segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Madagáscar. Polícia abre fogo contra civis e deixa 14 mortos e 28 feridos

© Getty Images

Por LUSA  29/08/22 

A polícia de Madagáscar abriu fogo hoje contra moradores de um bairro da cidade de Ikongo revoltados com um caso de sequestro de uma criança, e 14 pessoas morreram e 28 ficaram feridas, segundo fontes locais e médicas.

"Os guardas (...) dispararam contra a multidão", disse Jean Brunelle Razafintsiandraofa, deputado do distrito de Ikongo (leste), onde ocorreu o incidente, citado pela agência France-Presse.

"Nove pessoas morreram instantaneamente", acrescentou Tango Oscar Toky, médico chefe do hospital local, especificando que das 33 pessoas feridas que foram recebidas na manhã de hoje, cinco morreram no hospital.

Por volta das 08:00 TMG, houve tiros em Ikongo. Desde a semana passada, a pequena cidade está em estado de choque porque uma criança albina desapareceu e as autoridades suspeitam que se trata de um sequestro.

Na grande ilha do Oceano Índico, as pessoas albinas são regularmente alvo de violência. Mais de 12 sequestros, ataques e assassinatos de albinos foram relatados nos últimos dois anos, de acordo com as Nações Unidas.

Quatro suspeitos foram presos pela polícia na sequência do alegado sequestro da semana passada, mas os habitantes estão determinados a fazer justiça com as próprias mãos.

De manhã, foram à esquadra da polícia e exigiram que os quatro suspeitos lhe fossem entregues, segundo Razafintsiandraofa.

Segundo relatos de uma fonte da polícia à agência francdesa, deslocaram-se ao quartel da polícia pelo menos 500 pessoas, algumas armadas com "armas brancas" e "facões".

"Houve negociações, insistiram os aldeões", adiantou a mesma fonte. Os polícias decidiram então lançar bombas de fumo para dispersar a multidão e dispararam alguns tiros para o ar.

Porém, como os moradores continuaram a tentar forçar a entrada no quartel, a mesma fonte sublinhou: "Não tivemos escolha a não ser nos defendermos".

A polícia de Madagáscar é regularmente acusada pela sociedade civil da prática de violações dos direitos humanos, que raramente são alvo de processos.


Leia Também: Rejeitado recurso de acusados de planearem matar presidente de Madagáscar

GUINÉ-BISSAU: Médicos portugueses realizam consultas gratuitas a guineenses em Gabú

© Lusa

Por LUSA  29/08/22 

Uma equipa de 11 médicos e dois enfermeiros portugueses inicia hoje consultas gratuitas à população da região de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, disse à Lusa Fortunato Barros, da organização não-governamental "Saúde Sabe Tene".

À chegada ao aeroporto internacional de Bissau para aquela que é a 16ª missão da ONG portuguesa ao país e a primeira fora da capital guineense, o médico indicou que os 13 profissionais partem ainda hoje para Gabú onde iniciam, "imediatamente, as consultas à população".

Nos últimos quatro anos, a organização, criada em Portugal por médicos de diversas nacionalidades para prestar assistência à população "mais carenciada", nomeadamente as da Guiné-Bissau, tem feito consultas no hospital Simão Mendes de Bissau.

Desde vez a missão da "Saúde Sabe Tene" trouxe 28 profissionais, entre médicos e enfermeiros, sendo que um grupo ficará no Simão Mendes e outro irá dar consultas no hospital regional de Gabu, a 200 quilómetros de Bissau.

Fortunato Barros, médico urologista, nascido na cidade de Gabú, explicou que o conceito da missão se mantém na mesma e que a organização decidiu levar a assistência para aquela localidade, em parte em cumprimento do plano para atender doentes no interior da Guiné-Bissau, mas também por ser "das zonas mais necessitadas".

A equipa que se deslocou para Gabú vai dar consultas em urologia, ginecologia, pediatria, medicina geral e cirurgia geral, enquanto em Bissau os médicos vão atender doentes de senologia (doenças da mama), cirurgia geral, medicina dentária, cirurgia maxilofacial, pneumologia, infetologia e medicina geral.

A greve no aeroporto de Lisboa motivou que a missão, que deveria ser de uma semana, fosse encurtada para quatro dias, assinalou Fortunato Barros.

O médico observou que "em condições normais" a missão acaba por realizar "cerca de 700 consultas e cirurgias", mas que, desta vez, as cirurgias poderão ser "à volta de 50 e 60", nas duas cidades.

Fortunato Barros indicou ainda que a "Saúde Sabe Tene" trouxe nesta missão, além de médicos espanhóis, seis profissionais nacionais da Guiné-Bissau, mas frisou que o "núcleo duro" da ONG é composto por médicos portugueses.

O responsável sublinhou também que as consultas e os medicamentos aos doentes assistidos "são totalmente gratuitos", tanto em Bissau, como em Gabú.

Dois pilotos da Air France suspensos depois de lutarem no cockpit em pleno voo

Por observador.pt  29 ago 2022 

Piloto e co-piloto envolveram-se em agressões físicas em junho, durante um voo entre Genebra e Paris. Tripulação teve de intervir para por cobro à luta. Ambos foram suspensos, anunciou Air France.

A discussão terá começado logo após a descolagem e escalou rapidamente, com piloto e co-piloto a agarrarem-se pelos colarinhos, depois de um ter desferido um soco na cara do outro — tudo isto no interior do cockpit e em pleno voo, de Genebra para Paris.

A tripulação teve de intervir para por cobro à luta e o resto da viagem, que aconteceu em junho deste ano, em data não especificada, acabou por decorrer sem mais incidentes — mas com um dos membros da tripulação em permanência no cockpit, para garantir que os pilotos não voltavam a envolver-se em confrontos.

Ambos foram suspensos de funções, anunciou este domingo a Air France, obrigada a reconhecer publicamente o incidente, revelado no final da semana passada pelo jornal suíço La Tribune. Piloto e co-piloto estão agora a aguardar a decisão da empresa — que considera este “comportamento totalmente inadequado”, fez questão de realçar o seu porta-voz — relativamente ao seu futuro.

A investigação do jornal suíço sobre a companhia foi publicada um dia depois de, na passada terça-feira, a BEA, a entidade francesa que investiga a segurança da aviação civil, ter revelado um relatório em que acusa alguns pilotos da Air France de falhas de rigor no que diz respeito ao cumprimento dos procedimentos instituídos em casos de incidentes de segurança, resume a Associated Press.

Em causa está a análise de um incidente registado em dezembro de 2020 num voo de Brazzaville, na República do Congo, para Paris que acabou por ser desviado para o Chade após ser detetada uma fuga de combustível num dos motores. Apesar de o avião ter aterrado em segurança no aeroporto de N’Djamena, os pilotos não atuaram em conformidade com as regras instituídas para a aviação civil: deviam ter cortado a energia do motor ou aterrado o mais depressa possível, pode ler-se no relatório, que diz ainda que o motor poderia ter-se incendiado ao longo da 1h47 que passou desde o momento em que a fuga foi identificada até à aeronave pousar na placa do aeroporto chadiano.

