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Por Notícias ao Minuto 21/04/24
O pacote de ajuda à Ucrânia é o mais significativo de um conjunto de três leis em votação numa rara sessão ao sábado, que inclui o apoio a Israel e a Taiwan, num volume total de 95 mil milhões de dólares (89 mil milhões de euros).
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, no sábado, um pacote de ajuda à Ucrânia, no valor de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros), para fazer face à invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.
Este pacote resulta de meses de negociações tensas, acabando por receber apoio das duas bancadas parlamentares e deve agora ser aprovada no Senado, onde uma primeira votação poderá ocorrer já na terça-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não tardou a reagir a esta 'luz verde' que demorou a chegar, classificando este como um "momento histórico". Para Joe Biden, este valor milionário envia "uma mensagem clara sobre o poder da liderança norte-americana em todo o mundo".
O pacote de ajuda à Ucrânia é o mais significativo de um conjunto de três leis em votação numa rara sessão ao sábado, que inclui o apoio a Israel e a Taiwan, num volume total de 95 mil milhões de dólares (89 mil milhões de euros).
As reações
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu o pacote de ajuda, dizendo que "salvará milhares e milhares de vidas".
"A lei de ajuda vital aprovada hoje vai impedir a guerra de se propagar, salvará milhares e milhares de vidas e ajudará os nossos dois países a serem mais fortes", escreveu Zelensky na rede social X (antigo Twitter), ao mesmo tempo que se mostrou "agradecido" aos parlamentares norte-americanos e, em particular, ao presidente da câmara baixa, o republicano Mike Johnson.
Apesar de para Joe Biden este ser um momento "histórico", várias nações não o veem assim pelas melhores razões. A presidência palestiniana reagiu à aprovação, classificando-a como uma "agressão ao povo palestiniano".
Esse dinheiro pode "resultar em milhares de vítimas palestinianas na Faixa de Gaza" e na Cisjordânia, declarou Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, condenando o que descreveu como uma "perigosa escalada".
Já Moscovo condenou a situação, dizendo que "vai agravar as crises mundiais". "A atribuição de ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, a Israel e a Taiwan vai agravar as crises mundiais: a ajuda militar ao regime de Kiev é um apoio direto às atividades terroristas; a Taiwan, uma ingerência nos assuntos internos da China; a Israel, uma via direta para um agravamento sem precedentes da situação na região", criticou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
Para a próxima semana, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, desloca-se à China, onde tenciona expressar a sua preocupação com o apoio de Pequim à indústria de defesa russa. A visita de Blinken será a segunda em menos de um ano, refletindo uma estabilização das relações entre as duas maiores economias do mundo.
Em relação à China, o pacote aprovado pela Câmara, foi diploma para fazer frente à China no plano militar, investindo em submarinos, e ajudar Taiwan. Este pacote de cerca de oito mil milhões de dólares (7,5 mil milhões de euros) terá agora de ser aprovado pelo Senado, à semelhança dos dois acima mencionados.
E Portugal? O que tem a dizer?
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, saudou hoje a aprovação de um pacote de ajuda à Ucrânia na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que permitirá dar um novo impulso a Kyiv para fazer face à invasão russa.
Numa reação divulgada na rede X, o chefe da diplomacia portuguesa afirmou que "Portugal saúda a aprovação, pelo Congresso dos Estados Unidos, de um pacote de ajuda de 61 mil milhões de dólares [57 mil milhões de euros] à Ucrânia", acrescentando: "Juntamente com a União Europeia, apoiamos a Ucrânia na defesa dos nossos valores e princípios democráticos comuns".
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