Estudantes guineenses dispersos com gás lacrimogéneo e agredidos pelas forças de segurança que impediram a marcha dos estudantes guineenses, que deveria começar do espaço verde do bairro d´Ajuda ao palácio do governo, exigindo a abertura das aulas nas escolas públicas
Igualmente os estudantes exigem a publicação das notas nas escolas de formação superior dos professores. Os estudantes projectam uma manifestação pública ainda hoje (08).
Últimas informações dão conta que alguns estudantes foram levados ao hospital na sequência da inalação do gás lacrimogéneo e outros foram presos pelas forças de segurança que ainda continuam no local.
Esta manhã, numa entrevista á RSM, Alfa Umaro Só, colectivo das Associações dos Alunos da Escolas Públicas e Privadas, diz que mesmo com a situação a luta pela reivindicação do direito á educação continua.
“Lançaram gás lacrimogénio e expulsaram os estudantes do recinto escolar onde estavam a reunir. Alguns dos nossos colegas desmaiaram, foram hospitalizados e presos mas a nossa luta vai continuar porque, para a próxima semana, vamos marcar mais uma marcha pacífica”, admite.
Alfa Umaro Bá pede a colaboração dos pais e encarregados de educação a não mandarem, amanhã, os seus educandos para a escola. Aos estudantes que estão a queimas pneus e lançar garrafas são pedidos ponderação.
“Que os pais e encarregados da educação das escolas privadas compreendam as nossas reivindicações e que não mandem os seus educandos para a escola. Estamos a ser perseguidos se as nossas marchas não se realizarem, então nenhuma outra manifestação vai ter lugar na Guiné-Bissau”, exorta.
A situação provocou o não funcionamento das aulas na Faculdade de Direito de Bissau. O presidente da Associação Académica, Osvaldo Oliveira Té, lamentou o ocorrido que provocou no espancamento de três dos seus associados.
Entretanto, uma delegação do governo reuniu, esta manhã (08), com a Associação dos Pais e Encarregados de Educação e com as organizações estudantis.
A marcha pacífica projectada pelas três organizações vem no âmbito de sucessíveis vagas de greves que afectam o ensino guineense devido a reivindicações dos três sindicatos dos professores que reclamam a implementação da carreira docente.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Marcelino Iambi
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quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Portugal "precisa desesperadamente" de imigrantes para combater falta de mão de obra
O coordenador do Observatório da Emigração defendeu hoje que Portugal "precisa desesperadamente" de imigrantes e, para resolver o problema de falta de mão de obra, deve facilitar a entrada de estrangeiros e fazer campanhas de recrutamento no exterior.
HUGO CORREIA
Para o também sociólogo Rui Pena Pires, o problema demográfico que Portugal e a Europa enfrentam de falta de mão de obra em alguns setores só se resolve com mais imigração. Um caminho que tem de ser feito rapidamente sob pena de se não o fizerem estarem a caminhar para "o suicídio", alertou.
"É um tema hoje complicado de gerir, face aos movimentos nacionalistas que estão a nascer um pouco por toda a Europa, mas se não tiverem mais imigrantes, Portugal e a Europa estão a suicidar-se", afirmou, em declarações à Lusa.
Para atrair imigrantes, o país precisa, segundo o professor e sociólogo, de colocar menos obstáculos à entrada de estrangeiros, mas também de "ter políticas ativas de recrutamento lá fora".
Considerando os problemas atuais que os países enfrentam, de movimentos nacionalistas face a grandes fluxos de imigração, Pena Pires aponta exemplos positivos do Canadá e da Austrália. "Têm um peso de 30% da imigração com grande estabilidade e viáveis em todos os aspetos. São países prósperos e pacíficos".
Na opinião de Vítor Antunes, diretor executivo da Manpower, responsável pelo recrutamento para trabalho temporário, e uma das mais antigas a operar no mercado português nesta área, Portugal precisa "de mão de obra, em geral, e de talentos".
Para combater o problema tem de o fazer, "não só pela via do regresso de alguns emigrantes, mas também pela via da imigração", considerou.
© HUGO CORREIA / REUTERS
Os perfis especializados, ou seja, eletricistas, soldadores, mecânicos, e os técnicos, como motoristas, engenheiros, informáticos, professores, pessoas para as áreas de apoio ao cliente, advogados e investigadores, gestores de projeto e alguns administrativos, são as classes profissionais com mais escassez de recursos humanos, relatou.
Informação sustentada por um estudo que a Manpower lançou recentemente, o "Talent Shortage Survey", que indica que 46% das empresas nacionais revelaram dificuldades acima da média para recrutar o talento certo para o que precisavam, o maior aumento desde 2016, e 35% admitiu que os candidatos não têm as competências necessárias para os lugares, "o que tem vindo a dificultar o processo de recrutamento e seleção".
O 'ranking' dos perfis mais procurados, segundo o mesmo documento, é liderado pelos profissionais especializados e técnicos, motoristas e engenheiros.
"São profissões que estão em constante mutação e cujo desempenho obriga a alguns conhecimentos técnicos e também tecnológicos", disse Vitor Antunes.
O empresário António Mota, dono da Mota-Engil, empresa com negócios em vários países no setor da construção, um dos afetados pela falta de mão de obra, prevê que se o desenvolvimento em Portugal continuar a verificar-se, o país vai "precisar de mão de obra semiespecializada e especializada".
"Portugal precisa de muita mão de obra e precisa que regressem os seus quadros que emigraram", defendeu o empresário.
Para o setor da construção, "falta pessoal e está-se a importar mão de obra de várias origens", afirmou.
Segundo Pena Pires, "Portugal tem de ter outra política de entradas. Porque o país (...) precisa de imigração regular".
"Para isso temos de colocar menos obstáculos aos processos de entradas, mas também de tomar a iniciativa de fazer recrutamento em vários países", considerou.
"Os imigrantes do espaço lusófono têm sempre uma vantagem que é a da língua, que facilita em muito a integração", mas há outras origens onde Portugal hoje pode recrutar, concluiu o sociólogo.
Lusa
sicnoticias.sapo.pt
HUGO CORREIA
Para o também sociólogo Rui Pena Pires, o problema demográfico que Portugal e a Europa enfrentam de falta de mão de obra em alguns setores só se resolve com mais imigração. Um caminho que tem de ser feito rapidamente sob pena de se não o fizerem estarem a caminhar para "o suicídio", alertou.
"É um tema hoje complicado de gerir, face aos movimentos nacionalistas que estão a nascer um pouco por toda a Europa, mas se não tiverem mais imigrantes, Portugal e a Europa estão a suicidar-se", afirmou, em declarações à Lusa.
O país "precisa desesperadamente de imigrantes" e passa "demasiado tempo a falar dos problemas da natalidade", considerou.
Porém, Pena Pires defendeu que é necessário "criar condições para que os pais possam cuidar dos seus filhos", sendo certo de que não será através de políticas para a natalidade que se vai resolver de imediato um problema de falta de mão de obra já existente em muitos setores."As dinâmicas demográficas da natalidade e da mortalidade não têm consequências a curto prazo", frisou.
Para atrair imigrantes, o país precisa, segundo o professor e sociólogo, de colocar menos obstáculos à entrada de estrangeiros, mas também de "ter políticas ativas de recrutamento lá fora".
Considerando os problemas atuais que os países enfrentam, de movimentos nacionalistas face a grandes fluxos de imigração, Pena Pires aponta exemplos positivos do Canadá e da Austrália. "Têm um peso de 30% da imigração com grande estabilidade e viáveis em todos os aspetos. São países prósperos e pacíficos".
Na opinião de Vítor Antunes, diretor executivo da Manpower, responsável pelo recrutamento para trabalho temporário, e uma das mais antigas a operar no mercado português nesta área, Portugal precisa "de mão de obra, em geral, e de talentos".
Para combater o problema tem de o fazer, "não só pela via do regresso de alguns emigrantes, mas também pela via da imigração", considerou.
© HUGO CORREIA / REUTERS
Os perfis especializados, ou seja, eletricistas, soldadores, mecânicos, e os técnicos, como motoristas, engenheiros, informáticos, professores, pessoas para as áreas de apoio ao cliente, advogados e investigadores, gestores de projeto e alguns administrativos, são as classes profissionais com mais escassez de recursos humanos, relatou.
Informação sustentada por um estudo que a Manpower lançou recentemente, o "Talent Shortage Survey", que indica que 46% das empresas nacionais revelaram dificuldades acima da média para recrutar o talento certo para o que precisavam, o maior aumento desde 2016, e 35% admitiu que os candidatos não têm as competências necessárias para os lugares, "o que tem vindo a dificultar o processo de recrutamento e seleção".
O 'ranking' dos perfis mais procurados, segundo o mesmo documento, é liderado pelos profissionais especializados e técnicos, motoristas e engenheiros.