No mesmo relatório são ainda citados outros três casos semelhantes, registados entre 2017 e 2022, sempre em aviões da Air France, o que levou a BEA a concluir que os pilotos da companhia estão a agir com base na análise que eles próprios fazem das situações, no momento em que ocorrem, em vez de em cumprimento dos protocolos de segurança instituídos.

Apesar de se ter comprometido a seguir as recomendações da entidade e de ter anunciado que está ela própria a levar a cabo uma auditoria interna, a Air France minimizou o assunto e recordou que opera milhares de voos todos os dias enquanto o relatório só faz referência a quatro incidentes de segurança.


Kyiv diz que iniciou ofensiva contra forças russas na frente sul

© Lusa

Por LUSA  29/08/22 

O Exército ucraniano garantiu hoje que lançou uma ofensiva em diversas frentes no sul do país e que conseguiu romper uma primeira linha de defesa das tropas russas na região de Kherson.

"As forças armadas ucranianas lançaram ações ofensivas em várias frentes do sul", disse Nataliya Humenyuk, chefe do Centro de Imprensa da Coordenação Conjunta das Forças de Defesa do Sul da Ucrânia, citada pelo jornal Ukrainska Pravda.

"As forças inimigas são bastante poderosas, estão a mover-se para aí há muito tempo, reunindo reservas militares, equipamentos... Mas as nossas medidas prévias, o que chamamos de controlo de fogo sobre a logística inimiga, funcionaram", acrescentou a porta-voz.

"Destruímos armazéns com munições, destruímos concentrações de equipamento militar e destruímos as instalações de defesa aérea. Tudo isso enfraqueceu definitivamente o inimigo", acrescentou Humeyuk, que, ainda assim, reconheceu que "é muito cedo para relaxar".

O grupo tático-operacional Kakhovka do Exército ucraniano garantiu, por sua vez, que o Regimento 109 da autoproclamada república pró-russa de Donetsk se retirou das suas posições na região de Kherson e que os pára-quedistas russos, que os apoiaram, deixaram o campo de batalha.

A porta-voz ucraniana também deixou um aviso à população civil, dizendo que "se não houve, ou se não há ainda, oportunidade de evacuar as cidades onde pode haver hostilidades ativas, as pessoas devem procurar refúgio e esperar".

Perante os ataques ucranianos, a administração cívico-militar criada pela Rússia em Nóvaya Kakhovka, na região de Kherson, ordenou hoje a saída de habitantes para abrigos antiaéreos, devido ao aumento dos ataques de mísseis ucranianos.

"Declaramos a evacuação. As pessoas estão nos abrigos antiaéreos da cidade, porque as sirenes (de alerta aéreo) não param de soar", justificou o chefe da administração cívico-militar de Nóvaya Kakhovka, Vladimir Leóntiev, citado pela agência russa TASS.

Leóntiev acrescentou que, nas últimas horas a cidade, controlada por tropas russas desde março passado, sofreu "mais de uma dezena de ataques de mísseis", mas garantiu que a central hidroelétrica de Nóvaya Kakhova continua a funcionar.

"A zona da central está sob ataque contínuo. O canal da eclusa, estradas e edifícios na zona foram danificados, mas a central continua a funcionar", disse o responsável russo.

Nesta área existem apenas três pontes e uma delas é da barragem de Nóvaya Kakhovka, todas sob fogo quase constante das forças ucranianas, que tentam cortar as rotas pelas quais as tropas russas são abastecidas na margem direita do rio Dnieper.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

PLANTAS: Regar as plantas com álcool parece absurdo, mas só lhes está a fazer bem... Um novo estudo revela que pode ser a solução contra a seca em vários países do mundo.

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Notícias ao Minuto  29/08/22 

Calma, não comece já a dar shots de tequila e vodca às plantas e flores lá de casa. Mas nunca se sabe se esse não será o caminho. Um novo estudo do centro de ciências e recursos sustentáveis no Japão concluiu que deixar as plantações e cultivos bêbedos faz com que sobrevivam durante um período de seca e sem água.

Os resultados apontaram que com o solo embebido com álcool as plantas conseguiram resistir durante duas semanas sem serem regadas da forma habitual. O estudo concluiu que esta pode ser a resposta para a seca e o aquecimento global nas culturas agrícolas.

“O tratamento com álcool de produções mais comuns como o arroz e trigo aumenta a sua produção num período de seca”, explicou o cientista Motoaki Seki, um dos principais autores do estudo.

“É uma forma barata e fácil de aumentar o rendimento do cultivo quando a água é limitada e sem necessidade de fazermos modificações genéticas”, continuou.

O etanol é álcool puro. Uma pequena quantidade deste composto é usado na produção de algumas bebidas alcoólicas. Nas pessoas os efeitos mais comuns do consumo elevado são náuseas, vómitos e dores de cabeça. Nas nas plantas tudo aponta para alguns benefícios.

“O etanol revelou capaz de ajudar as plantas a sobreviver durante duas semanas sem água. É seguro, disponível e barato, uma forma prática de aumentar a produção.”

O estudo arrancou com o cultivo de duas semanas de forma tradicional, com água. Passado esse tempo, trataram o solo com uma mistura de etanol durante três dias e não as regaram durante duas semanas. Perto de 75% das produções de trigo e arroz sobreviveram. Já menos de 5% não resistiu a duas semanas sem água ou álcool.

O estudo incluiu ainda plantas arabidopsis, da família das couves. Neste caso, devido ao etanol conseguiram reter mais água nas folhas durante as semanas em que foram privadas de rega.

Luanda, 29.08.2022: CNE divulga resultados finais das eleições


DW Português para África

Cooperação - Guiné-Bissau apresentou três projectos na Conferência Internacional África/Japão

 Bissau, 29 Ago 22 (ANG) - A  Guiné-Bissau apresentou na oitava Conferência Internacional sobre o Desenvolvimento Africano_TICAD-8, decorrida em Túnis,na Tunísia, entre os dias 27 e 28,  três  projetos para financiamento, revelou a Rádio Bantabá.

Trata-se do  projeto de construção do Porto Comercial em Piquil(Biombo),  de Transporte Fluvio-marítimo, para evacuação de pessoas e mercadorias das zonas costeiras e Ilhas e o projeto Agrícola de Promoção de Fileiras de Legumes e Valorização dos Produtos Agrícolas.

A oitava Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano TICAD-8, que contou a participação do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, encerrou domingo, em Túnis, Tunísia, com anúncio de cerca de US$ 30 bilhões em ajuda para o desenvolvimento da África.

