Nos tempos que correm a população feminina tende a optar pela maternidade cada vez mais tarde.
A maternidade (e paternidade) tardia deve-se a um conjunto de fatores – a uma mudança nas expetativas sociais, carreiras exigentes e a uma menor capacidade financeira.
Muitas pessoas – particularmente as mulheres – sentem a pressão imposta pelo relógio biológico, sobretudo devido à mensagem generalizada de que a fertilidade começa a reduzir a partir de uma certa idade.
Mas quando é de facto essa idade? É real? Há com certeza um momento em que se torna impossível ter filhos?
De acordo com a Sociedade Britânica de Fertilidade, a fertilidade feminina começa a declinar a partir dos 30 e sobretudo quando se atinge a marca dos 35 anos.
Tal deve-se à diminuição da quantidade de óvulos produzidos pelo corpo. Em média, cada mulher nasce com cerca de dois milhões de óvulos. Todavia, com a chegada da puberdade, o começo da ovulação e da menstruação, esses óvulos amadurecem. Em cada ciclo, se não são fertilizados, morrem e são novamente absorvidos pelo organismo, o que significa que o seu número decresce com o passar dos anos.
Por volta da idade dos 37, estima-se que restem 25 mil óvulos. A qualidade dos óvulos pode ser igualmente afetada à medida que a mulher envelhece, o que por sua vez diminui a fertilidade.
Tendo em conta os números, a idade ideal para ter filhos está entre os 21 e os 28 anos, e a probabilidade de engravidar começa a decrescer a partir dos 30.
Ainda assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que atualmente nos países desenvolvidos quase metade das mulheres com 30 anos ainda não tenha gerado o primeiro filho.
NAOM
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