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POR LUSA 21/08/23
Uma coluna de 300 camiões, principalmente carregados de comida, chegou hoje a Niamey, proveniente do Burkina Faso, para contrariar as sanções impostas por vários dos seus vizinhos da África Ocidental, na sequência de um golpe de Estado.
"Chegaram a Niamey cerca de 300 camiões", disse à AFP o diretor regional das alfândegas, o coronel Adamou Zaroumeye.
Os camiões "vêm do Burkina Faso e transportam principalmente produtos alimentares", sal, milho e artigos para o lar, disse, acrescentando que se trata de uma "lufada de ar fresco" para o Níger.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) impôs pesadas sanções económicas contra o Níger em 30 de julho, em resposta ao golpe de Estado que derrubou o Presidente eleito Mohamed Bazoum em 26 de julho.
O Benin e a Nigéria fecharam as suas fronteiras, interrompendo o abastecimento do Níger.
As forças armadas do Burkina Faso e depois do Níger asseguraram a segurança da coluna, segundo as autoridades nigerinas.
Seydou Mié Zanaidou, um dos motorista da caravana, disse à AFP que viajou de Kaya, no Burkina Faso, para Dori, uma cidade no leste do país, antes de atravessar a fronteira com o Níger, perto da cidade de Tera, e continuar até Niamey.
O Burkina Faso, que também é governado por militares que chegaram ao poder através de um golpe de Estado e que foi igualmente suspenso da CEDEAO, não tardou a manifestar a sua solidariedade para com os golpistas do Níger.
O Programa Alimentar Mundial (PAM), a agência alimentar das Nações Unidas, alertou na quarta-feira que as sanções regionais e o encerramento das fronteiras estavam a "afetar grandemente o fornecimento de alimentos e medicamentos vitais ao Níger".
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