Segundo o Primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, a  referida ajuda  se centrará no desenvolvimento de recursos humanos para promover o crescimento económico.

Outras ajudas incluíram a segurança alimentar para a África em razão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as mudanças climáticas e a promoção de negócios considerados ecologicamente corretos.

A 8ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o desenvolvimento de Àfrica proporcionou oportunidades para análises de parcerias  japonesas/africanas e  empreendimentos comerciais conjuntos.

A oitava TICAD é  a segunda realizada em África depois que o Quênia a acolheu em 2016 . É co-organizado entre as Nações Unidas, o Banco Mundial e a Comissão da União Africana.

O Presidente da República e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, Úmaro Sissoco Embaló e o Presidente da Tunísia, Kais Saied encontraram-se a margem do evento e tiveram a oportunidade de relançar a amizade guineense-tunisina. 

ANG/TV Bantabá

Guiné-Bissau inicia em breve recenseamento para eleições legislativas em dezembro


Por LUSA  29/08/2022

A Guiné-Bissau vai começar "em breve" o recenseamento eleitoral para as eleições legislativas marcadas para 18 de dezembro, disse hoje o ministro da Administração Territorial e Poder Local daquele país, nas Caldas da Rainha.

"Vamos fazer o recenseamento. Tem de ser um recenseamento de raiz, por isso temos toda a equipa preparada. Vão chegar materiais daqui a alguns dias e vamos dar início brevemente ao processo de recenseamento eleitoral", disse à agência Lusa Fernando Gomes, que afastou o adiamento da data das eleições.

O ministro reconheceu que a realização do recenseamento "não é uma tarefa fácil" devido à época das chuvas, mas acrescentou que o decreto que fixou a data das eleições tem de ser cumprido.

Fernando Gomes referiu que o gabinete técnico de apoio ao processo eleitoral começou a trabalhar há cerca de dois meses.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro deste ano.

O governante guineense encontra-se em Portugal para reuniões com presidentes de municípios portugueses, a primeira das quais ocorreu hoje com o autarca de Caldas da Rainha, o independente Vítor Marques.

"A Guiné-Bissau nunca teve eleições locais, após 48 anos de independência. Por isso, estamos aqui para conhecer a experiência portuguesa nesse domínio para avançar para eleições autárquicas entre 2023 e 2024, porque, sem eleições autárquicas, as províncias da Guiné-Bissau vão continuar abandonadas, porque não existe um poder local. Tudo depende do poder central", justificou Fernando Gomes.

O ministro da Administração Territorial e Poder Local da Guiné-Bissau vai também reunir-se com autarcas da Covilhã, Águeda, Coimbra, Figueira da Foz, Oeiras, entre outros, durante 12 dias de encontros bilaterais em Portugal.

Até ao final do ano, o governante tenciona vir a assinar um acordo de geminação com Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, cujo autarca convidou a visitar o seu país.

RUMO À LUA: É lançado hoje o maior e mais potente foguetão em direção da Lua

NASA/JOEL KOWSKY

SIC Notícias  29/08/22

Após mais de uma década de desenvolvimento, o novo foguetão lunar da NASA parte para o espaço na primeira missão de reconquista da Lua.

29 de agosto de 2022 poderá ficar registado como mais um dia histórico da conquista espacial. Mais de cinco décadas depois do primeiro passo do Homem na Lua, a 20 de julho de 1969, é lançada a primeira fase do programa Artemis para levar de novo astronautas à Lua, desta vez incluindo mulheres, como parte da missão até Marte.

A missão da NASA com participação da ESA tem hora de partida prevista para as 8h33 em Cabo Canaveral, na Florida, serão 13h33 em Lisboa. Mas se a meteorologia não cooperar, há outras duas datas alternativas: 2 ou 5 de setembro.

 O lançamento em direto no site da NASA.👇

Programa Artemis

O programa norte-americano para o regresso à Lua, Artemis, irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua na mitologia greco-romana, é constituído por várias missões. Depois de alguns adiamentos, Artemis I é a primeira, sendo que ainda não levará astronautas a bordo.

Esta primeira missão visa testar o novo foguetão gigante da NASA, SLS (Space Launch System), e a cápsula Orion colocada no topo e onde viajarão as tripulações a partir da missão Artemis II.

O maior e e mais potente foguetão jamais construído já iniciou a sua jornada: a 17 de agosto foi colocado da rampa de lançamento 39B no Centro Espacial Kennedy na Florida.

No topo do foguetão está a cápsula Orion, onde futuramente serão instalados os astronautas mas onde atualmente viajam bonecos e experiências científicas.

A cápsula Orion, uma vez impulsionada pelo foguetão, irá até à Lua e entrará na sua órbita, para depois regressar à Terra, numa missão que pode durar de 39 a 42 dias. Deverá ser recuperada no Oceano Pacífico e depois reutilizada.

Será possível acompanhar o percurso da Orion em tempo real

Em 2024, a missão Artemis II deverá então levar astronautas, mas não são ainda estes que terão o privilégio de pisar a Lua. Farão o mesmo percurso que a Artemis I - uma volta à Lua e o regresso a casa.

Será a tripulação da Artemis III que, em 2025 na melhor das hipóteses, voltará a pisar a Lua, 53 anos depois de o último homem ter lá estado, na missão Apollo VII.

Enquanto o programa Apollo apenas permitiu a viagem a homens brancos, o programa Artemis quer dar a hipótese a mulheres e a pessoas de outra raça.

Dados da Missão Artemis I:

  • Data de lançamento: agosto 29, 2022
  • Duração da missão: 42 dias, 3 horas, 20 minutos
  • Distância total percorrida: 2 milhões de quilómetros
  • Velocidade de reentrada: 39 mil km/h (Mach 32)
  • Splashdown (queda no oceano): 10 de outubro de 2022

Ilustres "passageiros" e experiências a bordo da Orion

A bordo da Orion seguirá um trio de manequins que irão ajudar a NASA a compreender qual a melhor forma de proteger os verdadeiros astronautas durante as futuras missões tripuladas.

EM CIMA OS BONECOS HELGA E ZOHAR,
EM BAIXO O "COMANDANTE MOONIKIN
CAMPOS" / NASA

O "comandante Moonikin Campos" estará ligado a sensores para fornecer dados sobre o que poderá afetar os membros da tripulação numa viagem à Lua. Dois sensores de radiação estão no seu fato espacial - Campos veste o Orion Crew Survival System de primeira geração, igual ao que os verdadeiros astronautas usarão durante o lançamento, a entrada e outras fases dinâmicas das missões. O assento também possui sensores para registar dados de aceleração e vibração.

Ao lado de Campos viajam dois bonecos europeus que fazem parte do projeto conjunto com a Alemanha e Israel Matroshka AstroRad Radiation Experiment (MARE): Helga e Zohar. Zohar usa um colete de proteção contra a radiação equipado com sensores para determinar o risco de radiação no caminho até à Lua, mas Helga não para se perceber as diferenças.