"São profissões que estão em constante mutação e cujo desempenho obriga a alguns conhecimentos técnicos e também tecnológicos", disse Vitor Antunes.
O empresário António Mota, dono da Mota-Engil, empresa com negócios em vários países no setor da construção, um dos afetados pela falta de mão de obra, prevê que se o desenvolvimento em Portugal continuar a verificar-se, o país vai "precisar de mão de obra semiespecializada e especializada".
"Portugal precisa de muita mão de obra e precisa que regressem os seus quadros que emigraram", defendeu o empresário.
Para o setor da construção, "falta pessoal e está-se a importar mão de obra de várias origens", afirmou.
Segundo Pena Pires, "Portugal tem de ter outra política de entradas. Porque o país (...) precisa de imigração regular".
"Para isso temos de colocar menos obstáculos aos processos de entradas, mas também de tomar a iniciativa de fazer recrutamento em vários países", considerou.
"Os imigrantes do espaço lusófono têm sempre uma vantagem que é a da língua, que facilita em muito a integração", mas há outras origens onde Portugal hoje pode recrutar, concluiu o sociólogo.
Lusa
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quinta-feira, novembro 08, 2018
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ABERTA OFICALMENTE ANO LETIVO NA UNIVERSIDADE CATÓLICA
O Bispo da diocese de Bafatá, Dom Pedro Zilli, encoraja os estudantes e administradores da Universidade Católica da Guiné (UCG) a trabalharem para estimular a esperança dos jovens guineenses
O desejo do bispo foi ouvido, esta quarta-feira (07de Outubro), na entrevista exclusiva à Rádio Sol Mansi, depois da Missa solene de abertura do ano da UCG, na presença dos Docentes e Estudantes da Universidade Católica.
O Bispo deseja que os trabalhos sejam fundados na graça de Deus e o momento é de esperança.
“Momento como este é momento de esperança. A Universidade Católica é um gesto profético que exige muito empenho e gesto de confiança em Deus. Com certeza Deus vai continuar a abençoar os estudantes. Celebrar a missa pela santificação do trabalho, e no trabalho há sempre um erro de linguagem”, afirma.
Entretanto, sobre a segunda ronda de greve nas escolas públicas, Bispo de Bafatá, Dom Pedro Zilli, lamenta o não início de aulas. “ Triste pela situação que a Guiné-Bissau está a atravessar. Soube que 90% dos alunos estão sem aulas nas escolas públicas”.
A Reitora da Universidade Católica, Zaida Pereira, pediu aos docentes e estudantes a manterem a fé que um dia a Guiné-Bissau vai encontrar o rumo e que as universidades irão cumprir com o seu papel
“A universidade tal como o país atravessa momentos difíceis mas a persistência e a fé temos que os manter na esperança que um dia o país vai encontrar um rumo, e que todas as universidades do país possam cumprir com o seu papel de formar, educar na fé, mas educar para ter um país de paz e de gentes instruídas”.
Durante todo o dia de hoje (07), os estudantes debatem “Papel do Professor no Ensino Superior”. Actualmente, a universidade católica conta com mais de 800 alunos, com duas (da Faculdades de Ciência e Educação e da Economia de Gestão), respectivamente.
Pela redacção/ Bíbia Marisa pereira
radiosolmansi.net
O desejo do bispo foi ouvido, esta quarta-feira (07de Outubro), na entrevista exclusiva à Rádio Sol Mansi, depois da Missa solene de abertura do ano da UCG, na presença dos Docentes e Estudantes da Universidade Católica.
O Bispo deseja que os trabalhos sejam fundados na graça de Deus e o momento é de esperança.
“Momento como este é momento de esperança. A Universidade Católica é um gesto profético que exige muito empenho e gesto de confiança em Deus. Com certeza Deus vai continuar a abençoar os estudantes. Celebrar a missa pela santificação do trabalho, e no trabalho há sempre um erro de linguagem”, afirma.
Entretanto, sobre a segunda ronda de greve nas escolas públicas, Bispo de Bafatá, Dom Pedro Zilli, lamenta o não início de aulas. “ Triste pela situação que a Guiné-Bissau está a atravessar. Soube que 90% dos alunos estão sem aulas nas escolas públicas”.
A Reitora da Universidade Católica, Zaida Pereira, pediu aos docentes e estudantes a manterem a fé que um dia a Guiné-Bissau vai encontrar o rumo e que as universidades irão cumprir com o seu papel
“A universidade tal como o país atravessa momentos difíceis mas a persistência e a fé temos que os manter na esperança que um dia o país vai encontrar um rumo, e que todas as universidades do país possam cumprir com o seu papel de formar, educar na fé, mas educar para ter um país de paz e de gentes instruídas”.
Durante todo o dia de hoje (07), os estudantes debatem “Papel do Professor no Ensino Superior”. Actualmente, a universidade católica conta com mais de 800 alunos, com duas (da Faculdades de Ciência e Educação e da Economia de Gestão), respectivamente.
Pela redacção/ Bíbia Marisa pereira
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quinta-feira, novembro 08, 2018
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PROTESTOS - Dois manifestantes mortos durante confrontos na Guiné-Conacri
Dois homens morreram hoje depois de serem atingidos por tiros de soldados guineenses nos subúrbios de Conacri, na Guiné-Conacri, num dia marcado por confrontos entre manifestantes e a polícia, disse um familiar das vítimas à agência France-Presse.
Mamadou Bela Baldé, de 30 anos, foi atingido na cabeça ao sair de casa na companhia de três amigos na região de Wanidara, acabando por morrer no local. Já Mamadou Alimou Diallo, que também fazia parte do grupo, foi baleado no peito.
Os outros dois homens que os acompanhavam também foram atingidos e sofreram ferimentos.
O hospital de Ignace Deen confirmou que os dois corpos das vítimas mortais deram entrada na morgue das suas instalações, com as autoridades a não comentarem o caso.
Desde que o presidente Alpha Condé chegou ao poder em dezembro de 2010, cerca de 100 manifestantes foram mortos por agentes policiais, segundo informa a oposição. O movimento presidencial alega que 12 membros das forças policiais foram mortos durante este período.
NAOM
Mamadou Bela Baldé, de 30 anos, foi atingido na cabeça ao sair de casa na companhia de três amigos na região de Wanidara, acabando por morrer no local. Já Mamadou Alimou Diallo, que também fazia parte do grupo, foi baleado no peito.
Os outros dois homens que os acompanhavam também foram atingidos e sofreram ferimentos.
O hospital de Ignace Deen confirmou que os dois corpos das vítimas mortais deram entrada na morgue das suas instalações, com as autoridades a não comentarem o caso.
Desde que o presidente Alpha Condé chegou ao poder em dezembro de 2010, cerca de 100 manifestantes foram mortos por agentes policiais, segundo informa a oposição. O movimento presidencial alega que 12 membros das forças policiais foram mortos durante este período.
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quinta-feira, novembro 08, 2018
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Opinião - "Uma Realidade de fato"!
Por Walter Félix Da Costa
(...), na lógica Internacional; o princípio supraconstitucional é uma teoria aplicável efetivamente, para dirimir os litígios internos. Perde parcialmente a soberania, os Estados abrangidos ou não, do regime da Integração ou Cooperação da Organização Internacional, seja ela, de carácter Regional ou Universal.
Entretanto, as deliberações de OI sobrepõem as dos Estados membros; porém, há fórum para o feito, essa competência (poder de decisão efetiva) não se delega, porque exige o direito de Manifestação (Voto) dos membros do órgão competente. Posto que, uma delegação não pode, e nem tem a competência de decidir contra as leis internas de um Estado soberano, sendo ele (Estado), de capacidade plena ou limitada; e, pela sua natureza (a Delegação), não possui o poder da decisão. Posto que, devido as circunstâncias Estatais, por Direito, seu "Plenos poderes" carecem de Direito decisório ativo. Pode e deve ela, informar ou relatar ao seu superior hierárquico, dos acontecimentos ocorridos na reunião. Não tomar a decisão unilateral.
Todavia, no caso da CEDEAO, o detentor desse poderes é o Órgão Máximo; a conferência de Chefes dos Estados e dos Governos; cabe lhe, convocar ou não, uma reunião de caráter urgência para tomada de decisões.
Nessa situação de status quo vigente de más inscrições eleitorais, vistos e contestados pelos maiorais dos partidos políticos e a sociedade Civil. O Chefe de Estado, pode sim, não acatar a decisão dessa delegação, evocando o princípio de não ingerência nos assuntos internos, da soberania dos interesses nacionais, e a incompetência dessa dita delegação previstos no último tratado revisto da CEDEAO e a Carta das Nações Unidas.
