© Reuters Notícias ao Minuto 31/10/24
A jovem, que deveria ter entre 18 e 20 anos quando morreu, era uma das dezenas de pessoas que os habitantes de Pien, na Polónia, temiam que fossem vampiros.
Uma jovem polaca que, há 400 anos, foi enterrada para nunca mais ‘se erguer’, foi ‘ressuscitada’ por uma equipa de cientistas.
Com recurso a ADN, a uma impressão 3D e a argila, os especialistas reconstruíram o rosto de ‘Zosia’, que foi enterrada com um cadeado no pé e uma foice de ferro no pescoço.
A jovem, que deveria ter entre 18 e 20 anos quando morreu, era uma das dezenas de pessoas que os habitantes de Pien, na Polónia, temiam que fossem vampiros, noticiou a agência Reuters.
"É irónico, de certa forma. As pessoas que a enterraram fizeram tudo o que podiam para a impedir de ‘regressar dos mortos’... Nós fizemos tudo o que podemos para a trazer de volta à vida", disse o arqueólogo sueco Oscar Nilsson, citado pelo mesmo meio.
O esqueleto de ‘Zosia’, como era conhecida entre os cidadãos, foi encontrado em 2022 por uma equipa de arqueólogos da Universidade Nicolaus Copernicus, em Torún. Uma análise do crânio revelou que a jovem sofria, provavelmente, de uma patologia que lhe provocava desmaios e fortes dores de cabeça, assim como problemas de saúde mental, disse Nilsson.
Pouco se sabe sobre a vida de 'Zosia', mas os especialistas apontaram que os objetos com que a jovem foi enterrada dão conta de que pertencia a uma família rica e possivelmente ligada à nobreza.
Para recriar o rosto de 'Zosia', Nilsson fez uma réplica impressa em 3D do crânio, antes de o reconstruir "músculo a músculo", com camadas de plasticina. O estudioso fez ainda uso de informações como o género, a idade, a etnia e o peso aproximado da 'vampira' para estimar a profundidade das suas caraterísticas faciais.
"É emocionante ver um rosto ‘regressar dos mortos’, especialmente quando se conhece a história desta jovem rapariga", disse Nilsson, que queria retratar ‘Zosia’ "como um ser humano, e não como esse monstro como foi enterrada".
Os cientistas encontraram, na mesma altura, uma criança ‘vampira’, que tinha sido enterrada de barriga para baixo, com um cadeado no pé.
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