Pequenos satélites apanham boleia até à órbita da Lua

A bordo do SLS seguem dez CubeSat, pequenos satélites do tamanho de caixas de sapatos que serão lançados para o espaço durante a viajem. Pequenos em tamanho mas com enorme potencial para a ciência e exploração espaciais, observação da Terra e para as transmissões de comunicação.

A participação da Europa na missão à Lua

A ESA participa no programa Artemis com o módulo de serviço construído na Europa - European Service Module - que fornece energia e propulsão para a cápsula Orion e também fornecerá água e ar para os astronautas em futuras missões.

Outro projeto fundamental do programa Artemis é o Gateway - será um posto na órbita da Lua que vai fornecer um apoio vital no regresso de seres humanos à Lua. Desta casa temporária, os astronautas seguirão num módulo de aterragem para o polo sul da Lua.

Será também um importante ponto de partida para a exploração do espaço profundo e de uma futura ida a Marte.

NASA

Uma base na Lua para partir para Marte

O regresso à Lua é, por si só, uma conquista impressionante. Mas colocar astronautas na Lua pela primeira vez desde a última missão da Apolo, em 1972, tem um objetivo mais ambicioso: estabelecer uma presença humana permanente na Lua e na sua órbita, construindo uma infraestrutura que permita aos humanos ir ainda mais longe no sistema solar.

O programa Artemis é assim uma etapa para a ambição de longa data de chegar a Marte. No início deste ano, a NASA divulgou os seus objetivos "Da Lua a Marte" com os 50 pontos-chave para a exploração, transporte e infraestruturas na Lua e em Marte.

À procura de água na Lua

Dezenas de experiências robóticas serão enviadas para a Lua ainda antes dos seres humanos. Por vários locais serão espalhados pequenos robôs entre 2022 e 2025.

Exemplo disso será o Veículo de Exploração Polar para Investigação Volátil (VIPER) lançado em 2023 para pousar no polo sul da Lua e procurar água e outros recursos.

Será lançado a bordo de um foguetão Falcon Heavy da empresa privada SpaceX e o local previsto da alunagem será perto do lado ocidental da cratera Nobile, onde irá explorar a superfície numa área aproximada de 93 quilómetros quadrados.

DESENHO DE VIPER, UM ROBÔ MÓVEL QUE PERCORRERÁ O POLO SUL DA LUA EM BUSCA DE GELO. A MISSÃO VIPER VAI PROCURAR ONDE ESTÁ A ÁGUA E QUANTO ESTARÁ DISPONÍVEL, UM PASSO SIGNIFICATIVO PARA O OBJETIVO FINAL DA NASA DE UMA PRESENÇA SUSTENTÁVEL E DE LONGO PRAZO NA LUA - TORNANDO EVENTUALMENTE POSSÍVEL EXPLORAR MARTE E MAIS ALÉM.NASA / AMES RESEARCH CENTER / DANIEL RUTTER

O polo sul lunar é uma das regiões mais frias do Sistema Solar. Dados de missões anteriores levaram os cientistas a concluir que existe gelo nos polos da Lua.

VIPER vai recolher amostras de pelo menos três locais em áreas cuidadosamente selecionadas do polo Sul e analisará as características do gelo utilizando sensores e o berbequim que tem a bordo.

A ÁREA MONTANHOSA A OESTE DA CRATERA NOBILE E AS CRATERAS MENORES QUE COBREM O POLO SUL DA LUA, UMA REGIÃO COM ÁREAS PERMANENTEMENTE NA SOMBRA E ZONAS QUE SÃO BANHADAS PELO SOL A MAIOR PARTE DO TEMPO. O TERRENO NA REGIÃO DE NOBILE É O MAIS ADEQUADO PARA O ROBÔ VIPER NAVEGAR, COMUNICAR E DETERMINAR O POTENCIAL DE ÁGUA E OUTROS RECURSOS. /NASA


domingo, 28 de agosto de 2022

Japão reclamará lugar para África no Conselho de Segurança da ONU

Por LUSA 28/08/22 

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, prometeu hoje "remediar uma injustiça histórica" que irá fazer pressão para que o continente africano tenha um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Para agir eficazmente" e consolidar a paz e a segurança em África, é "urgente remediar a injustiça histórica" da ausência de um assento permanente para África na ONU, disse Kishida através de videoconferência, numa cimeira Japão-África, que se realiza em Tunes, Tunísia, desde sábado.

Segundo o chefe do Governo japonês, citado pela agência France-Presse (AFP), o seu país pretende "criar um ambiente em que o povo africano possa viver em paz e segurança para que o continente se possa desenvolver.

"O Japão reforçará a sua parceria com África" e, no próximo ano, quando estiver no Conselho de Segurança com um assento não permanente (2023 e 2024), irá defender a reforma da ONU e um assento permanente para o continente.

Kishida, que ficou em Tóquio devido à covid-19, apontou que será "um momento de verdade para a ONU".

"Para que a ONU possa trabalhar de forma eficaz pela paz e estabilidade, é urgente reforçar a ONU através da reforma do Conselho de Segurança", sublinhou.

Atualmente o Conselho de Segurança é composto por 15 membros, dos quais cinco permanentes (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido), sendo os restantes lugares ocupados por outros Estados-membros das Nações Unidas em rotações de dois anos.

Kishida agradeceu ainda à União Africana e à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pela sua "mediação na prevenção de conflitos" e referiu que os problemas transfronteiriços no continente devem ser abordados, tal como a formação das forças de segurança, a governação judicial e administrativa e a insegurança alimentar.

Na abertura do encontro, no sábado, o chefe do Governo anunciou "investimentos de 30 mil milhões de dólares (cerca de 30 mil milhões de euros)" ao longo de três anos em África.

Acabam de ser descobertos factos importantes sobre a vitamina B6 : leia, leia - em nome da sua saúde mental

Laranjas (Eddy Buttarelli via Getty Images)

Cnnportugal.iol.pt  28/08/22

Mas quer isto dizer que agora devemos ir a correr comprar suplementos da B6?

Há quem a designe "vitamina esquecida" mas a vitamina B6 parece ser bem mais essencial do que aquilo que imaginamos. Pelo menos é isso mesmo que sugere um estudo publicado em julho na revista científica Human Psychopharmacology, cujos resultados demonstram que a vitamina B6 reduz a ansiedade e os sintomas de depressão.

Não é novidade que as vitaminas do complexo B são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso e do sistema imunológico. Sabemos também que a vitamina B12 ajuda a prevenir a anemia e a fortalecer os ossos, enquanto a B9 (ácido fólico) é recomendada na gravidez, sendo necessária para o crescimento e desenvolvimento do feto.