Não obstante, pela parte da CEDEAO, não há como alegar a solicitação do Chefe de Estado Guineense nessa matéria; porque, o que Jomav tinha solicitado, era uma solução ao Cargo do PM e conseqüentemente formar um governo de consenso. Isso já foi cumprido na sua íntegra... aliás, alguns itens não forem preenchidos devido a falta de vontade de " Alguém".
Entretanto, suponho que, não há nenhum suporte político e jurídico internacional, que possa pôr em causa a decisão do JOMAV, se se decidir salvar essa dita inscrições eleitorais para o interesse nacional. Para mim, salvar essa dita inscrições eleitorais, significa anular todos esses procedimentos ilegais, afim de permitir que todos os cidadãos se resenciarm.
Walfélcos.
(...), na lógica Internacional; o princípio supraconstitucional é uma teoria aplicável efetivamente, para dirimir os litígios internos. Perde parcialmente a soberania, os Estados abrangidos ou não, do regime da Integração ou Cooperação da Organização Internacional, seja ela, de carácter Regional ou Universal.
Entretanto, as deliberações de OI sobrepõem as dos Estados membros; porém, há fórum para o feito, essa competência (poder de decisão efetiva) não se delega, porque exige o direito de Manifestação (Voto) dos membros do órgão competente. Posto que, uma delegação não pode, e nem tem a competência de decidir contra as leis internas de um Estado soberano, sendo ele (Estado), de capacidade plena ou limitada; e, pela sua natureza (a Delegação), não possui o poder da decisão. Posto que, devido as circunstâncias Estatais, por Direito, seu "Plenos poderes" carecem de Direito decisório ativo. Pode e deve ela, informar ou relatar ao seu superior hierárquico, dos acontecimentos ocorridos na reunião. Não tomar a decisão unilateral.
Todavia, no caso da CEDEAO, o detentor desse poderes é o Órgão Máximo; a conferência de Chefes dos Estados e dos Governos; cabe lhe, convocar ou não, uma reunião de caráter urgência para tomada de decisões.
Nessa situação de status quo vigente de más inscrições eleitorais, vistos e contestados pelos maiorais dos partidos políticos e a sociedade Civil. O Chefe de Estado, pode sim, não acatar a decisão dessa delegação, evocando o princípio de não ingerência nos assuntos internos, da soberania dos interesses nacionais, e a incompetência dessa dita delegação previstos no último tratado revisto da CEDEAO e a Carta das Nações Unidas.
Não obstante, pela parte da CEDEAO, não há como alegar a solicitação do Chefe de Estado Guineense nessa matéria; porque, o que Jomav tinha solicitado, era uma solução ao Cargo do PM e conseqüentemente formar um governo de consenso. Isso já foi cumprido na sua íntegra... aliás, alguns itens não forem preenchidos devido a falta de vontade de " Alguém".
Entretanto, suponho que, não há nenhum suporte político e jurídico internacional, que possa pôr em causa a decisão do JOMAV, se se decidir salvar essa dita inscrições eleitorais para o interesse nacional. Para mim, salvar essa dita inscrições eleitorais, significa anular todos esses procedimentos ilegais, afim de permitir que todos os cidadãos se resenciarm.
Walfélcos.
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quinta-feira, novembro 08, 2018
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Timor-Leste entrega à Guiné-Bissau servidor para consolidar dados eleitorais
O Governo timorense entregou hoje às autoridades da Guiné-Bissau um "potente servidor para consolidação dos dados eleitorais", que até aqui estavam espalhados em vários equipamentos de registo, anunciou um responsável do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE).
Mamadu Bari, coordenador de base de dados do GTAPE, classificou como uma "ferramenta importantíssima" o servidor, com capacidade de três 'terabytes', que a sua instituição recebeu das mãos do delegado-adjunto da missão timorense de apoio ao processo eleitoral na Guiné-Bissau, José Jesus.
Com o servidor, cujas caraterísticas técnicas foram indicadas ao Governo timorense por técnicos guineenses, os dados de potenciais eleitores, que até aqui estavam espalhados nos equipamentos de registo, serão concentrados no mesmo espaço, notou Mamadu Bari.
"É chegada a fase em que é preciso colocar os dados num nível central, que é este servidor", precisou Bari.
A Guiné-Bissau tem prevista a realização de eleições legislativas numa data ainda por indicar, após o adiamento da data inicialmente marcada (18 de novembro), e neste momento decorre um recenseamento de potenciais eleitores.
Centralizados os dados dos eleitores no servidor, Mamadu Bari disse que a instituição estará em condições de editar as listas provisórias de eleitores, abrindo de seguida um período de reclamações para correções de eventuais gralhas ou erros.
Logo a seguir, Bari precisou que serão emitidos os cadernos eleitorais.
Com o servidor disponibilizado por Timor-Leste, o coordenador de base de dados do GTAPE defendeu que será possível detetar e anular casos de tentativa de duplo registo de um eleitor.
O responsável descreveu o servidor como "uma máquina potente, com recursos computacionais bastante elevados", mas assinalou ser preciso que o país tenha um equipamento suplente para ter uma cópia dos dados eleitorais, disse.
O delegado-adjunto da missão timorense de apoio às eleições na Guiné-Bissau, José Jesus, disse ser "uma satisfação enorme" o seu país estar a ajudar "um país irmão".
"Estamos aqui, em resposta ao pedido do Governo da Guiné-Bissau, para apoiar e complementar", notou José Jesus, anunciando para a próxima semana a entrega de "alguns kits recuperados" para serem usados no recenseamento de potenciais eleitores.
Os 'kits' em causa foram equipamentos doados por Timor-Leste ao Governo guineense e usados nas eleições gerais de 2014, mas por terem sido mal conservados, encontram-se danificados.
"'No sta djuntu'", (expressão em crioulo que quer dizer "estamos juntos"), concluiu José Jesus, na sua breve intervenção no ato da entrega do servidor.
DN.PT
Mamadu Bari, coordenador de base de dados do GTAPE, classificou como uma "ferramenta importantíssima" o servidor, com capacidade de três 'terabytes', que a sua instituição recebeu das mãos do delegado-adjunto da missão timorense de apoio ao processo eleitoral na Guiné-Bissau, José Jesus.
Com o servidor, cujas caraterísticas técnicas foram indicadas ao Governo timorense por técnicos guineenses, os dados de potenciais eleitores, que até aqui estavam espalhados nos equipamentos de registo, serão concentrados no mesmo espaço, notou Mamadu Bari.
"É chegada a fase em que é preciso colocar os dados num nível central, que é este servidor", precisou Bari.
A Guiné-Bissau tem prevista a realização de eleições legislativas numa data ainda por indicar, após o adiamento da data inicialmente marcada (18 de novembro), e neste momento decorre um recenseamento de potenciais eleitores.
Centralizados os dados dos eleitores no servidor, Mamadu Bari disse que a instituição estará em condições de editar as listas provisórias de eleitores, abrindo de seguida um período de reclamações para correções de eventuais gralhas ou erros.
Logo a seguir, Bari precisou que serão emitidos os cadernos eleitorais.
Com o servidor disponibilizado por Timor-Leste, o coordenador de base de dados do GTAPE defendeu que será possível detetar e anular casos de tentativa de duplo registo de um eleitor.
O responsável descreveu o servidor como "uma máquina potente, com recursos computacionais bastante elevados", mas assinalou ser preciso que o país tenha um equipamento suplente para ter uma cópia dos dados eleitorais, disse.
O delegado-adjunto da missão timorense de apoio às eleições na Guiné-Bissau, José Jesus, disse ser "uma satisfação enorme" o seu país estar a ajudar "um país irmão".
"Estamos aqui, em resposta ao pedido do Governo da Guiné-Bissau, para apoiar e complementar", notou José Jesus, anunciando para a próxima semana a entrega de "alguns kits recuperados" para serem usados no recenseamento de potenciais eleitores.
Os 'kits' em causa foram equipamentos doados por Timor-Leste ao Governo guineense e usados nas eleições gerais de 2014, mas por terem sido mal conservados, encontram-se danificados.
"'No sta djuntu'", (expressão em crioulo que quer dizer "estamos juntos"), concluiu José Jesus, na sua breve intervenção no ato da entrega do servidor.
DN.PT
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quinta-feira, novembro 08, 2018
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TRABALHADORES DA SOTRAMAR EXIGEM PAGAMENTO DE 18 MESES E ACUSAM O DIRETOR DE MÁ GESTÃO
Funcionários da Sociedade dos Transportes Marítimos da Guiné-Bissau (SOTRAMAR) acusam o director-geral de desvio de fundos avultosos da empresa.
No documento que foi entregue à Notabanca hoje em Bissau, no qual os trabalhadores queixam-se da situação critica em que se encontram, resultante da má gestão do atual director.
Os funcionários afirmam desde que Sirma Seidi assumiu a liderança da empresa, há mais de um ano acumulou dezoito meses de salários em atraso, na ordem de oito milhões de francos Cfa.
