segunda-feira, 21 de agosto de 2023

O Presidente ucraniano agradeceu hoje aos dinamarqueses por ajudarem a Ucrânia a resistir à invasão russa, um dia depois de a Dinamarca e os Países Baixos terem anunciado que irão fornecer caças F-16 a Kyiv.

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POR LUSA   21/08/23 

 "Todos os vizinhos da Rússia estão ameaçados se a Ucrânia não prevalecer"

O Presidente ucraniano agradeceu hoje aos dinamarqueses por ajudarem a Ucrânia a resistir à invasão russa, um dia depois de a Dinamarca e os Países Baixos terem anunciado que irão fornecer caças F-16 a Kyiv.

Num discurso no parlamento de Copenhaga, Volodymyr Zelensky reafirmou que outras partes da Europa estarão em risco se a Rússia tiver sucesso na invasão da Ucrânia.

"Todos os vizinhos da Rússia estão ameaçados se a Ucrânia não prevalecer", afirmou aos deputados dinamarqueses, citado pela agência norte-americana AP.

Desde o início da guerra, há 18 meses, Zelensky descreve a Ucrânia como defensora dos valores ocidentais de liberdade e democracia que deve ser devidamente armada para resistir à invasão da Rússia.

A Ucrânia tem vindo a pressionar os aliados ocidentais há vários meses para que lhe forneçam F-16 de fabrico norte-americano.

As forças ucranianas continuam a utilizar aviões de combate da era soviética e a contraofensiva iniciada em junho está a avançar sem apoio aéreo, o que, segundo analistas, constitui uma grande desvantagem.

Zelensky anunciou nas redes sociais que a Ucrânia vai receber 42 caças F-16.

A Dinamarca prometeu 19 aviões, que poderão ser entregues por volta do final do ano, quando estiver concluída a formação dos pilotos, que durará quatro a seis meses.

A preparação de esquadrões ucranianos para o combate poderá, no entanto, demorar "quatro ou cinco anos", segundo admitiu na semana passada o comandante das forças aéreas norte-americanas na Europa e em África, general James Hecker.

No parlamento dinamarquês, Zelensky reconheceu que tem sido difícil convencer os aliados ocidentais a aceitar fornecer aviões de combate a Kyiv.

Também mencionou o armamento doado pela Dinamarca e agradeceu aos dinamarqueses pelo tratamento dado aos refugiados ucranianos e pelo envolvimento na reconstrução da Ucrânia.

Referiu ainda que a Dinamarca está a ajudar a pagar pensões e outros benefícios sociais aos ucranianos que permaneceram na Ucrânia e que estão a sofrer as consequências económicas da invasão militar russa.

"Obrigado, muito obrigado, Dinamarca, em nome de todos os ucranianos, por toda a ajuda prestada à Ucrânia", afirmou, citado pela agência espanhola EFE.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, destacou o apoio quase unânime do país à Ucrânia, que descreveu como "sem precedentes" na política dinamarquesa.

"Se olharem para esta sala, verão pessoas que trabalharam arduamente para encontrar formas de ajudar a Ucrânia e o povo da Ucrânia", disse a líder dinamarquesa, dirigindo-se à comitiva de Zelensky.

"E há muitas mais em toda a Dinamarca com a mesma convicção de que a Ucrânia deve vencer esta guerra", acrescentou.

Zelensky agradeceu a Frederiksen por ter sido uma das primeiras líderes europeias a visitar Kyiv após a invasão de 24 de fevereiro de 2022, facto que "ficará registado na história da Ucrânia".

Zelensky iniciou no sábado uma digressão europeia que o levou à Suécia, Países Baixos e Dinamarca.

Em declarações hoje aos meios de comunicação dinamarqueses, Zelensky disse que viajará de Copenhaga para outro país europeu para realizar outra "reunião muito importante" para os interesses da Ucrânia.



Leia Também: A Ucrânia anunciou hoje que as suas forças armadas libertaram na última semana mais três quilómetros quadrados nas imediações da cidade de Bakhmut, na província oriental de Donetsk, ocupada pela Rússia.

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