Todavia, a vitamina B6 é considerada a "vitamina esquecida" entre as vitaminas do complexo B, como a descreveu em declarações ao New York Times Reem Malouf, neurologista que se dedica ao estudo na Universidade de Oxford sobre os efeitos da B6 ao nível cognitivo.

Um estudo desenvolvido na Universidade de Reading, no Reino Unido, procurou resolver esta lacuna através de um ensaio experimental que contou com a participação de 478 adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 58 anos. Os participantes foram agrupados de forma aleatória e, durante cerca de um mês, um grupo recebeu comprimidos placebo, outro grupo recebeu comprimidos de 100 miligramas de vitamina B6, enquanto o terceiro recebeu comprimidos de 100 miligramas de vitamina B12.

Os participantes que receberam o suplemento da vitamina B6 admitiram sentir menos ansiedade e os resultados sugerem que esta vitamina "induziu uma tendência de redução dos sintomas de depressão", enquanto a vitamina B12 "produziu tendências para mudanças na ansiedade e no processamento visual". 

"Os nossos resultado sugerem que a suplementação da vitamina B6 em doses elevadas [100mg] aumenta as influências neurais inibitórias GABAérgicas, o que é consistente com o seu papel conhecido na síntese de GABA", ou seja, na forma como os medicamentos atuam no nosso organismo, pode ler-se no estudo.

É preciso ter em conta que a amostra deste estudo é de pequena dimensão, não sendo, por isso, representativa. As conclusões dos restantes estudos científicos sobre os efeitos da vitamina B6 na saúde mental também são muito limitadas e nem sempre é possível identificar uma causa-efeito. Isto porque é muito difícil medir a forma como as vitaminas são absorvidas pela corrente sanguínea.

E agora devemos ir a correr comprar suplementos da B6?

Em declarações à CNN Portugal, o presidente da Associação Portuguesa de Alimentação Racional e Suplementos Alimentares, Pedro Lôbo do Vale, concorda que "as vitaminas são um bocado esquecidas" no mundo da medicina, admitindo que hoje em dia os médicos as "receitam pouco".

Em teoria, os nutrientes e vitaminas naturais dos alimentos "deveriam ser suficientes", mas "é claro que não são", argumenta o médico especialista em Medicina Geral e Familiar. Exemplo disso mesmo é a necessidade de suplementação de ácido fólico nas durante a gravidez, por muito correta que seja a alimentação das grávidas. 

Com o avançar da idade, a necessidade de suplementação também vai sendo cada vez maior, acrescenta o médico: "As pessoas com mais idade, alimentam-se pior - muitos alimentam-se apenas de uma caneta de leite e um pãozinho, etc. -, absorvem menos nutrientes e a necessidade de suplementação é maior".

Nos jovens, a recomendação do médico já não é tão generalizada - os que praticam desporto ou que ficam "muito nervosos e stressados" com os exames da escola ou outras situações devem recorrer a suplementação, mesmo que tenham uma "alimentação variadíssima".

Em relação ao estudo da Universidade de Reading, Pedro Lôbo do Vale pede cautela, ressalvando que a ansiedade e os sintomas de depressão ou problemas de memória "não desaparecem com a vitamina B6", sendo necessárias outras terapias nesse sentido, como a psicoterapia, por exemplo.

Katherine Tucker, epidemiologista nutricional na Universidade de Massachusetts Lowell, considera, por outro lado, que a maioria dos adultos saudáveis consegue obter vitamina B6 mais do que suficiente através da alimentação, uma vez que "está amplamente disponível nos alimentos integrais". O atum, salmão, grão de bico, aves, bananas, laranjas, melão e nozes são alguns exemplos desses alimentos, aponta.

Uma das autoras do estudo da Universidade de Reading, a estudante de doutoramento em psicologia nutricional Jessica Eastwood, também partilha da opinião de Katherine Tucker: "Eu defendo sempre uma abordagem da alimentação em primeiro lugar. Se estiver a sentir mais fadiga, se não se sente você próprio ou se considerar que não ingere muitos alimentos que contenham B6", então talvez esteja na hora de procurar ingerir mais alimentos ricos em B6", argumenta, citada pelo New York Times.

PAQUISTÃO: Hotel de luxo desaba devido a inundações no Paquistão. E há imagens... Veja o vídeo.👇

© Reprodução

Notícias ao Minuto  28/08/22 

O hotel de luxo New Honeymoon, situado na margem do rio Swat, em Kalam, desabou, na sexta-feira, devido às cheias que têm afetado o Paquistão.

Apesar dos danos, o colapso – que poderá ver na galeria acima – não causou feridos, segundo aponta o g1.

A população partilhou várias imagens do momento nas redes sociais, sendo que tanto os funcionários do hotel, como os residentes ali presentes foram retirados em segurança.

Nas últimas 24 horas, pelo menos 119 pessoas morreram devido às inundações causadas por chuvas torrenciais das monções, anunciaram as autoridades este domingo.

Estes óbitos elevaram o número total de vítimas mortais em inundações causadas pelas chuvas de monções, que começaram em junho, para 1.033, de acordo com o último balanço divulgado pela Autoridade de Gestão de Catástrofes (NDMA) paquistanesa.

Mais de 33 milhões de habitantes, ou um paquistanês em cada sete, foram afetados pelas inundações, e perto de um milhão de casas ficaram destruídas ou muito danificadas, referiram os dados governamentais.

A NDMA indicou que mais de 80 mil hectares de terra cultivada ficaram destruídos e mais de 3.400 quilómetros de estradas e 149 pontes foram levadas pelas águas.

As monções são importantes para irrigar plantações e para a reposição de recursos hídricos no subcontinente indiano, mas acarretam também a sua parte de tragédia e destruição, todos os anos, entre os meses de junho e setembro.

A União Europeia (UE) anunciou, no sábado, ter atribuído 1,8 milhões de euros em ajuda humanitária destinada às famílias afetadas pelas inundações no Paquistão.

Em comunicado, o executivo comunitário aponta que a ajuda humanitária visa apoiar as populações afetadas em alguns dos distritos mais duramente atingidos nas províncias de Sinde, Baluchistão, Punjab e Khyber Pakhtunkhwa, sendo o financiamento atribuído aos parceiros humanitários da UE que operam no terreno.

Na semana passada, a UE já tinha destinado 350 mil euros em ajuda para as populações da província do Baluchistão afetadas pelas cheias.

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Estes óbitos elevaram o número total de vítimas mortais, em inundações causadas pelas chuvas de monções, que começaram em junho, para 1.033, de acordo com o último balanço hoje divulgado pela Autoridade de Gestão de Catástrofes (NDMA) paquistanesa.

Mais de 33 milhões de habitantes, ou um paquistanês em cada sete, foram também afetados pelas inundações e perto de um milhão de casas foi destruída ou muito danificada, referiram os dados governamentais.