Também, no documento os funcionários afirmaram que as receitas da empresa dispararam, num valor de 147 milhões de francos cfa, mas apenas pagou quatro meses de salário.
Segundo, os servidores da instituição os restantes valores se encontram nos segredos dos deuses.
Face a situação, os funcionários da empresa ameaçam promover amanhã, a vigília junto do Ministério dos Transportes, culminado com uma conferência de imprensa, em sinal de solidariedade para com os colegas que perderam a vida.
Ainda, o colectivo dos marinheiros manifestou-se preocupado com ameaças intimidatórias de que alguns dos colegas são ser alvos, pelo facto de pertencerem a comissão “hadoc” de gerência da empresa.
Entretanto, a comissão “Hadoc” facultou algumas cópias a Bombolom FM, segundo as quais as receitas do navio, quarto centenário de Maio a Setembro deste ano rondam mais de trinta e quatro milhões de francos Cfa.
Notabanca; 07.11.2018
No documento que foi entregue à Notabanca hoje em Bissau, no qual os trabalhadores queixam-se da situação critica em que se encontram, resultante da má gestão do atual director.
Os funcionários afirmam desde que Sirma Seidi assumiu a liderança da empresa, há mais de um ano acumulou dezoito meses de salários em atraso, na ordem de oito milhões de francos Cfa.
Também, no documento os funcionários afirmaram que as receitas da empresa dispararam, num valor de 147 milhões de francos cfa, mas apenas pagou quatro meses de salário.
Segundo, os servidores da instituição os restantes valores se encontram nos segredos dos deuses.
Face a situação, os funcionários da empresa ameaçam promover amanhã, a vigília junto do Ministério dos Transportes, culminado com uma conferência de imprensa, em sinal de solidariedade para com os colegas que perderam a vida.
Ainda, o colectivo dos marinheiros manifestou-se preocupado com ameaças intimidatórias de que alguns dos colegas são ser alvos, pelo facto de pertencerem a comissão “hadoc” de gerência da empresa.
Entretanto, a comissão “Hadoc” facultou algumas cópias a Bombolom FM, segundo as quais as receitas do navio, quarto centenário de Maio a Setembro deste ano rondam mais de trinta e quatro milhões de francos Cfa.
Notabanca; 07.11.2018
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quinta-feira, novembro 08, 2018
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quarta-feira, 7 de novembro de 2018
PRS aprova o seu Programa Eleitoral denominado "LANTANDA GUINÉ",
A segunda maior força política do país reúne-se em Comissão Política, depois do Conselho Nacional ter aorovado o documento a ser apresentado durante a campanha eleitoral para as legislativas, previstas para este ano.
Fontes do PRS dizem que o Programa tem cinco grandes prioridades, assentes em dez pilares.
As fontes revelam ainda que o Programa Lantanda Guiné, constituído em 4 blocos é para o horizonte de dez anos.
Fonte: Aliu Cande
Joaquim Batista Correia - DE SALIENTAR QUE A OBRA É COMPOSTA DE 100 PAGINAS NA SUA EDIÇÃO EM FORMATO COMPLETO E DE 16 PAGINAS NA EDIÇÃO ABREVIADA.
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quarta-feira, novembro 07, 2018
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Bill Gates foi à China com uma jarra de fezes e mostrou a sanita do futuro
Bill Gates levou a Pequim um recipiente com fezes humanas para dizer que desenvolveu uma sanita que as transforma em fertilizante. Não é preciso água ou sistemas de esgotos. Ainda não está no mercado.
Bill Gates diz que nunca imaginou vir a “saber tanto sobre cocó”. Mas sabe. Também nunca pensou que a mulher, Melinda Gates, tivesse de lhe pedir para “parar de falar de sanitas e de lodos de fezes à mesa de jantar”, à hora da refeição. Mas teve — e talvez tenha valido a pena.
Esta terça-feira, Bill Gates presentou uma sanita futurista numa exposição realizada em Pequim, precisamente dedicada às sanitas. Depois de 200 milhões de dólares investidos em pesquisa durante sete anos (que alguns analistas criticam por terem sido dirigidos a universidades de países desenvolvidos, não estando ainda totalmente definido que aplicação prático irão na realidade ter), a Fundação do casal Gates conseguiu desenvolver este ambicioso projeto que vem revolucionar o mercado, na medida em que a sanita agora apresentada não precisa de água nem de um sistema de esgoto para funcionar.
O fabrico da sanita resultou de uma colaboração internacional entre especialistas da China dos Estados Unidos e da Tailândia, entre outros países, e utiliza produtos químicos para transformar os dejetos humanos em fertilizante.
O El Mundo avança que Gates afirma que, após anos de desenvolvimento desta tecnologia, o produto está pronto para ser comercializado. O magnata, inventor e fundador da Microsoft garante que existem vários desenhos do produto e que o processo químico utilizado na tecnologia desfaz os dejetos humanos, não sendo necessário o uso de água para escoá-los. No entanto, admitiu, deverá demorar “pelo menos uma década” até que as novas sanitas cheguem em massa às regiões mais pobres do globo, sendo que as invenções têm ainda de se provar práticas e económicas. Um “ainda” que não é de menosprezar.
Uma apresentação com… cocó
A apresentação da inovação aconteceu numa feira que serviu para lançar o que o presidente chinês Xi Jinping considera ser uma das prioridades do seu país para os próximos anos: uma “revolução sanitária”. Em palco, Bill Gates quis mostrar “uma pequena coisa” que tinha ali “para mostar”: uma jarra de vidro (ou como lhe chamou simplesmente Bill Gates “um recipiente”) com fezes humanas.
Porquê trazer uma jarra de vidro com fezes humanas? Porque, explicou Bill Gates, aquele pequeno recipiente poderia conter “até 200 mil milhões de rotavirus” — tipo de vírus que causa diarreias graves em crianças e jovens e um dos vírus que causa a infeção da gastroentrite –, “20 mil milhões de bactérias Shigella” — que podem originar doenças infecciosas que têm como possíveis consequências diarreia, febre e cólicas de estômago — e “cem mil ovos de vermes parasitas”. O contacto com estas bactérias e as infeções resultantes desse contacto (em locais onde não há sistemas de esgotos devidamente funcionais) resultam todos os anos na morte de meio milhão de crianças.
Durante a apresentação da sanita, em Pequim, Gates despejou as fezes humanas na sua nova invenção para demonstrar a eficácia do produto, advertindo para os problemas de saúde relacionados com a falta de higiene em países subdesenvolvidos, tendo em conta que meio milhão de crianças morre anualmente por falta de condições sanitárias.
Este novo modelo, que não precisa de estar ligado a um sistema de saneamento ou de água e transforma os dejetos humanos em fertilizante, está a ser testado na cidade sul-africana de Durban, onde também estão a ser testados outros modelos, que se alimentam de energia solar, explicou Gates.
O multibilionário explicou que a rápida expansão destes novos produtos e sistemas de saneamento que não necessitam de estar conectados a nenhuma rede poderá reduzir drasticamente o número de mortos e o impacto da falta de higiene na saúde da população nos países mais pobres.
“Os maiores avanços sanitários em quase 200 anos”
Hoje, já não se discute “se podemos reinventar as sanitas e outros sistemas sanitários”, afirmou Bill Gates, em entrevista à estação britânica BBC. “É uma questão de quão rápido esta nova categoria de soluções autónomas, que não estão ligadas a uma rede, poderão escalar”. As várias inovações apresentadas em Pequim — entre as quais, a sua — trazem “os avanços mais significativos no sistema sanitário em perto de 200 anos”.
A mesma fonte estima que 480.000 de crianças com idade inferior a cinco anos morrem todos anos de diarreia, muitas vezes por beberem água ou comerem comida contaminada pelos esgotos.
O Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, destacou que o saneamento é uma das prioridades para a sua organização, que se vai aliar com a Fundação Bill e Melinda Gates para levar instalações sanitárias seguras a todas as partes do mundo.
“Os sistemas que se podem difundir com rapidez e proporcionar um saneamento seguro e sustentável às comunidades são fundamentais para a qualidade de vida e desenvolvimento do capital humano”, afirmou Jim, citado no comunicado.
observador.pt
Bill Gates diz que nunca imaginou vir a “saber tanto sobre cocó”. Mas sabe. Também nunca pensou que a mulher, Melinda Gates, tivesse de lhe pedir para “parar de falar de sanitas e de lodos de fezes à mesa de jantar”, à hora da refeição. Mas teve — e talvez tenha valido a pena.
