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POR LUSA 24/05/23
O Governo do Japão anunciou hoje a entrega de uma centena de veículos militares à Ucrânia, na sequência de um acordo alcançado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Numa cerimónia organizada pelo Ministério da Defesa nipónico, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, confirmou a entrega dos veículos, especificando que são carrinhas com capacidade para uma dúzia de pessoas e máquinas.
A entrega surge na sequência de um acordo alcançado no domingo passado por Zelensky e Kishida, paralelamente à cimeira do G7 (grupo das sete democracias mais desenvolvidas), que decorreu em Hiroshima, no Japão, tal como foi noticiado pela televisão NHK.
Kishida prometeu então aumentar a ajuda à Ucrânia em plena invasão russa.
Hoje, Kishida afirmou que o Governo decidiu prestar assistência adicional à Ucrânia, tanto a nível financeiro como em domínios como a energia, exploração mineira e agricultura, reportou o jornal The Japan Times.
O governante indicou que Tóquio planeia fornecer 470 milhões de dólares (436 milhões de euros) no âmbito do acordo alcançado pelas partes, além de 30 milhões de dólares (27,8 milhões de euros) para a compra de material não letal através de fundos da NATO.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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