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Dois navios de guerra dos EUA em trânsito no estreito de Taiwan... Dois navios de guerra norte-americanos passaram pelo estreito de Taiwan em trânsito, anunciou hoje a Marinha dos Estados Unidos.

© yahoo.com

Por LUSA  28/08/22 

A passagem "demonstra o empenho dos Estados Unidos numa região do Indo-pacífico livre e aberta", indicou, em comunicado.

A 12 de agosto, Washington anunciou a intenção de reforçar as relações comerciais com Taiwan e de realizar novas travessias aéreas e marítimas do estreito, numa resposta às manobras militares chinesas, realizadas na sequência da recente visita da presidente da Câmara dos Representantes norte-americana, Nancy Pelosi, à ilha.

Para Washington, que apelidou as manobras chinesas "de provocação", Pequim usou a visita de Pelosi a Taiwan para "lançar uma campanha de pressão" contra a ilha e alterar o 'status quo', pondo em risco a paz e a estabilidade no estreito", acusou, na altura, o coordenador Ásia-Pacífico da Casa Branca Kurt Campbell.

Os navios e aviões norte-americanos vão efetuar novas travessias do estreito de Taiwan "nas próximas semanas" e continuar a "voar, navegar ou operar onde a lei internacional o permitir", disse Campbell, sem especificar a natureza dos destacamentos no estreito ou o seu calendário.

Pequim considera Taiwan, que tem um governo autónomo, como parte do seu território a recuperar um dia, e se necessário pela força.

Extremismo no Sahel avançou para sul e atinge países da África Ocidental

© iStock

Por LUSA 28/08/22 

O extremismo violento que atormenta o Sahel avançou para sul e ameaça cada vez mais os países costeiros da África Ocidental, que devem aprender com os erros dos seus vizinhos e evitar uma resposta exclusivamente militar, defendem especialistas.

O que começou há uma década como uma preocupação no norte do Mali estendeu-se a outros países do Sahel, como o Níger e o Burkina Faso, e atinge agora o norte de vários países costeiros da África Ocidental.

Na Costa do Marfim, Gana, Togo e Benim, o extremismo violento "está às portas e já não é apenas uma ameaça", disse à Lusa Sampson Kwarkye, investigador do gabinete do Instituto de Estudos de Segurança (ISS) para a África Ocidental, Sahel e Bacia do Lago Chade.

A Costa do Marfim sofreu 17 ataques ligados a grupos filiados na Al-Qaida desde 2020, o Benim já foi alvo de 21 ataques este ano, dois dos quais reivindicados pelo grupo Jamanta Nusrat al-Islam wal-Muslimeen (JNIM), filiado na Al-Qaida, e o Togo perdeu oito soldados num ataque reclamado pelo mesmo grupo.

O Gana, o único dos quatro países costeiros que ainda não sofreu qualquer ataque, tem visto os seus jovens serem recrutados para grupos extremistas e as autoridades dizem ter já prevenido ataques.

"A situação tornou-se muito preocupante e está a piorar de dia para dia", alertou Kwarkye.

Ao fim de quase uma década de esforços agressivos de contraterrorismo por parte das forças nacionais, regionais e internacionais, a presença destes grupos extremistas não só se manteve como se expandiu, o que revela a insuficiência da abordagem militar para pôr fim ao problema, defendem os investigadores do ISS, instituto sediado na África do Sul, assim como os autores de um artigo recente do Policy Center for the New South, um 'think tank' sediado em Marrocos.

Segundo este artigo, a resposta dos Governos de todos estes países costeiros à ameaça do extremismo tem sido um reforço da segurança e um aumento da presença militar nas fronteiras, estratégia que "será ineficaz, tal como foi no Sahel, porque reflete um mau enquadramento do que está a acontecer no terreno".

O texto refere que a expansão dos extremistas para sul não é equiparável a um exército que marcha fisicamente em formação e que pode ser travado com força militar.

"Em vez disso, eles espalham ideias e exploram os ressentimentos das populações para mudar as lealdades e comportamentos locais. Os grupos extremistas não tendem a dominar e governar áreas, eles tentam controlar as pessoas e incitar à violência para desestabilizar governos", escrevem os investigadores.

Para a investigadora do ISS Jeannine Ella Abatan, que coordena um projeto sobre mulheres e extremismo violento no Mali e no Níger, "a resposta militar é importante, especialmente se priorizar a proteção dos civis", mas são necessárias outras soluções, porque a resposta militar é insuficiente para lidar com as causas profundas do extremismo violento.

Kwarkye vai mais longe e acredita mesmo que as operações militares - nomeadamente a operação francesa Barkhane, que este mês deixou o Mali ao fim de nove anos, mas também operações nacionais ou do G5 Sahel -- contribuíram para a expansão do extremismo.

Estas operações "colocaram uma pressão considerável nos grupos extremistas na região, especialmente no Sahel, e forçaram-nos a procurar novas bases operacionais", explicou.

Além disso, estas operações "não foram baseadas numa compreensão correta do contexto operacional" e acabaram por atingir indiscriminadamente tanto os extremistas como os civis inocentes, aumentando o ressentimento das comunidades contra as autoridades, alertou Kwarkye.

Abatan recorda que entre as causas profundas do extremismo estão precisamente esses ressentimentos e frustrações, que os extremistas capitalizam, especialmente quando as comunidades se sentem abandonadas pelo Estado e privadas de acesso a serviços essenciais como saúde e educação.

"Para ganhar esta batalha, os Estados costeiros têm de ter a comunidade do seu lado. (...) E a única forma de as comunidades ficarem do lado do Estado é se o virem como sendo útil para elas", o que não tem acontecido no caso das populações fronteiriças dos Estados costeiros, alertou Abatan.

O Estado tem de "mostrar a sua presença na vida das comunidades locais, especialmente nas regiões que já registaram ataques e que são vistas como de risco", acrescentou.

Como insistem os investigadores do Policy Center no seu artigo, "o movimento de pessoas através das fronteiras não é o problema principal".

"À medida que os grupos extremistas tentam catalisar o conflito na África Ocidental, os Estados devem apoiar os civis para que resistam às narrativas e pressões desses grupos. As comunidades e indivíduos sob pressão são vulneráveis, não porque estejam perto das fronteiras, mas por causa de dinâmicas internas pré-existentes", acrescentam.

Todos os investigadores enfatizam que os Estados costeiros, que estão em vias de desenhar as suas estratégias para conter e combater o terrorismo, têm de aprender com os erros dos seus vizinhos do Sahel, que contribuíram para a expansão da ameaça.

Nas palavras de Kwarkye, os governos "têm de garantir que, qualquer que seja a estratégia que escolham, tem de ser centrada na comunidade, tem de ter em conta as necessidades das pessoas, especialmente nas zonas remotas e de fronteira".

"Se isso for feito, penso que muito progresso pode ser alcançado", apontou.