Esta terça-feira, Bill Gates presentou uma sanita futurista numa exposição realizada em Pequim, precisamente dedicada às sanitas. Depois de 200 milhões de dólares investidos em pesquisa durante sete anos (que alguns analistas criticam por terem sido dirigidos a universidades de países desenvolvidos, não estando ainda totalmente definido que aplicação prático irão na realidade ter), a Fundação do casal Gates conseguiu desenvolver este ambicioso projeto que vem revolucionar o mercado, na medida em que a sanita agora apresentada não precisa de água nem de um sistema de esgoto para funcionar.
O fabrico da sanita resultou de uma colaboração internacional entre especialistas da China dos Estados Unidos e da Tailândia, entre outros países, e utiliza produtos químicos para transformar os dejetos humanos em fertilizante.
O El Mundo avança que Gates afirma que, após anos de desenvolvimento desta tecnologia, o produto está pronto para ser comercializado. O magnata, inventor e fundador da Microsoft garante que existem vários desenhos do produto e que o processo químico utilizado na tecnologia desfaz os dejetos humanos, não sendo necessário o uso de água para escoá-los. No entanto, admitiu, deverá demorar “pelo menos uma década” até que as novas sanitas cheguem em massa às regiões mais pobres do globo, sendo que as invenções têm ainda de se provar práticas e económicas. Um “ainda” que não é de menosprezar.
There are few things I love talking about more than toilets.
Bill Gates, on China trip, lauds free trade - and futuristic toilets https://reut.rs/2PdpL2u
Uma apresentação com… cocó
A apresentação da inovação aconteceu numa feira que serviu para lançar o que o presidente chinês Xi Jinping considera ser uma das prioridades do seu país para os próximos anos: uma “revolução sanitária”. Em palco, Bill Gates quis mostrar “uma pequena coisa” que tinha ali “para mostar”: uma jarra de vidro (ou como lhe chamou simplesmente Bill Gates “um recipiente”) com fezes humanas.
Porquê trazer uma jarra de vidro com fezes humanas? Porque, explicou Bill Gates, aquele pequeno recipiente poderia conter “até 200 mil milhões de rotavirus” — tipo de vírus que causa diarreias graves em crianças e jovens e um dos vírus que causa a infeção da gastroentrite –, “20 mil milhões de bactérias Shigella” — que podem originar doenças infecciosas que têm como possíveis consequências diarreia, febre e cólicas de estômago — e “cem mil ovos de vermes parasitas”. O contacto com estas bactérias e as infeções resultantes desse contacto (em locais onde não há sistemas de esgotos devidamente funcionais) resultam todos os anos na morte de meio milhão de crianças.
É a isto que a toda a hora tantas crianças, quando estão a brincar na rua, são expostas. “, alertou Bill Gates, citado pelo site Business Insider.Em 2o15, Organização Mundial de Saúde estimou que apenas 39% das pessoas tivessem acesso a instalações sanitárias a casas de banho ou latrinas devidamente limpas. Bill Gates acha que é preciso mudar isso: “Quando pensamos em coisas que são básicas, no topo das prioridades além do acesso à saúde e de ter algo para comer, deveria estar ter acesso a uma sanita razoável, em minha opinião”.
Durante a apresentação da sanita, em Pequim, Gates despejou as fezes humanas na sua nova invenção para demonstrar a eficácia do produto, advertindo para os problemas de saúde relacionados com a falta de higiene em países subdesenvolvidos, tendo em conta que meio milhão de crianças morre anualmente por falta de condições sanitárias.
Este novo modelo, que não precisa de estar ligado a um sistema de saneamento ou de água e transforma os dejetos humanos em fertilizante, está a ser testado na cidade sul-africana de Durban, onde também estão a ser testados outros modelos, que se alimentam de energia solar, explicou Gates.
O multibilionário explicou que a rápida expansão destes novos produtos e sistemas de saneamento que não necessitam de estar conectados a nenhuma rede poderá reduzir drasticamente o número de mortos e o impacto da falta de higiene na saúde da população nos países mais pobres.
“Os maiores avanços sanitários em quase 200 anos”
Hoje, já não se discute “se podemos reinventar as sanitas e outros sistemas sanitários”, afirmou Bill Gates, em entrevista à estação britânica BBC. “É uma questão de quão rápido esta nova categoria de soluções autónomas, que não estão ligadas a uma rede, poderão escalar”. As várias inovações apresentadas em Pequim — entre as quais, a sua — trazem “os avanços mais significativos no sistema sanitário em perto de 200 anos”.
Nos países ricos temos esgotos que levam com água limpa, limpam e tiram alguma da água suja… em quase todos os casos há instalações de tratamentos. À medida que formamos novas cidades em que vivem muitas pessoas menos ricas, esses esgotos não foram construídos e, na verdade, não é provável que o venham a ser. Portanto, a questão é: podes fazê-lo tu? Podes tu processar os dejetos humanos sem esse sistema de esgotos?”, explicou Bill Gates.Segundo a Unicef, quase 900 milhões de pessoas não têm escolha senão fazer as suas necessidades ao ar livre. Só na Índia, estima-se que sejam 150 milhões.
A mesma fonte estima que 480.000 de crianças com idade inferior a cinco anos morrem todos anos de diarreia, muitas vezes por beberem água ou comerem comida contaminada pelos esgotos.
O Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, destacou que o saneamento é uma das prioridades para a sua organização, que se vai aliar com a Fundação Bill e Melinda Gates para levar instalações sanitárias seguras a todas as partes do mundo.
“Os sistemas que se podem difundir com rapidez e proporcionar um saneamento seguro e sustentável às comunidades são fundamentais para a qualidade de vida e desenvolvimento do capital humano”, afirmou Jim, citado no comunicado.
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quarta-feira, novembro 07, 2018
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GUINÉ-BISSAU ENTRE 13 ÚLTIMOS PAÍSES DO ÍNDICE DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano 2018 apresentado esta quarta-feira em Bissau pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), coloca a Guiné-Bissau entre os 13 últimos na lista dos países da categoria “desenvolvimento humano baixo”
No relatório apresentado, a Noruega, a Suíça, a Austrália, a Irlanda e a Alemanha encontram-se nas primeiras posições do ranking dos 189 países e território do mais recente Índice de Desenvolvimento Humano divulgado no passado mês de Setembro pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento.
Em quanto isso, o Níger, a Republica Centro Africana, o Sudão do Sul, o Tchad e o Burundi ocupam os últimos lugares com o pior desempenho nos sectores da saúde, educação e rendimento.
Segundo o representante residente do PUND na Guiné-Bissau, David McLachlan-Karr, embora o país situa nesta posição mas houve “alguns” progressos em diversas áreas importantes para o desenvolvimento humano.
“Isso faz com que o índice do Desenvolvimento Humano aumentasse de 0,424 em 2016 para 0,455 em 2017”, sustenta.
No que se refere ao domínio do rendimento, apesar de ainda ser baixo, em comparação a outros países avaliado David McLachlan-Karr, afirmou que a Guiné-Bissau registou um crescimento do PIB de cerca de 3,8% em média nos últimos três anos.
“A Guiné-Bissau registou igualmente evoluções importantes no que toca à redução da mortalidade infantil e ao aumento do acesso à educação, principalmente no nível primário. De acordo com o último inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS 2014), na Guiné-Bissau morrem 55 crianças por cada 1000 nascidos vivos”, explica.
O representante diz ainda que a Guiné-Bissau deve melhorar alguns aspectos para potenciar o desenvolvimento humano na Guiné-Bissau que passa por uma maior estabilidade política e institucional, a consolidação do Estado de Direito democrático, um maior e melhor investimento na saúde materna e nos jovens que ainda têm acesso à educação ou ao emprego.
“Na população que vive em zonas mais remotas são áreas que podem potenciar o desenvolvimento humano na Guiné-Bissau. Neste contexto a agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável proporciona a todos os países uma oportunidade ímpar para alcançar progressos significativos no desenvolvimento humano e todos”, diz.
O relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) demonstra que a Guiné-Bissau é o segundo país de expressão portuguesa na categoria de desenvolvimento "baixo".
Moçambique é o nono país com menor índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo e é considerado de exemplo.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga
radiosolmansi.net
No relatório apresentado, a Noruega, a Suíça, a Austrália, a Irlanda e a Alemanha encontram-se nas primeiras posições do ranking dos 189 países e território do mais recente Índice de Desenvolvimento Humano divulgado no passado mês de Setembro pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento.
Em quanto isso, o Níger, a Republica Centro Africana, o Sudão do Sul, o Tchad e o Burundi ocupam os últimos lugares com o pior desempenho nos sectores da saúde, educação e rendimento.
Segundo o representante residente do PUND na Guiné-Bissau, David McLachlan-Karr, embora o país situa nesta posição mas houve “alguns” progressos em diversas áreas importantes para o desenvolvimento humano.
“Isso faz com que o índice do Desenvolvimento Humano aumentasse de 0,424 em 2016 para 0,455 em 2017”, sustenta.
