cimeira da Organização de Cooperação de Xangai que se realizou de forma virtual. 

"A Rússia vai seguramente resistir e vai continuar a resistir às pressões exteriores, às sanções e às provocações", disse Putin, agradecendo aos países que pertencem à Organização de Cooperação de Xangai que exprimiram apoio a Moscovo durante a rebelião do grupo paramilitar Wagner, no final de junho. 

"O povo russo está unido como nunca esteve", disse o chefe de Estado, acrescentando que "toda a sociedade russa" esteve unida numa frente contra a tentativa de rebelião armada" do grupo de mercenários Wagner.

Putin agradeceu aos "colegas da Organização de Cooperação de Xangai que exprimiram o apoio às ações das autoridades russas que visaram defender a ordem constitucional, a vida e a segurança dos cidadãos". 

"Agradecemos muito", disse.

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, liderou uma sublevação em 23 e 24 de junho, tendo os mercenários contratados pelo oligarca ocupado posições em bases militares no sul da Rússia, antes de terminar com o motim após a mediação do Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.

O grupo Wagner participou na última ofensiva militar de Moscovo contra a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022. 

A Organização para a Cooperação de Xangai foi fundada em 2001 pela República Popular da China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.

Desde 2017 que a Índia e o Paquistão também integram o organismo destinado à cooperação política, económica, militar, assim como partilha de informações e contactos relativos a áreas de segurança, sobretudo no combate ao "terrorismo, separatismo e extremismo". 


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Conferência de Imprensa do Instituto Nacional de Fiscalização e Controlo das actividades das Pescas, em resposta ao Sindicato de base da sua instituição. ...Coordenador Vladimir Lenine Djomel.

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