quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

As autoridades sul-coreanas admitiram hoje acolher os soldados norte-coreanos que sejam capturados na Ucrânia a combater juntamente com as tropas russas e queiram desertar da Coreia do Norte.

© Ed Ram/For The Washington Post via Getty Images  Lusa  19/02/2025

Seul acolherá norte-coreanos capturados na Ucrânia que queiram desertar

As autoridades sul-coreanas admitiram hoje acolher os soldados norte-coreanos que sejam capturados na Ucrânia a combater juntamente com as tropas russas e queiram desertar da Coreia do Norte.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do da Coreia do Sul avançou, em comunicado, que "os soldados norte-coreanos são cidadãos sul-coreanos de acordo com a Constituição" pelo que "respeitar a vontade destas pessoas é cumprir o direito internacional".

O anúncio do Governo sul-coreano foi feito na sequência dos últimos relatos de que muitos soldados norte-coreanos ficaram feridos durante o conflito, depois de terem sido enviados para apoiar a Rússia ao abrigo do acordo de defesa estratégica alcançado no ano passado entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un.

As autoridades ucranianas anunciaram a captura de dois soldados norte-coreanos que combatiam ao lado das tropas russas na província russa de Kursk, onde Kyiv lançou uma operação militar no verão passado.

O Governo ucraniano propôs devolvê-los à Coreia do Norte se Pyongyang aceitar facilitar uma troca com soldados ucranianos atualmente detidos na Rússia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estimou que cerca de 4.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em Kursk, embora o número não tenha sido verificado.

A disponibilidade apresentada pelo Governo sul-coreano surge depois de um soldado ter dito, em entrevista ao jornal Chosun Ilbo, que planeia pedir asilo na Coreia do Sul.

O ministério de Seul reagiu, defendendo que estas pessoas "não devem ser enviadas de volta para um lugar onde enfrentam a ameaça de perseguição".


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