No que se refere ao domínio do rendimento, apesar de ainda ser baixo, em comparação a outros países avaliado David McLachlan-Karr, afirmou que a Guiné-Bissau registou um crescimento do PIB de cerca de 3,8% em média nos últimos três anos.
“A Guiné-Bissau registou igualmente evoluções importantes no que toca à redução da mortalidade infantil e ao aumento do acesso à educação, principalmente no nível primário. De acordo com o último inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS 2014), na Guiné-Bissau morrem 55 crianças por cada 1000 nascidos vivos”, explica.
O representante diz ainda que a Guiné-Bissau deve melhorar alguns aspectos para potenciar o desenvolvimento humano na Guiné-Bissau que passa por uma maior estabilidade política e institucional, a consolidação do Estado de Direito democrático, um maior e melhor investimento na saúde materna e nos jovens que ainda têm acesso à educação ou ao emprego.
“Na população que vive em zonas mais remotas são áreas que podem potenciar o desenvolvimento humano na Guiné-Bissau. Neste contexto a agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável proporciona a todos os países uma oportunidade ímpar para alcançar progressos significativos no desenvolvimento humano e todos”, diz.
O relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) demonstra que a Guiné-Bissau é o segundo país de expressão portuguesa na categoria de desenvolvimento "baixo".
Moçambique é o nono país com menor índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo e é considerado de exemplo.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga
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quarta-feira, novembro 07, 2018
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DECORRE NESTE MOMENTO A REUNIÃO DOS COMISSÁRIOS POLÍTICOS DO PRS.
As Irregulariedades do Processo de Recenseamento Eleitoral ; a Apresentação , Debate e Aprovação do Programa Eleitoral do PRS.....
Joaquim Batista Correia
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quarta-feira, novembro 07, 2018
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Dez mortes em Espanha e 11 casos em Portugal. Cinco respostas para entender a restrição de Nolotil a turistas
Dez britânicos morreram em Espanha enquanto tomavam Nolotil. Não foi estabelecida qualquer associação direta com o analgésico. A venda do medicamento, porém, foi restringida. E em Portugal?
“Disseram-me que os meus glóbulos brancos tinham desaparecido completamente e, a seguir, chamaram um padre ao hospital para me dar a extrema-unção“. Aconteceu em 2016. Hugh Wilcock, de 81 anos, estava a passar férias em Espanha. Uma forte dor de costas levou os médicos a receitar-lhe Nolotil, que, defende, “pode ser letal”. Apesar das graves complicações que acredita terem sido motivadas pelo medicamento, Wilcock sobreviveu. Tal não aconteceu com, pelo menos, dez turistas britânicos que morreram enquanto estavam a tomar Nolotil, um dos analgésicos mais consumidos em Espanha, revelou o The Times, numa investigação publicada em agosto deste ano.
Uma das mortes foi a de Mary Ward. A viver com o marido em Marbella, no sul de Espanha, Ward morreu, em 2006, na sequência de complicações quando estava a tomar Nolotil, analgésico que lhe tinha sido receitado numa clínica privada, em Alicante. “As provas de que os britânicos estão a ser envenenados por este medicamento são esmagadoras. Estes medicamentos são receitados como se fossem doces, mas os espanhóis não parecem estar afetados”, disse ao The Times o marido, Graeme Ward, de 75 anos, que organizou uma campanha pelo fim da prescrição deste analgésico.
Em agosto deste ano, o The Times revelou que a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários estava a investigar as mortes dos turistas britânicos (Foto: Cristina Garcia del Campo/Facebook)
Houve, de facto, dez turistas britânicos a morrer — e mais de uma centena com complicações e partes do corpo amputadas — enquanto estavam a tomar Nolotil , embora não se tenha concluído que a morte foi motivada pelo analgésico. O medicamento, que já não era autorizado em países como os Estados Unidos da América, Reino Unido e Suécia, viu agora a sua venda ser restringida em Espanha. Afinal, podemos continuar a tomar Nolotil?
1. O que é o Nolotil e quais os efeitos secundários?
O metamizol — comercialmente conhecido como Nolotil — é um analgésico indicado para dores intensas e febres altas, só pode ser vendido com prescrição médica. “Nolotil está indicado na dor aguda e intensa, incluindo dor espasmódica e dor tumoral, e na febre alta, que não responde a outras terapêuticas antipirética”, pode ler-se na bula do medicamento, aprovada em maio de 2017 pelo Infarmed.
Um dos efeitos secundários mais frequentes incluem a hipotensão, de acordo com o documento. Entre os efeitos secundários muito raros — que “afetam menos de 1 utilizador em 10 mil”, refere a bula –, está a agranulocitose, que terá provocou a morte dos dez turistas britânicos. Trata-se de uma alteração do sangue provocada devido à falta ou acentuada redução de glóbulos brancos. A reação pode levar à morte do paciente, devido à redução de defesas e, em consequência, ao desenvolvimento de sépsis ou de múltiplas infeções.
O medicamento em questão é vendido em Portugal e, há mais de 50 anos, em Espanha. A sua venda duplicou nos últimos dez anos, com o aumento mais significativo a ocorrer nos últimos cinco. Não é licenciado em vários países, como os EUA, Reino Unido e Suécia.
2. O medicamento provocou a morte dos dez britânicos?
Preocupada com a morte de vários turistas britânicos com alterações no sangue depois de terem tomado o Nolotil, na região sul de Espanha, Cristina Garcia del Campo, uma tradutora médica da província de Alicante, fez campanha para promover a realização de uma investigação às mortes. “Alguns [turistas] tiveram partes do seu corpo amputadas e sobreviveram. Outros morreram. Os britânicos não devem tomar este medicamento. Alguns pessoas ficaram bem, mas o risco é muito elevado”, disse, na altura, ao jornal.
Em agosto deste ano, o The Times revelou que, face aos alertas, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS) tinha lançado uma investigação para determinar se pessoas oriundas do norte da Europa estão ou não mais expostas aos efeitos colaterais do Nolotil.
Esta segunda-feira, a agência que regula os medicamentos em território espanhol divulgou os resultados desta investigação e não reconheceu oficialmente os casos de morte dos cidadãos britânicos como consequência do medicamento. A farmacêutica Boehringer Ingelheim, que produz o medicamento Nolotil, disse, citada pelo The Times, que não há “evidência científica de que populações específicas sejam propensas a desenvolver efeitos colaterais”. “Não se pode nem descartar nem confirmar um maior risco em populações com características étnicas específicas”, alertaram em comunicado. Ao Observador, fonte do laboratório em Portugal reforçou que “não foi estabelecida qualquer associação direta entre o Nolotil e a morte dos turistas”.
3. A venda de Nolotil foi restringida ou proibida em Espanha?
Apesar de não reconhecer que as mortes estão relacionadas com o Nolotil, o que a AEMPS fez foi atualizar a ficha técnica do metamizol — comercialmente conhecido como Nolotil — e colocar um comunicado no site com o objetivo de prestar esclarecimentos ao público, na sequência da investigação, e reforçar que os medicamentos devem ser tomados de uma forma responsável.
De acordo com o comunicado, emitido a 30 de outubro, a agência espanhola recorda que o fármaco em questão apenas deve ser usado para tratamentos de curta duração, vendido com receita médica e, antes de esta ser emitida, devem ser realizadas análises detalhadas ao sangue, de maneira a despistar fatores de risco de agranulocitose. Outra recomendação remete para a não utilização de metamizol em pacientes “nos quais não é possível a realização de controles”, como por exemplo a “população flutuante”. O El Espanõl esclarece: na prática, isto traduz-se na proibição de venda de Nolotil aos turistas.
O Infarmed não vai, para já, proibir a venda de Nolotil em Portugal (Foto: JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)
O Infarmed considerou que o comunicado da AEMPS veio apenas “reforçar algumas das indicações de uso que já estão previstas no resumo das características do medicamento”. “Apenas no caso dos doentes para quem não seja possível efetuar este controlo periódico, como é o caso das populações migrantes, é que a AEMPS recomenda a não utilização deste medicamento”, esclareceu fonte daquela autoridade ao Observador.
4. Há casos de mortes associadas ao medicamento em Portugal?
Não. Em Portugal, foram notificados um total de 11 casos de agranulocitose potencialmente associados à utilização de metamizol, entre o período de 2008 a 2018, confirmou fonte do Infarmed ao Observador. Nenhum dos casos teve consequências graves para o doente e os efeitos secundários detetados foram aqueles que já estavam discriminados na bula informativa. “Verifica-se que a frequência de notificação desta associação entre agranulocitose e metamizol tem estado limitada a cerca de 1 a 2 casos por ano“, explicou fonte daquela autoridade, adiantando que esses valores encontram-se “dentro do padrão expectável do risco de utilização deste medicamento”.