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© Lusa

Notícias ao Minuto  28/08/22 

Analistas do Instituto de Estudos de Segurança (ISS, na sigla inglesa) alertam que crescentes ataques extremistas nos países costeiros da África Ocidental são apenas a ponta do icebergue de uma rede que garante a continuidade do terrorismo na região.

"Os países costeiros têm de ver estes ataques como apenas a ponta do icebergue, em que, por baixo, há um número de vulnerabilidades que têm de compreender e abordar antes que seja tarde de mais", disse à Lusa a investigadora Jeannine Ella Abatan, do gabinete do ISS para a África Ocidental, Sahel e Bacia do Lago Chade.

O extremismo violento, que atormenta o Sahel há quase uma década, avançou para sul e ameaça cada vez mais os países costeiros da África Ocidental, como a Costa do Marfim, Gana, Togo e Benim.

A Costa do Marfim sofreu 17 ataques ligados a grupos filiados na Al-Qaida desde 2020, o Benim já foi alvo de 21 ataques este ano, dois dos quais reivindicados pelo grupo Jamanta Nusrat al-Islam wal-Muslimeen (JNIM), filiado na Al-Qaida, e o Togo perdeu oito soldados num ataque reclamado pelo mesmo grupo.

O Gana, o único dos quatro países costeiros que ainda não sofreu qualquer ataque, tem visto os seus jovens serem recrutados para grupos extremistas e as autoridades dizem ter já prevenido ataques.

Apesar de se ter tornado mais visível nos últimos anos, a ameaça terrorista vem de trás e em março de 2016 um ataque na estância balnear de Grand Bassam, na Costa do Marfim, provocou 19 mortos e 33 feridos, o que já então "mostrava a capacidade do extremismo violento de operar longe da sua base operacional", disse Abatan.

Uma investigação realizada pelo ISS na região de Liptako-Gourma, a zona triangular onde o Mali, o Burkina Faso e o Níger se unem, mostrava que já em 2019, ou seja ainda antes da recente onda de ataques, os grupos extremistas violentos usavam os Estados litorais como fonte de recrutamento, de logística operacional e até de financiamento, contou Abatan.

"Por isso para nós é muito importante que os Estados costeiros vejam estes ataques como apenas a ponta do icebergue e que tentem compreender todas as vulnerabilidades que estes grupos extremistas vêm usando há já algum tempo", disse.

Abatan lembrou que, embora se associe muitas vezes o extremismo violento à religião, a investigação do ISS concluiu que a religião normalmente não tem um papel importante na decisão das pessoas que se envolvem com estes grupos, havendo mais frequentemente motivações locais.

Entre as causas profundas do extremismo, a investigadora identifica conflitos pré-existentes, nomeadamente por recursos ou por terra, ou conflitos entre agricultores e pastores.

E identifica sobretudo as frustrações das comunidades, especialmente aquelas que se sentem abandonadas pelo Estado.

"Uma coisa é certa, para as pessoas que chamamos os 'soldados rasos', a motivação para se juntarem a estes grupos é mesmo local, baseada na sua realidade diária -- as pessoas juntam-se para obterem proteção, justiça ou vingança", exemplificou.

Por isso o ISS defende que a estratégia para combater o extremismo deve centrar-se nas comunidades, que devem ser envolvidas de forma permanente e sentir-se apoiadas pelo Estado.

sábado, 27 de agosto de 2022

O GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALÓ, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO ESTEVE PRESENTE NO 8° TICAD DE TUNES.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Japão prometeu disponibilizar cerca de US$ 30 bilhões em ajuda para o desenvolvimento africano na conferência realizada em Túnis neste fim de semana.

A ajuda, que se centrará no desenvolvimento de recursos humanos para promover o crescimento económico, foi anunciada na Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano (TICAD-8) pelo primeiro-ministro Fumio Kishida, que participou na conferência online desde que está a recuperar do COVID-19, acrescentou o jornal.

O Presidente da Tunísia, Kais Saied, e o Primeiro-Ministro Najla Bouden, discursaram na conferência, bem como altos dirigentes políticos africanos e líderes empresariais.

O evento ofereceu à possibimidade para a discussão de parcerias japonesas- africanas e empreendimentos comerciais conjuntos.

Outros tópicos incluiram a segurança alimentar para a África em razão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as mudanças climáticas e a promoção de negócios considerados ecologicamente corretos.

A oitava TICAD é a primeira desde 2019 e apenas a segunda realizada na África depois que o Quênia a acolheu em 2016 . É co-organizado entre as Nações Unidas, o Banco Mundial e a Comissão da União Africana.


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O Presidente da Tunísia, Kais Saied e o Presidente da República da Guiné-Bissau e Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, General Úmaro Sissoco Embaló encontraram- se e tiveram a oportunidade de relançar a amizade guineense-tunisina e de passar em revista sumária as crises que afectam o Mali, Burkina Faso e Guiné, bem como de outros problemas relacionados com a subida dos preços dos produtos de primeira necessidade em razão do conflito russo-ucraniano.


Japão quer ajudar no "crescimento da qualidade" em África

© Getty Images

Por LUSA  27/08/22 

O primeiro-ministro japonês disse hoje em Tunes que o Japão quer ajudar ao "crescimento da qualidade" em África e anunciou "investimentos de 30 mil milhões de dólares (cerca de 30 mil milhões de euros)" ao longo de três anos.

O Japão dá "prioridade a uma abordagem que valoriza investimento humano e crescimento de qualidade", declarou Fumio Kishida, num discurso na abertura dos trabalhos de dois dias da 8.ª Cimeira Ticad (Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano).

Esses fundos, "privados e públicos", terão de ser dedicados à "promoção de uma economia verde" que beneficiará de um envelope de quatro mil milhões de dólares, disse Kishida , que interveio por videoconferência a partir de Tóquio em virtude de ter contraído covid-19.

"Para melhorar a vida dos africanos, também forneceremos até cinco mil milhões de dólares cofinanciados com o Banco Africano de Desenvolvimento" (BAD), acrescentou Kishida, incluindo mil milhões de dólares para "reestruturação da dívida".

Na anterior edição do Ticad, em 2019, o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe alertou África sobre o perigo de acumular dívidas "excessivas", numa alusão à China.

Pequim aumentou constantemente a sua influência na região nos últimos anos por meio do seu ambicioso projeto de infraestrutura "Rotas da Seda".

O Japão quer também ajudar o continente face às carências resultantes da guerra na Ucrânia, no valor de 300 milhões de dólares em cofinanciamento com o BAD, para "a produção de alimentos e a formação de 200.000 pessoas na agricultura".

Vinte líderes africanos (chefes de Estado ou de Governo) estão presentes no Ticad, segundo fontes tunisinas, bem como 5.000 pessoas convidadas para um fórum de empresários e conferências paralelas.

Entre os chefes de Estado presentes está o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo.

