Por: yanick Aerton
É a política, e tudo isso faz parte da política, por isso não devemos transformar-nos em INIMIGOS DECLARADOS.
Tristemente, nas nossas sociedades os menos capazes são os que se regozijam com o afastamento daqueles que estão melhor preparados, assim para poderem preencher o espaço deixado por eles. E tem sempre sido assim, sobretudo na Guiné-Bissau, onde os mais preparados foram sempre e continuam sendo combatidos, sem tréguas. Isso tem de acabar para reconstruirmos aquela confiança que ontem fez de nós, o melhor povo.
Não pretendo com este artigo fazer outra coisa que não seja convidar os mais radicais de ambos os lados a saírem desse ghetto do ódio e da vingança, para nos reabraçarmos e caminhos juntos.
Isso não significa como DSP regressar o país, ele vai abandonar a sua luta pela conquista do poder político. Longe disso! Cada um dos atores políticos está na política com o objectivo de conquistar o poder, mas isso não deve transformar-nos em inimigos, como disse atrás, e quando a pátria nos chama, devemos responder – PRESENTE.
O regresso do DSP que ele concentre na organização do PAIGC e fazer uma oposição construtiva, enquanto se prepara para os futuros embate políticos.
A Guiné-Bissau precisa de todos os seus filhos, portanto que cada um procure pagar o seu “kinhon” na construção deste edifício!
VIVA A GUINENDADI!
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Por Yanick Aerton
A minha leitura em relação ao regresso do líder do PAIGC ao país
As tão esperadas reuniões dos órgãos do partido vão acontecer, e a liderança do DSP sairá reforçada dessas reuniões;
Aqueles que queriam aventurar-se para desafiá-lo não vão ter a coragem de o fazer, por medo da reacção da juventude e dos noviços que foram trazidos ao partido, através do seu último congresso, e que defendem mais o DSP do que o próprio PAIGC;
O DSP continuará a ser o candidato que irá, de novo, enfrentar o USE nas próximas presidenciais para um remake, caso este conseguir sobreviver as pressões até lá e decidir recandidatar-se;
O DSP vai continuar a fazer-se de vítima para atrair o maior número de Guineenses, que nessas circunstâncias sempre se posicionam ao lado da vítima;
HUMMM POVO GUINENSI TA APOIOAVITIMA
Contrariamente aos céticos, o PAIGC irá reconquistar alguns dos espaços que perdeu a favor do seu principal rival, o MADEM G15, partido cuja projeção dificilmente será travada, caso continue nessa dinâmica e eleja como o seu cavalo de batalha a CORRUPÇÃO;
Este é o previsível cenário nos próximos tempos, salvo a ocorrência de uma situação que venha a afetar profundamente o ambiente político, e que se caracterize pela persistência de práticas pouco abonatórias à democracia que se quer reforçada, num Estado que se quer também de direito democrático.
O regresso do DSP vai contribuir para agitar um pouco mais o ambiente politico, pois vai ser como uma espécie de sombra ameaçadora porque observadora, atrás do poder politico, para obrigá-lo a melhorar a sua performance, sob pena de frustrar aqueles que vinham sonhando com uma mudança radical do “modus faciendi”, portador de esperanças por uma Guiné-Bissau, livre daqueles males que contribuem para o surgimento de reivindicações que acabam por deitar por terra todos os esforços, a semelhança do que tem acontecido no pais vizinho.
O governo de coligação liderado pelo Eng. Nuno Gomes Nabiam, que não tinha quase uma oposição até agora, vai passar a ser agora constantemente fustigado, porque com a presença do DSP no pais, o PAIGC vai aparecer sempre perante os Guineenses, como aquele partido que independentemente de tudo, tinha a legitimidade de governar, por ser aquele partido que os Guineenses deu o maior número de deputados no dia 10 de Marco de 2019.
Em relação aquilo de que é acusado o líder do PAIGC, é chegado o momento de se esclarecer a situação, porque como diz o Francês “force reste à la loi”.
Caso existam, os Guineenses têm o direito de saber e isso passa necessariamente pela produção de provas substanciais incriminatórias que mostrem claramente que o líder do PAIGC teria praticado isto ou aquilo. Isso afastaria quaisquer equívocos, e, em caso evidências, credibilizaria o regime. Caso contrário, estar-se-á a cometer um crime que este povo não vai perdoar, como aconteceu no passado recente quando se acusou ao DSP de tudo (Homi de 25) e que nunca ficou provado, vindo-se a concluir tratar-se de mera perseguição política.
Façamos as coisas como mandam as regras, e digo isso com toda a equidistância. Não podemos ir por métodos ortodoxos e pouco consentâneos com a democracia, com o único objectivo de eliminar um adversário, como um PR de um país vizinho tentou e que o tiro lhe veio sair pela culatra.
A luta política deve ser de ideias, projectos e é isso que os Guineenses esperam dos dois lados, regime e oposição.
Se for pedido para escolher, no que tange a governação, entre a teoria e a prática, não hesitaria em nenhum momento de escolher a prática. Da mesma forma, se for entre o populismo e o pragmatismo, escolheria o pragmatismo. O que se quer é que a imagem do país mude e que os atores políticos, cada um, procure fazer melhor, que se promova o desenvolvimento através da criação de riqueza, infra-estruturação do pais, melhoria de condições de vida dos Guineenses, acesso à saúde e à educação de qualidade para todo, entre outros.
O principal desafio deste governo é de combater a corrupção e de todas as outras práticas que têm prejudicado o país. À oposição, e de denunciar tudo, mas tudo que está sendo feito mal, e que não vá ao encontro dos interesses dos Guineenses, luta essa que, de certeza, terá o apoio de todos os cidadãos deste país, para a libertação do qual os seus melhores filhos deram as suas vidas.
Estamos perante muitas incertezas, apesar de faltarem dois anos para o fim da legislatura.
Everything out switch from one moment to another.
Não há adversários permanentes, na política, e muito menos aliados permanentes, significando que, caso esta coligação não conseguir consolidar-se, poderemos ter outro figurino.
Se para a nomeação dos governadores regionais e administradores de sector, os aliados não conseguiram entender-se, quem é que pode garantir que isto vai continuar, apesar do terreno ser muito fértil para cada parte ir tirando, na absoluta impunidade, o maior proveito, como vem acontecendo.
A retumbante rentrée política do Marechal manu Baciro Dja, líder da FREPASNA, através das suas duras críticas ao regime, e a energia, disponibilidade e a determinação, com que veio das terras lusas, o líder do PAIGC, não serão sinais do início de uma nova fase de TOLERANCIA ZERO, ao status quo?
E o principal ator, o General Presidente? O PRS perante um PM que só dispõe de um deputado na ANP? O MADEM G15, que devia chefiar o Governo, depois do PAIGC ter sido afastado, e que devido aos arranjos, o líder da APU foi recompensado com o cargo de PM?
Let’s wait and see!
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Bom fim de semana a todos!
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