5. O analgésico vai ser proibido em Portugal?
Para já, não. Como o número de casos está dentro do padrão expectável do risco de utilização deste medicamento, “não se considera necessário efetuar qualquer ação no imediato“, adiantou fonte do Infarmed. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde alerta que as mortes ocorridas em Espanha dizem respeito a uma “situação local muito específica”. “Para mais de 85% destes casos, não havia dados sobre a existência de outros fatores de risco ou da utilização de outra medicação simultaneamente. Também não foi identificada qualquer variante genética que possa estar associada a esta situação”, justificou a mesma fonte.
Também o laboratório Boehringer Ingelheim, que produz o Nolotil, confirmou que não vai tomar medidas relativamente ao medicamento, uma vez que não considera que exista qualquer relação entre o analgésico e as mortes. A farmacêutica garantiu ao Observador que vai, ainda assim, acompanhar a situação. O mesmo fará o Infarmed: “Tal como para os restantes medicamentos, o Infarmed irá continuar a avaliar a situação, em coordenação com os restantes parceiros europeus e com a Agência Europeia do Medicamento.”
[Atualizado às 00h20 de dia 7 de novembro com a informação de que, em 2009, um estudo espanhol já alertava para o perigo de medicar britânicos com Nolotil]
Carolina Branco
Ana Cristina Marques
observador.pt
“Disseram-me que os meus glóbulos brancos tinham desaparecido completamente e, a seguir, chamaram um padre ao hospital para me dar a extrema-unção“. Aconteceu em 2016. Hugh Wilcock, de 81 anos, estava a passar férias em Espanha. Uma forte dor de costas levou os médicos a receitar-lhe Nolotil, que, defende, “pode ser letal”. Apesar das graves complicações que acredita terem sido motivadas pelo medicamento, Wilcock sobreviveu. Tal não aconteceu com, pelo menos, dez turistas britânicos que morreram enquanto estavam a tomar Nolotil, um dos analgésicos mais consumidos em Espanha, revelou o The Times, numa investigação publicada em agosto deste ano.
Uma das mortes foi a de Mary Ward. A viver com o marido em Marbella, no sul de Espanha, Ward morreu, em 2006, na sequência de complicações quando estava a tomar Nolotil, analgésico que lhe tinha sido receitado numa clínica privada, em Alicante. “As provas de que os britânicos estão a ser envenenados por este medicamento são esmagadoras. Estes medicamentos são receitados como se fossem doces, mas os espanhóis não parecem estar afetados”, disse ao The Times o marido, Graeme Ward, de 75 anos, que organizou uma campanha pelo fim da prescrição deste analgésico.
Em agosto deste ano, o The Times revelou que a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários estava a investigar as mortes dos turistas britânicos (Foto: Cristina Garcia del Campo/Facebook)
Houve, de facto, dez turistas britânicos a morrer — e mais de uma centena com complicações e partes do corpo amputadas — enquanto estavam a tomar Nolotil , embora não se tenha concluído que a morte foi motivada pelo analgésico. O medicamento, que já não era autorizado em países como os Estados Unidos da América, Reino Unido e Suécia, viu agora a sua venda ser restringida em Espanha. Afinal, podemos continuar a tomar Nolotil?
1. O que é o Nolotil e quais os efeitos secundários?
O metamizol — comercialmente conhecido como Nolotil — é um analgésico indicado para dores intensas e febres altas, só pode ser vendido com prescrição médica. “Nolotil está indicado na dor aguda e intensa, incluindo dor espasmódica e dor tumoral, e na febre alta, que não responde a outras terapêuticas antipirética”, pode ler-se na bula do medicamento, aprovada em maio de 2017 pelo Infarmed.
Um dos efeitos secundários mais frequentes incluem a hipotensão, de acordo com o documento. Entre os efeitos secundários muito raros — que “afetam menos de 1 utilizador em 10 mil”, refere a bula –, está a agranulocitose, que terá provocou a morte dos dez turistas britânicos. Trata-se de uma alteração do sangue provocada devido à falta ou acentuada redução de glóbulos brancos. A reação pode levar à morte do paciente, devido à redução de defesas e, em consequência, ao desenvolvimento de sépsis ou de múltiplas infeções.
O medicamento em questão é vendido em Portugal e, há mais de 50 anos, em Espanha. A sua venda duplicou nos últimos dez anos, com o aumento mais significativo a ocorrer nos últimos cinco. Não é licenciado em vários países, como os EUA, Reino Unido e Suécia.
2. O medicamento provocou a morte dos dez britânicos?
Preocupada com a morte de vários turistas britânicos com alterações no sangue depois de terem tomado o Nolotil, na região sul de Espanha, Cristina Garcia del Campo, uma tradutora médica da província de Alicante, fez campanha para promover a realização de uma investigação às mortes. “Alguns [turistas] tiveram partes do seu corpo amputadas e sobreviveram. Outros morreram. Os britânicos não devem tomar este medicamento. Alguns pessoas ficaram bem, mas o risco é muito elevado”, disse, na altura, ao jornal.
Em agosto deste ano, o The Times revelou que, face aos alertas, a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS) tinha lançado uma investigação para determinar se pessoas oriundas do norte da Europa estão ou não mais expostas aos efeitos colaterais do Nolotil.
"Alguns [turistas] tiveram partes do seu corpo amputadas e sobreviveram. Outros morreram. Os britânicos não devem tomar este medicamento. Alguns pessoas ficaram bem mas o risco é muito elevado" Cristina Garcia del Campo, tradutora médicaMas, já em 2009, um estudo espanhol alertava para o perigo de medicar britânicos com Nolotil. O estudo, publicado na Revista Clínica Española e intitulado “Agranulocitose vinda do metamizol: um potencial problema para os britânicos”, “No nosso meio, a agranulocitose vinda do metamizol é um efeito adverso que ocorre com maior frequência nos britânicos, portanto, o seu uso deve ser evitado”, podia ler-se na conclusão do estudo realizado por investigadores da Unidade de Medicina Interna do Hospital Costa del Sol, em Marbella.
Esta segunda-feira, a agência que regula os medicamentos em território espanhol divulgou os resultados desta investigação e não reconheceu oficialmente os casos de morte dos cidadãos britânicos como consequência do medicamento. A farmacêutica Boehringer Ingelheim, que produz o medicamento Nolotil, disse, citada pelo The Times, que não há “evidência científica de que populações específicas sejam propensas a desenvolver efeitos colaterais”. “Não se pode nem descartar nem confirmar um maior risco em populações com características étnicas específicas”, alertaram em comunicado. Ao Observador, fonte do laboratório em Portugal reforçou que “não foi estabelecida qualquer associação direta entre o Nolotil e a morte dos turistas”.
3. A venda de Nolotil foi restringida ou proibida em Espanha?
Apesar de não reconhecer que as mortes estão relacionadas com o Nolotil, o que a AEMPS fez foi atualizar a ficha técnica do metamizol — comercialmente conhecido como Nolotil — e colocar um comunicado no site com o objetivo de prestar esclarecimentos ao público, na sequência da investigação, e reforçar que os medicamentos devem ser tomados de uma forma responsável.
De acordo com o comunicado, emitido a 30 de outubro, a agência espanhola recorda que o fármaco em questão apenas deve ser usado para tratamentos de curta duração, vendido com receita médica e, antes de esta ser emitida, devem ser realizadas análises detalhadas ao sangue, de maneira a despistar fatores de risco de agranulocitose. Outra recomendação remete para a não utilização de metamizol em pacientes “nos quais não é possível a realização de controles”, como por exemplo a “população flutuante”. O El Espanõl esclarece: na prática, isto traduz-se na proibição de venda de Nolotil aos turistas.
O Infarmed não vai, para já, proibir a venda de Nolotil em Portugal (Foto: JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR)
O Infarmed considerou que o comunicado da AEMPS veio apenas “reforçar algumas das indicações de uso que já estão previstas no resumo das características do medicamento”. “Apenas no caso dos doentes para quem não seja possível efetuar este controlo periódico, como é o caso das populações migrantes, é que a AEMPS recomenda a não utilização deste medicamento”, esclareceu fonte daquela autoridade ao Observador.
4. Há casos de mortes associadas ao medicamento em Portugal?
Não. Em Portugal, foram notificados um total de 11 casos de agranulocitose potencialmente associados à utilização de metamizol, entre o período de 2008 a 2018, confirmou fonte do Infarmed ao Observador. Nenhum dos casos teve consequências graves para o doente e os efeitos secundários detetados foram aqueles que já estavam discriminados na bula informativa. “Verifica-se que a frequência de notificação desta associação entre agranulocitose e metamizol tem estado limitada a cerca de 1 a 2 casos por ano“, explicou fonte daquela autoridade, adiantando que esses valores encontram-se “dentro do padrão expectável do risco de utilização deste medicamento”.