No seu discurso na abertura do evento, o Presidente da Tunísia e anfitrião da cimeira, Kais Saied, apelou à "procura em conjunto dos meios para que os africanos realizem os sonhos e esperanças da primeira geração após a independência".

Said também elogiou o sucesso japonês que conseguiu "alcançar o desenvolvimento preservando a sua cultura e as suas tradições".

O chefe de Estado senegalês Macky Sall, atual presidente da União Africana, prestou homenagem à "parceria de referência" com o Japão, saudando "resultados concretos na agricultura, saúde, educação, hidráulica".

Desde a sua criação em 1993, as cimeiras do Ticad, coorganizadas com as Nações Unidas, o Banco Mundial e a União Africana, geraram 26 projetos de desenvolvimento em 20 países africanos.

Para Sall, as prioridades africanas são "a procura da soberania farmacêutica" com o aumento da produção (local) de vacinas e medicamentos e "soberania alimentar".

África tem 60% de terras aráveis, recursos hídricos e mão-de-obra significativos, mas quer "investimentos para uma cooperação benéfica", destacou.

O continente também gostaria de "uma realocação de direitos de saque especiais" do FMI, para ajudar a recuperar dos efeitos económicos resultantes da pandemia de covid-19 e da guerra na Ucrânia, argumentou Sall.

O presidente em exercício da União Africana adiantou que "África também pede a suspensão dos juros da dívida por parte do G20" e solicitou um lugar neste grupo das 20 principais economias "para garantir um melhor apoio aos interesses do continente".

Segundo Sall, isso pode se concretizar "na próxima cimeira do G20 em Bali" em novembro.

Antes de se iniciar, a conferência sofreu um percalço diplomático com a saída da delegação marroquina e a retirada do embaixador em Tunes, em reação à chegada ao Ticad do líder da Frente Polisário e Presidente da República Árabe Saarauí Democrática (RASD), Brahim Ghali, que luta pela à independência do território do Saara Ocidental, ocupado por Marrocos.

Defendendo-se de ter abandonado a sua "neutralidade tradicional", Tunes, por sua vez, chamou o seu embaixador em Marrocos, assegurando que a RASD foi convidada pela União Africana, organização de que é membro.

Macky Sall disse "lamentar a ausência de Marrocos por falta de consenso sobre uma questão de representação", esperando que "este problema encontre uma solução".

O Ticad é politicamente importante para o Presidente Kais Said, protagonista há um ano de um golpe palaciano através do qual assumiu todos os poderes, para além do ponto de vista económico, porque a Tunísia em crise espera atrair investidores para 80 projetos que podem criar 35.700 empregos.

Pelo menos 33 mortos em confrontos entre exército e rebeldes no Chade

© Getty

Por LUSA  27/08/22 

Pelo menos 33 pessoas morreram entre sexta-feira e hoje em combates entre o Exército do Chade e rebeldes Conselho do Comando Militar para a Salvação da República (CCMSR), segundo fonte do grupo.

Do lado das Forças Armadas chadianas morreram 21 soldados, enquanto os rebeldes registaram 12 baixas, segundo a fonte citada pela Efe.

Os confrontos coincidem com o diálogo de reconciliação nacional, iniciado há uma semana, no qual a junta militar de transição responsável pelo país, grupos rebeldes, partidos políticos, sociedade civil e sindicatos participam para acordar o regresso a um governo civil.

Os combates tiveram início na sexta-feira e recomeçaram na manhã de hoje na cidade de Wour, junto à fronteira com a Líbia, onde o Exército lançou uma ofensiva contra uma coluna de rebeldes que se dirigia para o centro do país.

"Procurávamos um lugar estratégico para pararmos e foi o Exército nacional que nos atacou. Fomos forçados a retaliar para repelir o inimigo. Houve 33 mortos, incluindo 12 do nosso lado que temos a lamentar", disse o porta-voz do CCMSR, Moustapha Kandre, à agência noticiosa espanhola.

De acordo com Kandre, o diálogo que decorre na capital, N'Djamena, é "uma farsa, pelo que a opção militar é a única solução para pôr fim a esta transição militar liderada pelo filho do falecido Presidente [Idriss] Déby, que os chadianos não querem".

Por sua vez, o Exército chadiano contestou a versão dos rebeldes e diz ter recuperado o controlo da cidade.

"Foram eles que nos atacaram e nós reagimos em autodefesa. Foram expulsos do Chade e atravessaram para refugiarem na Líbia, como de costume", disse um comandante sob anonimato.

O responsável não confirmou o número de baixas.

O Chade está sob o poder do Conselho Militar de Transição (CMT) desde a morte em abril de 2021 do Presidente Idriss Déby Itno - que governava o país desde 1990 - durante confrontos violentos entre rebeldes e o Exército chadiano.

Depois de tomar o poder, a CMT, liderada por Mahamat Idriss Déby -- de 38 anos e filho do ex-presidente - anulou a Constituição e dissolveu o Governo e o parlamento.

No entanto, Déby prometeu realizar eleições livres e democráticas no prazo de 18 meses, após a realização de um "diálogo nacional inclusivo" com toda a oposição política e os numerosos grupos rebeldes.

Desde o início, o líder da CMT contou com o apoio da comunidade internacional, liderada pela França, União Europeia e UA, já que o Exército do Chade é um dos pilares da guerra contra grupos fundamentalistas islâmicos da região do Sahel, juntamente com as tropas francesas da missão Barkhane.

ESCULTORES GUINEENSES ACUSAM MINISTÉRIO DO TURISMOS DE ENTREGAR O SETOR EM MÃOS ALHEIAS

 JORNAL ODEMOCRATA  27/08/2022  

Os escultores guineenses acusaram o Ministério do Turismo e Artesanato de entregar o setor a mãos alheias e de estar a dar oportunidades a outras pessoas para representarem a escultura guineense quenão “entendem nada de esculpir”. Admitem passar por muitos sacrifícios e de terem poucas recompensas e apoios do executivo.

Em entrevista ao jornal O Democrata (agosto de 2022) para falar do impacto da escultura no país e do papel do Estado para impulsionar este campo artístico, os escultores revelaram que a Guiné-Bissau não está a corresponder com as exigências da União Económica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) sobre a estruturação e a organização do setor do artesanato, que pudessem permitir a entrada de fundos que a organização monetária sub-regional disponibiliza aos países membros para participar nas feiras internacionais e exposições de obras de artes.

Os escultores lamentaram que o setor tenha sido, depois do mandato do falecido Presidente da República, Luís Cabral, relegado ao último plano pelos sucessivos governos e ter caído no esquecimento total.

“Depois do mandato do Presidente da República Luís Cabral, os sucessivos governos relegaram o setor para o último plano, abandonaram-no e está no esquecimento total”, disse Idiaming José Biaguê do Centro artístico de Belém... Ler mais