© STRINGER/AFP via Getty Images
Notícias ao Minuto 23/03/24
A Rússia acordou, este sábado, de luto, depois do ataque, na noite de ontem, a uma sala de espetáculos, nos arredores de Moscovo, que fez pelo menos 60 mortos e que foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI).
Recorde-se que após o ataque armado, que fez também mais de uma centena de feridos, seguiu-se um enorme incêndio na sala, localizada em Krasnogorsk, nos arredores de Moscovo.
As imagens hoje divulgadas mostram a sala de espetáculos - a Crocus City Hall - completamente destruída, após ser consumida pelas chamas.
Várias autoridades continuam no local.
Nas proximidades, um ecrã publicitário apresenta agora a imagem de uma vela, em memória das vítimas do ataque, com a frase "(Nós) Choramos".
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, desejou a "rápida recuperação" das vítimas e "agradeceu aos médicos", segundo disse a vice-primeira-ministra russa, Tatyana Golikova.
Recorde-se que o ataque foi reivindicado pelo EI já depois de a Ucrânia ter negado qualquer responsabilidade e os serviços secretos de Kyiv terem acusado o Kremlin de orquestrar o ataque, para culpar a Ucrânia e justificar "uma escalada" da guerra, conforme noticiou a agência France-Presse (AFP).
As forças de ordem russas afirmaram estar à procura dos agressores e as autoridades advertiram que o número de mortos "pode aumentar".
O EI, que já atacou a Rússia em várias ocasiões, afirmou na plataforma de mensagens Telegram que os combatentes do grupo "atacaram uma grande concentração (...) nos arredores da capital russa".
A organização fundamentalista afirmou que o grupo de comandos tinha depois "regressado em segurança à base".
O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20h15 de Moscovo (17h15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados.
Jornalistas da agência de notícias viram o edifício mergulhado em chamas, nuvens de fumo negro a sair do telhado e uma enorme presença policial e dos serviços de emergência.
De acordo com a televisão russa, o telhado do edifício colapsou parcialmente.
"Pouco antes de começar, ouvimos de repente várias rajadas de metralhadora e um grito terrível de mulher. Depois, muitos gritos", disse à AFP Alexei, um produtor musical que estava no camarim no momento do ataque.
De acordo com um jornalista da agência de notícias estatal Ria Novosti, pessoas camufladas invadiram a sala de espetáculos antes de abrirem fogo e lançarem "uma granada ou uma bomba incendiária".
Os serviços de emergência afirmaram que as chamas se espalharam pelos quase 13 mil metros quadrados do edifício, antes de o fogo ser contido.
O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, anunciou o cancelamento de todos os eventos públicos deste fim de semana. Os principais museus e teatros da capital também anunciaram que vão fechar as portas.
Segundo a televisão russa, foram tomadas medidas de segurança reforçadas, nomeadamente nos aeroportos de Moscovo e noutras grandes cidades do país.
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