sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Depois de o Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, ter confirmado publicamente na semana passada que "Aristides Gomes está indiciado por vários crimes", os advogados de defesa do antigo primeiro-ministro disseram hoje em conferência de imprensa em Bissau que não existe nenhum processo contra ele.

No começo do mês, o Ministério Público guineense informou ter enviado uma carta às Nações Unidas, solicitando a sua colaboração para entregar às autoridades o antigo primeiro-ministro que se encontra refugiado nas instalações desta entidade internacional desde o passado mês de Fevereiro, logo após ter sido demitido pelo Presidente guineense.

Este pedido da justiça guineense ocorreu num contexto em que acusações sobre a alegada corrupção de Aristides Gomes foram proferidas por deputados pertencentes às bancadas do MADEM-G15 e do PRS, partidos que sustentam o governo.

No passado dia 19 de Agosto, o Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, que fez da luta contra a corrupção e a recuperação dos bens do Estado a sua prioridade, afirmou que o antigo primeiro-ministro era indiciado por vários crimes e que "oportunamente iria falar à imprensa sobre essa situação”, este responsável declarando ainda que não existe nenhuma perseguição contra Aristides Gomes.

Tal não é contudo a análise de Suleimane Cassamá, um dos advogados do antigo primeiro-ministro. Em entrevista à RFI, o advogado diz ter procurado saber que acusações pesam sobre o seu cliente e ter chegado à conclusão de que "não há nenhum processo contra ele, na medida em que, para haver um processo, tem em primeiro lugar que haver o facto registado no Ministério Público".

Tal não é contudo a análise de Suleimane Cassamá, um dos advogados do antigo primeiro-ministro. Em entrevista à RFI, o advogado diz ter procurado saber que acusações pesam sobre o seu cliente e ter chegado à conclusão de que "não há nenhum processo contra ele, na medida em que, para haver um processo, tem em primeiro lugar que haver o facto registado no Ministério Público".

Foto: Inaldino Ca Djalo

Fonte: Bissau Última hora

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