quarta-feira, 5 de julho de 2023

NATO: Aliança pode mobilizar rapidamente seis milhões de efetivos militares

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POR LUSA   05/07/23 

A NATO tem cerca de 3,5 milhões de militares no ativo, a maioria oriundos dos EUA (cerca de 1,4 milhões), mas é capaz de mobilizar cerca de seis milhões de efetivos, numa aliança de 31 países.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi fundada em 1949 (com 12 membros), tornando-se o principal pilar da estratégia de defesa do Ocidente contra a ameaça soviética durante a Guerra Fria.

Com a queda do muro de Berlim, em 1989, a NATO aumentou substancialmente o número de membros, passando a incluir vários países que tinham estado sob controlo de Moscovo após a Segunda Guerra Mundial, com a adesão da República Checa, da Polónia e da Hungria, em 1999, e de mais sete países em 2004.

O membro mais recente é a Finlândia, que apresentou o seu processo de adesão em 2022 e passou a ser elemento de pleno direito da Aliança desde 04 de abril do corrente ano.

A Suécia apresentou pedido de integração na mesma altura da Finlândia, mas ainda aguarda luz verde dos parlamentos da Turquia e da Hungria para ser integrada.

Para o efetivo de 3,5 milhões da organização, os Estados Unidos participam com cerca de 1,4 milhões de militares no ativo, sendo o país que mais contribui para as forças da NATO, seguidos da Turquia, que tem cerca de 450.000 soldados a participar no funcionamento da organização.

Contudo, os 31 países membros são capazes de mobilizar, a qualquer momento, quase seis milhões de efetivos militares, que, por exemplo, comparam com os cerca de 1,500 milhões de efetivos militares da Rússia.

A Força Aérea é um dos pontos fortes da Aliança, com um total de cerca de 20.000 veículos, incluindo 3.400 aviões de caça, 8.500 helicópteros e 1.500 aviões de transporte de militares.

Deste total, 13.500 veículos aéreos pertencem aos Estados Unidos, com a Turquia e a França, ambos com cerca de 1.000 dispositivos aéreos cada um, nos segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Nos últimos anos, a NATO tem também apostado no seu reforço marítimo, possuindo neste momento 143 submarinos disponíveis para as ações da Aliança, bem como 295 barcos patrulha e 135 fragatas.

Apesar de, nos últimos anos, os Estados Unidos terem diversificado as suas frentes de colocação de Forças Armadas (nomeadamente reforçando a sua posição na Ásia-Pacífico), o efetivo de militares norte-americanos estacionados na Europa é significativo.

Os EUA possuem cerca de 35.000 soldados colocados na Alemanha, 12.500 em Itália e 10.000 no Reino Unido, num total de cerca de 50.000 militares na Europa.

Em 2022, os EUA tinham 259 soldados estacionados em Portugal.

Os estatutos da Aliança Atlântica determinam que cada país invista pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, mas essa meta nem sempre tem sido cumprida e, em termos absolutos, os Estados Unidos gastam mais do dobro em defesa do que todos os outros países da NATO juntos.

Numa altura em que celebra os 70 anos de existência, a NATO tem mobilizados cerca de 20.000 efetivos em operações ativas em vários pontos do globo, incluindo Afeganistão, Kosovo, Iraque e Mediterrâneo.

Com o aumento do receio da presença militar da Rússia na frente Leste da NATO -- que se tornou mais premente após a anexação da região ucraniana da Crimeia, em 2014 -- a Aliança começou a reforçar a sua presença nesta zona.

Em 2017, a NATO criou quatro batalhões multinacionais na Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia.

Após o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a NATO expandiu este reforço a Leste, com quatro novos batalhões na Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia.

Para além destes batalhões, a NATO mantém ativos nove corporações de Ação Rápida, cada uma envolvendo cerca de 60.000 soldados.


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