5. O analgésico vai ser proibido em Portugal?
Para já, não. Como o número de casos está dentro do padrão expectável do risco de utilização deste medicamento, “não se considera necessário efetuar qualquer ação no imediato“, adiantou fonte do Infarmed. A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde alerta que as mortes ocorridas em Espanha dizem respeito a uma “situação local muito específica”. “Para mais de 85% destes casos, não havia dados sobre a existência de outros fatores de risco ou da utilização de outra medicação simultaneamente. Também não foi identificada qualquer variante genética que possa estar associada a esta situação”, justificou a mesma fonte.
Também o laboratório Boehringer Ingelheim, que produz o Nolotil, confirmou que não vai tomar medidas relativamente ao medicamento, uma vez que não considera que exista qualquer relação entre o analgésico e as mortes. A farmacêutica garantiu ao Observador que vai, ainda assim, acompanhar a situação. O mesmo fará o Infarmed: “Tal como para os restantes medicamentos, o Infarmed irá continuar a avaliar a situação, em coordenação com os restantes parceiros europeus e com a Agência Europeia do Medicamento.”
[Atualizado às 00h20 de dia 7 de novembro com a informação de que, em 2009, um estudo espanhol já alertava para o perigo de medicar britânicos com Nolotil]
Carolina Branco
Ana Cristina Marques
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quarta-feira, novembro 07, 2018
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Estudo revela as modalidades que nos permitem viver por mais anos
Independentemente do que treine, um estilo de vida saudável que inclua prática de exercício físico estará garantidamente associado a uma vida mais longa e livre de problemas, já que é na prevenção que assenta a segurança de que as lesões e desenvolvimento de inúmeras doenças ficarão longe.
Mas o ser humano procura respostas para todas as questões e quanto mais específica for a resposta, melhor, um grupo de cientistas publicou na Mayo Clinic Proceedings um estudo onde expõe as conclusões acerca da análise a uma amostra de 8500 adultos, nomeadamente o tipo de exercício que pratica e o seu estado de saúde ao longo dos anos.
Corrida e ténis. Foram estas as modalidades mais associadas a uma esperança média de vida mais longa, cujo aumento se deve justamente à prática de exercício físico.
Relativamente à prática de corrida, dizem os investigadores do estudo que esta é uma prática que “nos faz mais felizes” e ‘só’ isto é suficiente para que o tempo de vida aumente. O motivo prende-se com as endorfinas, hormonas associadas ao prazer e bem-estar que são libertadas durante a corrida que beneficiam o bem estar mental (maior confiança e combate ao stress, por exemplo) e, por consequência, físico (diminui o risco de doenças como a diabetes ou problemas cardiovasculares).
Quanto ao ténis, a resposta foi mais específica. Cita a espanhola Hola que “este desporto pode alargar a nossa vida em 9,7 anos”. Tal como o badminton, capaz de alargar a vida em 6,2 anos, além de nos por a mexer esta é uma modalidade comummente associada a brincadeiras praticadas durante a infância, ou seja, é uma prática que desperta a criança interior de qualquer um e por isso traz vários benefícios para a saúde.
A complementar, o ténis é praticado ao ar livre e sempre acompanhado (sendo a componente social de grande importância), ou seja, tudo aspetos que afastam as ideias de isolamento e depressão.
NAOM
Mas o ser humano procura respostas para todas as questões e quanto mais específica for a resposta, melhor, um grupo de cientistas publicou na Mayo Clinic Proceedings um estudo onde expõe as conclusões acerca da análise a uma amostra de 8500 adultos, nomeadamente o tipo de exercício que pratica e o seu estado de saúde ao longo dos anos.
Corrida e ténis. Foram estas as modalidades mais associadas a uma esperança média de vida mais longa, cujo aumento se deve justamente à prática de exercício físico.
Relativamente à prática de corrida, dizem os investigadores do estudo que esta é uma prática que “nos faz mais felizes” e ‘só’ isto é suficiente para que o tempo de vida aumente. O motivo prende-se com as endorfinas, hormonas associadas ao prazer e bem-estar que são libertadas durante a corrida que beneficiam o bem estar mental (maior confiança e combate ao stress, por exemplo) e, por consequência, físico (diminui o risco de doenças como a diabetes ou problemas cardiovasculares).
Quanto ao ténis, a resposta foi mais específica. Cita a espanhola Hola que “este desporto pode alargar a nossa vida em 9,7 anos”. Tal como o badminton, capaz de alargar a vida em 6,2 anos, além de nos por a mexer esta é uma modalidade comummente associada a brincadeiras praticadas durante a infância, ou seja, é uma prática que desperta a criança interior de qualquer um e por isso traz vários benefícios para a saúde.
A complementar, o ténis é praticado ao ar livre e sempre acompanhado (sendo a componente social de grande importância), ou seja, tudo aspetos que afastam as ideias de isolamento e depressão.
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quarta-feira, novembro 07, 2018
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CÓDIGO DA ESTRADA - Esperar pela polícia para tirar um carro acidentado da estrada? Dá multa
Se acha que deve deixar o veículo acidentado no local até à chegada das autoridades, condicionando o trânsito, está equivocado.
Perante um acidente rodoviário sabe o que deve fazer? Se é titular de habilitação legal de condução, recordar-se-á das normas básicas a respeitar perante uma colisão, por exemplo.
Colocar o triângulo de emergência e vestir o colete refletor são regras que não podem ser negligenciadas para sua segurança e para a dos restantes utilizadores da via. Mas o que fazer ao veículo acidentado se for possível movê-lo? Deve mantê-lo no local até que cheguem as autoridades? Ou deve antes tentar direcioná-lo para a berma?
A resposta, à luz do Código da Estrada, é simples: o veículo acidentado deve ser removido para a berma da estrada mesmo antes da chegada das autoridades. O objetivo é que não impacte a normal circulação do trânsito.
Prevê o artigo 87.º, 1 do mesmo diploma legal que, "em caso de imobilização forçada de um veículo em consequência de avaria ou acidente, o condutor deve proceder imediatamente ao seu regular estacionamento ou, não sendo isso viável, retirar o veículo da faixa de rodagem ou aproximá-lo o mais possível do limite direito desta e promover a sua rápida remoção da via pública".
Em caso de infração, ao condutor do veículo pode ser aplicada uma coima que pode ir de 60 a 300 euros, ou ainda uma coima que pode variar entre os 120 e os 600 euros, quando esta "for praticada em autoestrada ou via reservada a automóveis e motociclos" (art. 87.º, 5).
Por isso, em caso de acidente, não espere pela chegada das autoridades para remover o veículo acidentado, já que esta atitude poderá repercutir-se numa coima. Para efeitos de prova em caso de aferição do culpado do acidente, poderá proceder à recolha de fotografias de vários ângulos do local para entregar posteriormente às seguradoras.
A aplicação deste artigo do Código da Estrada à questão foi confirmada ao Notícias ao Minuto pelo Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública de Lisboa.
NAOM
Perante um acidente rodoviário sabe o que deve fazer? Se é titular de habilitação legal de condução, recordar-se-á das normas básicas a respeitar perante uma colisão, por exemplo.
Colocar o triângulo de emergência e vestir o colete refletor são regras que não podem ser negligenciadas para sua segurança e para a dos restantes utilizadores da via. Mas o que fazer ao veículo acidentado se for possível movê-lo? Deve mantê-lo no local até que cheguem as autoridades? Ou deve antes tentar direcioná-lo para a berma?
A resposta, à luz do Código da Estrada, é simples: o veículo acidentado deve ser removido para a berma da estrada mesmo antes da chegada das autoridades. O objetivo é que não impacte a normal circulação do trânsito.
Prevê o artigo 87.º, 1 do mesmo diploma legal que, "em caso de imobilização forçada de um veículo em consequência de avaria ou acidente, o condutor deve proceder imediatamente ao seu regular estacionamento ou, não sendo isso viável, retirar o veículo da faixa de rodagem ou aproximá-lo o mais possível do limite direito desta e promover a sua rápida remoção da via pública".
Em caso de infração, ao condutor do veículo pode ser aplicada uma coima que pode ir de 60 a 300 euros, ou ainda uma coima que pode variar entre os 120 e os 600 euros, quando esta "for praticada em autoestrada ou via reservada a automóveis e motociclos" (art. 87.º, 5).
Por isso, em caso de acidente, não espere pela chegada das autoridades para remover o veículo acidentado, já que esta atitude poderá repercutir-se numa coima. Para efeitos de prova em caso de aferição do culpado do acidente, poderá proceder à recolha de fotografias de vários ângulos do local para entregar posteriormente às seguradoras.
A aplicação deste artigo do Código da Estrada à questão foi confirmada ao Notícias ao Minuto pelo Comando Metropolitano da Polícia de Segurança Pública de Lisboa.
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quarta-feira, novembro 07, 2018
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