quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Marinha mercante - Capitão dos Portos diz desconhecer a proibição de circulação à quatro vedetas do PAIGC


Bissau, 03 fev 21 (ANG) – O Capitão dos Portos da Guiné-Bissau disse que não tem nenhum documento oficial e nem orientação por parte do governo e nem de outras entidades judiciais, nomeadamente dos tribunais e Ministério Público no sentido de proibição à circulação de quatro vedetas do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Siga Batista que falava esta quarta-feira em entrevista exclusiva à ANG acrescentou que a sua instituição, até este momento, não tem nenhum documento que mostra que essas videtas estão retidas e nem  informações de que não estão a trabalhar.

“Não posso confirmar e nem posso desmentir essa informação mas oficialmente desconhecemos dessa informação. E quando desconhecemos, nós como autoridades marítimas, digamos que esta situação não existe porque se existia, quer o tribunal ou outras entidades que as impedem a circulação, seriamos os primeiros a serem informados, e a nós é que caberia  tomar diligências de as proibir circular”, sustentou Batista.

Aquele responsável afirmou ainda que o proprietário das vedetas também não apareceu na sua instituição para informar sobre o ocorrido, sublinhando que ninguém intervém no mar mesmo que alguma entidade governamental pretende proibir algo deve ser  através da sua instituição.

“Estamos a falar do mundo de especulação e não queremos continuar a promover esta especulação. Mas se é verdade talvez o PAIGC  pode confirmar isso e explicar a razão disso, e também quem as proibiu pode explicar melhor, mas nós cá não sabemos. Temos essa informação como outras pessoas a têm através da internet, mas eu como entidade máximo que executa todas as medidas quer do governo ou outras entidades, não tenho essa informação”, frisou.

O portal online Capital NEWS na sua edição de 02 de Fevereiro, anunciou que, O Ministério do Interior terá proibido a circulação marítima de quatro vedetas rápidas do Partido Africano da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), segundo o que disse apurar  junto da fonte próxima do assunto.

Adiantou que, decisão terá sido tomada para evitar a eventual fuga do ex-chefe do governo, Aristides Gomes, que se encontra ainda refugiado nas instalações da ONU, em Bissau.

“A ordem (de parar videtas) que está a ser minuciosamente executada pelo Comando Geral da Guarda Nacional (GN) através da sua Brigada Costeira em Bissau, não tem justificativos administrativos e nem legais”, referiu a fonte.

Falando das suas actividades, Siga Batista pediu ao Estado a criação de condições para melhor vigilância no  mar , que segundo ele, alberga  toda a riqueza do país e é duas vezes maior do que a terra firme.

De acordo com aquele responsável a sua instituição não tem vedetas, e Siga diz que, se houver uma situação no mar, vão ficar como um simples espectadores.

Batista apela aos transportadores marítimos a cumprirem as regras adoptadas para salvar vidas no mar, nomeadamente o transporte de metade das lotações, quer para passageiros como para cargas e aquisição e uitilização de coletes salva-vidas durante a viagem.

Salientou que não vai abdicar dessas medidas porque são as que a quatro anos estão a dar fruto, informando que existem recursos humanos com vontade para fazer os seus trabalhos mas que estão limitados devido falta de meios.

 “Não morreram muitas pessoas no ano passado em relação ao ano 2019 e o  mérito de tudo isso deve aos utentes do mar que aceitaram acatar as medidas assim como aos jornalistas que ajudaram muito na sensibilização. Se não fosse isso não íamos chegar à esse resultado”, frisou.

Apela às pessoas a se absterem de ir as praias enquanto não houver novas  orientações que anulam a decisão do  governo que proíbe a aglomeração de pessoas. 

ANG/DMG/ÂC//SG

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