domingo, 8 de maio de 2022

Deputado e líder da União para a Mudança vítima de assalto a mão armada na sua residência em Bissau

 

Agnelo Regala terá sido atingido a tiro com uma casadeira numa perna e teve ferimentos ligeiros.

Tudo aconteceu na sua residência na rua São Tomé na capital Guineense.

Assalto a mão armada tem aumentado nos últimos tempos em Bissau.

Alfa Umaro

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Foto: ditaduraeconsenso
Por LUSA 07/05/2022

O deputado guineense Agnelo Regala foi hoje vítima de um ataque junto à sua residência em Bissau, Guiné-Bissau, tendo sofrido ferimentos numa perna na sequência de disparos feitos contra si, confirmou à Lusa o próprio

“Levei um tiro e foram disparados quatro”, disse o também líder da União para a Mudança e proprietário da Rádio Bombolom.

Agnelo Regala contou à Lusa que estava no passeio juntamente com um vizinho quando foram feitos os disparos.

“Passou uma viatura ao fundo da rua e, quando desceu a rua, foi disparado um tiro de dentro da viatura. Baixei-me e fugi e foram disparados mais três tiros”, disse.

A União para a Mudança, na oposição no parlamento da Guiné-Bissau, faz parte do Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos guineenses, que esta semana afirmou que o incumprimento da lei para o envio de uma missão militar para o país pode configurar uma invasão pelas forças da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O Espaço de Concertação “condenou sem reservas os sinais de desprezo e desconsideração à soberania da República da Guiné-Bissau por parte das entidades promotoras e autoras da decisão” e exortou a CEDEAO a respeitar os princípios fundamentais que sustentam a organização.

O Espaço de Concertação exigiu que a “Assembleia Nacional Popular seja ouvida e a sua resolução levada em conta na determinação do mandato e constituição de qualquer eventual força a estacionar” no país.

A CEDEAO anunciou o envio de uma missão militar de interposição para a Guiné-Bissau em fevereiro, na sequência de um ataque contra o Palácio do Governo, quando decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participavam o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.

A força começou a chegar ao país na semana passada, mas o porta-voz do Governo e ministro do Turismo guineense, Fernando Vaz, remeteu mais pormenores para a cimeira dos chefes das Forças Armadas da CEDEAO, que vai decorrer este mês no Gana.

Fontes militares confirmaram à Lusa que a força de estabilização será composta, “num primeiro momento”, por 631 militares.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou na África do Sul, que a força é composta por elementos do Senegal, Nigéria, Gana e Costa do Marfim.


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